SAÚDE

RMC

Hortolândia acelera projeto para criar Cerest e reforçar proteção ao trabalhador

Prefeito Zezé Gomes se reúne com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos, do Conselho Municipal de Saúde e da Secretaria de Saúde para avançar na implantação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, que integrará poder público, trabalhadores e empresas

O objetivo foi avançar no desenho do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, considerado peça-chave para qualificar o atendimento e ampliar a vigilância sobre doenças e riscos ligados ao trabalho em Hortolândia

Hortolândia deu um passo decisivo para criar seu próprio Cerest, órgão essencial para a saúde e a segurança dos trabalhadores. Em uma reunião estratégica nesta segunda-feira, dia 24, prefeitura, sindicato e conselho de saúde alinharam ações para tirar o projeto do papel.

A futura unidade promete integrar poder público, empresas e trabalhadores em uma política mais forte de prevenção, investigação e cuidado. O tema ganha relevância em uma cidade com forte atividade industrial e crescente demanda por ambientes de trabalho mais seguros.

O encontro reuniu o prefeito Zezé Gomes, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, Jair dos Santos, representantes do Conselho Municipal de Saúde e o secretário de Saúde, Dênis Crupe.

O objetivo foi avançar no desenho do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, considerado peça-chave para qualificar o atendimento e ampliar a vigilância sobre doenças e riscos ligados ao trabalho em Hortolândia.

O Cerest é um serviço especializado que:

  • atende trabalhadores com doenças ou lesões associadas ao trabalho;

  • investiga condições e ambientes laborais;

  • realiza ações de vigilância e prevenção;

  • produz análises epidemiológicas em parceria com a Vigilância Sanitária;

  • orienta empresas e trabalhadores sobre direitos, normas e boas práticas.

Na prática, o órgão ajuda a identificar riscos cedo, evitar acidentes e garantir que direitos sejam respeitados.

Zezé Gomes reforçou que o Cerest beneficia toda a cadeia produtiva de Hortolândia.

“Fui trabalhador de chão de fábrica por mais de dez anos. Sei como é importante contar com um órgão que acompanhe, proteja e garanta direitos. Isso é bom para o trabalhador e melhor ainda para a empresa, que evita problemas no futuro”, afirmou.

Segundo ele, a implantação precisa envolver setores econômicos e sociais da cidade, incluindo lideranças empresariais.

Como encaminhamento, o Conselho Municipal de Saúde, o Sindicato dos Metalúrgicos e a Secretaria de Saúde organizarão um seminário aberto à população. O evento reunirá trabalhadores, empresas e lideranças locais para apresentar as funções do Cerest e ampliar o debate público.

Nos próximos dias, a Secretaria de Saúde divulgará data e local.

“Com o aval do prefeito Zezé, vamos preparar um seminário essencial para trabalhadores e empresários. Vamos valorizar saúde, bem-estar e segurança”, destacou o secretário Dênis Crupe.

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Saúde

Como o estilo de vida pode influenciar a saúde durante a menopausa

Documento internacional mostra que alimentação, sono, exercício e saúde mental são grandes aliados da mulher para enfrentar essa fase de maneira mais leve e saudável

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Por muito tempo, a menopausa foi tratada apenas do ponto de vista hormonal. Mas a ciência vem mostrando que o estilo de vida tem papel central na forma como cada mulher atravessa essa fase. Um documento recém-publicado pela Sociedade Internacional de Menopausa, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), consolida esse conceito ao relacionar a medicina do estilo de vida com a saúde da mulher nesse momento.

“Qualquer mulher que esteja nessa fase precisa passar por adaptações de estilo de vida. Não tem como passar bem pela menopausa se não fizer isso”, afirma a médica ginecologista e nutróloga Alessandra Bedin, do Einstein Hospital Israelita. “Esse documento veio sedimentar algo que vem se falando há algum tempo.”

A menopausa é um processo natural e inevitável. Com o aumento da expectativa de vida da população, o tema ganha ainda mais importância. “Se pensarmos numa expectativa média de 90 anos, são cerca de 45 anos de menopausa. Precisamos pensar em qualidade, e não apenas em tempo, de vida”, observa Bedin.

O documento enfatiza que, embora as terapias hormonais e farmacológicas tenham papel importante nesse período da vida da mulher, o cuidado com o estilo de vida é a base da saúde na menopausa. A publicação se apoia em seis pilares principais, reconhecidos pela medicina do estilo de vida.

Saiba mais sobre como cada um deles se aplica no climatério:

  1. Alimentação

Ter uma alimentação equilibrada é a principal medida para evitar sobrepeso, obesidade e doenças cardiovasculares na menopausa. O estrogênio é o principal fator protetor da saúde feminina na idade reprodutiva, e a queda desse hormônio a partir dos 45 anos favorece o acúmulo de gordura visceral, que é mais inflamatória e perigosa. Por isso, com a menopausa, o risco cardiovascular aumenta. “Esse é um ponto crítico de virada para a mulher em termos de saúde e complicações”, observa Alessandra Bedin.

Dietas ricas em vegetais, frutas e grãos integrais ajudam a reduzir o risco dessas doenças e de osteoporose. “A pirâmide alimentar da Dieta Mediterrânea inclui, com moderação, o consumo de proteínas animais. A base está nos vegetais e [cereais] integrais; depois vêm os peixes, as aves e, por último, a carne vermelha magra.”

O consumo adequado de cálcio e vitamina D também é essencial para a manutenção da saúde óssea. “Na menopausa, a recomendação é ingerir 1.200 mg de cálcio por dia, ou quatro porções de leite ou derivados. Cada porção equivale a um copo de leite, uma fatia grossa de queijo, um copo de iogurte. A maioria das mulheres não consegue atingir essa meta apenas com a dieta”, afirma a médica. A vitamina D, por sua vez, depende majoritariamente da exposição solar, por isso é comum que precise de suplementação.

  1. Atividade física

O exercício regular é um dos pilares mais importantes da medicina do estilo de vida e a principal recomendação para mulheres que não podem fazer reposição hormonal por alguma questão de saúde (como câncer de mama). “O exercício de fato impacta na redução dos sintomas vasomotores, melhora o sono, atua na prevenção da osteoporose e da sarcopenia e tem efeito anti-inflamatório importante”, ressalta a ginecologista.

O ideal é combinar movimentos aeróbicos com os de força (resistidos), mas o documento frisa que o essencial é sair do sedentarismo. Uma vida fisicamente ativa ajuda a controlar o peso, reduzir gordura visceral, liberar endorfinas e diminuir a ansiedade. Além disso, há evidências de que o exercício reduz os fogachos (ondas de calor) típicos da menopausa, possivelmente por atuar no sistema cerebral de termorregulação.

  1. Bem-estar mental

O controle do estresse e das emoções é outro ponto essencial da medicina do estilo de vida. Estudos mostram que o estresse crônico aumenta o risco cardiovascular e piora sintomas, como os fogachos. “Quando aumentam os níveis de adrenalina e cortisol, os sintomas vasomotores pioram. E com a queda do estrogênio, a mulher fica mais vulnerável a transtornos de humor e ansiedade”, explica a médica do Einstein.

Vale incorporar práticas como terapia, mindfulness (atenção plena) e meditação, além de buscar acompanhamento profissional quando necessário. “Brincamos que o climatério é uma TPM prolongada. E é preciso cuidar da saúde mental com a mesma seriedade que cuidamos do corpo”, diz Alessandra Bedin.

  1. Substâncias de risco

O tabagismo e o consumo de álcool são potencialmente prejudiciais para a saúde como um todo. “O cigarro aumenta o risco de câncer, doenças cardiovasculares e osteoporose. Já o álcool, mesmo em pequenas quantidades, é inflamatório e contribui para ganho de peso e esteatose hepática [gordura no fígado], algo que piora na menopausa”, alerta Bedin. Vale lembrar que, segundo a OMS, não existe dose segura de álcool.

  1. Sono

A insônia é uma das queixas mais comuns da menopausa. “Muitas mulheres acordam por volta das 3h e não conseguem mais dormir, o que causa sonolência diurna e prejudica o metabolismo”, explica a ginecologista. O ganho de peso nessa fase também aumenta o risco de ronco e apneia do sono, piorando a qualidade do descanso.

Mas dormir bem é um dos pilares de um estilo de vida saudável. “A higiene do sono é simples, mas extremamente eficaz. Preparar-se para o sono é uma das estratégias mais importantes para a saúde na menopausa. Isso inclui evitar o uso de telas por pelo menos uma hora antes de dormir; não consumir cafeína à noite; fazer um banho quente relaxante; praticar atividade física e criar um ritual para dormir.”

  1. Conexões sociais

O último pilar da medicina do estilo de vida é o das relações humanas. A solidão e o isolamento social, especialmente com o envelhecimento, podem afetar a adesão a hábitos saudáveis e aumentar o risco de doenças. “Conexões sociais e afetivas estão associadas à longevidade. A mulher que tem rede de apoio tende a cuidar melhor da alimentação, a se exercitar e a manter consultas médicas em dia”, diz a ginecologista.

As relações interpessoais fortalecem o autocuidado e trazem propósito, que são fatores decisivos para envelhecer bem. “Não tem como a mulher evitar a menopausa, mas é possível atravessá-la de forma mais leve. Quem cuida desses pilares terá uma melhor qualidade de vida e precisará provavelmente de menos medicações. O segredo da longevidade está nas escolhas diárias”, conclui Bedin.

Fonte: Agência Einstein

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Brasil e Mundo

São Paulo lidera transplantes no Brasil e cresce 9% em relação a 2022

Com apoio das famílias doadoras e da rede pública de saúde, o Estado ultrapassou a marca de 4,2 mil transplantes em seis meses

São Paulo é o estado que mais realiza transplantes no país. De 2022 até agora, cerca de 2 mil doadores ajudaram a salvar a vida de milhares de pessoas no território paulista. Dados da Central de Transplantes, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), apontam que no primeiro semestre deste ano, foram realizados 4.229 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e córneas, número 9% a mais que em 2022, quando foram registrados 3.863 procedimentos.

“O Estado ter ultrapassado a marca de 5 mil transplantes representa não só a capacidade técnica da nossa rede, mas também a solidariedade das famílias que autorizam a doação. Estamos trabalhando com campanhas de esclarecimento e de capacitação de profissionais, que são fundamentais para que mais vidas sejam salvas”, afirma o coordenador da Central de Transplantes, Francisco de Assis Monteiro.

Atualmente, 26.819 pacientes aguardam por um transplante em São Paulo. Para facilitar o acesso à informação, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio do programa Saúde Digital, disponibilizou no aplicativo Poupatempo uma ferramenta que permite aos pacientes acompanhar de forma simples e prática o andamento do cadastro e sua posição na fila de transplantes.

Ações para ampliar a doação e agilizar os transplantes

O Governo de São Paulo desenvolve ações como o programa TransplantAR – Aviação Solidária, que utiliza aeronaves privadas para o transporte gratuito de órgãos destinados a transplantes, dando agilidade na logística de captação de órgãos e aumentando a chance de sucesso nos procedimentos.

Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) aumentou em 80% os valores pagos pela Tabela SUS Paulista para sete procedimentos relacionados à captação de órgãos para transplantes.

Junto a isso, o Governo também realiza campanhas de conscientização em diferentes canais, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, fundamentais para ampliar o número de transplantes no estado.

Como funciona a doação de órgãos

A Central de Transplantes segue normas estabelecidas por lei para identificar os possíveis receptores para cada órgão de um doador, ou seja, tipagem sanguínea, dados antropométricos entre doador e receptor, compatibilidade genética, além da priorização para pacientes em estado grave.

Quanto aos pacientes que precisam do transplante, cabe à equipe de transplante a sua inscrição junto ao Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, que é responsável por realizar a gestão de todo o processo de doação e transplante em conjunto com o Sistema Nacional de Transplantes.

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Valinhos

Santa Casa recebe visita do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha

A Santa Casa de Valinhos recebeu na última sexta-feira, dia 19, a visita do Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha. A comitiva percorreu diferentes alas do hospital, onde o ministro foi recepcionado calorosamente por colaboradores, médicos, parceiros e autoridades locais.

Entre as autoridades presentes estavam a Deputada Federal Ely Santos, a Secretária de Saúde Luciana Pignatta, representando o Executivo Municipal, o Prefeito Franklin Duarte de Lima e o Vice-Prefeito Luiz Mayr Neto, e também a presença do Vereador Alécio Cau, representando todo o legislativo municipal.

Em sua fala, o Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, enfatizou que, entre hospitais particulares e filantrópicos, a Santa Casa de Valinhos é a primeira instituição do Estado de São Paulo a participar do Programa Agora Tem Especialistas. Agradeceu ao provedor Mário Masteguin e ao superintendente Elias Maciel, parabenizando o trabalho realizado na instituição.

O ministro relembrou ainda sua época de estudante de medicina, quando professores traziam alunos para conhecer a rotina hospitalar em Valinhos. Padilha estimou que a adesão irá transformar o volume de atendimentos. Atualmente, a instituição realiza cerca de 50 cirurgias mensais, com o programa, a projeção é de que esse número chegue a aproximadamente 300 procedimentos por mês, além de ampliar a quantidade de exames e consultas oferecidas. O ministro destacou que a iniciativa representa um investimento de cerca de um milhão de reais a mais por mês em cirurgias e exames para a população de Valinhos, agilizando as filas de espera e garantindo mais qualidade na saúde pública.

Durante a visita, o Provedor da Santa Casa, Eng. Mário Masteguin, e o Superintendente Elias Maciel, expressaram sua gratidão e destacaram o orgulho da instituição em ser a primeira Santa Casa do Estado de São Paulo a integrar o Programa Agora Tem Especialistas – sendo ainda a terceira no Brasil. Para marcar o momento, o provedor e o superintendente utilizaram camisetas personalizadas com o logo do Programa Federal que literalmente simboliza a expressão “vestir a camisa”.

O provedor Eng. Mário Masteguin ressaltou a importância da adesão ao programa, que irá ampliar o acesso da população a cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), reduzindo filas de espera que, muitas vezes, se estendem por meses ou anos. O superintendente Elias Maciel reforçou que a iniciativa representa um avanço significativo para a saúde da população de Valinhos e de toda a Região Metropolitana de Campinas, fortalecendo o investimento no SUS, principal convênio da instituição.

O Vereador Alécio Cau e a Deputada Federal Ely Santos comentaram sobre a visita do ministro da Saúde. Alécio destacou a importância da presença do ministro na cidade e relembrou a parceria que possibilitou a implantação da UPA. Ely, por sua vez, parabenizou a Santa Casa por participar do novo programa e reforçou seu compromisso com a saúde pública.

A visita reforça o protagonismo da Santa Casa de Valinhos no cenário municipal, estadual e nacional, evidenciando sua importância como referência em atendimento hospitalar e no fortalecimento das políticas públicas de saúde.

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Saúde

Celular sem internet melhora a felicidade e o foco

Pesquisa canadense revela que reduzir o tempo online pode trazer benefícios à saúde mental, diminuir sintomas de ansiedade e aumentar a atenção

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein

Ficar sem acesso à internet no celular melhora o bem-estar e a capacidade de foco e atenção, comprova um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, publicado no Pnas, periódico da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

Há algum tempo cientistas especulam sobre os danos cognitivos e emocionais de viver em conexão permanentemente, mas faltam dados sobre o assunto. Para testar o efeito da desconexão, os autores do novo estudo selecionaram 467 voluntários que toparam instalar um aplicativo no celular capaz de bloquear o acesso à internet móvel por duas semanas, incluindo dados e wi-fi.

Os participantes foram divididos em dois grupos: metade ficou sem internet por duas semanas, enquanto os demais serviram de controle para comparar os resultados. Depois, todos ficaram duas semanas bloqueados, mas ainda com acesso a mensagens de texto e chamadas, além de internet no computador.

Os voluntários responderam a questionários sobre saúde mental antes e no final do estudo. Os testes tinham perguntas sobre sintomas de ansiedade e depressão, bem como análises específicas para avaliar a capacidade de atenção.

Ao final do período, quase todos (91%) mostraram melhora no bem-estar subjetivo, ou seja, na forma como avaliavam sua saúde emocional, nos índices de saúde mental e na capacidade de manter a atenção. Segundo os autores, isso se deve à forma como as pessoas passaram a usar o tempo — com menos acesso à internet, sobrou mais espaço para socialização, prática de atividade física ou contato com a natureza.

Alguns fatores explicam como a conexão constante pode afetar negativamente a saúde mental e a atenção. “Há uma sobrecarga cognitiva, ou seja, recebemos ou temos acesso a uma quantidade muito grande de informações e isso acaba exigindo que o nosso cérebro processe estímulos constantes, o que pode levar à fadiga mental”, observa a psicóloga Bianca Dalmaso, do Einstein Hospital Israelita “Sons de notificações e a tentação de checar redes sociais ou mensagens fazem com que interrompamos as tarefas, prejudicando a atenção sustentada e a produtividade.”

O uso intenso de redes sociais também tem consequências. “Isso está associado a sentimentos de inadequação, ansiedade e depressão, devido à comparação com vidas idealizadas”, aponta Dalmaso. O tempo gasto online muitas vezes substitui momentos de descanso, pausas, interações sociais presenciais, atividades físicas e contato com a natureza, todos essenciais para o bem-estar psicológico.

Como controlar o uso

Para usar o celular de forma mais saudável, a psicóloga recomenda adotar pequenas mudanças na rotina. Uma delas é definir propósitos claros: antes de pegar o aparelho, vale se perguntar “por que estou acessando agora?”, o que ajuda a evitar o uso automático.

Também é importante organizar a tela inicial, mantendo apenas aplicativos realmente úteis e retirando atalhos de redes sociais que estimulam o impulso de abrir sem necessidade. Outra estratégia eficaz é ativar o modo “não perturbe”, sobretudo durante momentos de trabalho, estudo ou sono.

Dar prioridade às conexões reais, com interações presenciais sempre que possível, também faz diferença. Por fim, escolher consumir conteúdos com intenção — como leituras, cursos ou vídeos educativos —. em vez de rolar o feed eternamente, contribui para transformar o tempo de tela em algo mais proveitoso e menos nocivo.

Também é possível adotar estratégias que funcionam como “redução de danos”, diminuindo os impactos negativos do excesso de conexão. Conheça algumas delas:

  • Estabelecer horários específicos: criar janelas de uso para redes sociais e aplicativos pode ajudar a evitar o uso compulsivo.
  • Desativar notificações não essenciais: isso reduz interrupções e melhora o foco.
  • Usar aplicativos de bem-estar digital: ferramentas como Digital Wellbeing (Android) ou Tempo de Uso (iOS) ajudam a monitorar e limitar o tempo de tela.
  • Criar zonas livres de celular: evite o uso do aparelho em momentos como refeições, antes de dormir ou durante encontros sociais.
  • Praticar o “jejum digital” ocasional: reservar um dia ou algumas horas por semana sem acesso à internet pode ser restaurador.

Fonte: Agência Einstein

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Terceiro Setor

Santa Casa de Valinhos melhora eficiência em 30% e reduz custos em 10% com novo modelo de gestão

Unidade hospitalar terceirizou serviços para equipe especialidade neste tipo de trabalho na área de saúde

A Santa Casa de Valinhos vive um novo momento. Desde fevereiro de 2025, a instituição passou a adotar um modelo de terceirização de serviços médicos que resultou em avanços significativos: aumentou em 30% a eficiência dos atendimentos e conseguiu uma redução de 10% nos custos operacionais.

Segundo o superintendente da Santa Casa, Elias de Souza Maciel, a decisão foi tomada após perceber que o formato anterior apresentava baixa eficiência e alto custo. “O que mais nos preocupava era garantir qualidade assistencial e, ao mesmo tempo, conseguir manter a previsibilidade financeira do hospital. Com a mudança, conseguimos atingir os dois objetivos”, afirma.

O gestor destaca que, além dos números, houve melhora perceptível na experiência do paciente. “Trabalhamos muito a comunicação e a humanização. Hoje, o paciente sente que é ouvido, que participa do processo de cuidado, e isso faz diferença. Também não tivemos mais problemas com escalas médicas ou ausência de profissionais, o que garante segurança e continuidade no atendimento”, explica Maciel.

Outro ponto ressaltado pelo superintendente é o acesso mais ágil a diferentes especialidades. “Antes tínhamos dificuldades em contar com especialistas em determinados momentos. Agora, com a parceria, conseguimos garantir que o hospital esteja sempre amparado por profissionais qualificados”, acrescenta.

A gestão desses serviços foi assumida pelo Grupo Surgical, responsável pelas áreas de cirurgia geral, cirurgia de cabeça e pescoço, oftalmologia, otorrinolaringologia e interconsultas médicas. O presidente do grupo, Dr. Bruno Pereira, explica que a eficiência e a redução de custos estão diretamente ligadas à qualificação dos médicos envolvidos.

“Em muitos hospitais, a busca por redução de custos leva à contratação de mão de obra mais barata, mas nem sempre isso se traduz em economia real. Profissionais menos qualificados podem gerar mais reinternações, exames desnecessários e complicações. Nosso diferencial é que todos os médicos têm registro de especialidade (RQE) e passam por atualizações constantes, em reuniões científicas semanais baseadas em protocolos internacionais. Dessa forma, além de proporcionar um serviço melhor com um custo menor para a instituição, oferecemos uma experiência muito mais positiva para o paciente”, afirma.

O vice-presidente do grupo, Dr. Rafael Ruano, complementa com um exemplo prático. “Um paciente com colecistite aguda (inflamação na vesícula) pode ter alta sem cirurgia, caso o médico siga protocolos antigos ou não esteja comprometido com a resolutividade. O problema é que esse paciente volta a internar, muitas vezes em situação mais grave. Se a cirurgia for realizada no momento certo, o custo para o hospital é menor e o tratamento, mais seguro e moderno. É isso que implementamos na Santa Casa de Valinhos”, diz. “Os hospitais precisam modernizar suas gestões. Sabemos o quanto é difícil equilibrar receitas e despesas nesse setor, mas há alternativas muito eficientes para todos os envolvidos”, comenta.

Planos de crescimento

Animada com os resultados, a Santa Casa de Valinhos já planeja novos passos. O objetivo é transformar a instituição em um hospital de ensino, com programas de residência médica e multiprofissional, por meio de uma parceria com a Surgical Educação, que é a empresa de ensino do Grupo Surgical.

“Através do Grupo, já iniciamos parcerias com entidades como a American Heart para oferecer cursos de capacitação, e trabalhamos para o credenciamento junto ao MEC (Ministério da Educação). Isso vai permitir reciclar técnicas, formar novos profissionais e fortalecer ainda mais o papel da Santa Casa na região”, adianta Maciel.

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Valinhos

Conferência de Saúde de Valinhos define rumos para 2026-2029

Encontro reúne poder público e sociedade civil para debater e propor diretrizes para as políticas públicas de saúde do município

A 12a Conferência Municipal de Saúde foi realizada nesta sexta-feira (1) na Faculdade Anhanguera de Valinhos. A realização da conferência, feita pelo Conselho Municipal de Saúde com o apoio da Prefeitura de Valinhos, é obrigatória para a definição das diretrizes e prioridades de políticas públicas para a saúde na construção do plano plurianual (PPA) 2026-2029. Gestores, trabalhadores da saúde e usuários se dividiram em grupos para discutir três eixos: saúde, saúde mental, e gestão do trabalho e educação em saúde.

Na abertura da conferência, a secretária de Saúde de Valinhos, Luciana Pignatta, explicou que o encontro é um momento importante para reunir as ideias e experiências de cada participante “planejar a saúde é extremamente importante e a participação de todos é fundamental para construir um atendimento mais justo. Nosso propósito é entregar para a população uma saúde de excelência”, afirma a secretária.

Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Carlos Cunha, a conferência valoriza a participação popular “é um momento em que as pessoas têm voz ativa para discutir e melhorar a saúde, fortalecendo o SUS, com diálogo, respeito e compromisso”, explica.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Israel Scupenaro, afirmou que diante dos desafios da saúde é importante ouvir as propostas e contribuições para a melhoria no atendimento à população.

Já o presidente da Comissão de Higiene e Saúde da Câmara, vereador Vagner Alves, explicou que a saúde é o tema que mais toca o município e por isso a conferência, como espaço de democracia e de debate, vai contribuir com propostas importantes para o município.

As conferências de saúde são previstas na lei federal 8.142/90 que trata da participação da comunidade no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio destes encontros realizados a cada quatro anos por vários segmentos sociais para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes (Art 1 parágrafo 1).

Também participaram da conferência o secretário de Administração, André Melchert, a secretária-adjunta de Saúde, Dra. Eni Pinho, e os vereadores Alexandre Japa, Jairo Passos, Marcelo Yoshida e Rodrigo Fagnani Popó.

 

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Valinhos

Valinhos realiza 12ª Conferência Municipal de Saúde nesta sexta

Foto: Conselho Nacional de Saúde

Evento aconte nesta sexta-feira, dia 1° de agosto e reunirá população, profissionais e gestores para discutir e propor diretrizes para o setor até 2029

O Conselho Municipal de Saúde realiza na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, a décima segunda edição da Conferência Municipal de Saúde de Valinhos. O evento será realizado das 7h30 às 18h na Faculdade Anhanguera de Valinhos. A realização da conferência é obrigatória para a definição das diretrizes e prioridades de políticas públicas para a saúde na construção do plano plurianual (PPA) 2026-2029.

A Conferência Municipal de Saúde, realizada pelo Conselho Municipal de Saúde com o apoio da Prefeitura de Valinhos, tem como tema “Venha construir sua saúde no município: do postinho à UPA”. É uma grande oportunidade de diálogo entre a população, trabalhadores da saúde, representantes da sociedade civil e gestores sobre as demandas e necessidades em relação aos serviços, como as unidades básicas de saúde (posto de saúde), UPA, saúde mental, reabilitação, farmácia e odontologia. Por isso, a participação da população é fundamental para a construção de uma saúde mais acessível, eficiente e humanizada.

Programação

7h30 – abertura do credenciamento

8h – abertura da conferência

8h15 – palestra sobre a importância da Conferência para os direitos e deveres das pessoas usuárias do SUS Valinhos

9h – intervalo

9h15 – oficinas de trabalho eixo “Saúde”

11h – apresentação pela relatoria, discussão e votação das propostas do Eixo “Saúde” em plenária

12h –  Intervalo para almoço

13h – oficinas de trabalho eixo “Saúde Mental”

15h – intervalo

15h15 – oficinas de trabalho eixo “Gestão do Trabalho e Educação da Saúde”

17h – apresentação pela relatoria, discussão e votação das propostas em plenária relativas aos eixos “Saúde”, “Saúde Mental” e “Gestão do Trabalho e Educação em Saúde”

18h – encerramento

Dentro das oficinas de cada eixo, os participantes serão divididos em grupos para promover o debate e a construção de propostas. Ao final, os leitores de cada eixo vão apresentar o conteúdo produzido por cada uma das subcomissões:

Eixo “Saúde”

Leitora: Eni Pereira Berci Pinho, Conselheira do segmento Gestor do Conselho Municipal de Saúde, médica e secretária adjunta da Secretaria Municipal de Saúde.

Eixo “Saúde Mental”

Leitora: Luiza da Silva, Conselheira representante das UBS do segmento Usuário, valinhense, dona de casa, trabalhadora e mãe

Eixo “Gestão do Trabalho e Educação em Saúde”

Leitora: Marisol Watanabe, conselheira do segmento Trabalhadores da Saúde/SUS do Conselho Municipal de Saúde, terapeuta ocupacional do Serviço Municipal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (SMFTO), do Departamento da Atenção Especializada/DAE.

As conferências de saúde são previstas na lei federal 8.142/90 que trata da participação da comunidade no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio destes encontros realizados a cada quatro anos por vários segmentos sociais para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes (Art 1 parágrafo 1).

 

Serviço:

Conferência Municipal de Saúde de Valinhos

Data: 1 de agosto (sexta-feira)

Horário: das 7h30 às 18h

Local: Faculdade Anhanguera de Valinhos

Endereço: Avenida Invernada, 595.

A inscrição pode ser feita pelo formulário

 

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Brasil e Mundo

Brasil retomará fabricação nacional de insulina após 20 anos

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à planta de produção de insulina da Biomm, em Nova Lima/MG.  Foto: Ricardo Stuckert /PR

Tecnologia para produção será adquirida de farmacêutica indiana

Agência Brasil

O Ministério da Saúde recebeu, nesta sexta-feira, dia 11, o primeiro lote de insulinas produzidas por meio do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. O país voltará a fabricar o medicamento 100% nacional, por meio de transferência da tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt, com base em um acordo com o laboratório público Fundação Ezequiel Dias (Funed) e com a empresa brasileira Biomm.

O ministro Alexandre Padilha participou do evento de entrega do lote com 207.385 mil unidades do medicamento, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH, na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG).

“Depois de mais de duas décadas sem produzir insulina humana, o Brasil retoma essa fabricação para ser entregue ao Sistema Único de Saúde e contribuir com a saúde da população”, destacou Padilha. “É o Brics acontecendo na realidade, mudando a vida da população brasileira e gerando emprego, renda e tecnologia aqui em Minas Gerais”, acrescentou, em referência ao bloco econômico que reúne grandes países do chamado Sul Global, incluindo a Índia, país que viabilizou a parceria. 

Segundo a pasta, após a transferência total da tecnologia, o Brasil produzirá 50% da demanda relacionada às insulinas NPH e regular no SUS.

“Uma iniciativa como essa traz segurança aos pacientes de que, independentemente de qualquer crise — como a que vivemos durante a pandemia —, o país tem soberania na produção desse medicamento tão importante. Cerca de 10% da população brasileira tem diabetes, e parte dessas pessoas precisa usar insulina. Isso garante tranquilidade, segurança e estabilidade tanto para o SUS quanto para os cidadãos que dependem do medicamento”, reforçou Padilha.

A iniciativa conta com investimentos de R$ 142 milhões na aquisição da tecnologia, e cerca de 350 mil pessoas com diabetes serão beneficiadas. Os contratos preveem a entrega para a rede pública de 8,01 milhões de unidades de insulina, entre frascos e canetas, em 2025 e 2026.

A partir da aquisição inicial, de acordo com o Ministério da Saúde, terá início o processo de transferência de tecnologia, conforme previsto nas diretrizes da PDP. Ao final da transferência, a produção do medicamento será totalmente brasileira, com a Funed e a Biomm capacitadas para fabricar o medicamento no país e abastecer o SUS de forma autônoma.

Nas PDPs, instituições públicas e empresas privadas compartilham responsabilidades para a produção nacional do insumo farmacêutico ativo (IFA) e do produto objeto de PDP, em um processo de transferência de tecnologia reversa. A transferência é efetivada por meio de etapas que incluem a realização de embalagens, controle de qualidade dos insumos, produção do produto acabado e do Insumo Farmacêutico Ativo no Brasil, possibilitando, assim, a produção local do medicamento que será fornecido ao SUS.

Tratamento no SUS

O SUS oferece assistência integral às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o tratamento adequado, de acordo com o quadro clínico de cada paciente. A porta de entrada para o cuidado é a Atenção Primária à Saúde, que realiza o acompanhamento contínuo por meio de equipes multiprofissionais. Atualmente, são ofertados quatro tipos de insulinas: insulinas humanas NPH e regular e insulinas análogas de ação rápida e prolongada, além de medicamentos orais e injetável para diabetes mellitus.

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RMC

Indaiatuba recebe comitiva de Hortolândia para troca de experiências

Proposta é encabeçada pelo Conselho Municipal de Saúde de Indaiatuba, através do secretário-geral, Luiz Medeiros

A secretária de Saúde de Indaiatuba, Dra. Heloisa Salatino, recebeu o secretário de Hortolândia, Dr. Denis Grupe, e representantes do Conselho Municipal de Saúde para trocar experiências e alinhar a criação do Fórum Regional de Conselhos de Saúde, com intuito de unir os municípios na defesa de pautas regionais junto ao DRS VII, CES e SES, contribuindo para o fortalecimento do SUS.

A proposta é encabeçada pelo Conselho Municipal de Saúde de Indaiatuba, através do secretário-geral, Luiz Medeiros, que recepcionou os representantes do Conselho Municipal de Saúde de Hortolândia e apresentou o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Indaiatuba, buscando referências para implantação de um CEREST em Hortolândia.

Também estavam na reunião o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Hortolândia Mauro Mendonça, além de conselheiras e conselheiros de ambas as cidades

  • Redator(es): Renata Lippi A. Lemuchi

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