RECORDE

Economia

Balança comercial tem superávit de US$ 8,15 bilhões em abril

© Vosmar Rosa/MPOR
Resultado é o quarto melhor da história para o mês
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A queda no preço de diversas commodities (bens primários com cotação internacional) fez o superávit da balança comercial encolher em abril, apesar do início de algumas safras. No mês passado, o país exportou US$ 8,153 bilhões a mais do que importou, divulgou nesta quarta-feira, dia 7, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Em relação a abril de 2024, o superávit caiu 3,3%. O resultado é o quarto melhor para o mês, só perdendo para abril de 2021, quando foi registrado superávit recorde de US$ 9,963 bilhões, 2022 e 2024.

A balança comercial acumula superávit de US$ 17,728 bilhões nos quatro primeiros meses de 2024. O valor representa queda de 34,2% em relação aos mesmos meses do ano passado. O recuo no valor acumulado ocorreu porque a balança comercial teve déficit de US$ 471,6 milhões em fevereiro, motivado pela importação de uma plataforma de petróleo.

Tanto as exportações como as importações bateram recorde. Em abril, o país exportou US$ 30,409 bilhões, alta de 0,3% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado e o melhor abril desde 1989, quando começou a série histórica. As importações somaram US$ 22,256 bilhões, alta de 1,6% na mesma comparação e também o maior valor da história.

Exportações

Do lado das exportações, as vendas externas de soja, principal produto da agropecuária, caíram 6,1% em relação a abril do ano passado, por causa da queda de 9,7% dos preços médios. As vendas de minério de ferro recuaram 14,3%, motivada pela queda de 16,4% nos preços.

No entanto, a alta no preço do café e da carne bovina ajudaram a sustentar a balança. As vendas de alguns produtos, como carne bovina, veículos e ferro-gusa, subiram no mês passado, compensando a diminuição de preço dos demais produtos.

Importações 

Do lado das importações, as aquisições de motores, máquinas, medicamentos, componentes de veículos, adubos e fertilizantes químicos subiram. A maior alta ocorreu com os fertilizantes, cujo valor comprado aumentou US$ 327,4 milhões (+36,2%) em abril na comparação com abril do ano passado.

Volume de exportações 

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas caiu 0,5%, puxado pela queda na quantidade vendida de café e de cobre. Os preços aumentaram apenas 0,8% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 4,4%, impulsionado pelo crescimento econômico, mas os preços médios recuaram 2,9%, refletindo a queda no valor das commodities (bens primários com cotação internacional).

Setores

No setor agropecuário, a queda na quantidade vendida pesou mais para o recuo de 0,8% nas exportações do segmento. O volume de mercadorias embarcadas caiu 4,9% em abril na comparação com o mesmo mês de 2024, enquanto o preço médio subiu 4,5%.

Na indústria de transformação, a quantidade subiu 1,3%, com o preço médio subindo 1,5%, refletindo uma certa recuperação econômica na Argentina, o maior comprador de bens industrializados do Brasil.

Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 1,6%, enquanto os preços médios recuaram 5%, fruto da desaceleração econômica na China e do acirramento da guerra comercial por parte do governo de Donald Trump.

Estimativa

Segundo as estimativas mais recentes do Mdic, divulgadas em abril, o superávit deverá ficar em US$ 70,2, queda de 5,4% em relação a 2024. A próxima projeção será divulgada em julho.

Segundo o MDIC, as exportações devem subir 4,8% em 2025 na comparação com 2024, encerrando o ano em US$ 353,1 bilhões. As importações subirão 7,6% e fecharão o ano em US$ 282,9 bilhões. As estimativas, no entanto, devem ser revistas na próxima projeção, em julho, porque não consideram os efeitos do tarifaço de Donald Trump nem da retaliação comercial da China.

As previsões estão mais pessimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 75 bilhões neste ano.

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Valinhos

Valinhos faz o maior Feirão do Emprego da história

Mais de 500 pessoas participaram do evento que reuniu 1518 vagas, um recorde na cidade de Valinhos
Mais de 500 pessoas participaram do Feirão do Emprego realizado na última terça-feira, dia 16, pela Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação, e Posto de Atendimento ao Trabalhador de Valinhos (PAT) em parceria com a Faculdade Anhanguera. Durante o Feirão foram oferecidas 1518 vagas, um recorde na história dos feirões na cidade. Apenas as 19 empresas que estavam com equipes de recursos humanos no feirão atenderam mais de mil candidatos e aprovaram mais de 360 currículos para avançarem no processo seletivo.

Tem gente que não vai precisar aguardar resposta porque já saiu do feirão com o emprego garantido. Foi o caso da cozinheira Domingas Azevedo que há dois meses procurava por uma oportunidade. Dona Domingas chegou ao feirão bem cedo, duas horas antes do início das atividades e foi contratada na hora pelo Supermercado Dalben para trabalhar como cozinheira “cheguei bem cedo e com muita esperança de conseguir um emprego e agora os clientes do supermercado vão poder experimentar a minha comida. Estou muito feliz”, comemora.

Além de dona Domingas, o Supermercado Dalben de Valinhos contratou outras quatro pessoas durante o feirão. Para a analista sênior de recrutamento e seleção da rede, Suzane Thobias, o feirão estreita o caminho da contratação tanto para as empresas quanto para os trabalhadores “participar de um feirão como este torna nosso trabalho de recrutamento muito mais eficiente. É bom para o trabalhador que tem maior facilidade de acesso às vagas e também para nós que precisamos contratar’, explica Suzane.

Já outras 278 empresas anunciaram suas vagas e receberam encaminhados pelo PAT. Para essas vagas foram feitos mais de 500 encaminhamentos. Nos próximos dias, a equipe do PAT vai fazer o acompanhamento dos processos seletivos para levantar quantos trabalhadores serão contratados em virtude do feirão.

Para o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Luiz Henrique Diniz, o grande engajamento das empresas e da equipe do PAT foi fundamental para o sucesso do feirão “todos abraçaram a ideia do feirão com muita vontade de fazer a diferença na vida destes trabalhadores que tanto precisam de uma oportunidade. Foi um esforço coletivo que fez o maior feirão de empregos que Valinhos já viu”, afirma o diretor.

Referência

Representantes das prefeituras de Vinhedo, Hortolândia e Várzea Paulista estiveram no feirão para utilizar a experiência de Valinhos como referência para os eventos que serão realizados nestas cidades. Assim, o Feirão do Emprego de Valinhos se tornou um modelo para toda a região.

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