Economia
Pix deve permanecer sob gestão pública, diz Galípolo

De fato, Galípolo defende que a gestão pública do Pix evita conflitos de interesse, que poderiam surgir se o sistema fosse administrado por empresas privadas. Portanto, o presidente do BC garantiu que a ferramenta vai continuar sendo uma infraestrutura pública. “Vocês imaginam os conflitos de interesse que a gente poderia ter a cada decisão de se incluir ou retirar um novo participante do sistema?”, questionou.
Segundo ele, o Pix também promoveu avanços sociais. O sistema, em funcionamento desde 2020, facilita a inclusão financeira ao ampliar o acesso da população a serviços bancários. Atualmente, o Pix tem 858 milhões de chaves cadastradas e realiza cerca de 250 milhões de transações diárias.
Galípolo também negou qualquer rivalidade entre o Pix e outros meios de pagamento. Ele explicou que as transações com cartões de crédito e débito cresceram mais nos últimos anos do que antes do surgimento do Pix. Por exemplo, de 2020 a 2024, as transações com cartões de crédito subiram 20,9%, enquanto nos dez anos anteriores o crescimento foi de apenas 13,1%.
Enquanto isso, os Estados Unidos incluíram o Pix em uma investigação comercial contra o Brasil. O governo americano questiona se o sistema cria barreiras para empresas e instituições financeiras estrangeiras. Eles querem saber se as práticas brasileiras são “irracionais ou discriminatórias”.


