RELAÇÕES EXTERIORES

Brasil e Mundo

Em Nova York, agenda de Lula inclui Palestina, democracia e clima

© Ricardo Stuckert/PR
Presidente fará tradicional discurso na Assembleia Geral da ONU
Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil

No próximo dia 23 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará o tradicional discurso de abertura na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Além de expor as prioridades da política externa brasileira, o presidente vai participar de encontros importantes sobre a questão da Palestina e a crise climática. As discussões preparam o terreno para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém, em novembro.

Paz na Palestina e Defesa da Democracia

Durante a viagem, Lula participará da 2ª sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina. O evento, convocado pela França e Arábia Saudita, busca uma solução de dois Estados. Segundo o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, Marcelo Marotta Viegas, “uma paz sustentável só poderá ser alcançada na região se ambas as partes puderem negociar em igualdade de condições, o que inclui a capacidade estatal da Palestina”.

Ainda de acordo com o Itamaraty, a expectativa é que a conferência incentive mais países a reconhecerem a Palestina como Estado, uma vez que o Brasil e outros 147 países já o fizeram. Além disso, o presidente também participará de um evento sobre a democracia no dia 24 de setembro, com líderes de 30 países. A iniciativa, liderada por Brasil, Chile e Espanha, busca promover a cooperação contra a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade.

Crise Climática em Destaque

Outra prioridade na agenda de Lula é a crise climática. Também no dia 24 de setembro, o presidente copreside um evento sobre o tema com o secretário-geral da ONU, António Guterres. O objetivo é impulsionar a mobilização global para a ação climática, com a apresentação de novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são os compromissos de cada país para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

Além disso, Lula participará de um evento organizado pelo Brasil para ampliar o apoio ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). O fundo deve ser lançado na COP30, em Belém, e financiar a preservação de florestas. O presidente ainda participa de um encontro promovido pelo Centro Global de Adaptação para discutir mecanismos de adaptação às mudanças climáticas.

A delegação brasileira também participará da Semana do Clima de Nova York 2025, que começa em 22 de setembro. O evento, que acontece simultaneamente à Assembleia Geral da ONU, serve como uma preparação para a COP30. “O evento tem um sentido positivo de mobilização, de discussão e apresentação de soluções”, afirmou o chefe da Divisão de Ação Climática, ministro Mário Gustavo Mottin.

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Brasil e Mundo

Itamaraty condena ameaça dos EUA de usar “poder militar” contra Brasil

© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Porta-voz da Casa Branca citou que Trump pode usar “poderio militar”
Agência Brasil
O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota na noite desta terça-feira, dia 9, em que condenou a ameaça dos Estados Unidos “de uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia” em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete réus pela trama golpista. 

Na nota, o Itamaraty diz que o governo repudia qualquer interferência de outros países na soberania brasileira.

“O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania. O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais”, diz o comunicado.

Estados Unidos

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o governo norte-americano considera a liberdade de expressão uma prioridade máxima, citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Não tenho nenhuma ação adicional [contra o Brasil] para apresentar a vocês hoje. Mas posso dizer que esta é uma prioridade para o governo. E o presidente [Donald Trump] não tem medo de usar o poderio econômico e militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão em todo o mundo”, disse a porta-voz, conforme informou a agência Reuters.

“Conspiração da família Bolsonaro”

Em discurso em Manaus, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda citou o julgamento no Supremo Tribunal Federal em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado.

Lula considerou que o país vive um momento delicado.

“Ele sabe que cometeu as burrices que cometeu (…) Esses caras tiveram a pachorra de mandar gente para os Estados Unidos para falar mal do Brasil e para condenar o Brasil”, criticou Lula.

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, criticou a declaração do governo dos Estados Unidos sobre uso da força.

Em uma postagem nas redes sociais, a ministra afirmou que chegou ao “cúmulo” a “conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil”, apontando para a articulação conduzida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro para que os EUA sancionem o Brasil.

“Não bastam as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro da cadeia. Isso é totalmente inadmissível'”, disse a ministra.

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Brasil e Mundo

Lula anuncia apoio ao acordo de neutralidade do Canal do Panamá

© Antonio Cruz/Agência Brasil
Presidente recebeu o presidente do Panamá, José Raúl Mulino
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Nesta quinta-feira, dia 28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, em Brasília. Durante o encontro, o governo brasileiro formalizou seu reconhecimento direto ao tratado sobre a neutralidade e operação do Canal do Panamá, um gesto que sinaliza o apoio total do Brasil à soberania panamenha sobre a via.

Em seu discurso, Lula foi enfático ao defender a autonomia dos países da região, fazendo uma clara referência às ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retomar o controle do Canal. De fato, Lula afirmou que “tentativas de restaurar antigas hegemonias” ameaçam a liberdade e autodeterminação dos povos latino-americanos. Ele também enfatizou que o Canal é administrado pelo Panamá com eficiência e respeito à neutralidade há mais de 25 anos, garantindo o trânsito seguro para navios de todas as nações.

O Canal do Panamá, aliás, é uma das rotas marítimas mais importantes do mundo. As obras, iniciadas pela França em 1880 e concluídas pelos Estados Unidos em 1904, reduziram drasticamente o tempo de viagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Posteriormente, o Panamá assumiu a administração total em 1999, conforme os Tratados Torrijos-Carter, que o Brasil, como membro da Organização dos Estados Americanos (OEA), sempre reconheceu.

Parcerias além do Canal

Além do mais, a visita de Mulino resultou em uma série de acordos de cooperação. O Ministério dos Portos e Aeroportos do Brasil e a Autoridade do Canal do Panamá assinaram um memorando de entendimento para otimizar as exportações brasileiras e modernizar a operação portuária no país. O documento prevê a troca de experiências e estudos sobre novas rotas marítimas mais sustentáveis.

Similarmente, os países firmaram um acordo para cooperação em desenvolvimento agrícola e pecuário, que abrange desde capacitação técnica até a produção sustentável. Inclusive, a Embraer anunciou um acordo de venda de quatro aeronaves A-29 Super Tucano para o Panamá. A Fiocruz também se comprometeu a ajudar a ampliar a capacidade panamenha de produção de vacinas.

Meio Ambiente em pauta

Enquanto isso, as questões ambientais dominaram parte das conversas. Mulino confirmou sua presença na COP30, em Belém, em novembro, e relatou o impacto devastador das migrações na Região de Darién, que sofrem com o desmatamento e o acúmulo de lixo. Ademais, ele destacou que o Panamá também enfrenta secas, o que afeta o abastecimento do próprio Canal.

Lula, por sua vez, solicitou que o Panamá se junte ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), um mecanismo financeiro que será lançado na COP30 para recompensar os países que preservam suas florestas. Afinal, o presidente brasileiro ressaltou que a elevação do nível do mar já causa impactos no território panamenho, um exemplo concreto da injustiça climática.

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Brasil e Mundo

Lula rebate Trump sobre Brasil ser um mau parceiro comercial

© Reuter/Yuri Gripas e Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente americano criticou a relação de tarifas entre os países
Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil*

Em um evento no Recife, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmentiu veementemente as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Brasil ser um “parceiro comercial horrível”. A fala de Trump, aliás, foi classificada por Lula como uma “mentira” que precisa ser esclarecida.

Enquanto Trump alegou que o Brasil impõe tarifas elevadas e causa prejuízo aos EUA, Lula apresentou dados que contradizem essa afirmação. De fato, o presidente brasileiro exemplificou que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam um lucro de US$ 410 bilhões no comércio bilateral com o Brasil. Portanto, a acusação de que o Brasil seria um mau parceiro comercial não se sustenta.

“É mentira quando o presidente norte-americano diz que o Brasil é um mau parceiro comercial. Eu quero dizer, para as pessoas mais pobres desse país, que a gente continua com vontade de negociar”, declarou Lula.

Anteriormente, a Agência Reuters reportou que Trump havia criticado a relação de tarifas entre os países, afirmando que o Brasil cobrava “tarifas tremendas, muito mais do que nós cobrávamos deles”. Em contrapartida, Lula defendeu a seriedade e o histórico de negociações do Brasil, ressaltando o desejo de manter o diálogo.

Além das questões comerciais, a discussão também se estendeu ao cenário político. Trump chegou a declarar que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sendo vítima de uma “execução política” em seu julgamento no STF. Por essa razão, justificou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o que, de acordo com ele, deixou o Brasil “não feliz”.

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Brasil e Mundo

Itamaraty convoca chefe da Embaixada dos EUA após ameaça ao Judiciário

© Luis Dantas/Divulgação
Pelas redes sociais, embaixada disse que monitora “aliados de Moraes”
Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) convocou o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos (EUA), Gabriel Escobar, para dar explicações sobre as ameaças do governo de Donald Trump contra “aliados de [Alexandre de] Moraes no Judiciário”.

O secretário interino da Europa e América do Norte do Itamaraty, o embaixador Flavio Celio Goldman, recebeu o representante do governo Trump no Brasil para manifestar indignação do governo brasileiro com o tom e o conteúdo das postagens recentes do Departamento de Estado e da embaixada nas redes sociais.

O governo entende que as manifestações dos órgãos do Estado do país norte-americano representam clara ingerência em assuntos internos e são ameaças inaceitáveis à autoridades brasileiras.

O Departamento de Estado dos EUA, órgão similar a um ministério das relações exteriores, tem usado as redes sociais para atacar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Alexandre de Moraes relativas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Ontem, dia 7, a Embaixada dos EUA no Brasil traduziu comentário do secretário de diplomacia pública Darren Beattie, ameaçando autoridades do Judiciário brasileiro que contribuam com Moraes. “Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto”, disse o comunicado do diplomata, acusando o ministro de “censura” e “perseguição” contra Bolsonaro.

No último dia 30 de julho, os EUA aplicaram sanções econômicas contra Alexandre de Moraes, previstas na chamada Lei Magnitsky, como punição pelo julgamento da trama golpista, que apura tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022, o que incluiria planos para prender e assassinar autoridades públicas. 

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro pressionou comandantes militares para suspender o resultado da eleição presidencial de outubro de 2022, quando perdeu para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele nega as acusações.

O ex-presidente ainda é investigado em ação que apura a ação de Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), junto aos EUA para impor sanções contra o Brasil. Entre as razões elencadas pelo governo Trump para tarifar o Brasil, está o processo contra o ex-presidente. 

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Economia

Brasil e México fortalecem laços em cenário de pressão tarifária

Alckmin visitará o país em agosto, acompanhado de comitiva empresarial
Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para a presidente do México, Claudia Sheinbaum, nesta quarta-feira, dia 23, para discutir as relações econômicas e comerciais entre os dois países. De acordo com o Palácio do Planalto, Lula destacou a importância de aprofundar essas relações, especialmente no cenário atual de incertezas.

Durante a conversa, Lula e Sheinbaum organizaram uma visita oficial ao México, que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, liderará. A viagem acontecerá nos dias 27 e 28 de agosto, e Alckmin levará uma comitiva de empresários de diversos setores.

O Palácio do Planalto, em nota sobre o telefonema, informou que, “como resultado da visita, Lula propôs o início de negociações para expandir o acordo comercial Brasil-México, visando favorecer a ampliação do fluxo comercial entre os dois países”.

Os dois presidentes também ressaltaram os setores da indústria farmacêutica, agropecuária, etanol, biodiesel, aeroespacial, assim como inovação e educação, como áreas estratégicas na relação bilateral.

A visita de Alckmin ao México ocorre em meio à crescente pressão tarifária dos Estados Unidos sobre seus parceiros históricos. Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um aumento tarifário sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, com aplicação a partir de 1º de agosto. Dias antes, Trump já tinha imposto 30% de tarifas de exportação sobre produtos mexicanos, um país vizinho com uma profunda relação comercial com os EUA. O vice-presidente brasileiro também tem sido o principal interlocutor do país com empresários e o governo norte-americano nas tentativas de negociação sobre as tarifas unilaterais.

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Economia

Brasil não sairá da mesa de negociação com EUA, diz Haddad

© Valter Campanato/Agência Brasil
Governo entregará “o melhor resultado fiscal dos últimos 12 anos”
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos enfrentam um impasse. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje, dia 21, que o Brasil não sairá da mesa de negociação, apesar da iminente tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que pode começar em 1º de agosto. O governo, contudo, prepara planos de contingência para apoiar os setores mais afetados.

Haddad explicou a determinação do presidente Lula: não dar razão para sanções. A vice-presidência, o Ministério da Fazenda e o Itamaraty mantêm o engajamento nas negociações. O Brasil, aliás, enviou uma segunda carta ao governo americano na semana passada, sem resposta até o momento. O ministro insiste na busca por um caminho de aproximação entre os países.

Um grupo de trabalho projeta cenários e soluções para auxiliar os setores brasileiros impactados pelo aumento de impostos. Haddad afirmou que estas propostas ainda não foram apresentadas ao presidente. Ele não descarta a implementação da tarifa em agosto sem uma resposta americana. Entretanto, existem planos de contingência para qualquer decisão presidencial.

Haddad também descartou “pagar na mesma moeda” com sanções a empresas americanas. Porém, o governo estuda aplicar a lei da reciprocidade. Essas alternativas, juntamente com o possível apoio aos setores prejudicados, serão apresentadas a Lula esta semana. O ministro esclareceu que o plano de contingência não implica necessariamente em novos gastos públicos. Ele citou a ajuda às enchentes no Rio Grande do Sul, onde o apoio se deu principalmente via linhas de crédito.

O ministro apontou uma particularidade no caso brasileiro: a relação individual entre a família Bolsonaro e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Para Haddad, essa força política de extrema direita no Brasil concorre contra os interesses nacionais. Ele questionou a mudança abrupta da tarifa de 10% para 50%, após reuniões onde se discutia até mesmo uma redução. Haddad classificou a situação como “muito grave”, sugerindo que o destino do Brasil está sendo usado para fins pessoais. Ele também expressou estranhamento pela investigação de Trump sobre o Pix, um “modelo exitoso de transações financeiras a custo zero”.

Finalmente, Haddad negou qualquer revisão da meta fiscal do governo. Ele garantiu que, até o fim do mandato de Lula, o governo entregará “o melhor resultado fiscal dos últimos 12 anos”. O ministro prevê igualmente o melhor nível de emprego, distribuição de renda e crescimento médio desde 2015.

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Brasil e Mundo

Trump ameaça países que se alinhem ao Brics com tarifa de 10%

“Não haverá exceções a essa política”, disse o presidente
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
Em meio à reunião de cúpula do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaçou taxas extras a produtos de países que se alinhem ao grupo, formado por 11 nações, entre elas Brasil Rússia Índia, China e África do Sul. A publicação foi feita em seu perfil na rede Truth Social.

“Qualquer país que se alinhe às políticas antiamericanas do Brics será taxado com tarifa extra de 10%. Não haverá exceções a essa política. Obrigado pela atenção em relação a essa questão”, escreveu Trump.

Em sua declaração de líderes, divulgada no domingo, dia 6, o Brics criticou medidas protecionistas adotadas no comércio global.

“Reiteramos nosso apoio a um sistema multilateral de comércio baseado em regras, aberto, transparente, justo, inclusivo, equitativo, não discriminatório e consensual, com a OMC em seu núcleo, com tratamento especial e diferenciado (TED) para seus membros em desenvolvimento”, destaca a declaração do Brics.

Trump, que assumiu em janeiro deste ano, anunciou, logo no início de seu mandato, aumento de tarifas sobre produtos importados, o que gerou críticas e respostas de vários países.

Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, compõem o Brics a Arábia Saudita, o Irã, os Emirados Árabes, a Indonésia, o Egito e a Etiópia. Mais dez países são parceiros do grupo: Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

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Brasil e Mundo

Lula vai ao Canadá para participar da Cúpula do G7

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Evento será na cidade de Kananaskis, no próximo dia 17
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio da Silva viajará ao Canadá, na próxima semana, para participar da Cúpula do G7, grupo formado pelas sete maiores economias do planeta. Em telefonema nesta quarta-feira, dia 11, o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, formalizou o convite ao brasileiro para o evento que ocorrerá na cidade de Kananaskis, no dia 17 de junho.

“[Lula] agradeceu e aceitou o convite, assinalando a contribuição positiva que o Brasil pode oferecer aos temas que serão debatidos no evento, entre eles segurança energética, minerais críticos, financiamento, inovação e tecnologia e inteligência artificial”, informou a assessoria da Presidência, em comunicado.

O Brasil participará da sessão ampliada da cúpula, com outros países convidados, que são África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México. Já a cúpula principal terá os países-membros – Estados Unidos, Itália, França, Reino Unido, Japão, Canadá e Alemanha.

Os presidentes brasileiro e canadense também manterão encontro bilateral à margem da Cúpula do G7.

De sua parte, Lula convidou Carney para participar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém (PA) em novembro, “recordando a experiência do chefe de governo canadense na área de financiamento climático”. De acordo com a nota, o primeiro-ministro elogiou a liderança brasileira e confirmou presença no evento na capital paraense.

“Ambos trataram, também, do potencial de fortalecimento das relações bilaterais, destacando a convergência entre Brasil e Canadá na defesa da democracia, do multilateralismo e do livre comércio”, completou o comunicado da Presidência.

Neste mandato, Lula foi convidado e participou de todas as cúpulas do G7 – no Japão em 2023 e na Itália em 2024.

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Brasil e Mundo

Lula pede que Macron “abra seu coração” para acordo com Mercosul

© Fabio Charles Pozzebom/Agência Brasil
Presidente concedeu entrevista nesta quinta-feira, dia 5, em Paris
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Após se reunir com o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta quinta-feira (5) em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu a hospitalidade que, segundo ele, “somente um grande amigo pode oferecer” e pediu apoio do mandatário francês para um acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

Em entrevista coletiva, Lula lembrou que o Brasil assume a presidência do bloco sul-americano no próximo semestre, para um mandato de seis meses.

“Quero lhe comunicar que não deixarei a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a União Europeia”, disse, ao se dirigir diretamente a Macron.

“Portanto, meu caro, abra o seu coração para a possibilidade de fazer esse acordo com o nosso querido Mercosul”, completou Lula. “Essa é a melhor resposta que nossas regiões podem dar diante do cenário de incertezas criado pelo retorno do unilateralismo e do protecionismo tarifário.”

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