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Sidney Oliveira não paga fiança de R$ 25 milhões e MP pede prisão novamente

O dono da Ultrafarma, investigado por corrupção, descumpriu medidas cautelares, o que motivou a nova solicitação de sua prisão
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou novamente a prisão de Sidney Oliveira, o conhecido dono da Ultrafarma. Em razão de ele não ter quitado a fiança de R$ 25 milhões imposta pela Justiça e, além disso, ter descumprido outras medidas cautelares, o pedido de reclusão foi protocolado nesta quinta-feira, dia 21.
Primeiramente, Sidney Oliveira foi preso temporariamente como parte da Operação Ícaro, que investiga um amplo esquema de corrupção. Em suma, o empresário é suspeito de se beneficiar de um sistema onde auditores fiscais da Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP) teriam recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas para favorecer grandes empresas de varejo, como a sua.
Posteriormente, em 15 de agosto, Sidney Oliveira e outro executivo, Mário Otávio Gomes, da Fast Shop, foram libertados sob prisão domiciliar. No entanto, a soltura veio com uma série de condições rigorosas, a saber, o uso de tornozeleira eletrônica, o comparecimento mensal em juízo, a proibição de contato com outros investigados e, sobretudo, o pagamento da fiança.
Conforme o MP-SP, o descumprimento dessas regras é a base para o novo pedido de prisão. De fato, a investigação que levou à sua prisão revelou uma série de evidências. Por exemplo, os promotores encontraram centenas de e-mails trocados entre Sidney e os auditores, e descobriram que a Ultrafarma concedeu acesso a seu certificado digital para que um dos auditores protocolasse pedidos de ressarcimento em nome da empresa junto à Sefaz.
Enfim, o Ministério Público alega que as movimentações de dinheiro e as evidências digitais indicam a participação direta do empresário no esquema. Com toda a certeza, as investigações ainda buscam esclarecer se outras grandes varejistas também se beneficiaram desse suposto esquema.


