Valinhos
Passageiros apostam em melhorias com Sancetur

Após vencer a licitação realizada pela Prefeitura de Valinhos e travar uma disputa jurídica com a Rápido Sumaré, que responde pela Rápido Luxo Campinas, a empresa Sancetur assinou o contrato e assume em até 180 dias a responsabilidade pelo transporte público na cidade. A atual empresa presta o serviço há 27 anos e acumula reclamações.
A reportagem da Folha de Valinhos esteve na rodoviária de Valinhos nesta quinta-feira, 25, e ouviu a opinião de passageiros de quatro linhas de ônibus: 524, 511, 502e 523. A maior preocupação observada na futura mudança foi com relação à cobrança de passagem. “Ouvi dizer que agora, quando descer no terminal, tem que pagar outra passagem. Se for para pagar, vai piorar, vai gerar polêmica”, pontua Ivanete Silva Pereira, que pega a linha 524.
Ana Maria da Silva também está preocupada com a mudança. “Eu espero que mude para melhor, que a forma de cobrança de passagem não mude, pois já é bem cara mesmo podendo descer no terminal e pegar outro”, comenta.
E ainda, há os que sequer sabiam da nova empresa. “Não sabia, mas acredito que tenha que mudar e espero que dê certo a mudança. Às vezes atrasa o ônibus, por exemplo”, indica Anita Ramos Dias.
Sr. Pedro Francisco de Souza chega a duvidar que a empresa vai mudar. “É sempre bom ter mudanças, mas eu duvido que consigam tirar a Rápido Luxo daqui”, diz. Ele também aposta que não haverá mais integração. “Por mim, que sou idoso, não tem problema aumentar o valor, ou não poder pegar outro ônibus dentro da rodoviária, mas para os outros é complicado”, comenta.
E ainda, ele diz que o motorista do 511 é gente boa, mas que as condições do ônibus não são das melhores. “O ônibus está sempre sujo, acho que por passar perto de fazendas, e também precisa de uma cobertura no ponto da Rua 20, do Jd. São Marcos. Muita gente pega ônibus lá e fica no sol”, diz.
E essa história de sujeira vai além do interior do ônibus. Passa pelas roupas e pelo corpo dos passageiros. “Suja a roupa todo dia, tem que lavar quase sempre”, confessa Dona Maria, que preferiu não se identificar.
Outra pessoa que preferiu não ter a identidade divulgada, comenta que quando costumava pegar o 526 chegava a ter medo. “O motorista corria demais, e tinha vários bancos quebrados. Agora mudei de bairro e utilizo o 502, e o motorista também corre bastante e tem vez que de tão cheio fica difícil quando tem uma subida”.


