SUSTENTABILIDADE

Terceiro Setor

Projeto DEVOLVA já coletou cerca de oito toneladas de eletrônicos

O objetivo do programa é garantir o descarte correto de eletrônicos e contribuir para a preservação do meio ambiente, com uma gestão sustentável de resíduos

Desde o seu lançamento no final de 2024, o Projeto DEVOLVA, mantido pela FEAV (Forum das Entidades Assistenciais de Valinhos), já arrecadou sete toneladas e meia de eletrônicos: computadores, ferro de passar, geladeira, TVs, máquina de lavar, celulares, etc. Como diz a Eliane Macari, presidente da FEAV, tudo que passa energia e que não está mais funcionando, pode ser depositado numa das caixas coletoras do DEVOLVA.

O objetivo do programa é garantir o descarte correto de eletrônicos e contribuir para a preservação do meio ambiente, com uma gestão sustentável de resíduos.

A iniciativa conta com o apoio de diversas instituições parceiras, incluindo ACES, ACESA, APAE, Casa da Criança, COHCRIC, Espaço da Criança, Patrulheiro, Escola SESI, Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Valinhos e a própria FEAV. Nessas entidades, foram instaladas caixas coletoras para que a população possa descartar, de forma segura, qualquer material eletrônico que utilize energia.

Além de promover a destinação correta dos resíduos, o projeto também gera impacto social: as entidades parceiras receberão um reembolso por quilo de material arrecadado, contribuindo diretamente para o financiamento de seus projetos sociais.
Na sede da FEAV existe um container que está praticamente cheio para ser encaminhado para a reciclagem.

Você pode descartar nas caixas do DEVOLVA:
Equipamentos de informática; eletrônicos em geral; eletrodomésticos; cabos e acessórios.
A presidente da FEAV, destaca que empresas, condomínios e comércios interessados em se tornar pontos de coleta podem entrar em contato pelos telefones (19) 9 9676-0573 ou (19) 9 7100-6331. Para o descarte de objetos de grande porte, como geladeiras e fogões, é possível agendar a retirada pelos mesmos contatos.
Mais informações no site: www.feav.org.br/devolva

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RMC

Unicamp é a 2ª no Brasil no ranking de impacto em sustentabilidade

Ônibus elétrico que circula no campus da Unicamp, em Campinas:: 2.526 universidades de 130 países foram ranqueadas –

No levantamento foram ranqueadas 2.526 universidades de 130 países – um percentual 28,6% maior na comparação com 2024, quando foram avaliadas 1.963 instituições

Com uma pontuação geral de 77,9 – em uma amplitude de 0 a 100 –, a Universidade ficou na posição 301- 400, sendo a segunda universidade brasileira mais bem classificada neste ranking.

No levantamento, foram ranqueadas 2.526 universidades de 130 países – um percentual 28,6% maior na comparação com 2024, quando foram avaliadas 1.963 instituições. Em 2023, o ranking investigou o desempenho de 1.705 universidades.

Placas de energia fotovoltaica instaladas no campus: as métricas do THE estão organizadas em torno dos 17 ODS 

O ranking de impacto considera não apenas as métricas tradicionais de indicadores de ensino, pesquisa e reputação, mas destaca, também, o compromisso das universidades com o impacto social, ambiental e econômico.

As métricas do THE estão organizadas em torno dos 17 ODS. As universidades participantes precisam enviar dados, informações qualitativas, evidências e práticas de políticas da universidade para pelo menos quatro desses objetivos, sendo um deles obrigatoriamente o ODS 17 – Parcerias e meios de implantação.

A classificação final considera a pontuação da universidade em seus três ODS mais fortes, além do ODS 17. A pontuação geral da universidade é obtida a partir da pontuação do ODS 17 (que tem peso de 22% da pontuação total), mais os três ODS mais bem avaliados para os quais a universidade forneceu dados –  cada um com peso de 26% da pontuação total.

A partir de 2024, o THE Impact Ranking passou a adotar a pontuação média dos últimos dois anos para compor o ranking geral. Segundo os organizadores, essa medida é uma tentativa de diminuir a volatilidade dos resultados.

Destaques

Na classificação de 2025, a Unicamp apresentou desempenho destacado nos seguintes ODS:

– ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura: a Unicamp foi classificada na posição 85 em todo o mundo, com uma pontuação de 94,0.

– ODS 8 – Trabalho Decente: posição 101-200 e pontuação de 72,0.

–  ODS 6 –  Água Potável e Saneamento: posição 101-200 e pontuação 70,3.

Já no ODS 17 – Parcerias e meios de implantação, que é mandatório na composição da classificação, a Unicamp ocupa a posição 801-1000, com uma pontuação de 58,1.

“Este resultado mostra o elevado compromisso da Unicamp com a geração de impacto para toda a sociedade”, disse o assessor docente da Pró-Reitora de Desenvolvimento Universitário (PRDU), Renato de Castro Garcia. “É importante destacar o desempenho no ODS 9, de inovação, que coloca a universidade entre as 100 melhores do mundo que mais exercem impacto para a sociedade no campo da inovação”, acrescentou.

De acordo com a consultoria, ao se destacarem em diversos ODS, as universidades demonstram seu compromisso em enfrentar os desafios mais urgentes do mundo, incluindo sustentabilidade ambiental, inclusão social, crescimento econômico e parcerias.

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Economia

Avery Dennison destaca impacto positivo de melhorias na reciclagem de embalagens no Brasil e globalmente

Isabela Galli, Vice-Presidente da Avery Dennison Materials Group para América Latina

Pesquisa inédita aponta que um aumento de 1% na taxa de reciclagem pode reduzir milhares de toneladas de resíduos plásticos por ano, fortalecendo a economia circular e a sustentabilidade

Uma nova pesquisa realizada pela Avery Dennison, empresa global de ciência de materiais e soluções de identificação digital com unidade fabril em Vinhedo, na região próxima de Valinhos, revela dados animadores sobre o potencial de melhorias na reciclagem de embalagens. Segundo o estudo, um simples aumento de 1% na taxa de reciclagem de resíduos plásticos poderia evitar cerca de 2.000 toneladas de resíduos por ano, considerando uma indústria de engarrafamento que produz aproximadamente 10 bilhões de frascos no mesmo período.

O levantamento, que abrangeu 11 países na Europa, Ásia e Américas, incluindo o Brasil, também destaca os benefícios de embalagens com etiquetas autoadesivas de alta tecnologia. Essas etiquetas desempenham um papel fundamental na economia circular, facilitando uma reciclagem mais eficiente, apoiando sistemas de reutilização e refil, além de aumentar a transparência na cadeia de suprimentos.

Isabela Galli, Vice-Presidente da Avery Dennison Materials Group para América Latina, comenta que no Brasil há uma oportunidade única de acelerar essa transformação. “Os rótulos autoadesivos são essenciais para tornar o ciclo de vida das embalagens mais sustentável, especialmente com a crescente conscientização sobre economia circular e o avanço das infraestruturas de reciclagem no país”, afirma.

O relatório também destaca inovações tecnológicas em embalagens que facilitam a reciclagem de materiais como PET e HDPE, além de reduzir a contaminação durante o processo de reaproveitamento. Essas melhorias permitem às marcas globais de bens de consumo cumprir seus compromissos de sustentabilidade, atendendo às normas locais, nacionais e internacionais.

Presente no Brasil com unidades em Vinhedo, São Paulo, e Blumenau, Santa Catarina, a Avery Dennison celebrou recentemente a inauguração de sua maior linha de etiquetas autoadesivas na América Latina, reforçando seu compromisso com inovação e sustentabilidade no mercado brasileiro.

www.averydennison.com

Gabriel Abolis – gabriel.miura@spmj.com.br

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Valinhos

Valinhos participa da abertura do encontro regional Conectando Cidades Rumo à COP30

Ao término do evento, serão compiladas as propostas num único documento

A Prefeitura de Valinhos participou nesta quarta-feira, dia 11, da abertura do 2º Encontro Regional Sudeste, sediada pela Prefeitura de Campinas, em parceria com o ICLEI (ONG Governos Locais pela Sustentabilidade). Intitulado ‘Conectando Cidades Rumo à COP30’, o evento é uma preparação para a COP 30 (30ª Conferência das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas, realizada este ano, em Belém, no Pará.

O prefeito Franklin Duarte de Lima foi representado pelo secretário do Verde e da Agricultura, André Reis. “A discussão girou em torno dos impactos das mudanças climáticas nas cidades”, resumiu o secretário.

Segundo ele, o encontro é um espaço estratégico de debate e articulação em torno da sustentabilidade urbana. O objetivo é fortalecer a atuação conjunta dos municípios da região sudeste na questão ambiental e formulação de políticas públicas.

“Valinhos está muito antenada com o tema porque a Semana do Meio Ambiente, encerrada no último domingo, dia 8, trouxe à tona uma riqueza de temas diversificados sobre sustentabilidade, inclusive especificamente sobre a COP 30”, acrescentou o secretário.

O evento reuniu gestores municipais, estaduais, federais, organizações internacionais e de Terceiro Setor e pesquisadores, que participarão até sexta-feira, dia 13, de palestras, mesas-redondas, oficinas e visita técnicas, promovendo a troca de experiências e a integração de saberes.

Documento com propostas

Ao final do encontro será elaborada um documento intitulado ‘Carta Campinas’, que reunirá as principais propostas e contribuições da região sudeste.
A carta será apresentada na COP 30 como um posicionamento conjunto dos municípios participantes em prol da agenda climática global.
A COP 30 acontece em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro.

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Brasil e Mundo

Combate à poluição plástica é o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente

Planeta sofre com esse tipo de poluição em várias regiões do mundo, com impactos à gestão da água e à saúde humana, afetada pela contaminação por microplásticos

Hoje, dia 5, é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que tem como tema em 2025 o “Combate à Poluição Plástica” A campanha destaca a urgência de enfrentar a crise global dos plásticos, que afeta ecossistemas, saúde humana, a biodiversidade e, também, a qualidade da água. Este ano, a República da Coreia é o país anfitrião das celebrações oficiais, promovendo ações que inspiram mudanças em direção a práticas mais sustentáveis.

O tema está alinhado com as negociações em curso para um Tratado Global sobre Poluição Plástica, em construção desde 2022 pela Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que visa estabelecer um acordo internacional juridicamente vinculativo para reduzir a poluição por plásticos em todo o ciclo de vida do material, desde a produção até o descarte.

A escolha do país anfitrião das celebrações não é por acaso. A Ilha de Jeju, uma província sul-coreana, é reconhecida por iniciativas ambientais de se tornar livre da poluição plástica até 2040. Jeju é a única província do país onde o resíduo doméstico deve ser descartado em centros de reciclagem designados. O sistema exige a separação dos resíduos da fonte, o que aumenta as taxas de reciclagem e garante que mais resíduos sejam reaproveitados.

Além disso, Jeju é a primeira província a implementar um sistema de depósito de copos descartáveis. Vale lembrar que esta é a segunda vez que República da Coreia do Sul sedia eventos globais para o Dia Mundial do Meio Ambiente. A primeira vez aconteceu em 1997, com o tema “Pela Vida na Terra”.

“O Dia Mundial do Meio Ambiente em 2025 será um divisor de águas para a conservação do meio ambiente global, pois esperamos ter concluído o acordo global sobre o plástico. Como país anfitrião do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2025, a República da Coreia liderará os esforços internacionais para prevenir a poluição plástica”, disse o ministro do Meio Ambiente da República da Coreia, Han Wha-jin.

A POLUIÇÃO PLÁSTICA NO BRASIL

Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA/ONU), estima-se que 11 milhões de toneladas de resíduos plásticos vazam para ecossistemas aquáticos a cada ano, enquanto microplásticos se acumulam no solo a partir de esgotos e aterros sanitários, devido ao uso de plásticos em produtos agrícolas. O custo social e ambiental anual da poluição plástica varia entre US$ 300 bilhões e US$ 600 bilhões.

O Brasil é o país maior poluidor de plásticos da América Latina e o oitavo no mundo, segundo o relatório “Fragmentos da Destruição: impacto do plástico à biodiversidade marinha brasileira”, produzido pela Organização Não Governamental (ONG), Oceana, em 2024. O documento revela que o país descarta 1,3 milhão de tonelada de plástico no oceano. Segundo a ONG, a poluição plástica gera um prejuízo de R$ 53 bilhões anualmente.

Além dos impactos ambientais, sociais e econômicos relacionados a esse tipo de poluição, ainda há o problema referente à saúde humana. Um estudo holandês identificou pela primeira vez a contaminação de sangue humano por microplásticos, que chega até o organismo por alimentos embalados e carne de animais contaminados.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) já identificaram a presença desses poluentes em órgãos humanos, como em células pulmonares. Estudos de modelos de cultura celular, mostram que a presença de microplásticos do nylon no tecido pulmonar pode afetar o desenvolvimento de células tronco pulmonares, prejudicando pulmões em desenvolvimento e a cicatrização das vias aéreas, segundo essa investigação de 2022.

IMPACTOS DO PLÁSTICO À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

Livrar o planeta da poluição plástica é uma contribuição importante para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente, as metas que atentam para as pautas de ação climática, produção e consumo sustentáveis, proteção dos mares e oceanos, reparação dos ecossistemas e manutenção da biodiversidade, água potável e saneamento, além de contribuir para a saúde de animais e das pessoas.

O Consórcio PCJ trabalha a pauta da poluição plástica em seus programas de atuação, como por exemplo, nas áreas de Saneamento e Gestão de resíduos, Proteção aos Mananciais, Gestão dos Recursos Hídricos, como também, em ações de Sensibilização da sociedade.

O secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, atenta para os impactos da poluição plástica à gestão da água. “A gestão dos resíduos plásticos impacta a qualidade dos nossos mananciais, afetando os serviços de saneamento, que acabam gastando mais recursos com produtos de tratamento para dar potabilidade a água, além de a gestão desses resíduos gerar custos para o poder público quanto à coleta e destinação adequada desse material”, sublinhou.

“O Programa de Sensibilização e Educação Ambiental do Consórcio PCJ fomenta projetos, realiza atividades de formação e materiais de sensibilização que buscam transformar nossa relação com a água que, necessariamente, perpassa pela conscientização quanto aos impactos da poluição nos mananciais e à vida das pessoas, o que, nesse caso, sempre acaba aflorando discussões sobre a gestão de resíduos e de materiais plásticos”, completa Priscila Marcon, coordenadora de projetos da entidade.

Sobre o dia Mundial do Meio do Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia. Esta conferência foi o primeiro grande encontro internacional focado em questões ambientais, marcando o início de uma abordagem global e coordenada para a proteção do meio ambiente.

Desde então, o Dia Mundial do Meio Ambiente tornou-se uma das principais datas do calendário ambiental, sendo comemorado em mais de 150 países, com a realização de eventos, campanhas de sensibilização, ações educativas e políticas públicas.

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Brasil e Mundo

Rumo integra pelo quarto ano consecutivo índice da B3

Maior operadora de ferrovias do país, a Rumo foi listada pelo quarto ano consecutivo na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, publicada em 5 de maio

O ISE é o principal índice de sustentabilidade corporativa do Brasil e tem como objetivo reconhecer o comprometimento das empresas com a sustentabilidade empresarial através de critérios ambientais, sociais e de governança, apoiando os investidores na tomada de decisão de investimento.

Segundo o gerente executivo de Relações com Investidores e Sustentabilidade da Rumo, Felipe Saraiva, a continuidade da empresa no índice reforça o reconhecimento das boas práticas adotadas pela Rumo no modal ferroviário. “Nos últimos anos, consolidamos o nosso modelo de negócio e comprovamos que a ferrovia é uma solução segura, competitiva e sustentável. Nosso programa de investimentos impulsiona a expansão de capacidade e eficiência, ampliando continuamente os benefícios do transporte ferroviário aos nossos clientes. ”, afirma.

Mais informações: https://iseb3.com.br/

 

Sobre a Rumo

A Rumo é a maior operadora privada de ferrovias de carga do Brasil, oferecendo uma solução logística integrada, segura e eficiente para apoiar o crescimento do agronegócio e da economia nacional.

Com mais de 8 mil colaboradores, a empresa conecta os principais polos de produção agroindustrial aos mais relevantes portos de exportação do país. Em 2024, pelo segundo ano consecutivo, a Rumo foi a única empresa brasileira do setor de logística a integrar duas carteiras do índice internacional Dow Jones de Sustentabilidade, além de compor desde 2021a carteira do ISE B3, principal referência em práticas de sustentabilidade corporativa no Brasil.

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Terceiro Setor

APAE Valinhos implanta sistema de energia solar e prevê economia de até 75%

A APAE de Valinhos acaba de implantar um sistema de energia solar que deve gerar uma economia de aproximadamente 75% na conta de luz da instituição. O investimento total foi de R$ 200 mil, viabilizado por meio de verbas impositivas dos vereadores André Amaral (R$ 110 mil) e Edinho Garcia (R$ 90 mil).

Ao todo, foram instaladas 124 placas solares no prédio onde funciona o atendimento clínico da entidade. A execução da obra ficou a cargo da empresa Sempre Solar Energia, que realizou um estudo técnico detalhado antes da instalação, avaliando inclusive a carga suportada pelo telhado para garantir a segurança da estrutura.

O presidente da APAE, Nivaldo Donizetti Miguel, celebrou a conquista ao lado da diretoria. “Esse era um antigo sonho da entidade, agora finalmente concretizado”, afirmou.

As placas solares já estão em funcionamento, e a economia gerada será fundamental para reforçar os atendimentos prestados pela instituição.

“Queremos registrar nossa gratidão aos vereadores Edinho Garcia e André Amaral, que, atentos às nossas necessidades, destinaram os recursos que tornaram possível essa importante realização. A APAE completou 54 anos, e esse foi um dos grandes presentes que recebeu”, concluiu o presidente.

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Brasil e Mundo

Empresas brasileira avançam em práticas sustentáveis, mas comprovação de retorno financeiro segue como desafio, aponta pesquisa Amcham

Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil

As empresas no Brasil continuam avançando na adoção de práticas de sustentabilidade. A terceira edição da pesquisa Panorama da Sustentabilidade Corporativa, realizada pela Amcham Brasil em parceria com a Humanizadas, revela o amadurecimento desse movimento nas organizações, com a sustentabilidade cada vez mais integrada às estratégias de negócios.

O estudo, apresentado durante o Fórum de Sustentabilidade Amcham 2025, ouviu 401 empresários, que representam cerca de 505 mil empregos diretos e um faturamento anual de R$ 2,9 trilhões.

O levantamento mostra que 76% das empresas já se encontram em posição relevante na curva de maturidade da sustentabilidade — sendo 52% engajadas na adoção estruturada de práticas sustentáveis e 24% destacando-se por liderarem essas práticas em seus setores. O resultado representa um crescimento de 5 pontos percentuais em comparação com a pesquisa do ano anterior.

A evolução também é evidente na estratégia de negócios: 72% das empresas afirmam que a sustentabilidade já faz parte de sua estratégia corporativa, ante 34% no levantamento anterior.

 

“A sustentabilidade deixou de ser tratada como uma agenda isolada e passou a ocupar um espaço cada vez mais central nas decisões empresariais. O desafio que persiste é precisar, com dados e indicadores confiáveis, o valor financeiro que ela gera para o negócio”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil. 

 

Entre os principais desafios percebidos pelas empresas para acelerar seus compromissos com a sustentabilidade estão:

Comprovação do retorno financeiro das ações sustentáveis (58%);

Engajamento da alta liderança (54%);

Alinhamento entre sustentabilidade, cultura e modelo de negócios (44%).

 

A pesquisa também revela que apenas 48% das empresas utilizam benchmarks e avaliações externas para embasar suas decisões na área de sustentabilidade, indicando a necessidade de maior uso de dados mensuráveis, indicadores confiáveis, padrões internacionais e análises independentes.

 

Tendências para os próximos anos 

As principais apostas das empresas para os próximos ciclos incluem:

Alinhar sustentabilidade à performance financeira e ao modelo de negócio (75%);

Fortalecer a cultura organizacional orientada à sustentabilidade (62%);

Investir em energia limpa, inovação e tecnologias sustentáveis (51%);

Adotar métricas confiáveis e padronizadas para guiar decisões estratégicas (52%).

 

Além das ações do setor privado, o estudo destaca a expectativa sobre o papel do Estado para acelerar a agenda sustentável. Entre as principais medidas apontadas estão:

Ampliação de incentivos fiscais e linhas de crédito para empresas sustentáveis;

Estabelecimento de regras claras, metas definidas e fiscalização eficaz;

Investimentos em educação, capacitação e pesquisa aplicada;

Apoio a infraestrutura sustentável e tecnologias limpas;

Fomento a inovações verdes e ampliação do acesso a capital;

Estímulo à economia circular e ao manejo de resíduos;

Redução de incentivos a práticas poluentes e precificação de emissões de carbono;

Adoção de compras públicas sustentáveis como motor da nova economia.

 

“A Amcham tem atuado de forma propositiva junto ao Congresso Nacional, apoiando propostas que impulsionem a energia limpa, a economia circular, o financiamento sustentável e o mercado regulado de carbono — pilares fundamentais para posicionar o Brasil como líder da nova economia verde”, destaca Abrão Neto.

 

A pesquisa completa está disponível no site da Amcham, acessando:

liga.amcham.com.br/panoramasustentabilidade 

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Economia

CMN amplia uso de fundos de investimento em financiamento sustentável

© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Governo quer atrair novos tipos de investidores em linha Eco Invest
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Instrumento do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima para reduzir o risco de variação do câmbio em captações de recursos do exterior, o Programa Eco Invest Brasil poderá comprar cotas de fundos de investimento e fazer operações de securitização (conversão de papéis). Em reunião extraordinária nesta quinta-feira, DIA 17, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou uma série de práticas que pretendem atrair novos tipos de investidores em financiamentos de projetos sustentáveis.

Entre os principais aprimoramentos introduzidos pelo CMN, destacam-se:

•     Autorização para aquisição de cotas de fundos de investimento, ampliando os canais de captação e base de investidores;

•     Inclusão de operações de securitização, favorecendo a mobilização de capital por meio do mercado financeiro;

•     Carência de até três anos para operações de crédito, conforme diretrizes do Ministério da Fazenda;

•     Obrigatoriedade de reinvestimento dos recursos retornados, ampliando o alcance e impacto dos financiamentos públicos;

•     Regulamentação da sub linha de estruturação de projetos, permitindo o lançamento de leilões voltados à preparação técnica e financeira de projetos inovadores.

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que as medidas alinham a regulamentação à Lei 14.995/2024, que instituiu o Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial (Programa Eco Invest Brasil). O CMN também aperfeiçoou a sub linha de financiamento parcial e regulamentou a nova sub linha de estruturação de projetos.

Segundo a Fazenda, a sub linha de estruturação de projetos permitirá que o Tesouro Nacional faça leilões voltados à exportação de bens e serviços verdes, infraestrutura para exportação e turismo sustentável. A regulamentação pretende fazer com que o Programa Eco Invest Brasil atue desde as fases iniciais dos empreendimentos, com crédito para estudos, modelagens e outras atividades de preparação.

Cotas de fundos

A autorização para a compra de cotas de fundos de investimento regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) amplia a diversidade de instrumentos financeiros disponíveis no Eco Invest. De acordo com o Ministério da Fazenda, essa inovação permite maior diversificação de risco, acesso a investidores pessoas físicas e captação de recursos de fundos catalíticos, que financiam projetos de desenvolvimento sustentável na Amazônia.

A inclusão de operações de securitização, informou a Fazenda, fortalece o papel do mercado de capitais na captação de recursos públicos. Coordenado pelo Ministério da Fazenda em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Programa Eco Invest Brasil é uma das principais iniciativas do governo federal para permitir a transição ecológica e mobilizar investimentos sustentáveis voltados à redução de emissões de gás carbônico e à adaptação às mudanças climáticas.

Órgão colegiado presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o CMN também é composto pelo presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

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Economia

Brasil descarta 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano

No ano passado, cada residência jogou fora 44kg de roupas e calçados

 

Cerca de 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis são descartados a cada ano pelos domicílios brasileiros. Só no ano passado, cada residência do país descartou em torno de 44 quilos de roupas e calçados. 

O dado foi divulgado pela consultoria internacional S2F Partners, um hub de inteligência especializada em gestão de resíduos e economia circular.

“Ao contrário de outros segmentos que estão encaminhados no processo da coleta seletiva, o setor têxtil precisa incorporar alguma iniciativa nesse sentido”, diz Carlos Silva Filho, sócio da S2F Partners e membro do Conselho da Organização das Nações Unidas (ONU) para temas de resíduos.

Há ainda muitos desafios diante das características desse tipo de resíduo, como o tempo de decomposição de alguns tecidos, que podem levar de cinco a dez anos, e outros que podem demorar centenas de anos para se decompor”, explica. 

Considerando o universo total de descartes, cada brasileiro jogou fora cerca de 382 quilos de materiais em 2023, sendo que a maior parte desses resíduos eram de fração orgânica (45,3%), seguido pelo de resíduos secos (33,6%). Os resíduos têxteis, couros e borrachas representaram 5,6% desse total, somando cerca de 4,6 milhões de toneladas no ano.

Atualmente se estima que o setor têxtil seja responsável por entre 2% e 8% das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo e consuma cerca de 215 trilhões de litros de água de por ano, o que equivale a cerca de 86 milhões de piscinas olímpicas.

Segundo Silva Filho, a chamada fast fashion, que é a produção em larga escala de roupas com preços baixos e rápida rotatividade, está levando as pessoas a comprar mais, mas usar por menos tempo, com um custo de US$ 460 bilhões por ano.

“Quando se observa a quantidade de resíduo têxtil descartado nos lares, acende-se a luz vermelha de que é necessário pensar em ações prioritárias de sustentabilidade na linha de produção e no mundo da moda, agregando materiais e processos com mais possibilidades de estender a vida útil e viabilizar o reaproveitamento, mas também uma forma de consumir de forma mais consciente, assim como atuação do poder público de forma a regular o descarte correto desses materiais, sempre com a tentativa máxima de reutilização”, acrescentou o membro do conselho da ONU.

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