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Campinas lidera saneamento básico no Brasil e conquista prêmio nacional

Crédito Manoel de Brito
Prêmio consolida a liderança do município no ranking de 2025 publicado pela entidade
A cidade de Campinas recebeu o prêmio “Casos de Sucesso”, concedido pelo Instituto Trata Brasil e o Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da FGV. Durante a nona edição do evento, realizada na quarta-feira, 13 de agosto, a cidade ficou em primeiro lugar na categoria “Destaques do Ranking do Saneamento de 2025”. O prefeito Dário Saadi e o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior, receberam a premiação.
O prêmio reconhece os municípios que mais avançaram na infraestrutura de saneamento básico, e a avaliação do Instituto Trata Brasil utiliza dados de 2023 do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SNIS).
De fato, Campinas alcançou a universalização dos serviços de saneamento dez anos antes do prazo final estabelecido pelo Novo Marco do Saneamento, que prevê 99% de atendimento com água e 90% com esgoto até 2033.
A Sanasa investiu quase R$ 1,1 bilhão desde 2021 para executar o Plano Campinas 2030, o maior investimento em 51 anos da empresa. O plano resultou na construção de 20 novos reservatórios, o que eleva a capacidade de armazenamento de água para 196 milhões de litros. Por consequência, a cidade garante o abastecimento por 20 horas em caso de problemas no Rio Atibaia ou falta de energia.
Além disso, a Sanasa substituiu 473 quilômetros de redes de água antigas por tubulações de polietileno de alta densidade. Essa ação, em particular, contribuiu para que a cidade alcançasse um índice de perdas de apenas 17,26%, um dos mais baixos do país, significativamente abaixo da média nacional de 40,3%. Como resultado, Campinas deixou de retirar 3 bilhões de litros de água dos rios entre 2021 e 2024, um volume suficiente para abastecer uma cidade com 50 mil habitantes.
Para complementar esses avanços, Campinas está investindo em tecnologia de ponta. A maior estação de tratamento de esgoto da cidade, Anhumas, está sendo transformada em uma Estação Produtora de Água de Reúso (EPAR). Quando a obra estiver pronta, em 18 meses, a cidade terá 50% de seu esgoto tratado em nível terciário.
Esse processo usa membranas ultrafiltrantes que garantem uma pureza de 99%, permitindo que a água tratada seja usada para combate a incêndios e resfriamento de equipamentos industriais. Assim, Campinas se tornará o quinto polo produtor de água de reúso do mundo.


