TRABALHO E EMPREGO

Economia

Cerca de 203 mil migrantes têm trabalho formal no Brasil, segundo Boletim da Migração

Relatório produzido mensalmente pelo MJSP apresenta insumos para o planejamento de políticas públicas para a população originária de outros países. Documento está disponível para consulta

O Boletim da Migração de novembro de 2024 destaca o papel crescente dos migrantes, refugiados e apátridas no mercado de trabalho formal brasileiro. De janeiro a agosto de 2024, foram registradas 203.473 admissões de trabalhadores desses grupos. O documento também apresenta uma análise detalhada por gênero, nacionalidade e setores econômicos, o que demonstra a contribuição significativa dessa população para a economia nacional.

O relatório é produzido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), com base nos dados do Observatório das Migrações (Obmigra). Ele está disponível em PDF e em formado de bussiness analytics .

Entre as nacionalidades mais representativas no mercado de trabalho estão os venezuelanos, que lideram as admissões, seguidos por haitianos e argentinos. No setor industrial, maior empregador, foram criados mais de 19 mil postos de trabalho no período, enquanto o comércio e a reparação destacaram-se como o segundo segmento com maior saldo positivo. Os dados reforçam a relevância de políticas de acolhimento para a inserção laboral dessa população.

O boletim também aponta diferenças no saldo de admissões por gênero, com os homens representando 28.886 das vagas e as mulheres, 19.562. A maior concentração de trabalhadores migrantes está nas regiões Sudeste e Sul, com São Paulo (SP) e Santa Catarina (SC), que lideram a oferta de empregos formais. As informações foram compiladas a partir de bases como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

Versão BI mensal

O Boletim da Migração é uma importante ferramenta de monitoramento. O documento divulga, mensalmente, o quantitativo para ajudar a entender as tendências migratórias, planejar e implementar políticas públicas mais eficazes e, assim, garantir a proteção dos refugiados e migrantes no Brasil.

Disponível em versão digital e em formato de business intelligence, o boletim tem navegação interativa. Essa funcionalidade busca ampliar a transparência e facilitar o uso das informações para gestores públicos, pesquisadores e demais interessados no tema migratório.

As informações atualizadas são baseadas em dados do Obmigra, que reúne dados por meio do acordo de cooperação técnica entre o MJSP, o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério das Relações Exteriores, a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e a Universidade de Brasília.

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Economia

Quase 3 milhões de empregos criados em um ano; metade com carteira assinada

Setor privado mantém desempenho positivo – Agência CN

De maio de 2023 a maio deste ano, a população ocupada aumentou em 2,93 milhões de pessoas, sendo 1,5 milhão com carteira assinada. Dados são da Pnad Contínua, do IBGE

Fonte: Agência Gov

Durante o governo Lula, o emprego continua em movimento de crescimento. Desde maio do ano passado, foram criadas 2.931.000 vagas de trabalho, entre formais e informais. Pouco mais da metade dessas vagas são com carteira assinada: 1.500.000. Os dados são da Pnad Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –, do IBGE, divulgada nesta na sexta-feira (28). O levantamento analisou o trimestre móvel entre março e maio.

No trimestre março-abril-maio do ano passado, o número de pessoas com trabalho no Brasil era de 98.400.000. No mesmo período de 2024, está em 101.331.000. Além desse contingente recorde de ocupados, a taxa de pessoas de 14 anos ou mais sem emprego é a menor desde maio de 2014, período que antecedeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff: 7,1%.

Outro dado importante: o rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em maio foi de R$ 3.181, sem variação significativa no trimestre, mas crescendo 5,6% na comparação anual. Com as altas do rendimento e da ocupação, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do País, chegou a R$ 317,9 bilhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012, subindo 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) em 12 meses.

Segundo a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. “Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes”, diz. Desse modo, a massa de rendimentos tem se mantido em “patamares elevados devido aos recordes da população ocupada”, como observa Adriana.

Ainda segundo o IBGE,  o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,326 milhões, novo recorde da série histórica da Pnad Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 0,9% (mais 330 mil pessoas) no trimestre e de 4,1% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano.

O número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 2,9% (mais 383 mil pessoas) no trimestre e de 5,7% (mais 741 mil pessoas) no ano. O número de pessoas com carteira assinada, portanto, foi maior.

Conta própria e setor público

O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) e o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas).

O número de empregados no setor público (12,5 milhões) cresceu nas duas comparações: 4,3% (517 mil pessoas) no trimestre e 3,9% (mais 469 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % no trimestre móvel anterior e 38,9 % no mesmo trimestre móvel de 2023.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.181) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 5,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 317,9 bilhões) atingiu novo recorde, crescendo nas duas comparações: 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano.

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