Alternativa
Sean “Diddy” Combs é considerado culpado em crimes de prostituição

Júri absolve Sean Combs das acusações mais graves, mas o magnata ainda pode enfrentar até duas décadas de prisão, segundo a procuradoria
O julgamento do magnata da música Sean “Diddy” Combs chegou ao fim nesta quarta-feira, dia 2, com um veredito misto do júri em Nova York. O rapper foi condenado em duas das cinco acusações que enfrentava, relacionadas ao transporte para fins de prostituição de Cassandra Ventura (Cassie) e de outra mulher, identificada como “Jane”. Apesar disso, Diddy foi absolvido das três acusações mais graves, incluindo associação criminosa e tráfico sexual. A procuradoria estima que ele ainda possa enfrentar até 20 anos de prisão pelas condenações.
Diddy, que sempre se declarou inocente, demonstrou alívio ao ouvir a deliberação dos jurados. Após o veredito, seu advogado de defesa, Marc Agnifilo, defendeu que o cliente deveria ser solto, dada a absolvição dos crimes mais pesados. No entanto, a procuradora-assistente Maurene Comey se opôs à soltura, alegando que o rapper “continuou a cometer uma série de crimes” mesmo após saber que estava sob investigação.
Detalhes do Veredito:
- Acusação 1 (Associação criminosa): INOCENTE
- Acusação 2 (Tráfico sexual de Cassandra Ventura): INOCENTE
- Acusação 3 (Transporte para fins de prostituição, relacionado a Cassandra Ventura): CULPADO
- Acusação 4 (Tráfico sexual de “Jane”): INOCENTE
- Acusação 5 (Transporte para fins de prostituição, relacionado a “Jane”): CULPADO
A deliberação dos oito homens e quatro mulheres do júri foi intensa. Na terça-feira (1), eles haviam chegado a um veredito parcial, mas não um consenso sobre a acusação de associação criminosa, a mais grave e que historicamente é imputada a gângsteres. O juiz Arun Subramanian os orientou a prosseguir, e o acordo final foi alcançado nesta quarta-feira.
Durante o julgamento de quase dois meses, a acusação retratou Diddy como o líder de uma organização criminosa que utilizava sua fama e fortuna para manipular e forçar indivíduos a participar de fantasias e maratonas de sexo com drogas. A defesa, por sua vez, argumentou que as mulheres envolvidas eram adultas e agiram por decisão própria, negando as acusações mais sérias e apontando que os relacionamentos, embora “complicados”, eram consensuais. Diddy não prestou depoimento e a defesa não apresentou testemunhas.
A fama do rapper sofreu um golpe significativo após a ex-companheira Cassandra Ventura entrar com uma ação judicial acusando-o de agressão sexual e estupro. Embora o caso tenha sido resolvido extrajudicialmente, ele gerou uma série de outras ações e acusações criminais contra o magnata.
Repercussão da decisão
Após o veredito, o advogado de Cassie Ventura declarou que ela pretende “continuar lutando pelos sobreviventes” das atividades ilícitas do rapper. A promotoria, por sua vez, enfatizou durante o julgamento que Diddy se sentia “intocável” e que “isso acaba neste tribunal. O réu não é um Deus”.


