Levantamento divulgado pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) a partir da base de dados do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e da Receita Federal, mostra um crescimento no número de empresas de inovação e startups no Estado de São Paulo. Os negócios inovadores passaram de 6, em 2021, para 1.881 neste ano de 2025. A Região Administrativa (RA) de Campinas vem se consolidando como importante polo de abertura de novos negócios nos setores, ocupando a segunda posição com maior número de empresas em atividade.

Segundo a Fundação Seade, a Região Metropolitana de São Paulo concentra 69,2% do total das empresas ativas (1.301), seguida pelas RAs de Campinas (144) e São José dos Campos (93). Já na distribuição por município, São Paulo reúne 58,4% do total destes empreendimentos (1.103), aparecendo, na sequência, São José dos Campos (55 empresas), Campinas (49) e Ribeirão Preto (38).

O estudo também aponta que até maio de 2025, predominam os serviços administrativos (341), de tecnologia da informação (307) e educação (250). Uma das empresas da região de Campinas recém-abertas é a startup Chef.Ai, voltada par o setor de alimentação fora do lar.

Desenvolvida com Inteligência Artificial, a Chef.Ai é um host digital – uma espécie de maitre ou hostess – que faz o atendimento e conversa com o cliente pelos canais digitais, tira dúvidas sobre cardápio e serviços oferecidos pelo estabelecimento e ajuda no agendamento de reservas e eventos. Com atendimento e respostas rápidas e de forma humanizada, o sistema virou um aliado na conversão de vendas.

O sistema foi criado pela startup Chef.Ai, com sede em Americana, interior de São Paulo, e. já apresenta resultados consistentes para os estabelecimentos que a implantaram. Recentemente a Chef.Ai foi reconhecida como uma das cinco melhores startups do Brasil voltada para bares e restaurantes pelo programa Fogo Alto durante o iFood Move.

As empresas de inovação e startups levantadas no estudo da Fundação Seade estão dentro do Inova Simples, um programa nacional que criou uma modalidade jurídica para facilitar a formalização de startups e outros negócios inovadores no país, proporcionando tratamento diferenciado com vistas a estimular sua criação, formalização, desenvolvimento e consolidação como agentes indutores de avanços tecnológicos e da geração de emprego e renda.

Andrea Mion, consultora e Diretora da Vilage Marcas e Patentes en Jundiaí, diz que o Trâmite Prioritário de Marcas, no qual está inserido o programa Inova Simples, é um avanço para quem busca proteção de sua marca e maior segurança jurídica para os negócios.

“Atualmente, um pedido de registro de marca leva até três anos para ser deferido pelo INPI e com esse serviço o tempo deve cair para até quatro meses”, explica.

A executiva conta que muitas vezes uma startup de pequeno porte e em fase inicial, acha não ser preciso a proteção de seus ativos intangíveis, como marca, patente e diretos autorais. “Trata-se de um engano por parte do criador da empresa”, alerta Andrea. “São justamente as startups e as empresas de inovação que precisam proteger suas marcas, invenções e preservar os ativos intangíveis”, acrescenta.

“Imagine o investidor, que faz um aporte em uma startup e no meio do percurso, seja obrigado a mudar de nome? Isto traz um prejuízo enorme para o criador da marca e para quem está investindo em seu negócio”, complementa a consultora.