SAÚDE & INCLUSÃO

Saúde

Instituto Jô Clemente (IJC) inaugura Centro de Pesquisas Clínicas de Ponta para Doenças Raras em Valinhos

Compromisso com Avanços na Saúde e Inclusão

O Instituto Jô Clemente (IJC) anunciou a inauguração do seu novo Centro de Pesquisas Clínicas, com foco em Doenças Raras, durante um evento realizado em São Paulo, na última semana. Este marco representa o compromisso do Instituto em promover avanços na pesquisa clínica, reunindo especialistas do setor de saúde, representantes do Instituto e parlamentares para discutir questões essenciais para o progresso da área no país.

Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que aproximadamente 13 milhões de brasileiros vivam com algum tipo de Doença Rara, o que representa cerca de 6% da população do país. Globalmente, as Doenças Raras afetam 65 em cada 100 mil pessoas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), abrangendo uma ampla gama de condições genéticas, metabólicas, hereditárias, congênitas, imunológicas ou infecciosas.

O Instituto Jô Clemente (IJC), reconhecido nacionalmente por sua dedicação à inclusão de pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras, estabeleceu uma parceria com a Azidus Brasil, uma empresa especializada em serviços e soluções para estudos clínicos e registro de produtos, para criar este novo Centro de Pesquisa Clínica. Para marcar o início das operações, o Instituto organizou o evento “Panorama geral da pesquisa clínica no Brasil” em 18 de março, visando debater as oportunidades e desafios da pesquisa clínica no país.

Daniela Mendes, superintendente geral do IJC, destaca a importância deste marco, ressaltando que a ciência e a inovação são pilares fundamentais para a instituição. Contribuir para a implementação de novas tecnologias e diagnósticos é uma prioridade vital para o Instituto.

O evento incluiu mesas redondas que abordaram temas como o impacto da legislação, os desafios e oportunidades da pesquisa clínica, perspectivas de investimento, ética e acesso a medicamentos. A deputada federal Rosângela Moro abriu os debates, enfatizando o Projeto de Lei 7082/17, que estabelece regras para a pesquisa clínica com seres humanos e o controle das boas práticas clínicas por meio de comitês de ética em pesquisa (CEPs).

Os debates subsequentes destacaram questões importantes, como a viabilidade de descentralização do Comitê de Ética, investimentos em capacitação profissional, a agilidade no processo de aprovação de pesquisas para atrair empresas ao Brasil e a integração dos sistemas de saúde público e privado para minimizar o impacto da judicialização na pesquisa e evitar prejuízos aos pacientes com Doenças Raras.

Inicialmente, o novo Centro de Pesquisas Clínicas funcionará em colaboração com a A2Z Clinical, responsável pela operacionalização das pesquisas. Edward Yang, gerente do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (CEPI) do IJC, destaca que, embora haja demanda para quatro pesquisas clínicas neste ano, duas estão previstas no cronograma inicial. O recrutamento de pacientes é uma etapa complexa, mas crucial, e as Doenças Raras identificadas por meio da Triagem Neonatal, na qual o IJC é referência nacional, foram escolhidas para dar início aos estudos do novo Centro.

 Sobre a A2Z Clinical

Empresa situada em Valinhos, tem como filosofia impulsionar e ampliar a pesquisa clínica no Brasil para o cenário global. Desde sua fundação em 1999, sua missão tem sido fortalecer e divulgar a pesquisa clínica nacional.

A empresa nasceu com o marco da Lei do Genérico (Resolução 391/1999), criando uma estrutura sólida e eficiente para conduzir estudos de Bioequivalência e Biodisponibilidade. Este avanço foi em resposta à nova política de medicamentos genéricos no Brasil.

Em 2000, tornou-se o terceiro centro de pesquisa a ser habilitado pela Anvisa para essa finalidade, mantendo essa autorização até os dias atuais.

Com a evolução das regulamentações da Anvisa a partir de 2002, a Pesquisa Clínica tornou-se essencial para toda a indústria farmacêutica. A A2Z estava preparada para este momento, beneficiando-se da Resolução 196/1996 da Conep, que estabeleceu diretrizes éticas para a condução de pesquisas clínicas no Brasil.

Sobre o Instituto Jô Clemente (IJC)

O Instituto Jô Clemente (IJC) é uma ONG sem fins lucrativos dedicada há mais de 62 anos à promoção da saúde e qualidade de vida para pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras. Além disso, o IJC trabalha para promover a inclusão social e defender os direitos dessas pessoas, através de pesquisas científicas e disseminação de conhecimento. Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde, seu laboratório é o maior do país em número de exames realizados. Oferece o Teste do Pezinho Ampliado na rede pública de São Paulo, possibilitando o diagnóstico precoce de cerca de 50 doenças, incluindo condições raras. O IJC também é um centro de referência no tratamento de doenças como fenilcetonúria, deficiência de biotinidase e hipotireoidismo congênito, detectadas no Teste do Pezinho. Além disso, o Instituto se dedica à produção e disseminação de conhecimento sobre deficiência intelectual, TEA e doenças raras, apoiando e desenvolvendo projetos nesses campos.

 

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