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Brasil e Mundo

Jovens veem conhecimento em IA como diferencial para emprego

© Imagem criada pelo chatgpt para ilustrar matéria
Para 11%, conhecimento em IA não faz diferença para obter ocupação
Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil
Pesquisa divulgada nessa quarta-feira, dia 3, mostra que 80% dos jovens acreditam que o conhecimento sobre Inteligência Artificial (IA) é fator impactante para conseguir emprego. O levantamento, feito pela Nexus e pela Demà, ouviu 2.016 pessoas, de 14 a 29 anos, nas 27 unidades da federação, entre 14 e 20 de julho. A margem de erro da amostra é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

A pesquisa indicou ainda que 11% dos jovens avaliam que o conhecimento em IA não faz diferença para a obtenção do emprego, 3% acham que seja até prejudicial e 2% não souberam responder.

Aprendizagem

Quando se avalia a utilização das ferramentas de IA, 69% dos jovens acham que elas podem ajudar no processo de aprendizagem, enquanto 24% acreditam que podem prejudicar e 7% não sabem ou não souberam responder.

Segundo a pesquisa, 83% utilizam IA para fazer pesquisas gerais ou acadêmicas; 71% acreditam que o recurso ajuda no dever de casa, em trabalhos e estudos para provas de escolas, das faculdades, universidades ou do ensino técnico. Já 70% usam IA para traduzir textos e 67%, para resumir ou corrigir publicações.

De acordo com o levantamento, 66% dos jovens utilizam a IA para gerar novas ideias em alguma atividade, 63% criam imagens; 62% usam para escrever novos textos e 52% usam para preparar apresentações ou relatórios.

“É muito representativo que pelo menos metade dos entrevistados confirme que usa IA de alguma forma. Sem dúvida, a Inteligência Artificial é um agente facilitador das nossas demandas diárias um aliado da eficiência e produtividade. São percepções claramente refletidas nessa pesquisa, que mostra, por exemplo, que a grande maioria dos adolescentes utiliza para ajudar no dever de casa. IA veio para ficar e transformar as nossas jornadas, principalmente, as de aprendizado”, destacou o diretor da Demà, Juan Carlos Moreno.

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Brasil e Mundo

Quase 60% deixariam o tráfico se tivessem renda, aponta pesquisa

É o maior levantamento já feito no Brasil com pessoas em atividade no tráfico de drogas, abordando familiares, renda, sonhos e expectativas

A falta de oportunidades é o principal motivo que empurra jovens para o crime — e também o fator que poderia tirá-los dele.
É o que revela a pesquisa Raio-X da Vida Real, do Instituto Data Favela, realizada em 23 estados brasileiros.

O levantamento ouviu 3.954 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas entre agosto e setembro de 2025. O dado mais contundente:
58% afirmam que deixariam voluntariamente o crime caso tivessem renda estável.

Por que parte não deixaria o crime?

À pergunta “Se você tivesse uma oportunidade de deixar o crime, sairia?”, as respostas mostraram contraste:

  • 58% sairiam

  • 31% não sairiam

Mas a análise por estado expôs realidades diferentes. No Distrito Federal, apenas 7% deixariam o crime. Já no Ceará, 41% sairiam e 44% permaneceriam.

Principais motivos para permanecer no crime

Renda baixa e instável

A remuneração criminal não é tão alta quanto o imaginário popular sugere. Segundo o estudo:

  • 63% ganham até dois salários mínimos

  • Renda média: R$ 3.536

  • 18% terminam o mês sem nada

Para o Data Favela, é um “paradoxo de alto risco e baixo retorno”.

Entrada por necessidade econômica

A maior parte entrou no crime por falta de oportunidades e acreditando que teria uma renda melhor.

Logo percebem que o risco não compensa, o que leva muitos a buscar outras fontes de renda.

Muitos exercem outra atividade paralela

  • 36% têm outro trabalho remunerado

  • 42% fazem bicos

  • 24% montam pequenos empreendimentos

  • 16% trabalham com carteira assinada

  • 14% ajudam em negócios de amigos

  • 3% participam de projetos sociais

O que motiva a saída do crime?

Renda e empreendedorismo

Entre os entrevistados:

  • 22% deixariam o crime se pudessem abrir seu próprio negócio

  • 20% sairiam com um emprego formal

A pesquisa indica que estabilidade financeira é o principal divisor de águas.

Perfil de quem está no tráfico no Brasil

O estudo mostra quem são as pessoas por trás dos números:

  • 79% são homens

  • 21% mulheres

  • <1% LGBTQIAPN+

  • 50% têm entre 13 e 26 anos

  • 74% são negros

  • 80% nasceram e permanecem na mesma favela

  • 52% têm filhos

  • 42% não concluíram o ensino fundamental

  • 70% se declaram de religiões afro-brasileiras, católicas ou evangélicas

  • Para 43%, a mãe é figura central

  • 84% não deixariam um filho entrar para o crime

A maior pesquisa já feita com pessoas no tráfico

Foram realizadas 5 mil entrevistas presenciais, das quais 3.954 válidas.
Margem de erro: 1,56 ponto percentual
Nível de confiança: 95%

É o maior levantamento já feito no Brasil com pessoas em atividade no tráfico de drogas, abordando familiares, renda, sonhos e expectativas.

A pesquisa mostra que o tráfico não é destino, mas consequência da falta de oportunidades.
E que renda estável, emprego e empreendedorismo podem ser o caminho mais poderoso para reduzir a criminalidade no Brasil.

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Economia

Atividade econômica dos pequenos negócios cresce em outubro, aponta ISM

Índice SumUp do Microempreendedor registra ascensão contínua desde julho, mas cenário macroeconômico ainda traz desafios

A atividade econômica dos micro e pequenos negócios no Brasil registrou 105,35 pontos no mês de outubro, de acordo com os novos dados do Índice SumUp do Microempreendedor (ISM). Realizada pela SumUp, empresa global de tecnologia e soluções financeiras, a pesquisa indica uma trajetória ascendente iniciada no mês de julho deste ano. Em comparação a setembro, o crescimento foi de 2,66%.

 “O avanço do ISM em outubro é um sinal positivo e confirma a tendência de aquecimento da atividade econômica para o final do ano, impulsionada pela preparação para datas importantes como a Black Friday e o Natal. Os empreendedores começam a reforçar estoques e a investir mais, esperando um aumento no consumo”, analisa Lilian Parola, economista e diretora de Mercado de Capitais e Tesouraria da SumUp para América Latina.

Por outro lado, em comparação ao mesmo período do ano passado, o ISM apresentou queda de 7,08%. Por isso, o ambiente de negócios ainda requer cautela, segundo a economista.

“A comparação anual mostra que o cenário de juros altos, motivados por desafios macroeconômicos, continua a impactar o poder de compra dos brasileiros e a restringir um crescimento mais robusto para os microempreendedores.”

Recorte por unidades federativas

O ISM do estado de São Paulo registrou 103,43 pontos em outubro, um crescimento de 2,39% em relação ao mês anterior. Na análise anual, o índice apresentou uma queda de 6,54% em comparação a outubro de 2024.

No estado do Rio de Janeiro, o indicador alcançou 127,15 pontos, com alta de 1,15% em relação a setembro. No acumulado de doze meses, o ISM no estado manteve um crescimento robusto de 13,89%.

O ISM de Minas Gerais chegou a 111,78 pontos, marcando um avanço de 1,65% frente a setembro. O estado continua a demonstrar crescimento, acumulando uma alta de 8,56% na comparação com outubro de 2024.

Na Bahia, o índice atingiu 125,86 pontos. Diferentemente dos outros estados analisados, houve uma leve retração de 0,36% em relação a setembro, indicando uma possível acomodação após meses de forte alta. Em contrapartida, a comparação anual revela um crescimento notável de 27,35%.

Por fim, o ISM do Ceará se destacou novamente, alcançando 146,15 pontos em outubro, uma variação positiva de 2,67% em relação a setembro. No período de um ano, o estado registrou uma expansão expressiva de 31,93%, liderando o crescimento entre as unidades federativas analisadas.

Sobre o ISM 

O ISM é calculado a partir de um método econométrico que considera fatores como sazonalidade, diferenças demográficas do país e participação de cada estado no PIB, assim como o volume de vendas processadas pelos produtos da SumUp. O índice avalia o comportamento dos empreendedores atendidos pela empresa, mas a ampla distribuição geográfica destes clientes permite a mensuração da atividade econômica dos micro e pequenos empreendedores do Brasil como um todo.

A divulgação do Índice SumUp do Microempreendedor (ISM) é uma contribuição da fintech para o país, com o intuito de ampliar o acesso às informações sobre a economia brasileira da base da pirâmide.

 

Sobre a SumUp 

A SumUp é uma companhia global de serviços financeiros que oferece um ecossistema de soluções para microempreendedores, como maquininhas de cartão, conta digital pelo SumUp Bank, empréstimos e links de pagamento, entre outros produtos. Há 13 anos empoderando empreendedores ao redor do mundo, a SumUp atende mais de 4 milhões de micro e pequenos negócios em mais de 36 mercados na Europa, nos Estados Unidos, na Oceania e na América Latina.

No Brasil, está presente desde 2013 empregando 950 pessoas, sendo 49% mulheres e 26% LGBTQIAP+, com uma liderança 44% feminina. Realizando pesquisas constantes com seus clientes e com foco em educação financeira, a SumUp acompanha as tendências do mercado e dos micro e pequenos negócios.

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Saúde

Diagnóstico do câncer de próstata une exames conhecidos e novas técnicas

Pesquisa reforça a importância do teste de PSA aliado a tecnologias que tornam o diagnóstico mais seguro e personalizado

Por Bruno Pereira, da Agência Einstein

O exame de PSA, sigla em inglês para antígeno prostático específico, é o principal marcador para detectar precocemente o câncer de próstata. Embora não seja, por si só, um diagnóstico, o teste pode ajudar a salvar vidas. É o que aponta um estudo divulgado em outubro no The New England Journal of Medicine.

O acompanhamento foi feito ao longo de 23 anos, observando os resultados de saúde de 162 mil homens. A investigação mostrou que realizar o exame de PSA periodicamente reduziu em 13% as mortes por câncer de próstata em relação ao grupo que não fez o exame de forma padronizada.

“Esse estudo é muito relevante pelo seu impacto, mas começou em 1993, quando não tínhamos ressonância magnética, terapia focal e cirurgia robótica. Então, os resultados comparativos hoje em dia provavelmente trariam uma diferença maior”, observa o urologista Ariê Carneiro, coordenador da pós-graduação de Cirurgia Robótica em Urologia do Einstein Hospital Israelita.

Outro ponto é que os acompanhamentos periódicos do estudo foram feitos em um intervalo muito maior do que os que são atualmente recomendados pelas principais sociedades médicas mundiais e brasileiras que tratam do câncer de próstata. Por aqui, o rastreio anual deve começar em homens a partir de 50 anos de idade e, em média, vai até os 75 anos.

Há casos que a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda começar ainda mais cedo: indivíduos com histórico familiar e de etnia negra devem iniciar com 45 anos e aqueles com mutações genéticas que favoreçam o aparecimento de tumores são orientados a começar o rastreio a partir dos 40 anos.

“O que vimos no estudo é que os países adotavam estratégias muito diferentes. Enquanto na França a triagem era feita a cada dois anos, na Bélgica era a cada sete anos e a média foi de um exame a cada quatro anos. Para nós, isso é praticamente não fazer acompanhamento. Confunde os resultados e nos faz observar o estudo com cautela”, analisa Carneiro. Por outro lado, diz o médico, a pesquisa mostra que, mesmo fazendo o rastreamento de maneira esparsa, é possível salvar muitas vidas.

Acompanhar é preciso

Os próprios autores ponderam que um PSA elevado nem sempre indica tumor maligno, e que falsos positivos podem levar a biópsias desnecessárias, incômodas e caras para os sistemas de saúde.

O exame de toque retal, por muito tempo visto como etapa obrigatória na detecção do câncer de próstata, hoje tem sido reservado a casos específicos. Esse procedimento pode complementar a análise, especialmente para identificar tumores raros que não elevam o PSA e tendem a ser mais agressivos.

O essencial é fazer o acompanhamento médico com frequência. “O diagnóstico precoce e em fase inicial permite abordagem menos invasivas e, em casos selecionados, nenhum tratamento ativo deve ser recomendado”, diz o urologista. Segundo ele, o maior problema no Brasil costuma de homens que não fazem acompanhamento. “Por isso, quatro em cada 10 cânceres de próstata aqui só são descobertos em casos metastáticos”, alerta.

A vigilância desse tipo de tumor, portanto, fica presa entre dois extremos: do ponto de vista da saúde pública, rastrear todos os homens anualmente tem um alto custo; por outro lado, deixar de submeter pacientes aos exames pode fazer com que o câncer cresça de forma silenciosa até ser um problema que ameace a vida. Por isso, cada vez mais tecnologias estão sendo criadas para melhorar o rastreio e as formas de escolher quem deve de fato ser submetido aos exames.

O futuro do rastreio

Novas técnicas apresentadas em 2025 no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), o principal congresso mundial de oncologia, indicam que o diagnóstico do câncer de próstata caminha para ser mais seletivo e menos invasivo. O uso de biomarcadores urinários e genéticos para selecionar quem deve fazer o PSA está ganhando espaço.

Eles ajudam a identificar quem realmente tem indícios de um problema prostático e se beneficiaria mais do rastreamento, além de distinguir tumores agressivos de lesões indolentes que podem ser manejadas apenas com a vigilância. Essa observação ativa, inclusive, também tem mudanças: há novos estudos mostrando como a ressonância magnética combinada ao PSA aumenta a segurança do monitoramento e diminui a frequência de biópsias, realizadas pela uretra ou pelo reto, o que gera incômodo e dor.

“O futuro é selecionar melhor quem deve ser rastreado e tratado. Estamos caminhando para deixar a detecção mais simples e barata, além de entender melhor também os marcadores genéticos do tumor depois da biópsia”, analisa Ariê Carneiro. “Estamos chegando mais perto de acompanhamentos mais efetivos e eficazes no uso dos recursos públicos. Tudo isso combinado com a precisão dos tratamentos, incluindo a cirurgia robótica, poderá nos levar a ter uma revolução na melhora da qualidade de vida e na sobrevida dos pacientes.”

Fonte: Agência Einstein

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Brasil e Mundo

62% dos brasileiros não sabem o que é a COP-30

Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Real Time Big Data mostra que o Meio Ambiente está em último lugar entre as principais preocupações dos brasileiros

Nova pesquisa do Instituto de Pesquisa Real Time Big Data indica que 62% dos brasileiros não sabem o que é a COP-30, em andamento em Belém, no Pará. Apenas 38% declaram estar cientes sobre o que é o evento, promovido anualmente pelos signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

O levantamento ouviu 1.500 pessoas entre os dias 11 e 12 de novembro de 2025, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

A pesquisa mostrou que 79% da população nunca tinha ouvido falar na COP antes de a reunião ser recebida no Brasil. Apenas 21% tinham conhecimento anterior. Apesar da pouca familiaridade com o tema, após ouvir breve explicação sobre o que é o evento e seus objetivos, 61% dos entrevistados classificaram a iniciativa como positiva, sendo que 27% a consideram negativa e 12% não responderam.

Por outro lado, 70% se mostraram pessimistas quanto à possibilidade de a COP-30 trazer resultados práticos e uma ação mundial efetiva. Além disso, 74% não consideram como estratégia eficaz o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, proposto pelo Brasil na COP para remuneração de países pela preservação de florestas.

Por fim, os brasileiros também se mostraram incrédulos quanto às ações das empresas brasileiras no combate às mudanças climáticas; sendo que para 84% elas não desempenham papel importante nesse sentido.

Meio Ambiente não é visto como prioridade

O Real Time Big Data também questionou os entrevistados sobre quais deveriam ser as prioridades do governo brasileiro nesse momento. O meio ambiente aparece em último lugar, tendo sido indicado por apenas 4% das pessoas ouvidas na pesquisa.

Confira abaixo os resultados:

  • Segurança Pública – 27%
  • Saúde – 23%
  • Educação – 20%
  • Economia – 16%
  • Desenvolvimento Social – 10%
  • Meio Ambiente – 4%

 

Sobre o Realtime Big Data

O Realtime Big Data é uma das grandes referências nacionais em ciência de dados e pesquisas qualitativas e quantitativas, destacando-se pelo alto nível de excelência técnica e pela oferta de análises claras. Fundado em 2015 pelo cientista político Bruno Soller, o Instituto de Pesquisa tem atuado especialmente no cenário político, de forma a transformar números em informação para apoiar as melhores decisões de governo e de estratégias eleitorais. A partir de 2024, o Realtime Big Data inicia uma nova fase, marcada pela chegada do sócio estrategista Wilson Pedroso e pela ampliação dos braços de atuação.

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Economia

Bioeconomia ganha força na indústria brasileira, mostra CNI

Mais de 80% dos executivos defendem o uso sustentável da biodiversidade como ativo estratégico das empresas

Mais do que um tema de debate na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), a bioeconomia é vista pela indústria brasileira como um pilar essencial para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono.

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 70% dos empresários atribuem importância à bioeconomia para o futuro do setor, sendo que 20% a consideram de “total importância”, 37% “muito importante” e 20% “mais ou menos importante”.

O levantamento, encomendado ao Instituto de Pesquisas Nexus, ouviu 1.004 empresas industriais de pequeno, médio e grande porte em todas as regiões do país, entre 13 de agosto e 9 de setembro de 2025.

Mais de 80% dos executivos defendem o uso sustentável da biodiversidade como ativo estratégico das empresas. Segundo a pesquisa, 89% dos empresários apoiam o uso econômico e responsável dos recursos naturais, distribuídos da seguinte forma:

  • 32% afirmam que a biodiversidade deve ser conservada, garantindo seu uso sustentável;

  • 29% defendem que ela deve fazer parte dos negócios de forma sustentável;

  • 28% acreditam que o tema deve ser integrado às políticas de responsabilidade socioambiental.

Apenas 5% defendem a preservação total, sem uso econômico. A diferença é significativa: enquanto preservar significa manter a natureza intocada, conservar envolve o uso racional e sustentável dos recursos naturais.

“O estudo confirma que a indústria brasileira já enxerga a sustentabilidade como vetor de competitividade e inovação. A bioeconomia e o uso inteligente da nossa biodiversidade são grandes diferenciais no cenário global”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban. “Na COP30, vamos mostrar ao mundo que o Brasil tem as soluções para uma nova economia de baixo carbono, e a indústria é protagonista dessa transformação.”

A pesquisa mostra que a sustentabilidade está cada vez mais incorporada à estrutura das indústrias. Quase metade das empresas (48%) já possui uma área ou departamento específico para tratar do tema — um avanço de sete pontos percentuais em relação a 2024.

O levantamento também indica que o custo mais competitivo (55%) é o principal fator que motiva o aumento do uso de fontes renováveis nas indústrias. Em seguida aparecem os incentivos fiscais (10%) e a redução na emissão de poluentes (8%).

Entre as ações mais comuns de sustentabilidade já implementadas, destacam-se:

  • redução da produção de resíduos sólidos (90%);

  • otimização do consumo de energia (84%);

  • modernização de máquinas com foco ambiental (78%).

A CNI participará da COP30, em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro, com um estande na Blue Zone, promovendo painéis e reuniões sobre bioeconomia, economia circular, transição energética, mercado de carbono, financiamento climático e novas tecnologias.

“A presença da CNI na COP30 expressa o compromisso da indústria com um futuro sustentável”, destaca o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo. “Vamos mostrar como o setor produtivo tem integrado a biodiversidade e os recursos naturais de forma responsável aos modelos de negócios.”

A participação da CNI na conferência conta com a correalização do SENAI e do SESI, além de apoio institucional e patrocínio de empresas e entidades como Schneider Electric, JBS, Suzano, Itaúsa, Vale, Braskem, Ambev, CPFL Energia, Aegea e outras.

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Brasil e Mundo

Uso de internet por adolescentes em escolas cai para 37% em 2025

O celular é o principal dispositivo, citado por 96% dos entrevistados. Em seguida vêm a televisão (74%), computador (30%) e videogame (16%)

O uso da internet por crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos nas escolas caiu de 51% em 2024 para 37% em 2025, segundo o estudo Tic Kids Online Brasil 2025, divulgado nesta quarta-feira, dia 22, em São Paulo.

Uma das explicações é a lei que restringiu o uso de celulares nas escolas, aprovada no início deste ano. A medida teve impacto direto na forma como os alunos acessam a internet durante o período escolar.

“Começamos a coleta da pesquisa em março, quando a restrição já estava em vigor. É possível perceber relação entre a lei e a queda do acesso à internet na escola”, afirmou Luísa Adib, coordenadora do estudo Tic Kids.

Quais fatores influenciam a queda do acesso?

Além da restrição de celulares, outros fatores contribuem para a diminuição do uso da internet na escola. O debate político sobre proteção digital de crianças e adolescentes tem ganhado força.

O Estatuto da Criança e do Adolescente Digital, que ainda não entrou em vigor, também reforça a atenção sobre o tema. “Parte da queda pode ser explicada por regulamentações e pelo debate político”, explicou Adib.

Como os adolescentes acessam a internet

Apesar da queda no uso escolar, o acesso à internet se mantém alto no Brasil. Cerca de 92% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos usam a internet regularmente, quase 24,6 milhões de pessoas.

O celular é o principal dispositivo, citado por 96% dos entrevistados. Em seguida vêm a televisão (74%), computador (30%) e videogame (16%).

O estudo mostra que 84% dos usuários acessam a internet de casa várias vezes ao dia. Nas escolas, 12% acessam várias vezes ao dia, 13% uma vez por semana e 9% uma vez ao mês.

Atividades mais realizadas online

Entre os principais usos da internet estão:

  • Pesquisas escolares: 81%

  • Pesquisa de interesses pessoais: 70%

  • Notícias em vídeo ou texto: 48%

  • Informações sobre saúde: 31%

Quase metade dos adolescentes (46%) acessa conteúdos de influenciadores digitais para assistir vídeos várias vezes ao dia. Esse hábito inclui conteúdos variados, alguns potencialmente nocivos.

Segurança digital e mediação parental

O estudo reforça a importância da mediação ativa dos pais. Isso significa acompanhar, dialogar e orientar os filhos no uso da internet. Estratégias isoladas das plataformas digitais funcionam melhor quando combinadas com supervisão responsável em casa.

Segundo Luísa Adib, nenhuma medida sozinha é eficaz. A combinação de recursos técnicos das plataformas com monitoramento familiar garante maior proteção às crianças e adolescentes.

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Saúde

AVC mata uma pessoa a cada seis minutos no Brasil

Custo hospitalar com internação foi de quase R$ 1 bi em seis anos

O acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame, continua sendo uma das maiores causas de morte e incapacidade no Brasil. Segundo estudo da consultoria Planisa, uma pessoa morre a cada 6,5 minutos vítima de AVC.

Além da gravidade, o problema gera custos altos para o sistema de saúde. Entre 2019 e setembro de 2024, 85.839 pessoas foram internadas, com média de quase oito dias por paciente. Isso resultou em mais de 680 mil diárias hospitalares.

Custos hospitalares do AVC

Do total de diárias, 25% ocorreram em UTIs e 75% em enfermarias.
Os gastos somaram R$ 910,3 milhões, sendo R$ 417,9 milhões em cuidados críticos e R$ 492,4 milhões em não críticos.

Somente em 2024, até setembro, os custos já passavam de R$ 197 milhões. Desde 2019, os gastos quase dobraram, acompanhando o aumento das internações, de 8,3 mil para 21 mil casos.

O que causa o AVC?

O Ministério da Saúde explica que o AVC acontece quando vasos sanguíneos do cérebro entopem ou se rompem, bloqueando a circulação em uma área cerebral.
O problema afeta mais homens e exige atendimento rápido. Quanto antes o tratamento começar, maiores as chances de recuperação.

Principais sinais e sintomas

Fique atento a:

  • Confusão mental ou dificuldade para falar;

  • Problemas de visão em um ou ambos os olhos;

  • Dor de cabeça súbita e intensa;

  • Perda de equilíbrio, tontura ou dificuldade para andar;

  • Fraqueza ou formigamento em um lado do corpo.

O diagnóstico é feito por exames de imagem, geralmente tomografia computadorizada, que identifica a área afetada e o tipo de derrame — isquêmico ou hemorrágico.

Quem tem mais risco de AVC?

Entre os fatores de risco estão:

  • Hipertensão, diabetes tipo 2 e colesterol alto;

  • Sobrepeso, obesidade e sedentarismo;

  • Tabagismo, álcool em excesso e drogas ilícitas;

  • Idade avançada, sexo masculino e histórico familiar.

Controlar doenças crônicas e adotar hábitos saudáveis ajuda a prevenir novos casos.

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Saúde

Conheça os hábitos que ajudam a causar e evitar problemas com hemorroidas

Pesquisa nos EUA aponta que o tempo prolongado sentado no vaso sanitário por uso do celular favorece a dilatação das veias na região anal; saiba o que mais influencia

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

O hábito aparentemente inofensivo de levar o celular ao banheiro pode ser mais prejudicial do que se imagina. Um estudo conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos indica que o uso de smartphone enquanto se está sentado no vaso sanitário está associado a um aumento de quase 50% no risco de desenvolver problemas de hemorroida, condição que representa a terceira causa mais comum de consultas gastrointestinais ambulatoriais.

Os resultados foram publicados no início de setembro na revista científica Plos One. Os pesquisadores aplicaram questionários sobre o uso do celular no banheiro e investigaram hábitos comportamentais, como esforço evacuatório, consumo de fibras e prática de atividade física. Participaram da pesquisa 125 adultos, que foram submetidos a colonoscopia de rotina entre 1º de agosto e 15 de dezembro de 2024. Desses, 43% apresentavam hemorroidas visualizadas no exame.

O levantamento revela que 66% dos participantes utilizavam o celular no banheiro, seja para ler notícias, navegar nas redes sociais ou simplesmente passar o tempo. Entre eles, a probabilidade de apresentar hemorroidas foi 46% maior em comparação com quem não tinha esse costume, mesmo após o ajuste para fatores clássicos de risco, como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), nível de atividade física e ingestão de fibras.

O tempo de permanência no vaso sanitário foi apontado como um dos principais fatores por trás dessa associação com o risco de hemorroidas. Entre os que usavam o celular no banheiro, 37,3% relataram permanecer sentados por mais de cinco minutos, contra apenas 7,1% dos que não utilizavam o aparelho. Esse tempo prolongado pode exercer pressão sobre os vasos sanguíneos da região anal, favorecendo o aparecimento das hemorroidas.

Mas, afinal, o que são hemorroidas?

Hemorroidas são veias normais que todos nós temos no ânus.

“Elas se tornam uma doença hemorroidária quando há dilatação desses vasos, causando prolapsos, caroços e sangramento”, explica a coloproctologista Patrícia Romero Prete, do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), unidade pública gerenciada pelo Einstein Hospital Israelita em Goiás. “Quando elas estão com problemas, os sintomas incluem coceira, inchaço, um caroço doloroso em volta do ânus, sangramento e secreção.”

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia estima que em torno de 50% da população brasileira já teve ou terá uma crise hemorroidária. “Não há dados oficiais, pois a maioria das pessoas quando tem crises de hemorroida não procuram o médico por tabu ou vergonha. Mas esse é um problema bastante comum”, afirma Prete.

Contudo, embora seja uma condição comum, ainda há dificuldades na identificação precisa de todos os fatores que contribuem para seu surgimento. Constipação intestinal, esforço excessivo para evacuar, dieta pobre em fibras, sedentarismo e gestação estão entre as causas conhecidas. Agora, o tempo prolongado no vaso sanitário potencializado pelo uso do celular surgiu como mais um elemento de risco.

De acordo com a médica, o aumento de casos de hemorroidas associados ao uso de smartphones é perceptível na prática clínica.

“Esse é um tema abordado com frequência no consultório. As pessoas carregam o celular para todos os lugares e o banheiro, muitas vezes, é o único momento em que conseguem ficar sozinhas e desconectar dos problemas e do trabalho. Muitos pacientes dizem que aproveitam esse tempo para ler mensagens ou checar as redes sociais. Isso se tornou um novo fator de risco que não existia antigamente”, observa.

O motivo para isso é fisiológico: a partir do momento em que a pessoa fica mais de dez minutos sentada no vaso sanitário, existe um aumento do esforço evacuatório. “Imagine você somar esses dez minutinhos nessa posição contínua ao longo dos anos. Isso provoca uma queda forçada das mucosas, que são os tecidos que sustentam as hemorroidas, e elas descem, causando dilatação, dor e sangramento”, explica a coloproctologista.

A recomendação para evitar o problema é ir ao banheiro apenas para fazer cocô. “Temos que sentir a vontade de evacuar e entrar sem nada no banheiro — sem celular, sem revista, sem livro. O ideal é evacuar em três a cinco minutos. Essa não é uma regra absoluta, pois nem todo intestino funciona igual, mas esse é considerado um tempo seguro. Se não conseguir evacuar, levante-se e saia”, orienta a especialista.

Diagnóstico clínico

O diagnóstico da doença hemorroidária é realizado pelo coloproctologista durante o exame físico, que inclui a avaliação externa do ânus e o toque retal. Em alguns casos, especialmente em pacientes com 45 anos ou mais, ou com histórico familiar de câncer colorretal, a colonoscopia pode ser indicada. O tratamento varia conforme a gravidade e pode ser clínico — com uso de pomadas, medicamentos e mudanças de hábitos — ou cirúrgico, nos casos mais avançados.

Segundo Patrícia Prete, as hemorroidas internas são classificadas de grau 1 a 4, conforme a gravidade dos sintomas.

“No grau 1, há apenas sangramento; no grau 2, elas saem durante a evacuação e retornam sozinhas; no grau 3, saem e precisam ser empurradas de volta com o dedo; e no grau 4, permanecem para fora o tempo todo”, detalha a especialista. Já as hemorroidas externas se localizam ao redor do ânus e podem formar uma trombose hemorroidária, um caroço duro e doloroso que costuma regredir espontaneamente.

As hemorroidas não causam câncer, mas podem gerar complicações que afetam o dia a dia.

“Hemorroida não causa nada mais grave, não vira câncer e não causa outras doenças. Mas, se crescer muito e causar sangramento intenso, pode levar à anemia; se houver secreção, pode irritar a região anal e dificultar a higiene”, relata.

Além do tempo no vaso sanitário, fatores como histórico familiar, constipação, diarreia crônica, sobrepeso e atividades que exigem esforço físico intenso podem ser prejudiciais. “Alimentos irritativos, como pimenta e molho de tomate, podem desencadear crises. Exercícios com muito peso, ciclismo, spinning e até a prática de equitação também podem contribuir”, alerta a médica do HMAP.

Como prevenir?

Para prevenir o surgimento de hemorroidas, recomenda-se manter o peso sob controle, praticar atividade física regularmente e adotar um hábito evacuatório saudável, seguindo a “regra de três”: evacuar no mínimo três vezes por semana e no máximo três vezes por dia. “Evitar comidas gordurosas, bebida alcoólica e alimentos muito condimentados também ajuda. Mas é importante lembrar que, mesmo com todos os cuidados, a pessoa pode ter uma crise eventualmente”, adverte a coloproctologista.

Sintomas como dor, sangramento, secreção anal, prolapso e desconforto também podem estar presentes em casos mais graves.

“Hemorroidas não causam câncer, mas têm sintomas semelhantes aos de doenças malignas. Por isso, qualquer alteração na região anal precisa ser avaliada por um proctologista. Não adianta recorrer à automedicação ou tentar diagnóstico por inteligência artificial. Apenas o especialista pode diferenciar o que é benigno do que pode ser mais sério”, orienta Patrícia Prete.

Fonte: Agência Einstein

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Economia

Alívio em SP: 7 itens essenciais da cesta básica estão mais baratos em setembro

Segundo pesquisa de Conab e DIEESE divulgada nesta quarta, capital paulista apresentou queda em sete dos 13 alimentos pesquisados, com destaque para tomate, batata e arroz

Se você percebeu que alguns produtos ficaram mais baratos nos mercados de Valinhos, a sensação é real: a capital paulista registrou uma redução no custo da cesta básica em setembro. Essa tendência oferece um alívio nas compras mensais para as famílias da região. São Paulo está entre as 22 capitais que viram o custo médio cair, impulsionada pela queda de sete itens essenciais, como o tomate e a batata.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pela Conab e pelo Dieese nesta quarta-feira, dia 8, confirmou a diminuição de preço. Na capital, a queda foi de no custo da cesta. O destaque é que a pressão inflacionária nos itens básicos diminuiu, um sinal positivo que se reflete diretamente no planejamento financeiro doméstico.

Sete dos 13 itens avaliados tiveram uma redução significativa na capital. O líder absoluto de queda foi o tomate, com uma baixa robusta de , seguido pela batata, que ficou mais barata.

Esses dois produtos, frequentemente comprados em grande volume, ajudam a aliviar o orçamento. Outros itens importantes que completam a lista de redução de preços incluem: arroz agulhinha (), leite integral (), açúcar refinado (), café em pó () e manteiga ().

Olhando para o longo prazo, a economia é ainda mais notável: no acumulado dos últimos 12 meses, a batata caiu incríveis e o arroz agulhinha registrou de redução na capital. Acompanhar esses movimentos permite que o consumidor de Valinhos tome decisões de compra mais inteligentes e maximize a economia familiar.

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