EDITORIAL

Opnião

Valinhos e a força que vem do campo

O agricultor e, consequentemente, a agricultura tiveram e ainda têm um papel insubstituível na economia local

Nesta segunda-feira, 28 de julho, celebramos o Dia do Agricultor, uma data que nos convida a uma reflexão profunda sobre a importância inestimável daqueles que, com as mãos calejadas e o olhar atento ao tempo, semeiam o progresso em nossa terra. Para Valinhos, essa reflexão é ainda mais relevante, pois nossa história, identidade e prosperidade estão intrinsecamente ligadas ao trabalho incansável do homem e da mulher do campo.

Valinhos, muito antes de ser distrito de Campinas, no século XIX, floresceu sob o pujante ciclo da cafeicultura. O grão dourado moldou nossa paisagem e nossa economia. A chegada da via férrea em 1872 não apenas consolidou nossa vocação agrícola, mas nos elevou à impressionante posição de quarta estação da Província de São Paulo em embarque de café para o Porto de Santos. Uma vocação que, com o tempo, soube se reinventar com notável resiliência e visão.

No início do século XX, o imigrante Lino Busato trouxe as primeiras mudas de figo da Itália. Foi um ato de fé no potencial de nossa terra. E o solo e o clima valinhenses se mostraram tão hospitaleiros que, já na década de 1910, a ficicultura florescia em escala comercial, transformando a paisagem local. Foi o figo que deu notoriedade a Valinhos, tornando-nos a Capital Nacional do Figo Roxo, um título que carregamos com orgulho e que se reflete em nossos maiores eventos turísticos: a icônica Festa do Figo e, posteriormente, a Expogoiaba. A experiência de Valinhos no agroturismo não só impulsionou o desenvolvimento local, mas também serviu de base para a criação e implantação do Circuito das Frutas, unindo dez cidades da região em torno dessa riqueza compartilhada, valorizando o turismo rural e a produção de qualidade.

Ainda na década de 1950, a chegada dos imigrantes japoneses à região do Macuco trouxe consigo o cultivo da goiaba, diversificando ainda mais nossa fruticultura e consolidando Valinhos como um importante produtor dessa fruta saborosa e nutritiva. De modo geral, a agricultura de Valinhos tem na fruticultura seu lastro principal, e é aqui que produzimos mais de 35 variedades de frutas, um verdadeiro tesouro em termos de biodiversidade e sabor.
Contudo, entre as últimas décadas do século XX e o início do século XXI, a fruticultura, infelizmente, enfrentou desafios significativos, perdendo espaço para a necessária, mas muitas vezes avassaladora, expansão urbana. Nosso homem do campo, nesse período, nem sempre recebeu o reconhecimento e o apoio que merecia, sentindo-se, por vezes, esquecido diante do avanço da urbanização.

Mas Valinhos vive um novo tempo. Com o início do governo do prefeito Franklin (PL) em 2025, a criação da Secretaria do Verde e da Agricultura marcou um divisor de águas, um sinal claro de que o setor agrícola voltou a ser prioridade. A Secretaria nasceu com a missão clara de apoiar e mediar as necessidades do homem do campo, de ser a voz e o braço estendido para quem trabalha a terra, e de mostrar a força da fruticultura valinhense para o Brasil e para o mundo. É um compromisso assumido com seriedade e resultados.

Os primeiros frutos desse novo tempo já estão sendo colhidos. Uma das iniciativas mais importantes foi a retomada do Acordo de Cooperação Técnica com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) Campinas. Essa parceria fundamental foi solidificada com a reforma e modernização da Casa da Agricultura, que agora funciona como uma base de apoio robusta e eficiente ao agricultor local. Além disso, Valinhos deu um passo adiante ao integrar o Programa Rotas Rurais e o Programa Município Agro, ambos do governo de São Paulo, atos importantes para mostrar que agora o homem do campo está amparado pela gestão local.

Sob a responsabilidade da Secretaria do Verde e da Agricultura, está também a gestão das feiras no município, especialmente aquelas que proporcionam um espaço vital para o agricultor vender seus produtos diretamente ao consumidor valinhense.

O agricultor e, consequentemente, a agricultura tiveram e ainda têm um papel insubstituível na economia local. A exportação de nossas frutas é uma prova contundente do impacto positivo que esse setor gera para Valinhos.

Neste Dia do Agricultor, mais do que celebrar, é nossa obrigação apoiar o homem do campo com todas as forças. Reconhecer seu legado, valorizar seu trabalho incansável e oferecer as ferramentas e o suporte necessários para que a agricultura de Valinhos continue a prosperar é um investimento no futuro de nossa cidade.

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Opnião

A força da Feira do Produtor de Valinhos

Neste sábado, 5 de julho, Valinhos celebra um marco significativo em sua história e na vida de seus agricultores e consumidores: a Feira do Produtor Rural de Valinhos completa 23 anos. Mais do que um simples local de compra e venda, a feira é um verdadeiro patrimônio da cidade, um símbolo da resiliência do homem do campo e um elo vital entre a terra e a mesa do valinhense.

Idealizada em 2002, na gestão do prefeito Vitório Antoniazzi, com o incentivo fundamental do vereador Henrique Conti, a Feira do Produtor surgiu da necessidade de oferecer um espaço exclusivo e direto para que o agricultor pudesse comercializar seus produtos. Diferente das feiras de rua tradicionais, que não priorizavam o produtor rural, essa iniciativa pioneira conectou diretamente o campo à cidade, garantindo ao consumidor acesso a hortifrutigranjeiros frescos e de qualidade, colhidos na própria Valinhos.

Ao longo de mais de duas décadas, a Feira do Produtor Rural demonstrou uma capacidade notável de resistência e resiliência. Atravessou mudanças de governo, muitas vezes sem o devido reconhecimento, e enfrentou o incômodo constante de ter que se deslocar de seu local tradicional no Pavilhão de Venda de Frutas do Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini, devido a outros eventos. Essa itinerância, um verdadeiro martírio para produtores e clientes fiéis, felizmente chegou ao fim. Por determinação do prefeito Franklin, logo no início de sua gestão, a feira passou a ter um espaço exclusivo e fixo no pavilhão, garantindo a estabilidade e o respeito que merece.

O sucesso e a filosofia da feira serviram de inspiração para outras iniciativas no município. No embalo da valorização do homem do campo e seguindo o modelo das feiras noturnas que se popularizaram em cidades vizinhas, como Jundiaí, e que integram a rica gastronomia dos food trucks, Valinhos viu surgir a “Quarta é Feira”, a Feira do Jardim do Lago, a Feira do Jardim Santa Gertrudes e, em breve, uma nova feira aos sábados junto à Prefeitura. Isso mostra que a semente plantada há 23 anos germinou e continua a dar frutos, multiplicando as oportunidades para os produtores e as opções para os consumidores.

É imperativo que o Poder Público continue a apoiar e incentivar o homem do campo a permanecer em suas terras, oferecendo-lhes espaços dignos para comercializar o fruto de seu trabalho. A feira, em seu 23º aniversário, é a prova cabal de que é possível ter uma política pública eficiente e eficaz, que beneficie tanto quem produz frutas e hortifrutigranjeiros quanto o consumidor valinhense que busca produtos naturais, frescos e de qualidade.

Neste sábado, a celebração será especial no Pavilhão de Frutas do Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini. Das 6h às 10h, um café especial será oferecido aos visitantes, e, a partir das 7h, a Secretaria de Cultura presenteará o público com uma apresentação musical de violino e violão.

Histórias como a de Odair Nascimento, um dos fundadores da feira, que relembra o início com 22 produtores e a relação de amizade e troca de saberes construída ao longo dos anos, e de Nely Yamazaki, que destaca a fidelidade dos clientes, ressaltam o valor afetivo e comunitário do espaço. Eufrásia Lacarini, outra pioneira, lamenta que, mesmo após tanto tempo, muitos ainda não conhecem a feira, reforçando o potencial de crescimento.

Hoje, 10 produtores perseveram, mantendo viva essa tradição, oferecendo uma variedade de produtos que vai de frutas, verduras e legumes a pães, mel, ovos e queijos. Além de seu papel econômico e cultural, a feira também desempenha uma função social, sendo ponto de coleta de tampinhas plásticas para o Recanto dos Velhinhos.

É tempo de reconhecer e celebrar a dedicação de nomes como Odair Nascimento, Eufrásia Lacarini, Nely e Nanci Yamazaki, Isabel Cabral, Cido, Shoite Imanishi, Régis, César Fassina, Armando Kubota, Rosa Yamamoto e Isabela Deajute. Eles são os guardiões da agricultura familiar e da fruticultura, a marca registrada de Valinhos.

Que os 23 anos da feira sejam um impulso para que mais iniciativas como essa floresçam em nossa cidade, fortalecendo a economia local, valorizando nossos produtores e proporcionando alimentos saudáveis e frescos para toda a população.

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Valinhos Solidária e a força da voluntariado

Na última quarta-feira, dia 25, Valinhos vivenciou um momento inspirador e verdadeiramente transformador para o seu cenário social. No Casarão da FEAV (Fórum das Entidades Assistenciais de Valinhos), em uma solenidade prestigiada que reuniu autoridades, representantes de diversas instituições e figuras importantes do terceiro setor, foi oficialmente lançado o Programa Valinhos Solidária. Esta iniciativa, fruto da visão e da dedicação da FEAV em parceria com a plataforma nacional de voluntariado ATADOS, promete não apenas fortalecer, mas revolucionar a rede de solidariedade em nosso município.

O Valinhos Solidária surge com uma missão clara e essencial: mobilizar a sociedade civil de Valinhos para a criação de uma robusta rede de voluntariado. Em um mundo onde as demandas sociais são cada vez mais complexas, a união de esforços e a dedicação altruísta tornam-se ferramentas indispensáveis. A proposta do programa de ampliar a divulgação de oportunidades e conectar voluntários a projetos e organizações sociais é um passo gigantesco em direção a uma comunidade mais engajada e consciente de seu papel na construção de um futuro melhor para todos.

É impossível falar do sucesso e da relevância deste lançamento sem destacar a importância da liderança incansável de Eliane Macari, presidente da FEAV. À frente da instituição, Eliane tem sido uma verdadeira força motriz para o Terceiro Setor de Valinhos. Sua visão estratégica e seu compromisso inabalável com o assessoramento das entidades, como ela mesma ressaltou, “A FEAV não é assistencialista. Nosso foco é o assessoramento”, têm sido fundamentais para o fortalecimento e a profissionalização das organizações que atuam em nossa cidade. A celebração de uma década de fundação da FEAV neste ano é mais um testemunho de uma trajetória marcada pela dedicação e pelo impacto positivo na vida de milhares de valinhenses. O reconhecimento com o diploma de voto de louvor, entregue pelo vereador Vagner Alves a Eliane Macari, Cláudia Melchert e Wanda Dini, gestoras do programa, é uma justa homenagem a quem se dedica com tanto afinco à causa social.

A parceria com a Plataforma ATADOS eleva o Programa Valinhos Solidária a um novo patamar. Com mais de 10 anos de experiência e consolidada como a maior rede de engajamento social do Brasil, a ATADOS traz para Valinhos uma expertise valiosíssima. Sua capacidade de conectar mais de 300 mil voluntários a cinco mil ONGs em todo o país, desenvolvendo projetos de impacto social e promovendo o voluntariado empresarial, é um diferencial que garantirá ao programa a estrutura e o alcance necessários para ser um verdadeiro sucesso.

O fundador da ATADOS, Daniel Moraes Assunção, esteve presente no lançamento e reforçou a importância do voluntariado como ferramenta transformadora. A experiência da ATADOS é pautada nos seguintes pilares: acreditar nas pessoas, comprometer-se, estruturar bem os programas e ter um propósito claro.

O Programa Valinhos Solidária é um sopro de esperança e um apoio vital para as entidades assistenciais do município. Essas instituições realizam um trabalho grandioso e insubstituível no cuidado com idosos, crianças e adolescentes, no apoio a mulheres e homens acometidos de câncer, a pessoas com deficiência, entre outras causas. Elas preenchem lacunas sociais que o Poder Público, por vezes, não possui a competência, o know-how ou a infraestrutura para atender com a mesma capilaridade e sensibilidade.

Patrulheiros, APAE, Casa da Criança, Grupo Rosa e Amor, Acesa, ACES, Recanto dos Velhinhos, entre outras, são exemplos vivos de dedicação e amor ao próximo. O voluntariado é o oxigênio que impulsiona essas organizações, permitindo que continuem a oferecer serviços essenciais e a transformar vidas. Com o Valinhos Solidária, a expectativa é que essa rede de apoio se amplie exponencialmente, garantindo que mais pessoas possam ser beneficiadas e que o trabalho dessas instituições seja ainda mais robusto e eficaz.

O Programa Valinhos Solidária é um convite aberto a toda a população – profissionais, estudantes, empresas e cidadãos – que desejam contribuir com causas solidárias. É a oportunidade de Valinhos mostrar sua força, sua união e seu coração generoso. É um divisor de águas que reforça a crença no poder da comunidade para construir um futuro mais justo e humano para todos. Que o Valinhos Solidária seja um farol de esperança e um catalisador para uma nova era de engajamento em nossa cidade.

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Valinhos

57 anos: Um legado de serviço e olhar para o futuro

Nesta quinta-feira, dia 1º de maio, a Folha de Valinhos alcança uma marca histórica: 57 anos de sua fundação. Uma trajetória que se entrelaça com a própria história de Valinhos, testemunhando seu crescimento, suas transformações e, acima de tudo, servindo como um elo fundamental entre os cidadãos e os acontecimentos que moldam a vida na cidade. Ser o jornal mais antigo em circulação em Valinhos não é apenas um feito cronológico, mas um testemunho da resiliência, da credibilidade e do compromisso inabalável com a comunidade.

Ao longo dessas mais de cinco décadas, a Folha de Valinhos sempre compreendeu e exerceu sua função social com dedicação. Mais do que simplesmente noticiar, o jornal se estabeleceu como um verdadeiro prestador de serviços para a comunidade. Suas páginas ecoaram as vozes dos moradores, divulgaram informações essenciais, acompanharam as demandas locais e celebraram as conquistas da cidade. Essa proximidade e esse olhar atento às necessidades da população construíram um laço de confiança que perdura até hoje.

No entanto, o caminho para manter viva essa missão não foi isento de desafios. O modelo de negócio que sustentou o jornalismo por décadas, baseado na receita da publicidade, sofreu um impacto profundo com a ascensão das gigantes tecnológicas e suas redes sociais. Essa nova dinâmica do mercado midiático, que desviou investimentos publicitários significativos, impôs uma dura realidade a veículos de comunicação em todo o mundo, inclusive em nossa Valinhos, onde vimos outros jornais encerrarem suas atividades.

Diante desse cenário complexo, a Folha de Valinhos demonstrou sua capacidade de adaptação e sua crença na importância do jornalismo para a vida em sociedade e para a saúde da democracia. Consciente de seu papel vital, o jornal embarcou em um processo de reinvenção, buscando novas formas de se conectar com seus leitores e de garantir sua sustentabilidade.

Essa jornada de transformação ganhou força a partir de outubro de 2021, quando a Folha de Valinhos, tradicionalmente entregue em sua edição impressa aos sábados, intensificou seus investimentos no ambiente digital. O portal de conteúdo – www.folhadevalinhos.com.br – floresceu, tornando-se um espaço dinâmico e acessível para a disseminação de notícias e informações relevantes sobre a cidade. A audiência online cresce a cada dia, demonstrando o interesse da comunidade em se manter informada através das plataformas digitais do jornal.

Paralelamente, a presença da Folha de Valinhos nas redes sociais se fortaleceu, ampliando o alcance das notícias e promovendo a interação com os leitores. A busca por novas tecnologias também se tornou uma prioridade, e o jornal se prepara para integrar a Inteligência Artificial (IA) em seus processos. Essa iniciativa visa otimizar a produção de conteúdo, aprimorar a entrega de informações e, consequentemente, cumprir ainda melhor sua função social, oferecendo um jornalismo de qualidade, atual e responsável.

   

“Ao completar 57 anos, a Folha de Valinhos
reafirma sua missão primordial: servir à comunidade valinhense”

O jornal olha para o futuro com otimismo, acreditando na força e na relevância do jornalismo local, especialmente na sua capacidade de prestar serviços essenciais. Nesse contexto, a Folha de Valinhos dedica um olhar especial ao Terceiro Setor, reconhecendo o valor inestimável das organizações da sociedade civil para o bem-estar da comunidade. O jornal se coloca à disposição para divulgar suas ações, projetos e eventos, contribuindo para que suas iniciativas alcancem um público ainda maior e gerem um impacto positivo ainda mais significativo em Valinhos.

Celebrar 57 anos é celebrar a história de um jornal que se construiu junto com a cidade, que superou desafios e que se reinventa para continuar servindo à sua comunidade. A Folha de Valinhos entra neste novo ciclo com a mesma paixão pelo jornalismo e com a firme convicção de que sua voz é essencial para a vida democrática e para o desenvolvimento de Valinhos. O futuro nos aguarda, e a Folha de Valinhos segue adiante, com a credibilidade de seu passado e a energia de um presente em constante evolução.

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A Páscoa em tempos de dualidade: uma reflexão urgente

A celebração da Páscoa, que neste domingo, 20 de abril, renova a esperança e a fé em corações por todo o mundo, ecoa através dos séculos como um farol de luz em meio às trevas da existência humana. A mensagem de Jesus Cristo, que acompanha a história da humanidade há mais de dois milênios, ressoa com uma força particular neste início do século XXI, um tempo paradoxalmente marcado por avanços tecnológicos sem precedentes e por desafios existenciais profundos.

As novas tecnologias, inegavelmente emancipatórias e mediadoras de inúmeras conquistas, também se tornaram um campo fértil para a deturpação da essência da mensagem cristã. A mesma internet que permite a disseminação da Palavra de Deus a cantos remotos do planeta é, por vezes, utilizada para propagar discursos de ódio, intolerância e divisão, valores diametralmente opostos aos ensinamentos de amor e compaixão pregados por Jesus.

O propósito da vinda de Jesus ao mundo era claro e inequívoco: a salvação de uma humanidade corrompida pelo pecado. O Messias tão esperado, em sua breve passagem terrena de pouco mais de três décadas, ofereceu um caminho de redenção e reconciliação com Deus. Contudo, a incompreensão, o egoísmo e a desconexão com os propósitos divinos culminaram em sua crucificação. Mas essa morte, aos olhos da fé, não representou um fim, mas sim o cumprimento da Palavra, o sacrifício supremo do Filho de Deus em prol da salvação da humanidade.

No presente, somos confrontados com uma dualidade inquietante, intensificada pela onipresença das telas em nossas vidas. A atenção, outrora voltada para o transcendente e para as relações humanas genuínas, encontra-se frequentemente cativa nos dispositivos eletrônicos, subtraindo tempo precioso para a introspecção e para a conexão com o divino. As redes sociais, apesar de seu potencial de conectar pessoas e democratizar informações, também se tornaram palcos de polarização, exacerbando a dicotomia entre paz e guerra, amor e ódio, bondade e maldade, alegria e tristeza.

O cenário geopolítico global reflete essa turbulência interna. Conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia e a tensa situação entre Israel e Hamas abalam as estruturas internacionais, elevando a cada dia o potencial destrutivo das grandes potências. A crise climática, com seus impactos cada vez mais evidentes, ameaça a própria sustentabilidade do planeta. A crescente desigualdade socioeconômica aprofunda o abismo entre ricos e pobres, enquanto a guerra comercial tensiona as relações entre nações. Curiosamente, essas convulsões não são uma surpresa para a fé cristã. As palavras de Jesus, registradas em Mateus 24:6-7, ecoam através dos séculos com uma impressionante atualidade: “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.”

Em sua mensagem, Jesus se apresentou como o caminho, a verdade e a vida. E, embora a Palavra de Deus e a mensagem do Evangelho continuem a se expandir pelo mundo, conforme profetizado, uma parcela significativa da humanidade parece persistir em acreditar em um mundo de separação e antagonismo, praticando o oposto dos ensinamentos de Cristo.

Lamentavelmente, a própria mensagem de Jesus tem sido, por vezes, utilizada como fator de divisão. Alguns influenciadores religiosos contemporâneos, distanciando-se do exemplo de Jesus – que construiu a maior rede social da história com apenas doze apóstolos –, valem-se do egocentrismo para distorcer a Palavra. Em vez de proclamar a essência do Evangelho, utilizam contextos para autopromoção, buscando incessantemente “likes” e “compartilhamentos” de mensagens que, muitas vezes, se afastam dos pilares do amor, da humildade e do serviço ensinados por Cristo.

Neste momento crucial, a humanidade necessita resgatar a verdadeira essência do Evangelho. Precisamos desesperadamente vivenciar a paz que transcende a compreensão humana, aquela paz que só pode ser encontrada em Jesus Cristo. A Páscoa nos convida a uma reflexão profunda sobre o sacrifício, o amor incondicional e a esperança que emanam da ressurreição. Que possamos, em meio à dualidade e aos desafios do nosso tempo, renovar nossa fé e buscar viver em consonância com a mensagem transformadora de Jesus, construindo pontes de entendimento, semeando a paz e cultivando o amor em nossos corações e em nossas relações. Que a luz da Páscoa ilumine o caminho para um futuro mais fraterno e esperançoso para Valinhos e para toda a humanidade.

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Opnião

O retorno do carnaval: Alegria, tradição e responsabilidade

Após um hiato de 10 anos, Valinhos se prepara para reviver a magia do Carnaval em 2025. A festa, que tomará conta do Parque Municipal “Monsenhor Bruno Nardini”, com o tema “Adoniran 115 Anos – Carnaval 2025”, promete ser um marco na retomada da tradição carnavalesca da cidade.

A decisão da administração do prefeito Franklin de resgatar o Carnaval demonstra o reconhecimento da importância da festa para a cultura e a economia local. O evento não apenas celebra a alegria e a tradição popular, mas também impulsiona o turismo, atraindo visitantes que movimentam a cadeia produtiva e fortalecem o comércio local.

A retomada do Carnaval em Valinhos resgata a memória dos antigos carnavais de rua, que marcaram época com a participação de blocos como o Formiga, Asabranca e escolas de samba como Leão da Vila, Moinho Velho, Águias da Avenida, Cai-Cai e Unidos da Madrugada. A paixão pelo Carnaval mobilizava uma verdadeira força-tarefa, envolvendo costureiras, soldadores, montadores de alegorias e carros alegóricos, além de famílias inteiras que se dedicavam à produção da festa.

Neste ano, a festa ganha um novo formato, com eventos diurnos que convidam toda a família a participar da folia. A programação diversificada inclui apresentações de blocos carnavalescos, shows de samba e axé, matinês para crianças e idosos, além de feira de artesanato e praça de alimentação com food trucks.

Além do Parque Municipal, os clubes sociais da cidade, como o Country Club e o Clube Atlético Valinhense – que celebra o carnaval no ano do seu centenário de fundação – também prepararam programações especiais para celebrar o Carnaval. A festa se estende por toda a cidade, contagiando moradores e visitantes com a alegria contagiante da folia.

O Carnaval, em sua essência, transcende a mera celebração festiva. Ele se configura como um poderoso vetor de identidade cultural, capaz de unir gerações e fortalecer os laços comunitários. Em Valinhos, a retomada dessa tradição representa um resgate da memória coletiva, um momento de celebração da alegria e da diversidade que caracterizam o povo brasileiro.

No entanto, a celebração do Carnaval exige responsabilidade e segurança. É fundamental que os foliões aproveitem a festa com moderação, evitando o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e drogas, e respeitando as leis de trânsito.

Neste aspecto é importante reforçar e destacar que as cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) também se preparam para o Carnaval com programações especiais para os foliões. No entanto, a mobilidade entre os municípios exige atenção redobrada, especialmente no que diz respeito à segurança nas rodovias. O consumo excessivo de álcool e o excesso de velocidade representam riscos significativos, colocando em perigo a vida dos jovens que se deslocam em busca de diversão.

É fundamental que os foliões adotem uma postura responsável, priorizando o uso de transporte público ou aplicativos de mobilidade. A conscientização sobre os perigos da combinação álcool e direção é essencial para garantir um Carnaval seguro e sem acidentes. As autoridades competentes, como a Polícia Rodoviária e os órgãos de trânsito municipais, devem intensificar a fiscalização e promover campanhas educativas para alertar os jovens sobre os riscos da imprudência.

Outra atenção especial deve ser focada em nossas crianças e idosos, especialmente em dias de calor intenso, exigindo cuidados com hidratação e alimentação balanceada.

Para garantir a segurança de todos, a Prefeitura Municipal preparou um esquema especial de segurança, com reforço no policiamento e equipes de saúde de prontidão. A conscientização dos foliões é fundamental para que o Carnaval seja um momento de alegria e celebração para todos.

A retomada do Carnaval em Valinhos é um marco na história da cidade, resgatando a tradição e celebrando a cultura popular. A festa promete ser um momento de alegria, diversão e união para toda a comunidade.

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Opnião

70 anos da Colônia Japopnesa em Valinhos: um legado de resiliência

Nesta semana, a Folha de Valinhos tem a honra de celebrar os 70 anos da Colônia Japonesa em nossa cidade, um marco significativo na história local e um exemplo notável de resiliência, inovação e contribuição cultural. Desde a chegada das primeiras famílias japonesas em 1954, a região da Fazenda Macuco foi transformada em um polo agrícola e cultural, moldando não apenas a economia local, mas também a identidade de Valinhos.

Os pioneiros da Colônia Japonesa trouxeram consigo um profundo conhecimento agrícola e uma ética de trabalho incansável. Foi por meio desses agricultores que Valinhos se tornou a maior produtora de goiaba “in natura” do Brasil. O impacto desses agricultores não se restringe à produção de frutas; eles também foram fundamentais na criação da ExpoGoiaba, um evento que atrai visitantes de todo o país e destaca a importância da goiaba na nossa economia e cultura.

A influência da comunidade japonesa em Valinhos vai além da agricultura. Desde o início, os membros da colônia mostraram um compromisso inabalável em manter suas tradições culturais vivas. Em 1954, a fundação da Associação Nipo-Brasileira do Macuco foi um passo crucial para garantir que as futuras gerações de japoneses e seus descendentes mantivessem uma conexão profunda com suas raízes. A Associação promoveu e continua promovendo festas, encontros, jantares e torneios esportivos, proporcionando um espaço para a integração das famílias e a perpetuação de suas tradições.

A contribuição dos japoneses em Valinhos também se estendeu à educação. Com uma visão de futuro e uma preocupação genuína com a formação de seus filhos, a comunidade doou terrenos e recursos para a construção e ampliação da Escola do Macuco, inaugurada em 1970 e nomeada em homenagem a Tomoharu Kimbara. Este ato de generosidade e compromisso com a educação sublinha a importância que a colônia sempre atribuiu ao desenvolvimento das novas gerações.

No entanto, com o passar do tempo, a Colônia Japonesa enfrenta novos desafios. A modernização e as mudanças socioeconômicas levaram muitos filhos de agricultores a buscar oportunidades nas cidades, deixando para trás a vida no campo. Esta migração para áreas urbanas representa uma ameaça à continuidade das tradições e práticas agrícolas que definiram a comunidade japonesa em Valinhos. A escassez de mão de obra é uma das principais dificuldades enfrentadas atualmente pelos produtores, um problema que afeta não apenas a colônia japonesa, mas todos os agricultores da região.

Apesar desses desafios, é encorajador ver que algumas famílias optaram por permanecer na agricultura, levando adiante o legado de seus antecessores. A dedicação dessas famílias garante que a rica herança cultural e agrícola da Colônia Japonesa continue a prosperar. A história de sucesso da produção de goiaba e outras frutas em Valinhos é um testemunho da capacidade de adaptação e inovação dos japoneses, que sempre buscaram melhorar suas técnicas de cultivo e diversificar suas plantações.

A Folha de Valinhos reconhece e enaltece a importância da Colônia Japonesa em nossa cidade. As contribuições dos japoneses ao longo desses 70 anos são inestimáveis e vão muito além dos números econômicos. Eles ajudaram a moldar a identidade de Valinhos, trazendo consigo valores de trabalho duro, resiliência e um profundo respeito pelas tradições e pela comunidade.

Que esta celebração dos 70 anos da Colônia Japonesa em Valinhos sirva como um lembrete da importância de preservar e valorizar nossas raízes culturais. É através do reconhecimento e apoio às tradições que conseguimos construir uma sociedade mais rica e diversificada. Parabéns à Colônia Japonesa e à Associação Nipo-Brasileira do Macuco por sua incansável dedicação e contribuição para o desenvolvimento de Valinhos. Que os próximos anos continuem a ser de prosperidade e sucesso.

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Valinhos Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

No dia 18 de maio, o Brasil volta seu olhar para uma realidade brutal que assola muitas comunidades, inclusive a nossa: o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Este é um problema que não pode ser ignorado, principalmente em uma cidade como Valinhos, onde, apesar dos esforços de uma rede de apoio consolidada, os números alarmantes persistem.

Contamos com uma estrutura robusta, composta pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, a Secretaria de Assistência Social, um ativo Conselho Tutelar, uma Vara da Infância e da Juventude, uma Guarda Civil Municipal capacitada e um abrigo para acolhimento de vítimas. No entanto, os registros da Secretaria de Segurança do Estado revelam uma realidade preocupante: o aumento contínuo de casos de estupro de vulneráveis em nossa cidade nos últimos anos.

Em 2019, foram registrados 25 estupros, dos quais 16 envolviam vulneráveis; em 2021, 32 estupros, sendo 24 de vulneráveis; em 2023, 29 ocorrências, com 23 envolvendo vulneráveis. Apenas nos três primeiros meses de 2024, já contabilizamos seis casos de estupro de vulneráveis. Essas estatísticas não podem ser encaradas com indiferença.

O Maio Laranja é uma oportunidade ímpar para a sociedade se posicionar firmemente contra essa situação deplorável. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído no Brasil no dia 18 de maio pela Lei nº 9.970/2000 em memória do caso da Araceli, menina de 8 anos que foi estuprada e assassinada por jovens de sua cidade, é um lembrete da necessidade urgente de tirar esse tema da invisibilidade, informando, sensibilizando, mobilizando e convocando toda a comunidade para combater essa forma hedionda de violência.

É fundamental que as ações deste dia sejam o ponto de partida para aprimorar continuamente as estratégias de prevenção e enfrentamento das violências ao longo de todo o ano. A gestão pública tem um papel crucial nesse processo, promovendo um ambiente seguro e acolhedor, garantindo direitos, reparando danos e prevenindo reincidências.

É fundamental que se estabeleça uma política mais efetiva de combate a esse crime em nosso território. As vítimas de violência e abuso sexual devem ser acolhidas e cuidadas, enquanto os violadores de direitos devem ser identificados, presos e punidos conforme a lei. Valinhos não pode se calar diante dessa realidade. Precisamos agir agora, de forma coletiva e incisiva, para proteger nossas crianças e adolescentes, garantindo-lhes um ambiente seguro e livre de abusos. É hora de transformar nossa indignação em ação e promover uma mudança real em nossa comunidade.

É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que lidar com o horror do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes. Essas são vidas em formação, cheias de potencial e sonhos, que merecem ser protegidas e nutridas. Como comunidade, não podemos falhar em nosso compromisso de oferecer um ambiente seguro e acolhedor para nossos jovens.

Além disso, é fundamental que cada cidadão se conscientize de sua responsabilidade nesta luta. A denúncia é uma arma poderosa contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Qualquer indício ou suspeita deve ser reportado imediatamente às autoridades competentes, para que medidas sejam tomadas e vidas sejam protegidas. O silêncio só serve para perpetuar o ciclo de violência.

Portanto, conclamamos a todos os valinhenses a se unirem neste combate. É hora de nos levantarmos juntos, como uma voz poderosa em defesa dos direitos e da dignidade de nossas crianças e adolescentes. Que este Maio Laranja não seja apenas um mês de conscientização, mas sim o início de uma mudança profunda e duradoura em nossa comunidade, onde o respeito e o cuidado com os mais vulneráveis sejam os alicerces de uma sociedade verdadeiramente justa e humana.

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Opnião

O espírito solidário que enche os corações

Enquanto as águas do Rio Grande do Sul inundavam cidades inteiras, um outro rio, invisível mas poderoso, corria por todo o Brasil: o rio da solidariedade. À medida que nos deparamos com uma das maiores tragédias climáticas já registradas em nosso país, testemunhamos um fenômeno igualmente grandioso: o surgimento de heróis anônimos, cujo compromisso e empatia têm sido faróis de esperança em meio à escuridão das enchentes.

Desde os primeiros momentos da calamidade, uma corrente de ajuda e apoio se formou, atravessando fronteiras geográficas e sociais. De norte a sul, pessoas se mobilizaram, seja pessoalmente no front das operações de resgate, seja organizando campanhas de arrecadação e apoio às vítimas. É inspirador ver como igrejas, escolas, empresas e grupos de amigos se uniram em um só propósito: aliviar a dor daqueles que perderam tudo nas águas implacáveis.

Em Valinhos, essa solidariedade se manifesta de maneira poderosa e concreta. Igrejas, escolas, empresários e amigos se unem em um esforço conjunto de arrecadação e envio de alimentos, roupas e água potável para as vítimas das enchentes. O Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura de Valinhos, em parceria com a Defesa Civil e empresários locais, estabeleceu um posto fixo no Centro de Artes, Cultura e Comércio (CACC) “Adoniran Barbosa”, onde a comunidade pode contribuir com doações que farão a diferença na vida daqueles que mais precisam.

Exemplos notáveis de solidariedade emergem, como o da Comunidade Evangélica Cristo Vive, que não apenas mobilizou recursos para ajudar as vítimas em Estrela, mas também demonstrou um profundo senso de responsabilidade social ao atuar como ponto de apoio em uma das cidades mais afetadas pelas enchentes. Da mesma forma, a ONG Viralata|Viracasa estendeu sua mão não apenas às pessoas, mas também aos animais afetados pela tragédia, mostrando que em tempos de crise, cada vida importa.

E o espírito solidário não se restringe apenas às iniciativas já em andamento. Neste sábado, dia 11, o Grupo Versá e Amigos promoverá uma ação solidária embalada pelo ritmo do samba. Durante a 66ª edição do projeto Samba da Tia Rê, na Adega Valinhos Chopp e Espetaria, os participantes terão a oportunidade não apenas de desfrutar de boa música, mas também de fazer doações de alimentos não perecíveis e água potável, demonstrando que a solidariedade pode ser tão harmoniosa quanto inspiradora.

Neste momento sombrio, é reconfortante ver como o melhor da humanidade se manifesta. São gestos simples, porém poderosos, que nos lembram da nossa capacidade de nos unir em tempos de adversidade. Que esses exemplos de solidariedade nos inspirem não apenas a agir em momentos de crise, mas a cultivar uma cultura de apoio mútuo e compaixão, onde quer que estejamos. Pois é na união de esforços e corações que encontramos a verdadeira força para superar qualquer desafio.

As devastadoras enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul são um lembrete contundente dos desafios que enfrentamos em um mundo em rápida transformação climática. O que presenciamos no sul do Brasil é um eco do que está ocorrendo em diferentes partes do globo, à medida que eventos climáticos extremos se tornam mais frequentes e intensos. As mudanças climáticas não reconhecem fronteiras geográficas ou socioeconômicas; elas afetam a todos nós, independentemente de onde vivamos. Portanto, é crucial que reconheçamos a necessidade de ação coletiva e solidariedade global para enfrentar esses desafios compartilhados.

Valinhos, assim como tantas outras comunidades ao redor do mundo, já enfrentou seus próprios dramas causados por enchentes no passado. Em 1998, em 2000 e 2017 e em outros momentos, suas ruas foram inundadas, lares foram destruídos e vidas foram viradas de cabeça para baixo. No entanto, em meio à devastação, sempre brilhou uma luz de esperança, alimentada pela solidariedade e pelo amor de sua comunidade. Esses eventos do passado nos lembram que a resiliência humana é tão poderosa quanto a fúria da natureza e que, juntos, podemos reconstruir o que foi perdido e fortalecer nossas defesas contra futuras adversidades.

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Editorial

Jesus e sua mensagem de amor

A Semana Santa é um dos momentos mais significativos no calendário cristão, marcando a celebração da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ao nos aproximarmos do encerramento desse período sagrado, é oportuno refletir sobre a mensagem de amor, perdão e paz que Jesus deixou há mais de 2000 anos e como ela ecoa em nossos dias atuais.

Jesus Cristo pregou a compaixão, a solidariedade e a justiça. Sua mensagem era de amor incondicional, capaz de transcender barreiras e unir as pessoas. No entanto, olhamos ao nosso redor e vemos um mundo marcado por conflitos, desigualdades e intolerância.

E não estamos falando aqui apenas de dezenas de guerras que acontecem mundo afora, inclusive na própria Terra Santa, onde Jesus Nasceu, mas também dos conflitos irracionais e individuais que travamos diariamente potencializados pela tecnologia que nos afastam da essência de nossa existência nos fazendo a viver – ou melhor sobreviver – aos embates provocados pela inveja, ódio, ira – lastreados em falsas notícias de caráter político/ideológico que nos leva a segregação familiar e de laços de amizades.

A distância entre a realidade presente e o ideal proposto por Cristo parece imensa, mas cabe a cada um de nós, como seguidores de sua mensagem, buscar a transformação e a construção de um mundo mais próximo do quem Ele desejou e nos ensinou que era factível de se construir.

O mundo desejado por Jesus Cristo é aquele onde a paz reine soberana, onde as diferenças sejam celebradas e onde a justiça seja acessível a todos. É um mundo onde a compaixão guie nossas ações, onde o perdão seja uma prática cotidiana e onde o amor seja a força motriz de todas as relações. Diante dos desafios e das adversidades que enfrentamos atualmente, é fundamental resgatar e reavivar esses valores tão caros à nossa existência física e espiritual.

Cada cristão tem um papel fundamental nesse processo de pacificação do planeta. Somos chamados a ser agentes de transformação, a semear o amor e a justiça em todos os lugares em que estivermos. Isso envolve praticar a empatia, estender a mão ao próximo, combater as injustiças e promover a reconciliação. É através de nossas atitudes e escolhas que podemos contribuir para a construção de um mundo mais humano e compassivo, mais alinhado com a mensagem e os valores de Jesus.

Importante aqui destacar que escrevemos essa mensagem não apenas para enalterer essa mensagem aos Cristãos, mas sobretudo aos de outras religiões e os que não professam nenhuma, pois a mensagem Dele não segrega ninguem, o que segrega é a má intenção de alguns no uso da Sua palavra. A mensagem de Jesus tem caráter universal e transcende o tempo e o espaço.

O mau uso da Suas palavras em nome de Deus faz com que apenas nos distanciemos da nossa essência como humanos e que tem no seu cerne um único combustível: o AMOR. Se achamos que as guerras que estão sendo travadas neste momento causam estragos e morte, a mentira e a manipulação da Mensagem de Jesus causa estragos equivalentes na mente e na alma de milhões mundo afora.

A harmonia que buscamos no mundo exterior só será alcançada se cultivarmos a paz em nossos corações e em nossas relações interpessoais. A Semana Santa nos convida a reflexões sobre o sacrifício e a ressurreição de Jesus, sobre sua mensagem de esperança e redenção. Que possamos, inspirados por esse exemplo supremo de amor, seguir adiante com fé e determinação, buscando tornar realidade o mundo de paz e harmonia tão sonhado e desejado.

Que esta Semana Santa nos inspire a sermos melhores, a vivermos de acordo com os princípios de Jesus Cristo e a contribuirmos ativamente para a construção de um mundo mais justo e fraterno. Que a mensagem de amor e perdão que ele nos deixou continue a ecoar em nossos corações e a guiar passos rumo a uma humanidade mais unida e em paz. Que a esperança e a fé nos fortaleçam na jornada de transformação e renovação que a Semana Santa nos propõe.

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