Massa de ar quente e seco mantém temperaturas elevadas e qualidade do ar prejudicada na Região Metropolitana de Campinas; frente fria trará breve alívio com aumento da umidade e queda leve nas temperaturas
O tempo na Região Metropolitana de Campinas (RMC) até o final da tarde desta quinta-feira, dia 5, deve permanecer sob a influência da intensa e ampla massa de ar quente e seco que atua sobre uma vasta área do país, de acordo com Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (CEPAGRI/UNICAMP).
O dia será céu claro, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas, com mínima de 20ºC e máxima de 36°C. A umidade relativa do ar mínima hoje segue baixa na região, com valores entre 15 e 20%.
A passagem de uma frente fria pelo litoral, entre a tarde de hoje e nesta sexta-feira, dia 6, deve ter impactos muito pequenos na região, mas deverá atenuar brevemente a situação de “calorão”, tempo excessivamente seco e ar poluído. A partir do final da tarde da sexta-feira, os ventos ganham intensidade e passam a soprar de sudeste, com origem no oceano, o que resulta no aumento na umidade relativa, na presença de algumas nuvens, e também transportando um ar ligeiramente mais fresco, que proporciona uma pequena e breve queda nas temperaturas e uma renovação do ar.
A previsão para a sexta-feira é de céu parcialmente nublado pela manhã, passando à céu claro a partir da tarde. Ventos moderados a fortes são esperados durante toda a madrugada e manhã, perdendo intensidade ao longo da tarde. Esses ventos favorecem a dispersão dos poluentes atmosféricos e proporcionam a entrada de umidade do oceano, aliviando um pouco o tempo excessivamente seco, e temperaturas ligeiramente mais amenas.
Ao final da tarde, a entrada do ar ligeiramente mais ameno resulta em temperatura em torno de 18°C. A sexta-feira deverá ser de nebulosidade variando entre predomínio de sol e céu parcialmente nublado, e temperaturas entre 16 e 31°C. A umidade relativa do ar deve ficar em torno de 30% nesta sexta-feira.
Essa condição de baixa umidade, aliada à qualidade do ar moderada a ruim na região (segundo critérios do “Índice de qualidade do ar” monitorados pela CETESB), poderá prejudicar a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com comorbidades cardíacas e respiratórias, mas também da população geral.
Além disso, somando a baixa umidade relativa do ar e a maior concentração de poluentes ao aumento das temperaturas (conforme aviso meteorológico de “Onda de Calor” do Instituto Nacional de Meteorologia), é imprescindível manter-se atento à saúde, garantindo hidratação regular e constante (dando preferência à água e bebidas geladas e naturais, e evitando o consumo de bebidas alcoólicas, que causam desidratação), umidificação de ambientes e uso de soluções fisiológicas adequadas ao nariz e olhos, evitar a prática de exercícios físicos ou atividades que demandem grande esforço físico nas horas mais quentes do dia, e dar preferência à sombra e locais bem ventilados ou com ar-condicionado. Sintomas persistentes, atípicos e/ou mais graves podem exigir atenção médica.