Valinhos
Formação sobre o Plano Municipal da Primeira Infância reúne gestores educacionais em Valinhos




Alunos da 3ª série terão aumento de 78% do tempo das aulas de língua portuguesa e de 33% de matemática. Foto: Pablo Jacob/Governo de SP
Disciplinas terão duas aulas a mais cada no 9º ano do Ensino Fundamental e na 3ª série do Médio; tempo de aula passa de 45 para 50 minutos
Agência SP
A partir do próximo ano letivo, a duração da aula de cada disciplina da grade dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio será ampliada para 50 minutos. Com o aumento definido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), serão seis aulas por dia para alunos que estudam em escolas de período parcial nos turnos da manhã e da tarde. O tempo extra vai proporcionar ao professor um melhor planejamento da aula e ao aluno a possibilidade de assimilar mais o conteúdo da disciplina.
Desde 2020, a grade era composta por sete disciplinas diárias de 45 minutos cada. O ajuste também vai alterar os horários de saída dos alunos. Para aqueles do período matutino a saída será às 12h20. Já para o vespertino, a última aula termina às 18h20.
“A rede estadual paulista volta a se adequar ao que já é frequente em outras redes de ensino público. Com mais tempo, os professores têm a oportunidade de organizar melhor os planos de aula e os estudantes podem utilizar o tempo extra para a execução das tarefas”, explica o secretário da Educação, Renato Feder.
Novo Ensino Médio e mais aulas de português e matemática
Para 2025 a Seduc-SP também já definiu a adequação da matriz curricular do Ensino Médio em consonância com a Política Nacional do Ensino Médio (lei nº 14.945/2024), aprovada em julho, e que reorganiza a carga horária da formação básica geral para 2.400 horas e itinerários formativos para 600 horas.
Com as mudanças, os alunos da 3ª série terão um aumento de 78% do tempo das aulas de língua portuguesa e de 33% de matemática. Não há mudanças nos itinerários formativos, que seguem com três opções de áreas, duas acadêmicas, exatas e humanas, e a técnica profissional.
A novidade é a inclusão de mais duas disciplinas na matriz curricular da rede estadual de São Paulo. Alunos da 3ª série do Ensino Médio e também do 9º ano do Ensino Fundamental terão por semana mais duas aulas de orientação de estudos de matemática e outras duas de orientação de estudos de língua portuguesa.
Aula de disciplina financeira
A disciplina de educação financeira, incluída no currículo paulista a partir deste ano, também será reorganizada entre os anos e séries. Agora as aulas focadas no aprendizado de matemática e em como os estudantes podem construir uma relação melhor com o dinheiro ao longo da vida será obrigatória na grade do 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental e 1ª e 2ª séries do Ensino Médio. Além disso, a aula de leitura e redação será ofertada a todas as séries dos anos finais do Fundamental.
“Optamos por dar uma atenção especial aos componentes curriculares de língua portuguesa e matemática nas séries finais dos ciclos. Neste ano, já havíamos ampliado a carga horária das duas disciplinas nos anos finais do Ensino Fundamental e Médio, em 70% em matemática e 60% em português”, acrescenta Feder.
Calendário 2025
A Seduc-SP também definiu o calendário do próximo ano. Em 2025, as aulas do primeiro semestre terão início em 3 de fevereiro. O recesso escolar do meio do ano está previsto para o período entre os dias 1º e 20 de julho. Para o cumprimento dos 200 dias letivos, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Base (LDB), o fim das atividades está agendada para 9 de dezembro.
Provão Paulista Seriado permite ingresso em universidades públicas. Foto: Divulgação/Governo de São Paulo
O que vai cair no Provão Paulista? Quando saberei minha nota? Tire dúvidas sobre a prova
Agência SP
Quase 380 mil estudantes matriculados na 3ª série do Ensino Médio das escolas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) participam nesta semana, nos dias 30 e 31 de outubro, da edição de 2024 do Provão Paulista Seriado, avaliação criada pelo Governo de São Paulo que garante o acesso direto às principais universidades e faculdades públicas do estado.
A equipe de avaliação da Coordenadoria Pedagógica (Coped) da Educação respondeu às principais dúvidas dos estudantes da 3ª série do Ensino Médio sobre a prova.
Quando acontecem as provas para a 3ª série do Ensino Médio?
As provas acontecem nos dias 30 e 31 de outubro de 2024. A presença nos dois dias é obrigatória.
Que horas começam as provas da 3ª série do Ensino Médio?
As provas terão início às 8h. Os portões serão fechados às 7h45.
Como eu sei a escola onde farei a prova?
Alunos das escolas estaduais, das Etecs, escolas municipais que aderiram ao Provão Paulista e escolas das universidades estaduais farão as provas em suas escolas de origem. Alunos de outros estados e de escolas federais de Ensino Médio farão as provas em escolas localizadas em cinco pólos de aplicação: São Paulo (capital), Campinas, Ribeirão Preto, Itapetininga e Araçatuba. O local de provas pode ser consultado neste link.
Eu estudo à noite e trabalho durante o dia e não poderei participar. O que devo fazer?
Conforme as regras do Provão Paulista, os estudantes que trabalham receberão um atestado de comparecimento. Se você trabalha no horário de aplicação das provas, converse com o seu empregador sobre a importância de participar do Provão Paulista Seriado. De acordo com as regras da CLT, alunos que se ausentam para participar de provas de vestibular não devem ter prejuízo ao seu salário.
O que preciso levar no dia da prova?
Um documento oficial com foto (não pode ser xerox e, se for digital, deve ser apresentado no aplicativo oficial da documentação), caneta preta ou azul de corpo transparente. Pode levar lápis e borracha para os rascunhos durante a prova, mas a folha de respostas deve ser preenchida com caneta.
Posso comer durante a prova?
Pode, mas atente-se para levar lanches simples, que não atrapalhem a concentração dos demais estudantes. É melhor levar uma maçã ou uma banana, por exemplo, do que uma mexerica, que tem um cheiro mais marcante. Água, sucos e refrigerantes em embalagens individuais também estão liberados.
O que vai cair na prova?
No primeiro dia de Provão Paulista para a 3ª série, os estudantes terão acesso a questões das áreas de língua portuguesa, língua inglesa, física, química e biologia. No total, são 48 questões no primeiro dia, além da redação.
No segundo dia, serão 18 questões de matemática e outras 24 questões, distribuídas entre as disciplinas de história, geografia, sociologia e filosofia.
Todos os conteúdos abordados nas questões do Provão Paulista Seriado integram o Currículo Paulista.
Quanto tempo dura a prova?
Cinco horas no dia 30 de outubro, por conta do tempo destinado à redação, e quatro horas no dia 31 de outubro.
Qual é o tempo mínimo e permanência na sala de aula?
Para que a prova tenha validade, o aluno deve permanecer na sala de aula por pelo menos duas horas.
Quanto vale a prova?
No ano passado, a prova da 2ª série do Ensino Médio tinha peso de 30%. A prova de múltipla escolha deste ano tem peso de 50% e a redação, de 20%.
Será feriado na minha cidade, o que faço?
Os dias 6 e 7 de novembro estão reservados para a aplicação extra em caso de feriado. Alunos que faltaram à escola nos dias 30 e 31, datas oficiais da aplicação e onde não é feriado, não têm direito à reposição.
No ano passado, quando eu estava na 2ª série, não fiz o Provão Paulista. Posso fazer agora?
Para concorrer a uma das vagas do Provão Paulista nas universidades e faculdades paulistas, o estudante deve obrigatoriamente ter feito a primeira edição da avaliação em 2023.
Quando saberei as minhas notas e se passei no Provão Paulista?
A Educação divulgará as notas individuais a partir do dia 9 de janeiro. O resultado do Provão Paulista e a primeira chamada para os futuros universitários estão previstos para o dia 20 de janeiro de 2025.
Pra que serve o Provão Paulista?
O Provão Paulista Seriado é uma avaliação que garante ao estudante da rede pública ingresso direto nas melhores universidades e faculdades estaduais de São Paulo, a USP, Unicamp, Unesp, Fatecs e Univesp.
Estou concorrendo a quantas vagas no ensino superior?
O Provão Paulista vai disponibilizar 15.390 vagas no ensino superior, sendo 1.500 na USP, 934 vagas na Unesp, 325 na Unicamp, 10.000 vagas nas Fatecs e 2.631 na Univesp.
Até quando posso escolher os cursos?
Até o dia 29 de novembro, mas tente não deixar para a última hora. Se você mudar de ideia, pode fazer alterações no sistema até esta data. Importante: atente-se ao horário de aulas e à localidade do campus de sua escolha.
Se eu zerar alguma matéria no Provão, serei eliminado do processo seletivo?
Não será eliminado, porém a USP, Unesp e Unicamp determinam uma quantidade mínima de acertos nas provas.
Se eu passar na minha primeira e na segunda opção de cursos, posso escolher entre elas?
Cada estudante será aprovado para apenas uma vaga a cada chamada. Se eventualmente um aluno é convocado na primeira chamada para a sua segunda opção de curso, ele pode registrar a matrícula e informar à universidade que está aguardando a segunda chamada.
É obrigatório fazer o Provão Paulista?
A participação não é obrigatória, mas o Provão Paulista abre portas para que os alunos do Ensino Médio conquistem uma vaga em universidades e faculdades públicas do estado. Além disso, o Provão Paulista avalia a qualidade da educação na rede estadual e é essencial para que a Seduc-SP determine políticas públicas para os próximos anos.
O vereador Veiga (PSD) apresentou, na sessão desta terça-feira, 15, projeto de lei que prevê o fornecimento de um cartão com crédito para os alunos da rede pública de ensino de Valinhos comprarem material escolar. A ideia é substituir a compra que hoje é feita pela Prefeitura, mediante licitação, por esse cartão, que dará aos responsáveis pelo aluno a liberdade de adquirir o próprio material.
De acordo com o vereador, o projeto pode acabar com a burocracia de todos os anos na hora da compra do material escolar, já que, normalmente, as licitações são demoradas. Além disso, ele acredita que a proposta pode fomentar o comércio local, gerando renda e emprego dentro do município.
“Na prática, o valor que seria empenhado pelo Poder Executivo na compra de material escolar através de licitações é disponibilizado como crédito no cartão para todos os alunos matriculados, assim, o estudante pode escolher os itens que deseja, realizando a compra diretamente na loja credenciada de sua preferência, adquirindo-os com a qualidade e quantidade desejada dentro do valor percebido e de acordo com a lista apontada pela rede de ensino, possibilitando ao aluno exercer sua liberdade de escolha e direito de compra”, explica Veiga.
O projeto está em análise nas comissões internas da Câmara e ainda não tem data definida para ser votado.
Em um ano de vigência, Lei do Pacto pela Retomada permitiu a continuação de 954 obras inacabadas e paralisadas da educação básica em todo o País, entre escolas, creches e quadras, além da conclusão de outras 180
Em apenas um ano de vigência da Lei nº 14.719/ 20 23, que instituiu o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, o Brasil registrou uma redução de quase 50% no número de obras inacabadas e paralisadas. Os dados são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), e se referem às 5.642 obras elencadas pela norma, em novembro de 2023, como passíveis de retomada — entre escolas, creches, quadras esportivas e outras reformas.
Um levantamento realizado em outubro de 2024 constatou que o número de obras paralisadas e inacabadas caiu para 2.902, sendo 1.982 inacabadas e 920 paralisadas. Das reformas e construções em andamento , 954 obras já receberam aprovação para retomada e iniciarão os processos formais de contratação das empresas nos estados e municípios, enquanto outras 180 já se encontram concluídas.
Após a aprovação da Lei nº 14.719/ 20 23, estados e municípios manifestaram interesse em retomar 3.784 obras e, a partir de janeiro de 2024, começaram a apresentar a documentação necessária para o andamento dos processos. Ao mesmo tempo, o g overno f ederal destinou R$ 4,1 bilhões para financiar essas obras, sendo que a execução — incluindo licitações e construções — é responsabilidade dos entes federados. A expectativa é que, ao final do processo, a retomada das obras crie cerca de 740 mil novas vagas na educação básica em todo o Brasil.
A colaboração entre os estados, os municípios e a União tem sido fundamental para garantir a reestruturação da educação pública e ampliar o acesso à educação de qualidade para milhares de crianças e adolescentes.
Fatec São Paulo, no Bom Retiro, centro de São Paulo. Foto: Governo de SP
‘Neurodiversidade e inteligência artificial: inovações e desafios’ é o tema da 25ª edição do encontro, que reúne estudantes, professores, pesquisadores, empresários e profissionais de diversas áreas
Agência SP
A Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Paulo, localizada no bairro do Bom Retiro, na Capital, realiza entre segunda e sexta-feira (7 e 11) a 25ª edição do Congresso de Tecnologia. Gratuito e aberto ao público, o evento reúne estudantes, professores, pesquisadores, empresários e profissionais de diversas áreas.
Para participar das atividades culturais, painéis temáticos e simpósio de iniciação científica e tecnológica é necessário fazer a inscrição pelo site do evento. O Congresso de Tecnologia da Fatec São Paulo é realizado anualmente com a missão de compartilhar informações dos diversos campos do conhecimento tecnológico.
Com o tema “Neurodiversidade e inteligência artificial: inovações e desafios”, a 25ª edição do congresso contará com palestra de abertura ministrada pelo médico e pesquisador Paulo Saldiva, que abordará a relação entre inteligência artificial, saúde e vulnerabilidade. Confira a programação completa.
“Esperamos a participação de mais de 5 mil pessoas. Reunimos grandes nomes de diversas áreas, promovendo espaços para debates, apresentações de tendências da tecnologia, lançamentos de renomados autores, espaços para aprendizagem e troca de experiências”, informa o diretor da Fatec, Josué Souza de Góis. “É uma grande oportunidade para estudantes praticarem networking e se atualizar sobre a realidade do mercado de trabalho.”
Serviço
25º Congresso de Tecnologia da Fatec São Paulo
Local: Fatec São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 615 – ao lado da estação Tiradentes do Metrô
Data: de 7 a 11 de outubro
Horários: consulte a programação
Mais informações: no site do evento
Crianças brincam no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda – © Rovena Rosa/Agência Brasil
Elas vivem em famílias em situação de pobreza ou monoparentais
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
Em todo o país, 4,5 milhões de crianças de 0 a 3 anos estão em grupos considerados mais vulneráveis e deveriam ter o direito à creche priorizado. Essas crianças representam 45,9% do total de 9,9 milhões de crianças brasileiras na faixa etária.
Elas vivem em famílias em situação de pobreza, monoparentais, em que o cuidador principal trabalha ou mesmo poderia trabalhar caso houvesse uma vaga na creche ou em famílias com crianças com deficiência.
Os dados são do chamado Índice de Necessidade de Creche Estados e Capitais (INC), uma ferramenta criada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com a Quantis, para apoiar o planejamento de políticas de acesso a creches. O estudo na íntegra está disponível na internet. Por falta de informações oficiais atualizadas disponíveis, o estudo ainda não mostra quantas dessas crianças já estão matriculadas.
A pesquisa traça um panorama, em todo o país, das condições sociais e econômicas das famílias e das crianças. O INC é calculado em cada estado e em cada capital.
“A nossa ideia é estimar essa população que poderia se beneficiar do acesso à creche, chamando a atenção que essa necessidade é diferente para cada um dos territórios”, explica a gerente de Políticas Públicas da FMCSV, Karina Fasson.
O INC, por estado, mostra, por exemplo, que o Piauí é o estado com a maior necessidade de creches, com 53,1% das crianças em alguma das situações consideradas no estudo como prioritárias para a garantia da vaga. Já Rondônia é o estado com a menor porcentagem de crianças nessas situações, 32,6%.
Entre as capitais, Salvador é a com a maior porcentagem, 61,7%, e Porto Velho, a com a menor, 32,2%.
“A gente cria esse indicador para informar os territórios. Mostrar que o tamanho da população em situação de pobreza é esse, o tamanho da população de família monoparental é esse, e assim por diante. Com base nisso, é possível que os territórios possam planejar a expansão da creche, possam planejar também a utilização de critérios de priorização no caso de não haver vagas para todas as crianças e famílias no primeiro momento”, diz a especialista.
Creches no Brasil
No Brasil, a creche não é uma etapa obrigatória. A educação é obrigatória para crianças e adolescentes de 4 a 17 anos. Antes disso, as famílias podem optar por matricular as crianças, mas é dever do Poder Público oferecer as vagas que são demandadas.
Isso ficou ainda mais claro em 2022, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ampliar a obrigatoriedade da oferta de ensino também para creches. Até então, os municípios podiam negar a matrícula alegando falta de vagas.
Além disso, o país precisa cumprir o Plano Nacional de Educação (PNE), lei que estabelece metas para serem cumpridas da educação infantil a pós-graduação, até o final de 2025. Pela lei, o país deve ter matriculadas nas creches, 50% das crianças de até 3 anos. Atualmente, são 37,3%.
Segundo Karina Fasson, a creche é um direito das crianças e também das famílias.
“É importante lembrar que o surgimento da creche no Brasil está justamente ligado aos movimentos de mulheres, no sentido de poder também acessar o mercado de trabalho, de poder conciliar as diferentes atividades das quais as mulheres têm responsabilidade. Então, o acesso à creche pode beneficiar muito a inserção e a manutenção de mães no mercado de trabalho”, destaca.
Necessidade de creches
O estudo detalha a situação das crianças que precisam das creches. O indicador mostra que 13,2% das crianças brasileiras de até 3 anos estão em situação de pobreza. São de famílias com renda mensal por pessoa inferior a R$ 218.
Outras 5,4% são de famílias monoparentais, criadas, por exemplo, apenas pela mãe. Conforme o estudo, 1,6% tem dificuldade em exercer ao menos um dos domínios funcionais.
A maior porcentagem é de crianças de famílias com mães ou cuidadores que trabalham ou que trabalhariam caso tivessem acesso a creches: 25,7%.
De acordo com a assistente de coordenação de Políticas Públicas para Meninas e Mulheres Negras Cis e Trans na organização não governamental Criola, Juliana Martins, a falta de creches e outros direitos básicos impacta sobretudo as mulheres negras. Ela defende que o direito à creche garante o direito de a mulher trabalhar, aumentar a renda e poder estudar.
“Eu sempre faço uma analogia que o direito à creche parece uma cebola, porque a cada camada que você puxa, você verifica o quanto que, se tem um acesso de uma maneira integral, com desenvolvimento infantil garantido, com desenvolvimento e capacitação dos próprios profissionais, valorização dos professores. Você consegue ter uma série de outros direitos sendo garantidos para uma mulher negra hoje na sociedade. É muito caro que esse direito seja garantido ou essa política pública seja executada como ela deveria ser, como prioridade absoluta do município, do estado, da Federação”, defende.
Segundo ela, com a garantia de uma educação infantil de qualidade, a sociedade consegue também, aos poucos, reduzir as muitas desigualdades sociais e econômicas “que são muito brutais e muito profundas”.
A educação infantil é uma das etapas educacionais cuja administração cabe aos municípios. É também uma etapa que ganha relevância nas eleições municipais, que ocorrem no dia 6 de outubro.
As inscrições vão até 30 de setembro e contemplam a aprendizagem de crianças, adolescentes, jovens e adultos
A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria da Educação, informa que estão abertas as inscrições para integrar a Rede Pública de Ensino em 2025. As inscrições estarão disponíveis até o dia 30 de setembro e abrangem o Infantil I (para crianças nascidas entre 01/04/2020 até 31/03/2021); o Infantil II (para nascidas entre 01/04/2019 até 31/03/2020); o 1º ano (para nascidas entre 01/04/2018 até 31/03/2019) e demais anos do Ensino Fundamental, e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O responsável legal deverá comparecer na unidade escolar mais próxima da sua residência, munido dos seguintes documentos: RG e CPF do responsável e do candidato ou RNM em caso de estrangeiro; Comprovante de guarda ou de tutela, quando for o caso; Certidão de Nascimento do candidato; Comprovante de Escolaridade do candidato, quando for o caso; Comprovante ou Declaração da Carteira de Vacinação do candidato e Comprovante Residencial atualizado no nome de um dos pais/responsáveis ou Cartão Cidadão.
Os alunos que atualmente sejam da rede particular e queiram ingressar em 2025 na rede municipal, em qualquer série, também podem ser inscritos até o dia 30 de setembro.
Os pais que perderem o período de inscrições e que tiverem o interesse em matricular o aluno na rede pública deverão procurar a escola mais próxima da sua residência em janeiro de 2025 para solicitar a vaga ou a transferência.
Outras informações podem ser obtidas junto à Secretaria de Educação pelos telefones 3871-9214 ou 3871-9290. A Resolução de nº 01 da Secretaria de Educação, que traz as informações detalhadas sobre o processo de inscrição estará disponível para consulta na edição n° 2706 de 27/08/2024 na aba de Atos Oficiais pelo link: https://www.valinhos.sp.gov.br/portal/diario-oficial.
Efetivação da matrícula
A Secretaria de Educação divulgará a partir do dia 10 de dezembro o resultado das inscrições, informando a escola onde foi disponibilizada a vaga para 2025, sendo que as matrículas poderão ser feitas de 10 a 20 de dezembro. A efetivação da matrícula é de competência do responsável legal pelo aluno ou pelo próprio aluno, em caso de maioridade, e deve ser realizada mediante o comparecimento à escola.
Capital federal mostra como o investimento na educação básica e em projetos de retorno à escola refletem na liderança nacional de alfabetização – Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Medida está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira
Fonte: Agência Brasil
Iniciativas da gestão pública de municípios, estados e do Distrito Federal para assegurar o direito à alfabetização em todo o país passarão a ser reconhecidas por meio do Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização (Selo Alfabetização). Além de reconhecer esforços, a medida visa a incentivar e disseminar boas práticas.
O Selo Alfabetização foi instituído nesta segunda-feira (23) por meio de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, que faz parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada está publicada no Diário Oficial da União.
De acordo com o governo federal, a mudança na condução da política pública de educação possibilitou a recuperação do desempenho da alfabetização após a pandemia de covid-19. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, após cair para 36%, em 2021, o patamar de alfabetização definido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para o 2º ano do ensino fundamental atingiu 56% em 2023.
Ações, políticas, formação de educadores e materiais didáticos complementares alinhados ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada serão os critérios avaliados para a concessão do selo.
Para participar, além das iniciativas, as gestões públicas precisam ter aderido ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e integrar a Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa).
Os esforços serão reconhecidos por comissões técnicas de avaliação instituídas pelo Ministério da Educação (MEC) para classificar e selecionar as secretarias de Educação concorrentes. Após o recebimento do Selo Alfabetização, as unidades da federação poderão usar a marca em suas ações de comunicação em redes sociais, internet e canais de divulgação.
A duração, dimensão e critérios da marca e as regras complementares ao processo de seleção para verificação das evidências relativas aos esforços e às iniciativas de gestão pública das secretarias de Educação serão estabelecidos por meio de edital para cada edição do Selo Alfabetização.