REABILITAÇÃO

Saúde

Lesão nem sempre é sinônimo de cirurgia

Jogador do Real Madrid usa órtese no ombro para evitar cirurgia;

Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo explica

Recentemente, um flagrante em campo do meia Jude Bellingham, do Real Madrid, chamou a atenção: para evitar uma cirurgia que o afastaria dos gramados por até seis meses, o jogador, que enfrenta as consequências de uma luxação no ombro esquerdo sofrida em novembro de 2023, utiliza uma órtese personalizada antes de cada partida.

A proteção que cobre o ombro e parte do peito, permitindo que ele continue atuando. Segundo fisioterapeuta da Associação Espanhola de Fisioterapeutas, sem a cirurgia, há um risco de 90% de uma reluxação. “Quem passa pela cirurgia reduz esse risco para cerca de 4%. Jogar com a órtese apenas adia a operação, porque há uma grande instabilidade na articulação do ombro”, disse.

Em 2020, o goleiro Alisson Becker, da Seleção Brasileira, sofreu uma luxação no ombro durante um treino. A equipe médica optou por fisioterapia intensiva e protocolos conservadores, evitando a cirurgia e garantindo retorno seguro aos gramados.

O lateral Marcelo, ex-Real Madrid, também enfrentou problemas recorrentes no ombro e cotovelo durante a carreira. Tratado com fortalecimento muscular, mobilização articular e controle de carga, conseguiu manter o desempenho esportivo sem necessidade de intervenção cirúrgica.

“Existe uma falsa impressão de que as lesões tratadas cirurgicamente têm um tempo de retorno mais curto do que as tratadas de forma conservadora. Embora isso seja verdade em alguns casos, para muitas lesões, o tratamento não cirúrgico pode oferecer um tempo de retorno menor ao esporte, além de reduzir significativamente o risco de complicações”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo, Dr. Marcelo Campos. “Por isso, ao sofrer uma lesão, é fundamental procurar um especialista, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo, para orientações mais precisas e adequadas”, completa.

A cirurgia se faz necessária apenas em casos bem definidos, como rupturas completas de tendões, instabilidade recorrente ou falha do tratamento conservador após meses de reabilitação.

“A cirurgia tem seu lugar, mas não deve ser a primeira opção. Avaliamos critérios clínicos e funcionais antes de decidir. Muitas vezes, com acompanhamento multidisciplinar, o paciente recupera-se completamente sem operar”, reforça.

Essas abordagens são utilizadas tanto em atletas quanto em pacientes comuns, com resultados eficazes na redução da dor, melhora da mobilidade e retorno seguro às atividades.

 

Impacto na vida cotidiana

Além de atletas, lesões no ombro afetam também trabalhadores, idosos e praticantes de atividades físicas. Com diagnóstico precoce e conduta conservadora, é possível evitar agravamentos e cirurgias desnecessárias.

“Se tratado no início, o problema pode ser resolvido sem cortes, internação ou afastamento prolongado. A decisão pelo tipo de tratamento deve ser feita com critério técnico e não por pressa ou pressão externa”, conclui.

 

Prevenção

Lesões no ombro são comuns em esportes que exigem movimentos repetitivos ou de alto impacto, como futebol, tênis, natação e levantamento de peso. Para preveni-las, é essencial manter um bom condicionamento físico, com ênfase no fortalecimento dos músculos que estabilizam essas articulações. O alongamento antes e depois das atividades ajuda a manter a flexibilidade e reduzir o risco de lesões.

Além disso, a técnica correta nos movimentos esportivos e o uso de equipamentos adequados são fundamentais para evitar sobrecarga e traumas.

 

Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC)

A Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo é uma associação científica de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída por médicos interessados no estudo das afecções ortopédico-traumáticas das articulações do ombro e cotovelo.

Com 36 anos de existência, a SBCOC atua no incentivo e aperfeiçoamento e difusão dos estudos, conhecimentos, pesquisas e prática de cirurgia de ombro e cotovelo, provendo condições de atualização permanente dos médicos por meio de ensino, pesquisa e educação continuada.

 

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Terceiro Setor

Projeto SOS AVC Valinhos destaca a importância da reabilitação após AVC

Ana Claudia Scavitti – coordenadora do Projeto SOS AVC Valinhos

A reabilitação pós-AVC é fundamental para a recuperação de pacientes e para a melhoria da qualidade de vida. A afirmação é de Ana Cláudia Scavitti, coordenadora do Projeto SOS AVC Valinhos, que atua no apoio a vítimas de Acidente Vascular Cerebral na cidade.

O projeto, criado por Paulo Sérgio Paschoal e sediado no Casarão FEAV, no bairro Bom Retiro, busca levar informação à população sobre prevenção e tratamento do AVC. Atualmente, Ana Cláudia está focada na divulgação das atividades e na mobilização de novos parceiros e voluntários para fortalecer os atendimentos.

“Cada um de nós é responsável pela própria saúde. É fundamental adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, boa qualidade de sono, controle do estresse, prática de exercícios físicos e acompanhamento médico regular”, destaca a coordenadora.


Além da prevenção, o SOS AVC Valinhos enfatiza a necessidade da reabilitação para pacientes que já sofreram um AVC. Ana Cláudia lembra que o principal objetivo dessa fase é ajudar as pessoas a recuperar habilidades comprometidas, conquistar mais autonomia e melhorar sua qualidade de vida.

O processo de reabilitação envolve diferentes abordagens e requer uma equipe multidisciplinar.
Interessados em conhecer o projeto ou participar como voluntários podem entrar em contato pelo telefone ou WhatsApp (19) 99606-7974 ou acessar o site www.sosavcvalinhos.com.br.

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Economia

INSS faz mutirão de avaliação para reabilitação profissional

Não haverá agendamento. Equipes entrarão em contato com segurados

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fará uma semana de mutirão de reabilitação profissional a partir desta segunda-feira (11). As equipes das superintendências regionais do INSS farão o contato com os segurados que estão na fila para o atendimento, portanto, não haverá agendamento.

Hoje, 37 mil segurados estão na fila para avaliação socioprofissional nas seis superintendências regionais do INSS. Para o mutirão, foram disponibilizadas 4.773 vagas, sendo 580 em São Paulo; 1.530 em Minas Gerais; 88 no Rio de Janeiro; 630 em Santa Catarina; 1.265 em Pernambuco; e 680 no Distrito Federal.

Após a avaliação inicial, serão atendidos os segurados considerados aptos ao programa de reabilitação profissional. O serviço envolve atendimento com vários especialistas do INSS como terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogos, sociólogos, pedagogos e assistentes sociais.

Entenda o serviço

Os encaminhamentos à reabilitação profissional do INSS podem ocorrer por meio da perícia médica, por requerimento espontâneo e, em último caso, pela Justiça Federal.

Na perícia médica, o segurado afastado por incapacidade temporária – seja doença ou acidente – é avaliado e, se for constatada a provável impossibilidade de retorno às atividades profissionais habituais de forma permanente, ele é encaminhado para as avaliações pericial e socioprofissional.

A depender da situação, o cidadão poderá ser encaminhado para treinamentos, cursos profissionalizantes e aprendizados para requalificação em uma atividade profissional compatível com sua atual capacidade de trabalho.

Durante o programa de reabilitação, o segurado continua recebendo o benefício por incapacidade temporária. Concluído o processo e com resultado positivo, ele retorna ao mercado de trabalho em sua atividade originária ou em outra compatível com suas condições atuais. Em caso negativo, caso a reabilitação não seja possível, ocorre a aposentadoria por invalidez.

Em comunicado, o INSS destacou que o serviço de reabilitação profissional é um programa e não se trata de um atendimento isolado. “Há uma sequência de providências em inúmeras etapas, por isso existem critérios para o segurado ser considerado elegível e possa, então, ser acompanhado por um profissional que irá conduzi-lo em todas estas etapas nas formas previstas em normativas do INSS”, explicou.

Ainda de acordo com o órgão, “diante da complexidade do processo de recuperação de um trabalhador e dos inúmeros custos que envolvem tantas atividades e tantos profissionais”, o INSS tem acordos de cooperação técnica e convênios com entidades e empresas privadas para reabilitação física dos beneficiários que são elegíveis ao programa.

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