SAÚDE MENTAL

Saúde

Como não “pifar” antes do Natal: um guia de sobrevivência baseado em dados

Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria

 

Você já viu o que acontece com o seu celular quando a bateria chega em 10%? A tela fica mais escura. Os aplicativos param de atualizar em segundo plano. Ele entra no “modo de economia de energia”. Ele faz isso para não desligar na sua cara.

Nós, seres humanos, deveríamos ser inteligentes igual aos celulares. Mas fazemos o contrário. Chegamos em dezembro com a bateria em 10%, mas tentamos aumentar o brilho da tela e abrir 50 aplicativos ao mesmo tempo.

O resultado? Tem nome. A Organização Mundial da Saúde (OMS) chama de burnout, mas eu prefiro chamar de “falha geral do sistema”. Segundo dados da International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout no mundo (30% dos trabalhadores sofrem disso). E, em dezembro, esse risco dispara. Como chegar no dia 31 sem precisar de um reboque? Aqui está o manual de engenharia para o seu corpo:

  1. Ligue o “modo de economia de energia”

Não tente ser herói em dezembro. Seu cérebro tem um limite de decisões que consegue tomar por dia. A tática: Escolha as 3 coisas que realmente precisam ser entregues para a empresa não parar. O resto? Empurre para janeiro. Existe uma regra matemática chamada princípio de pareto: 20% do que você faz gera 80% do resultado. Foque nesses 20%. O resto é barulho.

  1. O mito do “vou descansar nas férias”

Muita gente pensa: “Vou me matar de trabalhar agora, porque dia 20 eu entro de férias”. Isso é um erro biológico. Se você acelerar o carro a 200km/h até o muro, quando frear, o impacto vai te machucar. O corpo cobra a conta. Muitos profissionais ficam doentes exatamente na primeira semana de férias (o chamado “lazer sickness”). A tática: desacelere antes de parar. Comece a reduzir o ritmo agora. Durma 7 horas hoje, não nas férias.

  1. Feito é melhor que perfeito

O perfeccionismo é o pai do burnout. Em final de ano, com prazos apertados e gente saindo de recesso, buscar a perfeição é suicídio. A tática: entregue o “bom o suficiente”. Se o relatório precisa estar compreensível, ele não precisa estar lindo. Se o e-mail precisa passar a mensagem, ele não precisa ser uma obra de arte. Baixe a régua para salvar sua saúde mental.

  1. Diga “não” para a agenda dos outros

Dezembro é o mês dos “convites urgentes”. É o happy hour da firma, o amigo secreto, a reunião de alinhamento para 2026. Se você disser “sim” para tudo, vai dizer “não” para o seu sono. A tática: seja educado, mas firme. “Agradeço o convite, mas estou focado em fechar as entregas do ano.”

Resumo da ópera: o ano não vai acabar se você não responder aquele e-mail hoje. Mas você pode acabar se não se cuidar. Uma máquina quebrada não produz nada. Cuide da manutenção da sua.

Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, gestor de carreiras, PhD, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Autor do livro “Partiu Carreira”, TEDx Speaker, foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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Saúde

Expressões faciais podem revelar tendência à depressão

Pesquisa mostra que pessoas com sintomas leves de humor apresentam menos expressividade facial, o que pode ajudar na detecção precoce da doença

Por Thais Szegö, da Agência Einstein

O sofrimento psíquico pode deixar marcas visíveis no rosto, e essas mudanças sutis na forma de se expressar podem ajudar a identificar o risco de depressão. Essa é a conclusão de um estudo realizado na Universidade de Waseda, no Japão, publicado recentemente na revista Nature Scientific Reports.

Os pesquisadores analisaram 64 universitários japoneses, com idade média de 21 anos. Outro grupo, formado por 63 avaliadores da mesma faixa etária, foi recrutado para observar os participantes. Todos responderam a um questionário de sintomas depressivos e foram divididos em dois grupos: indivíduos saudáveis e aqueles com transtorno leve de humor, também chamado de depressão limítrofe.

Os voluntários que seriam analisados gravaram vídeos curtos, de cerca de 10 segundos, apresentando-se diante da câmera. Os avaliadores assistiram a esse material sem áudio e atribuíram notas subjetivas, indicando se a pessoa parecia amigável, natural, simpática, nervosa ou falsa, entre outras impressões. Paralelamente, aplicaram um sistema de análise automatizada de expressões faciais, baseado em inteligência artificial, para identificar movimentos musculares sutis.

Os resultados mostraram que participantes com tendência depressiva exibiam redução nas expressões faciais positivas, ou seja, eram percebidos como menos expressivos, naturais e agradáveis. As análises de vídeo também confirmaram alterações em músculos ligados ao sorriso e ao olhar, frequentemente associados à perda de vitalidade emocional.

“O artigo é muito interessante porque tenta oferecer mais uma ferramenta para que a gente possa fazer um diagnóstico precoce, evitando a evolução do quadro. Mas é um método difícil de ser aplicado por enquanto, pois poucos lugares têm essa tecnologia”, avalia o psiquiatra Ricardo Feldman, do Einstein Hospital Israelita. 

Estudo nacional

Assim como o trabalho japonês, a psiquiatra Jennyfer Domingues, pesquisadora na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, também investiga como a comunicação verbal e não verbal pode revelar sinais de sofrimento emocional e risco suicida. “Nosso foco é justamente treinar profissionais de saúde para reconhecer esses sinais sutis que, muitas vezes, aparecem antes da fala direta sobre a questão”, diz.

Segundo a pesquisadora, essas alterações não representam, isoladamente, um diagnóstico de depressão, mas funcionam como sinais de alerta. “Na prática clínica é possível perceber que os pacientes em sofrimento perdem o brilho no olhar, falam com voz mais monótona e demonstram menos energia facial, mesmo que não relatem tristeza”, detalha. “São sinais que merecem atenção, especialmente quando observados junto a outros sintomas, como perda de prazer, dificuldade de sono e desesperança”, explica.

Feldman reitera que a observação das expressões deve ser vista como parte de uma avaliação integral. “A análise das expressões faciais é um complemento para outros itens indispensáveis no diagnóstico da doença, como a anamnese e os exames físicos, psíquicos e complementares quando necessário”, frisa.

Além da aplicação clínica, a pesquisa reforça a importância da atenção humana aos sintomas depressivos.

“Esse estudo destaca outro ponto muito importante: que devemos olhar mais um para o outro, ficarmos mais atentos a expressões faciais, tom de voz e linguagem não verbal, além de nos preocuparmos com as outras pessoas, perguntando se está tudo bem e se precisa de alguma ajuda, por exemplo. Assim melhoramos as relações e podemos conseguir notar sinais de que algo não vai bem”, conclui o médico do Einstein.

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

Luto persistente afeta a saúde mental e eleva o risco de mortalidade

Sintomas intensos e duradouros de luto podem gerar adoecimento, maior uso de serviços de saúde e durar anos se não for tratado

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

A morte de uma pessoa querida é uma das experiências mais dolorosas que alguém pode enfrentar. A tendência é de que a dor vá diminuindo com o tempo, mas nem sempre é assim: para uma parcela dos enlutados, o sofrimento intenso se instala e se mantém, podendo afetar a saúde física e mental.

Durante dez anos, pesquisadores da Dinamarca acompanharam 1.735 pessoas enlutadas e concluíram que familiares que apresentam níveis elevados e persistentes de sintomas de luto (como tristeza intensa, dificuldade de aceitar a perda e sensação de vazio) usam mais os serviços de saúde e têm risco de morte aumentado por até uma década após a perda do familiar. Os resultados foram publicados no último dia 30 de outubro na revista Frontiers in Public Health.

Os pesquisadores avaliaram os participantes em três momentos: antes da perda, seis meses depois e três anos após o falecimento. Com base nas respostas, identificaram cinco “roteiros” de luto. O mais preocupante, chamado de trajetória de alto luto, reuniu 6% dos familiares, um grupo pequeno dentro do total, mas considerado clinicamente vulnerável, pois manteve níveis elevados de sofrimento por todo o período analisado. Já o grupo de baixo luto, usado como referência, apresentou sintomas leves e estáveis.

Os pesquisadores também analisaram quatro desfechos principais: contatos com a atenção primária, uso de serviços de saúde mental, prescrição de medicamentos psicotrópicos (como antidepressivos e ansiolíticos) e mortalidade. Os resultados apontam que quanto mais intenso e duradouro o luto, maior o impacto sobre a saúde dos familiares.

Embora esse seja um processo natural, pode se tornar patológico quando há sofrimento intenso e duradouro.

“Situações mais graves de luto podem elevar o risco para o adoecimento mental, como depressão e transtornos ansiosos”, explica o psiquiatra Elton Kanomata, do Einstein Hospital Israelita. Quadros de luto patológico estão associados a alterações de estilo de vida, como sedentarismo, aumento do uso de álcool e tabaco, distúrbios do sono e menor adesão a tratamentos médicos.

Mas nem todo caso exige tratamento. Segundo Kanomata, o transtorno de luto prolongado é caracterizado por sofrimento que persiste por mais de um ano após a perda, comprometendo a funcionalidade e a qualidade de vida.

“Esse diagnóstico foi incluído na revisão mais recente do manual psiquiátrico americano, o DSM-5. Ele descreve um conjunto de sintomas emocionais e comportamentais clinicamente significativos, que diferem do luto esperado e exigem acompanhamento profissional”, diz o psiquiatra.

Luto persistente e uso maior do sistema de saúde

O estudo aponta que os familiares com luto persistente tiveram até 17% mais consultas anuais com clínicos gerais e usaram mais medicamentos antidepressivos, sedativos e ansiolíticos do que os enlutados com sintomas leves. Eles também buscaram mais atendimento psicológico e psiquiátrico ao longo dos anos.

Além disso, a mortalidade foi mais alta entre os familiares com luto persistente. No total, cerca de 11% dos participantes morreram entre três e dez anos após a perda, sendo que os familiares do grupo de alto luto concentrou o maior risco de morrer no período. “De fato, pessoas com transtornos mentais acabam utilizando mais o sistema de saúde. Isso ocorre porque elas têm maior risco para o adoecimento físico e menor expectativa de vida. É um ciclo que precisa ser quebrado com acompanhamento adequado”, analisa Kanomata.

Os pesquisadores sugerem que o impacto do luto persistente na saúde pode estar ligado a mecanismos biológicos, como o estresse crônico e a inflamação. O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, responsável por regular a resposta ao estresse, desempenha papel importante nesse processo. “Esse eixo ajuda o corpo a reagir a situações estressoras. Mas quando o estresse se torna crônico, o organismo mantém níveis elevados de cortisol, gerando um estado pró-inflamatório que pode afetar diversos sistemas, inclusive o cardiovascular e o imunológico”, ressalta o psiquiatra.

A pesquisa também mostra que alguns familiares já apresentavam maior uso de serviços de saúde e medicamentos antes da morte vivenciada, indicando vulnerabilidade pré-existente e possibilidade de intervir antes de o problema se instalar. “A impossibilidade de realizar rituais funerários, algo que se tornou comum durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, também pode aumentar o risco do luto patológico. E embora alguns estudos indiquem prevalência um pouco maior em mulheres, a diferença entre os sexos nem sempre é estatisticamente significativa”, observa o especialista.

Daí a importância de identificar precocemente esses fatores de risco. Para os autores, profissionais de saúde que acompanham pacientes com doenças graves, por exemplo, poderiam avaliar o nível de sofrimento dos familiares e oferecer suporte psicológico antes mesmo da perda. Além disso, quando o luto se transforma em uma condição crônica, o tratamento deve ser contínuo e multidisciplinar.

“O uso de antidepressivos e ansiolíticos pode ser indicado, mas a melhora não é imediata. É um processo que pode levar meses ou anos, dependendo da gravidade e complexidade de cada caso”, relata Kanomata. A psicoterapia também tem papel central nesse cuidado e, em alguns casos, pode ser considerada o tratamento de primeira escolha.

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

OpenAI divulga dados sobre usuários com sinais de psicose ou pensamentos suicidas

Estimativas indicam que 0,07% dos usuários do ChatGPT apresentam sinais de emergência em saúde mental; empresa reforça respostas empáticas e encaminhamento a especialistas

A OpenAI revelou que uma pequena parcela de usuários do ChatGPT apresenta sinais de emergência em saúde mental, como mania, psicose ou pensamentos suicidas. Em uma semana, cerca de 0,07% dos usuários ativos mostraram esses sinais, enquanto 0,15% tiveram conversas que indicam possível planejamento ou intenção de suicídio.

Especialistas alertam que, apesar de ser uma porcentagem baixa, com 800 milhões de usuários semanais isso pode representar centenas de milhares de pessoas.

Para lidar com esses casos, a OpenAI formou uma rede global com mais de 170 psiquiatras, psicólogos e médicos de atenção primária em 60 países. A empresa treinou o ChatGPT para responder de forma empática a sinais de delírio ou mania e redirecionar conversas sensíveis para modelos mais seguros, incentivando o usuário a buscar ajuda no mundo real.

Esses dados surgem em meio a processos judiciais de destaque, incluindo um caso de homicídio culposo movido pelos pais de um adolescente que teria sido influenciado pelo ChatGPT a cometer suicídio, além de outros casos envolvendo delírios e homicídios relacionados ao chatbot.

Professores e especialistas alertam que os chatbots podem criar a ilusão da realidade. Embora a OpenAI tenha avançado em medidas de segurança, usuários com vulnerabilidades em saúde mental ainda enfrentam riscos.

Fonte: Reuters, BBC, The News

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Saúde

Casos de ansiedade entre adolescentes já superam índices de adultos no Brasil

Especialista explica como a internet e a pressão social impactam o bem-estar emocional dos jovens e orienta formas de prevenção e apoio

A adolescência é uma fase marcada por intensas transformações físicas, emocionais e sociais. Nos últimos anos, esse processo natural tem sido atravessado pela conectividade permanente, e os números mostram os impactos disso. De 2013 a 2023, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS registrou uma taxa de 125,8 casos de transtornos de ansiedade por 100 mil habitantes entre jovens de 10 a 14 anos, e 157 casos por 100 mil entre adolescentes de 15 a 19 anos. Entre os adultos acima de 20 anos, a taxa foi menor, sendo de 112 casos por 100 mil.

Corroborando esse cenário, um levantamento de 2024 da Ipsos revelou que 65% dos jovens de 18 a 24 anos relataram sintomas de ansiedade, e 19% da população brasileira declarou sofrer de depressão. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima ainda que 10% a 20% dos adolescentes de 10 a 19 anos no mundo enfrentam algum problema de saúde mental.

Segundo o psiquiatra da Afya Educação Médica de Vitória, Rodrigo Eustáquio, o acesso constante à internet trouxe benefícios inegáveis, como informação e interação, mas também aumentou os riscos de comparação social, isolamento e ansiedade. Para ele, é fundamental que os adultos compreendam as particularidades desse período da vida e estejam preparados para acolher as demandas emocionais dos jovens.

O imediatismo e a busca por popularidade ou destaque nas redes sociais contribuem para o aumento da ansiedade. A distorção da imagem nas redes, onde apenas o ‘lado bom’ da vida é exposto, leva à comparação e à baixa autoestima, especialmente em jovens, que são mais vulneráveis e estão em processo de formação da personalidade. Por isso, a importância do acompanhamento de um adulto constantemente”, afirma o médico.

Rodrigo explica que sinais como mudanças bruscas de comportamento, queda no rendimento escolar, isolamento, alterações no sono e no apetite podem indicar sofrimento psíquico e exigem atenção imediata da família e de profissionais de saúde mental. Muitas vezes, professores percebem primeiro essas mudanças, que, somadas a hábitos diferentes em casa, como insônia, sonolência excessiva ou perda de apetite, revelam um quadro preocupante. Esses sintomas podem estar associados a transtornos como ansiedade e depressão, reforçando a importância de diálogo aberto entre família e escola para garantir apoio adequado ao jovem.

“É preciso olhar com atenção e sem julgamento. Quanto antes o problema é identificado, maiores as chances de recuperação e qualidade de vida”, alerta o médico da Afya Vitória.O psiquiatra também destaca que cuidar da saúde mental não se limita ao consultório, mas envolve práticas diárias. “Rotina estruturada, sono regular, atividades físicas e limites no tempo de tela são medidas simples e eficazes para o equilíbrio emocional”, enfatiza.

Pensando no ambiente familiar e escolar, o especialista recomenda estimular espaços de diálogo abertos. Os jovens precisam sentir que têm um lugar seguro para falar sobre suas angústias. Escutar é mais importante do que oferecer respostas prontas. Diante de um cenário em que a conectividade é inevitável, o desafio está em ajudar crianças e adolescentes a utilizar a tecnologia de forma equilibrada”, explica.

Dr Rodrigo ressalta, porém, que a questão do excesso de telas é um desafio para todas as faixas etárias, inclusive para os adultos.  “O excesso de telas afeta a todos. No entanto, cabe aos adultos desempenhar o papel fundamental de orientar os mais jovens, mantendo um diálogo aberto, sem julgamentos, fortalecendo vínculos e ajudando a identificar precocemente sinais de sofrimento mental. Esse acompanhamento é essencial para promover hábitos de vida saudáveis e equilibrados”, conclui.

Sobre a Afya 

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.

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Saúde

Cansaço constante e irritação podem indicar problemas emocionais

Psicóloga destaca quais são os sinais de atenção à saúde mental

Em meio a rotinas agitadas, o cansaço constante pode indicar mais do que simples falta de descanso. Reconhecer os sinais da mente precisando de atenção é o primeiro passo para prevenir problemas emocionais mais sérios. Buscar ajuda profissional nesse momento é fundamental para recuperar o equilíbrio emocional.

De acordo com Julyanna de Melo, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Arapiraca, sentir cansaço mesmo após dormir o número de horas recomendado é mais comum do que parece. “Isso acontece porque a qualidade do sono é tão importante quanto a quantidade. Se ele for leve, fragmentado ou ocorrer em um ambiente inadequado, o corpo não atinge os estágios profundos de descanso, fundamentais para as recuperações física e mental”, explica.

A ansiedade, muitas vezes, se disfarça de preocupação excessiva ou dificuldade para relaxar. Quando ela se torna frequente, pode afetar o sono, a concentração e até o funcionamento do corpo.

Nesse sentido, a especialista destaca que situações simples podem se transformar em grandes desafios. “Momentos aparentemente corriqueiros, como um comentário no trabalho ou um atraso no trânsito, costumam despertar reações intensas quando existem gatilhos emocionais ligados a experiências passadas ou o cérebro está sobrecarregado. Isso é, na verdade, um sinal de alerta”, afirma.

A irritação sem motivo aparente também pode ser um sinal de que algo não vai bem. Pequenas frustrações costumam se tornar grandes conflitos quando a mente está cansada e sem receber os devidos cuidados. “O acompanhamento psicológico é um espaço de acolhimento e autoconhecimento para compreender melhor emoções, pensamentos e comportamentos. Buscar ajuda não é fraqueza, mas coragem e autocuidado”, reforça.

Investir em momentos de descanso e práticas de autocuidado é essencial para manter o bem-estar. Segundo a psicóloga, atitudes simples podem fazer diferença no dia a dia.

“Realizar atividades físicas, manter uma rotina de sono e alimentação equilibrada, reservar momentos de lazer, ter contato com a natureza e até pequenas pausas, como ouvir música ou tomar um café com calma, ajudam a reduzir o estresse e trazem mais equilíbrio emocional”, orienta.

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Saúde

Solidão causa quase 1 milhão de mortes por ano, diz OMS

Relatório estima que uma em cada seis pessoas no mundo sofre com o problema, que aumenta o risco de doenças crônicas

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein

A solidão causa quase 1 milhão de mortes por ano, ou cerca de 100 por hora, mostra um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento ressalta o impacto das conexões sociais na saúde, bem como seus desfechos em diferentes contextos. Segundo a OMS, o objetivo do documento é chamar a atenção para o problema e a necessidade de os países implementarem medidas a respeito.

Atualmente, estima-se que a solidão afete uma em cada seis pessoas no mundo – seja porque moram sozinhas, seja em função de problemas de saúde, de falta de estrutura e até de acesso a tecnologias. O relatório ainda diferencia solidão de isolamento social: a primeira diz respeito a um sentimento, ou seja, o sofrimento pela falta das conexões sociais; já o isolamento é a falta dessas conexões no dia a dia.

Conforme a OMS, não se trata de um problema só da velhice — estima-se que 21% dos adolescentes entre 13 e 17 anos e 17,4% dos jovens na faixa dos 18 aos 29 anos se sentem solitários. O fenômeno também é maior nos países pobres, onde afeta uma em cada quatro pessoas. Grupos minorizados, como pessoas com deficiência, migrantes ou população LGBTQIA +, enfrentam ainda mais barreiras à socialização.

Estudos mostram que viver sozinho está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares, problemas como depressão e ansiedade, bem como de declínio cognitivo. “Há várias evidências robustas que avaliam esse tema e mostram que relacionamentos sociais influenciam a mortalidade de forma comparável a fatores de risco bem estabelecidos, como o cigarro”, diz o psiquiatra Luiz Zoldan, gerente médico do Espaço Einstein de Saúde Mental e Bem-Estar do Einstein Hospital Israelita. “Estudos mostram que pessoas com bons vínculos têm 50% mais chance de sobreviver em comparação com isoladas, por exemplo.”

Isso acontece porque a solidão impacta a saúde de várias formas. Ela pode disparar uma resposta de estresse que afeta diferentes sistemas — como endócrino, imune e cardiovascular —, provocando alterações hormonais e inflamatórias associadas a diversas doenças crônicas.

Além disso, o isolamento aumenta o risco de comportamentos pouco saudáveis, como fumar, beber álcool em excesso, ser sedentário e aderir menos a tratamentos de saúde. As conexões sociais também facilitam resolver os problemas do dia a dia, trazem mais motivação e bem-estar.

Para a OMS, investir em conexões sociais fortalece o tecido social e tem impacto direto nas comunidades. “Não é só um bem emocional, mas uma questão de saúde pública. É um tema preponderante que precisa ser tratado com políticas públicas eficazes”, afirma Zoldan.

Fonte: Agência Einstein

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Saúde

Como os manipuladores usam o Gaslighting?

Descubra o que o termo popular significa e aprenda a identificar os sinais para proteger sua saúde mental

O termo “gaslighting” ganhou popularidade nos últimos anos, à medida que a conscientização sobre saúde mental e dinâmicas de poder em relacionamentos cresceu. O termo se refere a uma forma de manipulação psicológica em que uma pessoa tenta fazer a outra duvidar da própria realidade. Em 2018, o Dicionário de Oxford nomeou “gaslighting” como uma das palavras mais populares do ano, impulsionado por um artigo que sugeriu que o então presidente dos EUA, Donald Trump, teria usado a técnica.

Além disso, em 2022, o dicionário Merriam-Webster elegeu “gaslighting” como a palavra do ano, após um aumento de 1.740% nas buscas. Segundo a editora, a prática é definida como “a manipulação psicológica de uma pessoa, geralmente por um período prolongado”. A vítima, portanto, passa a questionar a validade de seus pensamentos e memórias, o que resulta em confusão, perda de autoconfiança e dependência do agressor.

A palavra “gaslighting” vem do clássico filme de Hollywood Gaslight (1944). Na trama, um homem manipula sua esposa para fazê-la acreditar que ela está enlouquecendo, tudo para roubar sua fortuna. Ele esconde objetos e a faz acreditar que ela é a responsável pelo sumiço, mesmo que ela não se lembre.

As 5 frases mais comuns e como responder

Em uma coluna para a CBS, a psicóloga Courtney S. Warren, médica da Escola de Medicina de Harvard, revelou as cinco frases mais usadas por manipuladores. Ela também sugere as melhores estratégias para enfrentá-los.

  1. “Você está agindo como um(a) louco(a)” O manipulador questiona a sanidade da vítima para que ela duvide de si mesma.
    • Como responder: “Por favor, não questione a minha capacidade de pensar com clareza. Mesmo que não concordemos, eu vejo a realidade desta maneira.”
  2. “Você está exagerando” Ao acusar a outra pessoa de ser dramática, o manipulador tenta invalidar as queixas e preocupações dela.
    • Como responder: “Concordando comigo ou não, é assim que me sinto. Não julgue meus sentimentos, eles não estão sujeitos a debate.”
  3. “Eu estava apenas brincando” Comentários dolorosos ou críticas são minimizados. Assim, o manipulador faz com que a vítima se sinta sensível demais.
    • Como responder: “Esse comentário pode ter sido engraçado para você, mas machucou meus sentimentos. Peço que não fale mais assim comigo.”
  4. “Você me obrigou a fazer isso” O manipulador evita assumir a responsabilidade por seus atos e culpa a vítima.
    • Como responder: “Eu não posso te obrigar a fazer nada. Seu comportamento reflete suas escolhas, não as minhas.”
  5. “Se você me amasse, me deixaria fazer o que eu quero” Quando a vítima tenta estabelecer limites, o manipulador a faz se sentir culpada, insinuando que ela não se importa com ele.
    • Como responder: “Meus limites refletem meus valores e como escolho viver minha vida. Não me sinto confortável em fazer isso. Por favor, respeite meus limites.”

Como saber se você é vítima de Gaslighting?

Segundo a psicóloga Ailin Gomez Mari, a vítima muitas vezes teme perder o agressor, pois ele costuma ser uma figura importante em sua vida. Por isso, a pessoa suporta o abuso psicológico e enterra sua própria opinião.

Além disso, o abusador frequentemente isola a vítima de seu círculo social. Quanto mais isolada a vítima estiver de entes queridos, maior será o controle que o agressor pode exercer. Portanto, é crucial que a pessoa afetada possa contar com uma rede de apoio.

Profissionais de saúde recomendam que se você identificar esses problemas em seu relacionamento, procure um psicólogo ou outro especialista em saúde mental. Um profissional pode oferecer uma escuta objetiva, ajudando a vítima a se distanciar do discurso abusivo e a reconstruir sua identidade.

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Saúde

Mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais, revela OMS

Suicídio tem consequência devastadora com 721 mil vítimas em 2021
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Dados divulgados nesta terça-feira, dia 2, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de um bilhão de pessoas em todo o planeta vivem com algum tipo de transtorno mental, incluindo ansiedade e depressão. O cenário causa imensos prejuízos humanos e econômicos, alerta a instituição.

“Embora muitos países tenham reforçado suas políticas e programas de saúde mental, maiores investimentos e ações são necessários globalmente para ampliar os serviços no intuito de proteger e promover a saúde mental das pessoas”, destacou a agência das Nações Unidas.

Segundo a OMS, transtornos de saúde mental como ansiedade e depressão são altamente prevalentes em todos os países e comunidades, afetando pessoas de todas as idades e níveis de renda. “É a segunda maior causa de incapacidade a longo prazo, gerando perda de qualidade de vida”, acentuou a OMS.

Desafios

“Transformar os serviços de saúde mental é um dos desafios mais urgentes da saúde pública”, destacou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Investir em saúde mental significa investir em pessoas, comunidades e economias – um investimento que nenhum país pode se dar ao luxo de negligenciar”, acrescentou. 

“Cada governo e cada líder tem a responsabilidade de agir com urgência e garantir que os cuidados em saúde mental não sejam tratados como um privilégio, mas como um direito básico de todos”, concluiu Tedros.

Análise

Os números apresentados revelam que a prevalência de transtornos de saúde mental varia de acordo com o gênero e que mulheres são desproporcionalmente mais impactadas. Ansiedade e depressão figuram como os dois tipos de transtorno mais comuns tanto entre homens como entre mulheres.

“O suicídio permanece como uma consequência devastadora, ceifando cerca de 721 mil vidas apenas em 2021 em todo o planeta”, alertou a OMS, ao citar o suicídio como uma das principais causas de morte entre jovens em todos os países e contextos socioeconômicos. 

“Apesar dos esforços globais, o progresso na redução da mortalidade por suicídio é insuficiente para atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas que prevê uma redução de um terço nas taxas de suicídio até 2030. Na trajetória atual, apenas uma redução de 12% será alcançada até esse prazo.”

Brasília (DF), 02/11/2024 - Movimentação do Dia de Finados no cemitério Campo da Esperança. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Suicídio permanece como consequência devastadora, ceifando 721 mil vidas em 2021 – Foto – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Impacto econômico

A agência avalia o impacto econômico dos transtornos mentais como impressionante. Embora os custos com saúde sejam substanciais, os custos indiretos, sobretudo os que envolvem perda de produtividade, são muito maiores. A estimativa é que depressão e ansiedade, juntas, custem à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano.

“Essas descobertas ressaltam a necessidade urgente de investimento sustentado, priorização mais rigorosa e colaboração multissetorial para expandir o acesso à saúde mental, reduzir o estigma e combater as causas profundas dos problemas de saúde mental”, concluiu a OMS. 

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Saúde

Impacto mental da alopecia areata é maior do que a gravidade da doença

Pesquisa realizada no Reino Unido mostra que estigma, autoimagem e sofrimento psicológico são intensificados pela forma como a condição é interpretada

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Embora frequentemente seja associada apenas à aparência, a alopecia areata é uma condição autoimune crônica e inflamatória que vai além da questão estética, atingindo profundamente a saúde mental e a qualidade de vida de quem a desenvolve.

Caracterizada pela perda repentina de cabelo em áreas específicas do corpo, como couro cabeludo, sobrancelhas ou barba, esse tipo de alopecia pode desencadear sentimentos de vergonha, estigma e isolamento social, conforme aponta uma ampla pesquisa realizada no Reino Unido.

Publicado em julho no British Journal of Dermatology, o estudo analisou quase 600 pessoas diagnosticadas com alopecia areata no Reino Unido entre 2021 e 2024. O objetivo era compreender como os próprios pacientes interpretam a doença e de que forma essas percepções se relacionam com sintomas de ansiedade, depressão e impacto social.

Os resultados mostram que mais de 80% dos participantes relataram sintomas de ansiedade ou depressão, enquanto cerca de um terço afirmou ter sua rotina (incluindo trabalho, estudos e vida social) afetada diretamente pela condição. Além disso, 42% disseram sentir dores ou desconfortos físicos associados à doença, e mais da metade relatou vergonha frequente devido à aparência.

Um dos achados que chamou mais atenção foi a constatação de que a forma como os pacientes interpretam sua condição tem mais influência sobre seu bem-estar psicológico do que a própria extensão da perda capilar ou da gravidade clínica do quadro.

“Esse achado mostra que, na alopecia areata, não é apenas a quantidade de cabelo perdida que determina o sofrimento do paciente. O modo como a doença é percebida exerce enorme influência sobre o bem-estar emocional”, analisa a dermatologista e tricologista Bárbara Miguel, do Einstein Hospital Israelita. “Mesmo pequenas áreas de falha podem gerar tanto impacto psicológico quanto casos mais extensos. Isso reforça a necessidade de uma visão biopsicossocial, que considere não só os sinais físicos, mas também o peso emocional e social da doença.”

Perfis distintos

A pesquisa identificou dois perfis psicológicos entre os participantes: o grupo “angustiado”, com maior vulnerabilidade emocional, e o “de enfrentamento”, mais resiliente. Enquanto o primeiro relatou altos níveis de estresse, ansiedade e isolamento, o segundo demonstrou mais resiliência emocional, menor carga de sofrimento e maior capacidade de adaptação.

Essa diferenciação é importante para a condução do tratamento. “Pacientes do perfil ‘angustiado’ costumam ter mais depressão e se sentir sem controle sobre a alopecia, o que piora muito a qualidade de vida. Para ajudar, não basta só o tratamento médico: psicoterapia, grupos de apoio e uma relação de confiança com o dermatologista fazem muita diferença”, afirma Bárbara Miguel.

Na prática clínica, as queixas emocionais associadas à alopecia são uma realidade. “Muitos dizem ter dificuldades no trabalho, nos estudos ou em atividades sociais simples, justamente porque o cabelo tem um peso grande na identidade e autoestima”, relata a médica do Einstein. “É comum observar pessoas que passam a evitar sair de casa, mudam cortes de cabelo para esconder as falhas ou até se isolam socialmente.”

Diversas estratégias podem ser adotadas para lidar com o sofrimento emocional. Entre elas, estão a terapia cognitivo-comportamental, que auxilia na modificação de percepções negativas sobre a doença, e medidas de suporte social, como grupos de apoio e redes de pacientes.

Campanhas de conscientização também são ferramentas importantes para combater o preconceito. “Muita gente nunca ouviu falar da doença e, por falta de informação, acaba fazendo comentários ou julgamentos que só aumentam o sofrimento de quem convive com ela. Essas campanhas ajudam a quebrar estereótipos, mostrar que a alopecia não é contagiosa e que não define o valor ou a capacidade da pessoa”, avalia a dermatologista.

Diagnóstico e causas

A alopecia areata é uma das mais de 100 formas conhecidas de alopecia. A doença atinge pessoas de todas as idades e sexos, podendo surgir em qualquer fase da vida, mas é mais comum antes dos 40 anos. Estima-se que 2% da população mundial tem risco de desenvolver alopecia areata ao longo da vida.

Sua causa ainda não é totalmente compreendida, mas fatores genéticos, imunológicos, emocionais e ambientais parecem estar envolvidos. Situações de estresse intenso, por exemplo, podem atuar como gatilhos para o início ou agravamento dos episódios.

O diagnóstico é clínico e feito por médico dermatologista, com o auxílio de ferramentas como a dermatoscopia ou, em alguns casos, biópsia do couro cabeludo. Ainda não existe cura definitiva, mas há opções de tratamento que variam conforme o grau de severidade e a resposta individual do paciente.

Nos últimos anos, o olhar para a alopecia vem mudando. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), por exemplo, atualizou recentemente suas diretrizes e passou a incluir a dimensão emocional na definição da gravidade da doença. Antes, a classificação era baseada apenas na extensão da área afetada. “Na prática, muitos dermatologistas já incorporam perguntas sobre impacto psicológico, autoestima e ansiedade nas consultas. A alopecia vai além da parte física”, afirma a especialista.

Essa mudança é importante diante das limitações dos tratamentos farmacológicos. Embora novas terapias estejam surgindo, muitas ainda são inacessíveis. “Apesar do número crescente de estudos e do surgimento de novos tratamentos, ainda temos poucas opções farmacológicas eficazes para a alopecia areata, e as mais recentes costumam ter custo elevado. Por isso, o suporte psicológico e social se torna parte essencial do tratamento”, conclui Bárbara Miguel.

Fonte: Agência Einstein

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