Com dramaturgia de Claudia Barral, o espetáculo será apresentado em Campinas antes de embarcar por uma turnê nas cidades de Belém, São Luís, Recife e Salvador
O grupo Os Geraldos, de Campinas, abre as portas de sua sede – o Teatro de Arte e Ofício, em Campinas – para duas apresentações gratuitas do espetáculo “Cordel do Amor sem Fim – ou A Flor do Chico”, que tem texto de Claudia Barral e direção de Gabriel Villela. As sessões acontecerão neste sábado (dia 3), às 19h e 21h, com entrada gratuita, no TAO, e antecedem uma turnê por quatro capitais brasileiras, que começa na próxima semana, em Belém, seguindo depois para São Luís, Recife e Salvador, onde o projeto será encerrado com a presença de Claudia Barral, a autora.
Além das apresentações, a programação inclui uma residência artística em cada cidade, com oficinas de gestão cultural, acompanhamento da montagem técnica e do ensaio musical, bate-papo após as apresentações e a oficina “A música e a cena”.
A peça, que estreou em 2021, tem alcançado sucesso de público e crítica em importantes circuitos teatrais brasileiros, como o Festival de Curitiba, o Cena Contemporânea (Brasília/DF), o Tiradentes em Cena (MG), o Festival Nacional de Teatro de Passos, dentre outros, já tendo sido vista por mais de 10 mil pessoas, de 27 municípios brasileiros. A história nos apresenta três irmãs que vivem em Carinhanha, uma cidade do sertão baiano, às margens do Rio São Francisco. A mais nova das moças, às vésperas de seu noivado, apaixona-se por um viajante no porto, um acaso que muda o rumo de todas as personagens dessa história sobre a espera, o tempo e o amor. Com músicas tocadas e cantadas ao vivo, a obra trará canções da Música Popular Brasileira.
A montagem reúne artistas que têm em comum o trabalho com o teatro popular: o diretor mineiro Gabriel Villela, com seu universo barroco, musical, colorido e popular; a dramaturga Claudia Barral, nascida em Salvador e inspirada pelas narrativas, poesias e culturas locais do sertão baiano; e o grupo do interior paulista Os Geraldos, cuja trajetória, de 16 anos, foi sempre traçada na cultura popular, realizando, com seus espetáculos, ampla circulação pelo Brasil principalmente das cidades pequenas – foram mais de 80 municípios, de nove estados brasileiros, além de três outros países: Argentina, Peru e Marrocos.
Gabriel Villela – que tem contribuição também na Música Popular Brasileira, com a direção de shows de Maria Bethânia, Milton Nascimento, Elba Ramalho e Ivete Sangalo – já dirigiu mais de 50 espetáculos teatrais, participando de várias edições do Festival de Curitiba, desde a primeira, com “A Vida é Sonho”, “Romeu e Julieta”, “Sua Incelença, Ricardo III”, dentre outras obras. Já trabalhou com artistas como Renata Sorrah, Laura Cardoso, Beatriz Segall, Walderez de Barros, Marcello Antony, Regina Duarte, Thiago Lacerda, entre outros grandes nomes das artes cênicas nacionais. Já recebeu Prêmios Molière, Sharp, Shell, Troféus Mambembe, Troféus APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), Prêmios APETESP (Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo), Prêmios PANAMCO, Zilka Salaberry, além de dezenas de premiações internacionais, como no Festival Theater Der Welt in Dresden (Alemanha), Word State Festival, em Toronto (Canadá), “Globe to Globe”, no Shakespeare`s Globe Theatre (Londres, Inglaterra), dentre outros. Sua poética e produção artística estão registrados no livro “Imaginai! O teatro de Gabriel Villela”, de Dib Carneiro Neto e Rodrigo Audi, lançado em 2017 e vencedor, na categoria de livro de arte, do Prêmio Jabuti 2018. Recentemente foi vencedor do Prêmio Governador do Estado na categoria Teatro pela direção de Ubu Rei 2023, com o grupo Os Geraldos.
Em mais de 30 anos de trajetória profissional, foi a primeira vez que Villela dirigiu um espetáculo no interior paulista, levando a Campinas profissionais como Babaya Morais, de Belo Horizonte (MG), Francesca Della Monica, de Florença (Itália), e Everton Gennari, de Birigui (SP), que trabalharam a espacialização e antropologia da voz, o assistente de figurinos e adereços José Rosa, de Caculé (BA), e os assistentes de direção Zé Gui Bueno e Ivan Andrade, de São Paulo. Andrade é parceiro de criação de Villela em outras obras e segue carreira de diretor.
A turnê conta com o patrocínio master da Vale, multinacional brasileira de mineração e uma das maiores operadoras de logística do país. A Vale é reconhecida como uma das principais empresas de mineração do mundo e a maior produtora de minério de ferro, pelotas e níquel. As duas apresentações de Campinas contam com o patrocínio da Porto.

Sobre o grupo
Os Geraldos tem sede em Campinas (SP) desde 2008 e atua em três frentes de trabalho: Criação Artística, ao criar e manter em circulação seus espetáculos; Projetos Formativos, ao oferecer cursos sobre a arte do ator e gestão cultural, a partir da prática do grupo e de pesquisas de mestrado e doutorado de seus integrantes; e Territórios Culturais, ao instituir espaços que possam sediar, para além das atividades do grupo, outros eventos artísticos, como ocorre em sua atual sede, o Teatro de Arte e Ofício (TAO), um dos mais importantes espaços culturais de Campinas.
O grupo já circulou por mais de 100 municípios, de três países e de dez estados brasileiros, e foi indicado ao Prêmio Governador do Estado de Territórios Culturais (2017), além de receber mais de 40 prêmios, em festivais nacionais e internacionais e é filiado ao ISPA (Sociedade Internacional de Artes Performativas) desde 2023, em 2024 partirá para Barcelona para participação do projeto La Casa del Teatre Nu: Residency for Performing Artists.
Serviço:
Cordel do Amor sem Fim – ou A Flor do Chico
Campinas/SP
Data: 03 de agosto sábado, às 19 e 21 horas
Local: Teatro de Arte e Ofício – TAO -( Rua conselheiro antônio prado, 529 – Vila Nova )
Entrada franca. Os ingressos estarão disponíveis para retirada através do link do sympla: https://www.sympla.com.br/cordel-do-amor-sem-fim—ou-a-flor-do-chico__2572457 ou na bilheteria do teatro
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Lotação: 170 lugares