ALIMENTAÇÃO

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Circuito da Saúde é neste sábado, dia 5, na Praça Washington Luís

Evento realizado junto com a Feira das Artes terá avaliação da pressão, da saúde bucal, visual e auditiva,

vacinação contra a gripe, entre outras atividades

 

O Circuito da Saúde será realizado neste sábado, dia 5, na Praça Washington Luís, em Valinhos, das 9h às 13h, junto com a Feira das Artes. Como o nome já fiz, o evento será composto por um circuito no qual em cada estação o público recebe um tipo de cuidado. Nestas estações serão feitas aferição da pressão arterial, da glicemia e oximetria, avaliação bucal, visual e auditiva, avaliação emocional, além de orientações sobre a saúde da mulher e da criança. O objetivo da ação é oferecer diversos serviços e despertar na população a conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde de forma integral.

Também serão feitas oficinas sobre hábitos saudáveis, sobretudo em relação à alimentação. Além dos procedimentos tradicionais da medicina, a população poderá participar de práticas de terapias complementares, como a auriculoterapia, a laserpuntura e o Lian Gong. Ao longo da manhã serão realizadas aulas de alongamento que vão sendo oferecidas de acordo com a demanda.

O Departamento de Programas da Secretaria da Saúde vai fazer demonstrações de primeiros socorros, especialmente sobre a Manobra de Heimlich utilizada para salvar pessoas engasgadas.

Pessoas que durante as atividades do Circuito da Saúde tiverem alguma suspeita de doença identificada ou necessidade de tratamento odontológico serão encaminhadas para acompanhamento nas unidades básicas de saúde de Valinhos.

O evento é realizado junto com a Feira das Artes que passou a ser aos sábados na praça. A feira conta com onze expositores que vendem diversos produtos artesanais, como peças feitas em crochê, pinturas, artigos religiosos, acessórios, tabuleiros de futebol, além das opções gastronômicas. É uma oportunidade de cuidar da saúde e prestigiar os produtos feitos pelos artesãos de Valinhos.

O Circuito da Saúde é uma realização das Secretarias da Saúde; de Esportes e Lazer; da Cultura e Turismo; Obras Públicas e da Faculdade São Leopoldo Mandic.

 

Vacinação

O Circuito da Saúde vai disponibilizar vacinas contra a gripe, meningite ACWY e HPV. A vacinação contra a gripe começa oficialmente no dia 7 de abril em todas as unidades básicas de saúde de Valinhos, mas pessoas do grupo prioritário que quiserem antecipar a imunização podem garantir a proteção no sábado durante o evento.

 

Pessoas que fazem parte do grupo prioritário da vacina da gripe:

Crianças de 6 meses até menores de 6 anos;

Gestantes e Puérperas;

Povos indígenas;

Quilombolas;

População em situação de rua;

Trabalhadores da saúde;

Idosos de 60 anos ou mais;

Professores e funcionários de instituições de ensino básico e superior;

Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;

Caminhoneiros;

Trabalhadores portuários;

Forças de segurança, salvamento e Forças Armadas;

Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário;

Pessoas com deficiência permanente;

Trabalhadores dos Correios.

 

Atenção! A Prefeitura de Valinhos informa que durante o evento Circuito da Saúde só serão vacinadas contra a gripe as crianças maiores de dois anos. Crianças maiores de seis meses e menores de dois anos devem receber a aplicação nas unidades básicas de saúde.

 

Quem pode receber a vacina da meningite?

crianças e adolescentes entre 11 e 14 anos.

 

Quem deve ser imunizado contra o HPV?

Crianças e jovens entre 9 e 19 anos.

 

Para a vacinação, as pessoas devem levar:

Caderneta de vacinação;

Cartão SUS;

CPF.

 

Serviço:

Circuito da Saúde

Data: 5 de abril (sábado)

Horário: das 9h às 13h

Local: Praça Washington Luís – Valinhos

 

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Saúde

Outono pede cuidados com a alimentação e fortalecimento imunológico

Alimentos ricos em vitaminas e sais minerais e a regulação dos picos de insulina são recomendados por nutricionista que indica ainda

a ingestão de vinagre de maçã como tempero de saladas e shots antes das refeições

 

Após as sucessivas ondas de calor que marcaram o verão brasileiro, o outono se anuncia com temperaturas mais amenas. Apesar do conforto climático, a nova estação vem acompanhada de declínio na umidade relativa do ar, o que favorece a ocorrência de doenças respiratórias, gripes e alergias. Para que o organismo não se ressinta da mudança da estação, a nutricionista Laiz Saragiotto recomenda a manutenção de uma dieta saudável, associada a alimentos ricos em vitaminas A e C, ferro e zinco para o fortalecimento do sistema imunológico.

“Também devemos estar atentos ao fato de que no outono temos uma dificuldade aumentada em perder peso. Neste ponto, alguns alimentos, como o vinagre de maçã, podem auxiliar no emagrecimento”, afirma.

No outono, especialmente em dias e noites mais frias, o brasileiro tende a consumir mais gordura e alimentos com alto índice calórico. A vontade de ingerir pratos mais pesados diante de temperaturas mais amenas se explica. No frio, o corpo requer um aporte calórico para se manter aquecido. Mas esta adaptação metabólica, em muitos casos, especialmente quando combinada com sedentarismo, se converte em quilos adicionais na balança.

A tendência à ingestão de massas, doces e outros carboidratos refinados nas estações mais frias do ano faz com que a glicose entre rapidamente na corrente sanguínea. A nutricionista explica que para equilibrar os níveis de açúcar desses alimentos, o pâncreas produz insulina e a circulação deste hormônio reduz a taxa de glicose no sangue. “No entanto, quando esses picos de insulina ocorrem com frequência, as células deixam de responder com eficácia e o organismo desenvolve o que chamamos de resistência à insulina”, destaca Laiz. Os alimentos que favorecem os picos de insulina dificultam o controle do apetite e contribuem para aumentar o ganho de peso e o acúmulo de gordura.

Na nova estação, uma das indicações de Laiz Saragiotto é por saladas que combinem frutos e folhas. “Podemos abusar do consumo de abacate, caqui e goiaba para ajudar no aporte de fibras, de vitaminas do complexo B, vitamina A, ácido fólico, magnésio, zinco e potássio”, recomenda. Entre as folhas verdes-escuras, a nutricionista destaca a rúcula. “É um alimento muito importante no outono por fornecer aporte de vitaminas A e C.”

O tempero ideal para as saladas, segundo a especialista, é o vinagre de maçã. “Este alimento ajuda a controlar a carga glicêmica dos alimentos, diminuindo a produção de insulina”, diz.

A ingestão diária de shots de vinagre de maçã diluído em água antes das refeições também é recomendada por Laiz. Segundo ela, este hábito contribui para melhorar a imunidade, especialmente no outono e inverno, e ajudar a controlar a liberação de glicose no sangue.

Especialista em vinagres e sócio-proprietário da Almaromi Viccino, empresa pioneira na produção natural de vinagre de maçã no Brasil, Rodrigo Margoni chama a atenção para a importância de escolher um produto de qualidade que respeite os cuidados no processo de fabricação.

“O Vinagre de Maçã Almaromi que produzimos é 100% natural e não passa por processos de microfiltragem ou pasteurização. Seja no outono ou em qualquer outra estação do ano, este é um fator a ser considerado na escolha do consumidor que preza por uma alimentação mais saudável”, afirma Margoni.

Com uma receita doce e outra salgada, Laiz Saragiotto ensina o preparo fácil de dois pratos que incluem vinagre de maçã.

 

RECEITAS

 

GELATINA DE VINAGRE DE MAÇÃ

Ingredientes

– 1/2 xícara (chá) de água

– 1 xícara e meia (chá) de suco de maçã

– 5 colheres (sopa) de gelatina incolor em pó sem açúcar e incolor

– 1/2 xícara (chá) de Vinagre de Maçã Almaromi

 

Modo de preparo

– Misture a água, o suco e o vinagre de maçã em uma panela grande.

– Adicione a gelatina e misture bem.

– Deixe a mistura repousar por dois minutos.

– Leve a panela em fogo médio-baixo.

– Use uma colher de pau para mexer.

– A gelatina deve ser completamente dissolvida.

– Em seguida, a mistura deve ser colocada em formas de cubo de gelo e deixada na geladeira por uma hora.

 

MOLHO ORIENTAL

Ingredientes

– 1 cenoura descascada e picada

– 2 colheres (sopa) de Vinagre de Maçã Almaromi

– 2 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco

– 1/2 colher (sopa) de óleo de gergelim

– 1 colher (sopa) de mostarda

– 1 colher (sopa) de molho de shoyo de coco

– 1 colher (sopa) de gengibre ralado sem casca

– 2 colheres (sopa) de cebola picada

 

Modo de preparo

– Misture todos os ingredientes em uma tigela. Não há necessidade de bater no liquidificador.

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Saúde

Fibras podem proteger o intestino de infecções e a saúde cardiovascular

Novos estudos reforçam o papel protetor desses nutrientes; conheça os tipos de fibras e quais alimentos consumir para obtê-las

 

Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein

Num momento em que muita gente está preocupada em consumir mais proteínas, vale pensar também em aumentar o consumo de outro grupo de nutrientes: as fibras. Um estudo publicado em janeiro na revista científica Nature Microbiology menciona o papel desses nutrientes para manter a harmonia do ecossistema que habita o intestino e reduzir o risco de infecções.

Por meio de tecnologias como a inteligência artificial, um grupo de pesquisadores das universidades de Cambridge, no Reino Unido, de Chongqing, na China, e de Lisboa, em Portugal, analisou o microbioma de mais de 12 mil pessoas, de 45 países, a partir de amostras de fezes.

A pesquisa reforça que uma dieta rica em fibras colabora para evitar o que se conhece como disbiose, ou seja, o desequilíbrio na população de micro-organismos, com maior concentração de bactérias patogênicas em comparação com as benéficas.

Os resultados mostram que a microbiota de uma pessoa pode prever se seu intestino tem probabilidade de ser colonizado por Enterobacteriaceae, família de bactérias que inclui diversos agentes patogênicos. Os resultados foram consistentes em diferentes estados de saúde e localizações geográficas.

Os pesquisadores identificaram 135 espécies de micro-organismos intestinais que são capazes de proteger contra infecções. Entre elas, destacam-se bactérias do gênero Faecalibacterium, que produzem compostos benéficos chamados ácidos graxos de cadeia curta ao decompor as fibras dos alimentos. “Essas substâncias servem como fonte de energia para as células do cólon, fortalecem a barreira intestinal e ajudam a regular o sistema imunológico”, comenta a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo o novo estudo, isso parece proteger contra infecções por diversas bactérias patogênicas da família Enterobacteriaceae. Quando há um déficit de micro-organismos “do bem”, a permeabilidade do intestino acaba prejudicada, permitindo que agentes nocivos alcancem a circulação e desencadeiem inflamações, entre outros males.

 

Benefícios cardiovasculares

Não bastasse ocupar o posto de guardiãs do intestino, as fibras despontam em pesquisas por outras ações positivas à saúde, incluindo uma atuação cardioprotetora. Um dos trabalhos recentes que mostra essa relação foi publicado no periódico científico Nutrients. Trata-se de uma revisão, feita por cientistas de universidades da China, a partir de centenas de estudos.

“O trabalho revela que, para cada 10 gramas adicionais de fibra, por dia, há uma diminuição de 7% do risco de doenças cardiovasculares”, comenta a nutricionista do Einstein. Oriundas da parede celular, entre outras estruturas dos vegetais, as fibras são da família dos carboidratos. “Mas, diferente dos demais, elas passam quase intactas pelo sistema digestivo”, observa del Favero. Mesmo assim, são consideradas como nutrientes, já que são essenciais ao funcionamento do corpo.

Há dois grupos de fibras alimentares, as solúveis e as insolúveis. As solúveis – como o nome já denuncia – se dissolvem em água, formando uma espécie de gel no intestino.  Assim, há uma tendência de que o processo digestivo aconteça de forma mais lenta. “Esse efeito aumenta a saciedade, reduzindo a fome”, explica a especialista.

O mecanismo também está por trás do controle glicêmico e, para completar, é um dos responsáveis pela proteção cardiovascular. Isso porque o gel se liga aos ácidos biliares – compostos envolvidos na digestão das gorduras –, arrastando-os pelas fezes. Com a eliminação, há uma necessidade de repor os tais ácidos, então, o organismo retira o colesterol da circulação, reduzindo os níveis no sangue.

 

As aliadas contra a constipação

Algumas fibras do tipo solúvel apresentam ação prebiótica, isto é, colaboram para a microbiota intestinal. As fibras insolúveis, por sua vez, são fundamentais no combate à prisão de ventre. “Elas têm um efeito laxativo natural, ajudando a aumentar o volume das fezes e acelerando o trânsito intestinal”, afirma a nutricionista. Estimulam a contratilidade e os movimentos do intestino.

Atuação bem-vinda, afinal, muita gente sofre com a constipação, sobretudo as mulheres. Por questões hormonais, que interferem com a absorção de líquidos no aparelho digestivo, elas costumam ter o intestino mais preso.

Mas, para que tudo funcione direito, é fundamental garantir a hidratação, caso contrário, a tendência é piorar a situação e as fezes acabarem mais endurecidas. A recomendação é caprichar nos goles de água ao longo de todo o dia.

 

Onde encontrar?

Para garantir os dois grupos no cotidiano, o melhor é incluir frutas, hortaliças, grãos integrais, feijões, sementes e castanhas nas três refeições principais e, quando der, nos lanches intermediários.

“A maioria dos alimentos ricos em fibras contém tanto as solúveis quanto as insolúveis, diferindo apenas na proporção de cada tipo”, aponta a nutricionista. A maçã, por exemplo, concentra a solúvel na polpa e a insolúvel na casca.

Por essa razão, a sugestão é consumir, sempre que possível, as cascas dos frutos e legumes, além dos talos das verduras, que costumam concentrar o nutriente.

 

Quais são as fibras solúveis?

Pectinas, gomas, betaglucanas e mucilagens são exemplos dessas fibras e aparecem nos seguintes alimentos:

  • Cereais: aveia e cevada.
  • Leguminosas: feijões, lentilha, ervilha e grão-de-bico.
  • Frutas: maçã (polpa), banana, pera (polpa), mamão, ameixa.
  • Hortaliças: cenoura, batata-doce, abóbora.
  • Sementes: chia e linhaça.

Quais são as fibras insolúveis?

Já lignina, celulose e hemicelulose são componentes das insolúveis e vale destacar as fontes abaixo:

  • Cereais: trigo integral e seu farelo, arroz integral, milho e centeio.
  • Leguminosas (nas cascas): feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha.
  • Frutas: abacate, laranja, pêssego, manga, uva, goiaba, damasco.
  • Hortaliças: couve, espinafre, alface e agrião, quiabo e pepino.
  • Sementes: linhaça, semente de girassol e chia.
  • Oleaginosas: castanhas e nozes.

 

Fonte: Agência Einstein

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RMC

Merenda escolar de Nova Odessa utiliza milho da agricultura familiar para alunos

iretoria de Comunicação da Prefeitura de Nova Odessa/SP

Os pratos com milho foram oferecidos para todos os alunos da Rede Municipal com idades a partir de 1 ano

 

Durante o último mês de fevereiro, na volta às aulas para o ano letivo 2025, os alunos da Rede Municipal de Educação mantida pela Prefeitura de Nova Odessa tiveram uma deliciosa surpresa no cardápio: em decorrência da safra e da aquisição do produto diretamente da Agricultura Familiar, o Setor de Alimentação Escolar (a “Merenda Escolar” da Prefeitura) serviu milho. O produto chegou aos pratos das crianças de diversas formas, inclusive como o tradicional milho cozido, sempre em complemento ao cardápio diário.

Segundo a nutricionista responsável pelo Setor de Alimentação Escolar, Juliana Pissaia Savitsky, foram adquiridos pela Prefeitura um total de 3.000 quilos do alimento in natura. Os pratos com milho foram oferecidos para todos os alunos da Rede Municipal com idades a partir de 1 ano – totalizado cerca de 4,5 mil crianças.

“As crianças adoraram. Em todas as nossas unidades (creches, pré-escolas e escolas de Ensino Fundamental – Anos Iniciais), o milho teve ótima aceitação, e será servido de forma integral ou como ingrediente enquanto os fornecedores da Agricultura Familiar que abastecem o Município estiverem em safra, produzindo milho verde”, afirmou a doutora em Nutrição e professora universitária.

Segundo ela, a equipe da cozinha de cada unidade pode escolher a melhor forma de servir o produto – cozido na espiga, refogado, como creme de milho ou até mesmo como ingrediente principal de bolos.

“O milho foi servido para alunos a partir de um ano e foi muito bem aceito. Durante o período que durar a safra iremos manter o mesmo no cardápio. Além de oferecer um alimento muito nutritivo e que as crianças adoram, é uma forma de beneficiarmos os pequenos produtores rurais da nossa região”, acrescentou o secretário municipal de Educação de Nova Odessa, Assis das Neves Grillo.

O milho não é o primeiro alimento saudável que a Merenda Escolar de Nova Odessa apresenta aos alunos da Rede Municipal nos últimos 4 anos. Neste período, já foram trabalhados itens como abobrinha, cenoura e espinafre – todos com excelentes resultados e ampla aceitação por parte das crianças.

A MERENDA

A equipe od Setor de Alimentação Escolar da Prefeitura de Nova Odessa é composta por cerca de 190 profissionais, incluindo os 14 colaboradores municipais que atuam na central, localizada na Avenida Dr Eddy de Freitas Crissiúma, no Centro.

O time atende diariamente a mais de 5.400 alunos da Rede Municipal. O Município atende ainda, com merenda escolar, as ONGs Apae, Casa Abrigo Casulo e SOS (Serviço de Orientação e Solidariedade a “guardinha” da cidade).

Diariamente, são servidas cerca de 13.600 refeições, incluindo 3.800 desjejuns, 3.800 almoços, 3.800 jantares e 2.200 lanches para os alunos de período integral. Todos os alunos recebem diariamente todas as refeições previstas no PNAE.

Acompanhe as notícias da Prefeitura diariamente em www.novaodessa.sp.gov.brwww.facebook.com/PrefeituradeNovaOdessa e www.instagram.com/prefeituradenovaodessa/.

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RMC

Merenda Escolar e FAM lançam Projeto Educacional “De Onde Vem o Leite”

Por Diretoria de Comunicação da Prefeitura de Nova Odessa

 

A parceria entre o Setor de Alimentação Escolar da Prefeitura de Nova Odessa e a FAM (Faculdade de Americana) segue inovando quando se trata de educar as crianças da Rede Municipal de Educação para uma alimentação saudável – não apenas na escola, mas para a vida toda. No final de fevereiro, por exemplo, a parceria lançou o Projeto “De Onde Vem o Leite”, de Educação Nutricional.

Os primeiros 180 alunos atendidos, com idades de 5 a 10 anos, foram os da EMEB (Escola Municipal de Educação Básica) Professora Alzira Ferreira Delegá, no Green Village. O objetivo da iniciativa é sensibilizar os alunos sobre o processo de produção do leite e destacar sua importância como alimento na alimentação saudável.

A supervisão do projeto está a cargo das nutricionistas da Prefeitura, Juliana Pissaia Savitsky e Camila Frederico Oliveira, além da coordenadora do curso de Nutrição da FAM, Glennys Mabel, e da professora Joseane Almeida Santos Nobre, com apoio das estagiárias Milena Machado Oliveira e Taynara Fabiani Orlandini.

A atividade visa não apenas aumentar o conhecimento sobre a origem do leite, mas também estimular os alunos a refletirem sobre a importância de hábitos alimentares conscientes e a valorização dos alimentos”, explicou Juliana Pissaia.

Segundo ela, o projeto surgiu a partir da percepção da baixa aceitabilidade do consumo de alimentos essenciais para o crescimento e desenvolvimento saudável dos alunos, como a redução espontânea do consumo do leite e seus derivados, bem como de carnes e ovos.

“Isso tem nos preocupado muito, pois sabemos que a longo prazo a falta desses alimentos pode prejudicar o crescimento, desenvolvimento e até o envelhecimento saudável. Escolhemos o leite para iniciar a ação do 1º bimestre e vamos seguir com os demais alimentos até o final do ano”, acrescentou a responsável pela Merenda Escolar no Município.

O leite é um alimento rico em cálcio, essencial para a saúde dos ossos e dentes e para a contração muscular, entre outras funções essenciais. Traz outros nutrientes como proteínas, carboidratos e lipídeos, e micronutrientes como fósforo e vitaminas B12, entre outras.

Já carnes e ovos são fontes de proteínas de alto valor biológico, contendo vitaminas e minerais essenciais para a manutenção e renovação de tecidos e funções vitais do organismo. As carnes de origem animal previnem e tratam anemia ferropriva.

“É muito importante que os alunos, pais e cuidadores tenham ciência da importância dos nutrientes contidos no leite, nas carnes e ovos para uma boa saúde. Nosso objetivo é atingir o maior número de alunos ao longo do ano e futuramente realizar uma ação voltada para os pais”, completou Juliana.

A ação de Educação Nutricional contou com uma apresentação visual e uso de material lúdico, seguida de uma dinâmica simulando a ordenha utilizando uma vaca de papelão, proporcionando aos alunos uma experiência prática e interativa.

Projetos como este em Nova Odessa também contribuem para a formação dos estudantes de Nutrição, que podem aplicar seus conhecimentos em práticas reais de Educação Nutricional, ajudando a construir uma sociedade mais informada e responsável quanto à alimentação e à saúde.

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Saúde

Ultraprocessados são necessários para garantir o consumo proteico de veganos?

Estudo da USP mostra que, muitas vezes, esses indivíduos recorrem a itens poucos saudáveis para assegurar o aporte de proteínas; saiba quais são os pontos de atenção

Por Thais Szegö, da Agência Einstein

Seja por questões ambientais, seja para se alimentar de forma mais saudável, o número de vegetarianos é crescente no mundo todo. De acordo com uma pesquisa da Sociedade Vegetariana Brasileira, entre 2012 e 2018, houve um salto de 75% dessa população no país — incluindo aqueles que excluem apenas carnes, os vegetarianos, e os que não consomem qualquer produto de origem animal, os veganos.

Por isso, a oferta de produtos voltados a esse público nos supermercados também é crescente. “É fato que a alimentação vegana tem se tornado mais comum, e discute-se muito se os adeptos são capazes de atingir as necessidades diárias de proteína e aminoácidos essenciais”, diz o nutricionista e fisiologista clínico do exercício Hamilton Roschel, que liderou uma pesquisa na Universidade de São Paulo (USP) publicada no Jama Network Open.

O trabalho avaliou o consumo alimentar de 774 pessoas veganas a partir de um recordatório alimentar, que registra tudo o que se consome ao longo de um dia típico. Com esses dados em mãos, os pesquisadores puderam quantificar não apenas os nutrientes ingeridos, mas também a contribuição calórica por grau de processamento (alimentos in natura e minimamente processados, processados e ultraprocessados).

Os resultados mostraram que a maioria dos participantes atende às recomendações de ingestão de proteínas e aminoácidos essenciais – moléculas que formam as proteínas, mas que não são produzidas pelo corpo e têm funções específicas no metabolismo.

Observou-se, ainda, que a maioria da energia diária – 66% das calorias ingeridas – dos veganos é proveniente de alimentos in natura, ou seja, que não sofrem alterações para ser consumidos; e minimamente processados, aqueles que passaram apenas por processos que não envolvem adição de sal, gordura, açúcar ou outras substâncias.

Outro achado é que os que ingeriam menos ultraprocessados eram mais propensos à inadequação do consumo de proteínas. “O fato de o estudo ter apontado que muitas pessoas com esse tipo de alimentação atingem a quantidade recomendada de proteínas, mas com a dependência de alimentos ultraprocessados, faz sentido em um contexto em que fontes vegetais integrais, embora ricas em nutrientes, podem ter uma densidade proteica mais baixa em relação às de fonte animal, exigindo porções maiores para alcançar as metas nutricionais”, afirma Serena del Favero, nutricionista do Espaço Einstein, unidade de esporte e reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo a pesquisa, os principais ultraprocessados consumidos pelos veganos analisados são a proteína texturizada de soja e os suplementos proteicos à base de plantas. “Embora tenhamos encontrado valores de consumo de alimentos ultraprocessados menores entre veganos quando comparados a dados populacionais, esses itens parecem assumir algum grau de relevância no atendimento à necessidade nutricional de proteínas desses indivíduos”, observa Roschel.

Os ultraprocessados têm sido investigados pelo número crescente de evidências de que seus altos teores de açúcar, sódio, gordura e aditivos químicos têm relação com o aumento de casos de obesidade, diabetes, câncer e outros males.

No dia a dia do consultório, a nutricionista do Einstein tem observado o maior consumo desses produtos por pacientes veganos para garantir o aporte proteico necessário. “Isso é particularmente comum em quem busca praticidade, já que ultraprocessados são mais fáceis de preparar e podem ser consumidos rapidamente”, conta del Favero.

Embora a proteína texturizada de soja e os suplementos à base de planta sejam considerados ultraprocessados, não há evidência de que eles possam causar os mesmos efeitos negativos que os ultraprocessados típicos — caso de salgadinhos, biscoitos recheados e bebidas prontas, por exemplo.

Outros alimentos proteicos consumidos frequentemente foram os substitutos de produtos cárneos, como bifes, hambúrgueres e linguiças veganas. Esses costumam — embora não seja uma regra — ter um perfil nutricional desbalanceado e podem ser deletérios para a saúde se consumidos em excesso”, diz o professor da USP.

Como fazer boas escolhas

Apesar de os ultraprocessados funcionarem como atalhos, uma alimentação mais natural, com ingredientes que também são boas fontes de proteínas — como leguminosas, grãos integrais, sementes e oleaginosas —, oferece uma qualidade nutricional superior.

Tofu e tempeh são excelentes opções à base de soja, menos processadas e versáteis para uso culinário. Outras alternativas incluem a farinha de grão-de-bico, a levedura nutricional, as algas e os vegetais verdes-escuros, que complementam a ingestão proteica e de nutrientes importantes, como o ferro.

A combinação de diferentes fontes vegetais ao longo do dia ajuda a garantir todos os aminoácidos essenciais de forma equilibrada e natural. Se mesmo assim a inclusão de ultraprocessados for necessária, a orientação é checar o rótulo com cuidado, analisando os ingredientes e a composição nutricional do produto.

“O objetivo é incentivar um consumo mais equilibrado, reduzindo a dependência dos ultraprocessados sem ignorar completamente seu papel em uma rotina vegana moderna”, afirma Serena del Favero.

Na hora da compra, siga as seguintes dicas:

  1. Priorize produtos com listas de ingredientes curtas e simples

É ideal que ingredientes como soja, ervilha e grão-de-bico apareçam entre os primeiros itens, indicando ser o componente principal. Evite aqueles que têm muitos nomes desconhecidos ou complicados, que indicam maior nível de processamento.

  1. Fique de olho no sódio

Alimentos ultraprocessados frequentemente têm níveis elevados desse ingrediente para conservar e realçar o sabor.

  1. Atenção às gorduras

Cheque sempre a quantidade de gorduras e evite itens com gorduras trans e altos níveis de saturadas.

  1. Aposte nas fibras

Escolha produtos que também sejam ricos em fibras, já que muitos ultraprocessados podem perder essa substância no processo de fabricação.

  1. Prefira alimentos fortificados com vitaminas e minerais

Produtos com doses extras de vitamina B12, ferro, cálcio e vitamina D podem ser boas escolhas para veganos, pois esses nutrientes são mais difíceis de se obter em uma dieta baseada em plantas.

  1. Maneire no açúcar

Cuidado com açúcares ocultos e evite os produtos com açúcar adicionado. Muitos ultraprocessados têm açúcar ou xaropes para melhorar o sabor.

  1. Nem todos os ultraprocessados são iguais

Varie as marcas e as opções e compare ingredientes e tabelas nutricionais, optando sempre pelas mais simples e com melhor perfil nutricional.

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

Excesso de frutose favorece a inflamação, aponta pesquisa brasileira

A substância também é associada com o aumento do risco cardiovascular. Ao contrário do que muitos pensam, o perigo não está nas frutas, e sim nos industrializados

Um estudo realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e recém-publicado no periódico Nutrition chega para comprovar os prejuízos atrelados ao consumo excessivo de frutose. Esse tipo de açúcar é encontrado naturalmente nas frutas, mas tem sido adicionado em produtos como refrigerantes, sucos, cereais matinais, bolos, achocolatados, sorvetes, entre outros itens industrializados.

Após conduzir pesquisas com animais de laboratório, que apontaram uma associação entre o exagero na substância e processos inflamatórios, a equipe mineira realizou um ensaio clínico com 22 mulheres saudáveis, com idades entre 20 e 47 anos. Em ambiente ambulatorial, no complexo do Hospital das Clínicas da UFMG, as participantes receberam café da manhã padronizado e foi incluída uma bebida, desenvolvida para o estudo, rica em frutose.

Amostras de sangue foram coletadas em jejum e após 30, 60, 120 e 240 minutos da refeição. Para comparação, foram oferecidos preparados de glicose e depois de sacarose, com intervalos de alguns dias entre cada um. Os exames de sangue também se repetiram nas duas ocasiões. “Observamos que a frutose leva a um aumento mais significativo nas concentrações de triglicérides e de leucócitos quando comparada com a glicose e a sacarose”, relata a nutricionista Ana Maria S. Rodrigues, autora principal do trabalho.

Sobre os triglicérides, sabe-se que taxas elevadas dessas moléculas de gordura estão relacionadas com aumento do risco cardiovascular. Já os leucócitos, nossas células de defesa, ajudam a sinalizar inflamações.

Outros trabalhos também demonstraram um elo entre o exagero na frutose e danos à saúde. “Há uma relação com a síndrome metabólica”, comenta Rodrigues. A nutricionista refere-se ao distúrbio marcado por taxas elevadas de glicose e de colesterol, além de hipertensão arterial e gordura abdominal.

Gabriela Mieko, nutricionista do Espaço Einstein de Reabilitação e Esporte, do Hospital Israelita Albert Einstein, acrescenta mais itens à lista. “Existem evidências sobre o aumento no risco do diabetes tipo 2, além da esteatose hepática não alcoólica, que é o acúmulo de gordura no fígado, e ainda, com a elevação dos níveis de ácido úrico no sangue”, comenta.  Esse último pode levar ao desenvolvimento de gota, mal por trás da inflamação nas articulações.

Açúcar das frutas x açúcar dos refrigerantes

A frutose também aparece em diversos trabalhos pela relação com a obesidade. E é justamente por esse motivo que já tem até gente excluindo as frutas do cardápio, sem a menor necessidade. Por isso, é fundamental alertar sobre as diferenças entre a frutose que vem da natureza e aquela que tem aparecido nas gôndolas dos supermercados.

Pela classificação química, a frutose é um monossacarídeo. Significa que se trata de uma combinação de moléculas que forma um carboidrato simples, que apresenta absorção rápida pelo organismo.

Esse açúcar aparece nas frutas, no mel e até em algumas hortaliças. Mas, devido ao seu alto poder de adoçar e à capacidade de reter água, despertou a atenção de cientistas que o isolaram em laboratório, no século 19.

Sua popularidade aumentou mesmo com o surgimento do xarope de milho, na década de 1960. E foi a partir daí que passou a competir com a sacarose, oriunda da cana-de-açúcar, na formulação de produtos industrializados. Nesses itens, especialmente refrigerantes, sucos e afins, o que se vê é uma alta concentração da substância.

Já nas frutas, os teores são muito menores e há uma porção de vitaminas, sais minerais, antioxidantes, compostos bioativos e fibras, num mix benéfico. “A interação entre todas essas substâncias atenua a velocidade de absorção da frutose”, explica Mieko.

Não bastasse favorecer o equilíbrio glicêmico, essa mistura ajuda a combater processos inflamatórios. Inclusive, uma sugestão ao consumir frutas é não dispensar bagaço ou cascas, sempre que possível. Assim ocorre maior ingestão de fibras e se garante ainda mais os tais benefícios.

A nutricionista do Einstein chama a atenção para uma triste realidade do nosso país.  “As últimas Pesquisas de Orçamento Familiar (POF) mostram que os brasileiros têm consumido cada vez menos frutas, verduras e legumes”, lamenta. Por outro lado, observa-se o crescimento na ingestão de produtos classificados como ultraprocessados, que são ricos em todos os tipos de açúcar, incluindo a frutose.

Não custa reforçar a recomendação de diversos órgãos de saúde: abra mais espaço no cardápio para alimentos in natura e de origem vegetal.  Outra dica, sempre bem-vinda, é esmiuçar todos os detalhes dos rótulos de itens industrializados.

Embora a frutose apareça com seu próprio nome na lista de ingredientes, também pode vir com outras designações. “Xarope de milho, açúcar de fruta ou a sigla HFCS (do inglês High Fructose Corn Syrup) sinalizam a presença da substância”, ensina a nutricionista. Um olhar atento ajuda a evitar o excesso de frutose e os prejuízos atrelados e comprovados pela ciência.

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

Beber café ao acordar faz mal? Sem comprovação, dúvida se espalha nas redes

A bebida tem sido associada com efeitos negativos ao equilíbrio do cortisol, o hormônio do estresse; saiba quanto é seguro consumir e os horários ideais

Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein

Embora diversos estudos tragam evidências sobre os benefícios atrelados ao consumo moderado de café, vira-e-mexe ele está na berlinda, acusado de danos à saúde. Há quem tenha deixado de bebê-lo ao acordar porque, há alguns anos, se disseminou a ideia de que a cafeína afeta negativamente o processo natural que leva ao despertar, propiciando, inclusive, uma maior tolerância à substância.

De acordo com essa corrente, o hábito estimularia ainda mais a secreção de cortisol, hormônio que já apresenta níveis elevados no nosso corpo logo cedo. E o resultado seria um desequilíbrio nesse mecanismo. Será mesmo?

“Ainda que exista alguma correlação indireta entre a ingestão de cafeína e a produção de cortisol, não há evidências de impactos importantes ao organismo”, afirma a endocrinologista Cláudia Schimidt, professora da pós-graduação do Hospital Israelita Albert Einstein. Os possíveis efeitos da substância sobre o hormônio estariam ligados apenas a pessoas sensíveis e com a ingestão exagerada.

“Trata-se de um movimento conhecido como terrorismo nutricional”, comenta Schimidt, lembrando que diversos alimentos são apontados como vilões da saúde. Num contexto saudável, o café tem sido associado à proteção cardiovascular e contra o diabetes, sem contar os ganhos cognitivos. Também há indícios de que ajude a combater a depressão e distúrbios neurodegenerativos.

Já o exagero esse, sim, traz prejuízos. “A cafeína, quando em demasia, pode causar taquicardia e, em alguns casos, arritmia, além de estar relacionada com a ansiedade”, destaca a nutricionista Letícia Ramalho, doutora pelo Laboratório de Cronobiologia e Sono, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro do Conselho de Nutrição da Associação Brasileira do Sono (ABSONO). Inclusive, vale destacar o uso indiscriminado da suplementação de cafeína, que é cada vez mais comum, e pode desencadear todos esses distúrbios.

Ramalho observa que, mesmo com todos esses sintomas, ainda assim não dá para estabelecer associação direta entre a bebida e a produção de cortisol. “Não se trata da mesma via de liberação”, diz.

Benefícios hormonais

Embora o cortisol seja lembrado, sobretudo, como o hormônio do estresse, ele desempenha funções essenciais ao organismo. “É liberado pela glândula suprarrenal, na corrente sanguínea, em resposta à ativação do sistema nervoso simpático, que é aquele acionado quando existe luta ou fuga”, explica a nutricionista. Assim, interfere na irrigação sanguínea, na pressão arterial, preparando o corpo para “correr ou atacar”.

Mas também está envolvido com o sistema imunológico, ajudando a combater inflamações, e atua no metabolismo da glicose, por exemplo. E, por contribuir para manter o organismo em estado de alerta, a regulação desse hormônio segue o nosso relógio biológico. “Sua produção começa a se elevar ainda na madrugada, atingindo o pico por volta das 8 horas da manhã e apresentando os menores níveis em torno das 11 horas da noite”, explica a endocrinologista do Einstein.

Ao anoitecer, com menor incidência de luz, entra em cena outro hormônio, a melatonina, que favorece o adormecer. Essas flutuações hormonais costumam ser ditadas pelo ritmo circadiano. “Não sofrem influência da alimentação, mas podem ser modificadas de acordo com os hábitos de sono, como nos trabalhadores noturnos”, comenta Letícia Ramalho.

Café e sono

Ao contrário da polêmica relacionada ao consumo de café logo cedo, ninguém questiona que saborear a bebida perto da hora de ir para a cama pode resultar em insônia. Apesar de o café não se resumir à cafeína – a bebida concentra compostos protetores, além de vitaminas e sais minerais –, a substância é sempre a mais destacada.

Pela classificação, a cafeína é um alcaloide e, mesmo que apresente ação antioxidante e anti-inflamatória, seu papel mais estudado é o de estimulante do sistema nervoso central.

A explicação por trás dessa atuação é a de que a substância bloqueia o efeito da adenosina. A adenosina, por sua vez, é uma molécula definida como neuromodulador, que reduz descargas nervosas, tornando mais lenta a liberação de neurotransmissores – os mensageiros químicos responsáveis pela comunicação entre os neurônios.

Em resumo, com a chegada da cafeína, as sensações de cansaço e a sonolência são suprimidas, dando lugar à disposição e agitação. Daí a dica de evitá-la à noite ou mesmo durante a tarde. Os últimos achados da literatura científica recomendam consumir café, no máximo, entre sete e nove horas antes de ir dormir. “Em geral, o limite para a última xícara seria por volta das 15 horas”, orienta a nutricionista.

Tudo vai depender, claro, da rotina de cada um. Quanto à quantidade de cafezinhos, algumas diretrizes sugerem três ou até quatro xícaras diárias para um adulto saudável. Indica-se ainda não ultrapassar a marca de 400 mg de cafeína por dia.  Em média, uma xícara (150 ml) de café coado costuma apresentar 100 ml da substância. O tipo expresso concentra a maior quantidade, numa xícara (75 ml) há cerca de 150 mg.

Não custa reforçar que, sem excessos, o café pode ser um grande aliado da saúde.

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

Por que o leite não deve ser banido do seu cardápio, segundo a ciência

Novo estudo absolve os laticínios do risco de pré-diabetes; outros trabalhos mostram que leite e seus derivados não favorecem males cardiovasculares e inflamações

 Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein

Relatos históricos dão conta de que o ser humano começou a beber leite em 5000 a.C., período em que se originou a prática da ordenha. Ultimamente, porém, essa convivência milenar tem sido abalada por um movimento conhecido como terrorismo nutricional, que coloca diversos alimentos como vilões.

Por outro lado, despontam pesquisas mostrando que os lácteos não devem ser banidos do cardápio sem respaldo médico. Afinal, eles oferecem muitos benefícios. Um dos estudos mais recentes, publicado em novembro no periódico científico Clinical Nutrition, absolve grande parte dos laticínios de favorecer o surgimento do pré-diabetes.

O trabalho traz, inclusive, um elo entre o consumo de leite desnatado e a redução do risco da doença. Mas mostra, por sua vez, que o excesso de lácteos ricos em gordura pode ser prejudicial.

O pré-diabetes é um distúrbio metabólico marcado por níveis alterados de glicose no sangue, mas que não ultrapassam os limites da classificação para o diabetes. É diagnosticado por meio de exames laboratoriais. Se detectado ainda no estágio inicial, mudanças no estilo de vida – prática de exercícios e alimentação saudável – podem reverter a situação e normalizar a glicemia. No entanto, quando não é identificado precocemente, tende a evoluir para o diabetes tipo 2, doença vinculada a males circulatórios, renais e oculares.

Para chegar à conclusão, pesquisadores europeus avaliaram dados de 7.521 participantes oriundos de um grande estudo britânico, o Fenland.  Ainda que se trate de uma associação, que não estabelece uma relação de causa e efeito, o trabalho levanta hipóteses promissoras.

Já sobre o elo dos laticínios com males cardiovasculares, há evidências de que, dentro do equilíbrio, não aumenta o risco — inclusive, um estudo nacional, o Elsa-Brasil, aponta benefícios às artérias. E quanto à relação com processos inflamatórios, ainda não há comprovação científica de que a ingestão sirva de estopim.

“Entretanto, para quem apresenta alergias ou intolerâncias, o leite pode, sim, favorecer inflamações”, comenta a nutricionista Daniela Boulos, da Unidade de Check-Up do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, segundo a nutricionista, a caseína – principal proteína da bebida – pode estar por trás de desconfortos, sobretudo em organismos mais sensíveis. “Ela costuma ser difícil de digerir”, diz.

Mas nada de agir por conta própria. “Antes de restringir lácteos no dia a dia, é fundamental buscar o diagnóstico certeiro”, orienta Carla Muroya, nutricionista do Programa Obesidade e da Unidade Check-up do Hospital Israelita Albert Einstein.

Alergia x intolerância

No caso de alergia, o que ocorre é uma resposta diferenciada do sistema imunológico frente à proteína e que dispara a produção de uma série de mediadores inflamatórios responsáveis por reações exacerbadas. Sintomas como vômitos, diarreia e até falta de ar são comuns. Os exames laboratoriais, assim como o teste de provocação, ajudam a bater o martelo.

Já a intolerância à lactose se dá porque o organismo produz pouca enzima lactase, a responsável pela quebra da famosa substância, que é um tipo de açúcar. Distensão abdominal, flatulência e desarranjos intestinais são exemplos de distúrbios desencadeados. Aqui, além de avaliação clínica, testes respiratórios, de glicose e até genéticos são indicados para flagrar o problema.

Afora essas situações e quando não há nenhum mal-estar decorrente da ingestão de lácteos, não existem motivos para excluí-los. A restrição pode até trazer prejuízos.

Um mix de nutrientes

O leite e seus derivados concentram nutrientes essenciais à saúde, tanto que as diretrizes alimentares recomendam três porções diárias. Um dos maiores destaques é o cálcio, mineral reconhecido pelo seu papel no esqueleto. Trata-se do principal nutriente da mineralização dos ossos, contribuindo para fortalecê-los.

O cálcio ainda está envolvido nas contrações musculares, daí ser indispensável, especialmente aos praticantes de atividade física. E há evidências de que favorece o controle da pressão arterial.

Laticínios também ofertam proteína, sobretudo a já citada caseína. Proteínas, em geral, são fundamentais para a formação de tecidos, manutenção dos músculos e colaboram para a sensação de saciedade.

Vale mencionar que lácteos são fontes de vitaminas: oferecem vitamina A, algumas integrantes do complexo B, além de pequenas quantidades da vitamina D, numa mistura que, entre outros atributos, beneficia a saúde óssea e a imunidade.

A lista ainda não acabou. “Outro nutriente que marca presença é a gordura, sobretudo a saturada”, aponta Daniela Boulos. E esse tipo, quando consumido em excesso, pode cooperar para o aumento nas taxas de colesterol e prejudicar as artérias.

Para indivíduos adultos, a sugestão é optar pelo leite na versão desnatada. Queijos mais magros, como o minas frescal, o cottage e a ricota, também estão entre os lácteos recomendados.

Um olhar atento aos rótulos é mais um conselho das especialistas. Ainda assim, a parcimônia é sempre bem-vinda. Exageros podem pôr tudo a perder — assim como para diversos outros alimentos.

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

Saiba como evitar refluxo após a ceia de Natal

Médico dá dicas para quem sofre com a doença

As delícias das ceias de Natal e Ano novo podem se tornar um grande problema para quem sofre com refluxo. Pratos mais gordurosos, bebidas com gás e nossa tendência ao exagero podem ativar o problema.

Segundo o Ministério da Saúde, neste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou atendimento de 62 mil pacientes com sintomas na Doença do Refluxo Gastroesofágico. Mais de 3.200 tiveram que ser internados.

Quem tem refluxo precisa ter uma atenção maior com pratos como tender, pernil, salpicão com muita maionese, espumante, chocolate, especialmente em excesso, conforme o médico endoscopista Hugo Guedes.

“Esses alimentos acabam piorando o refluxo porque, de alguma forma, ou eles aumentam a demanda de produção de ácido para serem digeridos ou podem potencializar em grande volume o retorno do ácido que está no estômago para o esôfago. Então, a gente tem que tomar cuidado com esse tipo de alimento na ceia de Natal”.

Não é preciso deixar de aproveitar a ceia. O médico recomenda comer em menor quantidade, não beber durante a refeição, dar um intervalo de 30 minutos, pelo menos, antes ou depois de comer.

Se a pessoa passar mal, a orientação é dar tempo para a digestão.

“Tente aí manter um tempo de jejum para que possa ter a passagem do alimento para a intestino e a digestão possa acontecer. Não deite logo após se alimentar. Fique um tempo sentado, caminhadas leves ou atividades leves podem ajudar. E, caso os sintomas não melhorem, você pode recorrer aos medicamentos, inicialmente com os antiácidos, e, em casos mais sintomáticos, os protetores gástricos propriamente ditos”, afirma Hugo Guedes.

Sintomas

Os sintomas típicos do refluxo são queimação no estômago, azia, dor no peito, enjoo, regurgitação, tosse, pigarro e sensação de garganta arranhada.

Se as dores ou os sintomas não melhorarem, é necessário procura um médico para o tratamento correto.

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