PREVENÇÃO

Saúde

Março Lilás alerta para a prevenção do câncer de colo de útero

A campanha Março Lilás busca conscientizar a população sobre a prevenção do câncer de colo do útero, um dos tumores mais recorrentes entre as mulheres que é facilmente identificável no exame preventivo e que quando diagnosticado na fase inicial, através do exame preventivo Papanicolau, um exame simples e muito eficiente, tem altas chances de cura.

A principal causa do câncer do colo de útero são as infecções persistentes por alguns tipos do Papiloma Vírus Humano (HPV). Sendo assim, a vacinação de mulheres adolescentes contra o HPV pode prevenir cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

O imunizante está disponível nas UBSs para meninos e meninas de 9 a 14 anos, além de homens e mulheres imunossuprimidos com até 45 anos. A vacina protege contra os tipos mais perigosos do vírus, incluindo os subtipos 16 e 18, que estão associados ao desenvolvimento de cânceres, e os subtipos 6 e 11, causadores de verrugas genitais.

 

Além disso, uso de preservativos internos e externos, também é recomendado para complementar a prevenção contra o HPV.

Também é fundamental que as mulheres mantenham uma rotina de acompanhamento ginecológico, especialmente a partir dos 25 anos, quando o risco de desenvolvimento do câncer cervical, como também é chamado o câncer de colo do útero, começa a aparecer com mais frequência.

Dados do Ministério da Saúde estimam que serão diagnosticados até 17 mil novos casos da doença até 2025 e indicam que cerca de seis mil brasileiras morrem todos os anos em decorrência da doença.

Serviço
PSC Saúde Valinhos – Assistência Médica
ANS Nº 41.995-8
Av. Onze de Agosto, 1451 – 6º andar – Edifício Ellopar
(19) 3829.6699

COMPARTILHE NAS REDES

Saúde

Entidades médicas pedem faixa etária maior para mamografia de rastreio

© Rodrigo Nunes/MS
Elas defendem exame para todas as mulheres entre 40 e 74 anos
Tâmara Freire – Repórter da Agência Brasil
Entidades médicas apresentaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um parecer defendendo a mamografia de rastreio para todas as mulheres entre 40 e 74 anos. O documento tenta mudar o critério a ser usado pela ANS para certificar planos de saúde em seu novo programa de valorização às boas práticas no tratamento do câncer.

Em dezembro do ano passado, a Agência lançou uma consulta pública para receber contribuições sobre o programa, e divulgou a cartilha preliminar com orientações e critérios para os planos de saúde que desejarem obter a certificação. Mas acabou sendo alvo de protestos.

Um dos principais critérios é a realização de rastreamento organizado, ou seja, a convocação das usuárias para realizarem exames regularmente, mesmo sem sintomas. No caso do câncer de mama, a cartilha seguiu o protocolo do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca): mamografias a cada dois anos para as mulheres com idades entre 50 e 69 anos.

Mas para as entidades médicas, essa faixa etária exclui uma parcela importante da população. Após os protestos, a ANS concedeu um prazo de um mês para que as organizações apresentassem um parecer com evidências científicas, o que foi feito na semana passada.

Aumento de casos

Elaborado em conjunto pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Sociedade Brasileira de Mastologia e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o parecer argumenta que em 2024, 22% das mulheres que morreram por câncer de mama no Brasil tinham menos de 50 anos, e 34% tinham mais de 70.

Os estudos reunidos no documento também apontam que houve crescimento de casos de câncer em mulheres mais jovens, e que esses tumores geralmente são mais agressivos e tem mais risco de metástase.

Para as entidades médicas, a mamografia deve incluir essas pessoas, porque o diagnóstico de câncer em pessoas assintomáticas, a partir de exames de imagem, demanda tratamentos que impactam menos a qualidade de vida da paciente, e tem menos risco de recidivas, metástases e mortalidade.

“No grupo do rastreamento, o tumor é detectado no estágio inicial e apresenta características biológicas menos agressivas, permitindo maior número de cirurgias conservadoras da mama. Essas pacientes também possuem menos indicação de quimioterapia, consequentemente com menores efeitos colaterais do tratamento” diz o parecer.

E as entidades complementam: “o diagnóstico precoce também é custo-efetivo e se associa a benefícios econômicos, porque reduz os custos do tratamento, ao evitar terapias caras para cânceres em estágios avançados”.

Efetividade

Mas de acordo com o diretor-geral do Inca, Roberto Gil, não há discussão sobre os benefícios do diagnóstico precoce, mas sim sobre a efetividade de aumentar a idade dos exames de rastreamento, que devem ser feitos por todas as mulheres, quando não há sintomas ou suspeita.

“Nossa questão não está baseada na incidência da doença abaixo dos 50 anos, mas nas fortes evidências de que o rastreamento abaixo de 50 anos não tem sensibilidade, aumentando o risco de sobrediagnóstico e de maior número de intervenções, sobrecarregando todo o sistema de Saúde”, afirmou Gil na quinta-feira, dia 27.

Em entrevista anterior à Agência Brasil, Gil enfatizou: “A informação científica que temos hoje não é da opinião de um especialista, é da literatura médica, avaliada com o nível de evidência 1, meta-análise e estudo randomizado, que é o maior nível de evidência que se tem. Grande parte dos trabalhos não conseguiu mostrar nenhum aumento de sobrevida na faixa dos 40 aos 50 anos. Só houve aumento de sobrevida na faixa de 50 a 69 anos.”

De acordo com ele, isso se explica pela maior densidade da mama de mulheres mais jovens, o que aumenta as chances de um resultado falso positivo, que precisará ser descartado por exames adicionais, ou até por cirurgias desnecessárias.

<<Cerca de 77 mil mulheres aguardam mamografia pelo SUS

Cobertura

Brasília (DF), 01/10/2024 - Teste de mamografia realizado na Campanha Outubro Rosa: Sesc-DF, que oferece exames e consultas gratuitas às mulheres. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Teste de mamografia realizado na Campanha Outubro Rosa: Sesc-DF. Foto: José Cruz/Agência Brasil – José Cruz/Agência Brasil

Mas tanto o Inca quanto as entidades médicas defendem o rastreamento organizado, apontado como um dos principais responsáveis pela queda nos casos de câncer em alguns países desenvolvidos.

No Brasil, a cobertura da mamografia ainda é um desafio. A última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, mostrou que menos de 60% das mulheres de 50 a 69 anos tinham feito mamografia há menos de dois anos da data da entrevista.

Para Roberto Gil, esse é mais um argumento contra o aumento da faixa etária, porque a inclusão de mais pacientes pode dificultar o acesso das mulheres que já estão cobertas pelo protocolo: “Se eu estivesse fazendo um salto em altura, eu botei o meu sarrafo em 2 metros e não estou conseguindo pular. A minha próxima medida vai ser tentar melhorar e treinar muito para pular os 2 metros, ou elevar o sarrafo para 2,50?”

Mas as sociedades médicas temem que, se o protocolo do Inca for mantido como critério pelo programa de acreditação da ANS, os planos de saúde passem a negar exames de rotina em pacientes fora da faixa etária, ainda que eles estejam cobertos pelo rol obrigatório.

O parecer ressalta que o cenário do rastreamento é melhor na rede privada, onde “53% dos tumores são detectados pela mamografia, em pacientes assintomáticas, e 40,6% são diagnosticados no estágio I (menos agressivo)”, logo não há risco de prejuízo para as usuárias que já têm indicação, caso mais mulheres sejam incluídas.

A ANS informou que recebeu o documento no dia 26 de fevereiro. “Neste momento, a proposta do Manual de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica passa pela análise das mais de 60 mil contribuições recebidas durante a Consulta Pública 144, sem previsão de conclusão”, disse a ANS em nota.

A agência complementou que as análises vão embasar a proposta final de Certificação Oncológica, que será objeto de nova audiência pública.

COMPARTILHE NAS REDES

Saúde

Especialista alerta para prevenção de DSTs no período de Carnaval

O Carnaval é um período de celebração e alegria, mas que exige uma atenção redobrada com a saúde. Isso porque o aumento nas interações sociais e nos comportamentos de risco, como relações sexuais desprotegidas, podem contribuir para a disseminação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), especialmente a sífilis e o HIV. Um levantamento realizado pelo laboratório DMS Burnier apontou que, em fevereiro do ano passado, foram realizados 19,92% de testes de sífilis e 28,69% de HIV a mais do que neste ano, até o momento. Já em janeiro, em comparação ao ano de 2024, houve um aumento na procura pelos exames, de 23,73% para sífilis e 8,52% para HIV.

“O aumento na procura por testes em janeiro, comparado com 2024, pode ser atribuído à intensificação de campanhas ao longo do ano e à maior conscientização dos médicos não-infectologistas sobre a relevância da testagem na rotina, já que no início do ano, muitos pacientes aproveitam o período de férias para realizar um check-up. Os números de fevereiro, apesar de serem inferiores aos do ano passado, chamam atenção pelo fato do Carnaval de 2024 ter ocorrido no início de fevereiro, enquanto neste ano será no fim do mês. Como os dados de fevereiro ainda não foram totalmente apurados, é esperado um aumento na testagem, especialmente com a proximidade da folia”, explica a infectologista do laboratório DMS Burnier, Maria Kassab.

A especialista ainda ressalta que ambas as doenças podem ser assintomáticas em seus estágios iniciais e que a realização do teste antes da folia permite que a pessoa tenha conhecimento de sua condição de saúde e possa tomar medidas preventivas, como o uso de preservativos ou outras modalidades de prevenção, como a PrEP (profilaxia pré-exposição), a PEP (profilaxia pós-exposição). Já o teste após o Carnaval, especialmente para aqueles que se envolveram em relações sexuais desprotegidas, é fundamental para identificar precocemente uma possível infecção e iniciar o tratamento o mais rápido possível, evitando complicações e a disseminação da doença.

 

Sífilis

 A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida por relações sexuais (vaginal, anal, oral), contato com feridas infecciosas e de mãe para filho durante a gravidez ou parto. Os sintomas incluem feridas indolores nos órgãos genitais, boca ou ânus na fase primária, manchas na pele, febre e dor de garganta na fase secundária, e problemas cardíacos, neurológicos e em outros órgãos na fase terciária, se não tratada. O tratamento é feito com antibióticos, principalmente penicilina benzatina. A prevenção inclui o uso de preservativo, testagem regular e tratamento de parceiros(as).

 

HIV

 Já o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é transmitido por relações sexuais (vaginal, anal, oral), compartilhamento de agulhas/seringas e de mãe para filho. Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e ínguas inchadas. Posteriormente, podem surgir infecções oportunistas e doenças graves, caracterizando a AIDS. O tratamento é feito com antirretrovirais (TARV), que controlam o vírus e impedem sua progressão, mas não há cura. A prevenção inclui o uso de preservativo, PrEP, PEP e testagem regular.

 

COMPARTILHE NAS REDES

RMC

Americana realiza campanha de conscientização no trânsito durante o Carnaval

Fotos: Marilia Pierre / Rafael Siviero

 

A Prefeitura de Americana, por meio da Unidade de Transportes e Sistema Viário (Utransv) da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Sosu), deu inicio nesta quinta-feira, dia 27, a campanha “Curta o Carnaval, mas não se acabe na avenida”, com ações de conscientização sobre os perigos que a combinação de álcool e direção podem provocar no trânsito, além de dicas para aproveitar as festas com segurança. A iniciativa tem apoio da Guarda Municipal de Americana (GAMA).

O objetivo da campanha é apresentar as opções seguras de transporte e evitar que os foliões dirijam em caso de consumo de bebida alcoólica. Até a próxima quarta-feira (5), dois pontos da cidade terão simulações de acidente de trânsito: o cruzamento da Avenida Antônio Pinto Duarte com a Avenida da Saúde, na região do bairro Campo Limpo, e o cruzamento da Avenida Comendador Thomaz Fortunato com a Avenida Alcindo Dell’Agnese, na região da Praia dos Namorados.

No ponto da Avenida Antônio Pinto Duarte, as equipes da Utransv vão realizar também uma panfletagem para conscientização dos motoristas, nesta sexta-feira (28), das 9h às 11h. As dicas de trânsito serão divulgadas no site e nas redes sociais da Prefeitura.

“A segurança no trânsito deve ser uma prioridade para todos, principalmente em períodos festivos. Nossa campanha busca conscientizar os foliões sobre os riscos da combinação de álcool e direção e reforçar a importância de escolher alternativas seguras na hora de para voltar para casa. Temos sempre que tomar muito cuidado para não colocar a vida de ninguém em risco. Contamos com a colaboração de todos para um Carnaval seguro em nossa cidade”, disse o secretário adjunto de Trânsito, Marcelo Giongo.

O Carnaval em Americana começa neste sábado (1) e domingo (2) com o CarnaPraia 2025, na Orla da Praia dos Namorados. Já na segunda (3) e terça-feira (4), é a vez do Carnaval Tô Pela Rua – Festival de Cultura Popular de Americana, com concentração na Praça Comendador Müller.

Dicas de opções seguras para voltar para casa no Carnaval:

– Motorista da vez: combine antes quem da galera não vai beber

– Carona: chame um amigo ou familiar para dar aquela forcinha

– Transporte por aplicativo ou táxi: segurança sempre em primeiro lugar

Texto: Rafael Siviero (MTb 88.159)

COMPARTILHE NAS REDES

Saúde

Atendimentos a pacientes com colesterol alto crescem 41% no SUS de SP

Desequilíbrio aumenta os riscos de doenças cardiovasculares como AVC, alerta Secretaria de Estado da Saúde

O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado nesta quinta-feira (8), é uma data que serve de alerta para a prevenção de doenças associadas às taxas desequilibradas no sangue. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), o estado registrou 827 atendimentos ambulatoriais pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a pacientes com colesterol alto de janeiro a maio deste ano, e 586 no mesmo período de 2023, representando um aumento de 41%. Somente no ano passado, 41.465.940 comprimidos de medicamentos foram dispensados durante todo o ano passado, para tratamento de hipercolesterolemia.

Embora seja visto como prejudicial para o corpo humano, o colesterol apresenta uma função primordial atuando na formação de hormônios como testosterona e estrogênio, além de ácidos biliares, fundamentais na digestão da gordura dos alimentos. A condição é detectada em exames de sangue, por isso a necessidade do monitoramento constante, tendo em vista que a doença é silenciosa e não apresenta sintomas.

A substância pode ser medida de algumas formas no organismo, como o HDL, conhecido por “colesterol bom”, e o LDL, considerado o “colesterol ruim”. Este último, quando em altas taxas provoca alterações no sistema vascular, aumentando as chances do desenvolvimento de doenças como o acidente vascular cerebral (AVC), demência, derrame cerebral e infarto.

O desenvolvimento do colesterol ruim está associado a questões como alimentação rica em gorduras saturadas, excesso de peso, diabetes, tabagismo, sedentarismo e estresse. O cardiologista, Carlos Eduardo Vilhena Favato, do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (HGIS), explica que o fator hereditário também influencia, portanto indivíduos com predisposição genética devem ter cuidado redobrado.

“A genética pode estar relacionada ao colesterol, mas na grande maioria dos casos, o desenvolvimento da doença está associado à ingestão alimentar errada, ausência de exercícios físicos e obesidade. Com a alimentação, por exemplo, é importante se atentar a alimentos com gordura trans, encontrada na margarina, e demais alimentos industrializados como salgadinhos”, alerta o especialista.

Tratamento

O colesterol alto pode ser revertido por meio de mudanças no estilo de vida que envolvem alterações na dieta, prática de exercício físico e em alguns casos, medicação, que precisa ser acompanhada de hábitos saudáveis.

O médico destaca ainda que o controle do colesterol ajuda no controle do desenvolvimento de placas de aterosclerose e ajuda na diminuição de risco de eventos cardiovasculares.

Confira algumas dicas para manter o colesterol bom:

– Consumir frutas e vegetais;
– Consumir alimentos ricos em fibra como aveia, grão de bico e maçã;
– Priorizar carnes magras como frango e peixe;
– Limitar o consumo de queijos amarelos, margarina, embutidos, açúcar e carnes vermelha;
– Evitar frituras;
– Manter o peso adequado;
– Evitar o tabagismo;
– Praticar exercícios físicos.

COMPARTILHE NAS REDES

Saúde

Sociedade médica alerta para risco de acidentes com as mãos

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Entre 2022 e 2023 houve aumento de 8,4% no número de acidentes

Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

O mês de julho é marcado pelo Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho e a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão está aproveitando a data para alertar a sociedade para os riscos de acidentes com as mãos, membros que são frequentemente atingidos, devido à constante exposição durante diversas atividades laborais que envolvem o manuseio de ferramentas, operação de máquinas, manipulação de materiais e outros tipos de tarefas.

Segundo dados do Ministério da Previdência Social, em 2023 foram concedidos 27.477 benefícios acidentários, por incapacidade temporária e permanente, envolvendo fraturas, amputações, ferimentos, traumatismo superficial, lesão por esmagamento e trauma de nervos, todos relacionados à mão e ao punho. Esse número representa um aumento de 8,4% em relação ao registrado em 2022.

“São raros os ofícios onde você não usa a mão e nós falamos que a cabeça pensa e a mão executa. Por isso a mão é nosso objeto de trabalho, de ataque e de defesa, porque se caímos é a mão que vai à frente, se alguém tenta jogar algo no nosso rosto, colocamos a mão na frente. É a mão que leva sempre a sua peça numa linha de montagem. Assim a mão é muito exposta e devido a isso é muito traumatizada. E a falta de equipamento adequado, desrespeito às normas de segurança e a falta de proteção no manuseio de máquinas podem causar acidentes graves que vão de cortes e fraturas, até amputações”, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Antonio Carlos da Costa.

Segundo Costa, o acidente de trabalho que atinge as mãos provoca limitações significativas e, dependendo da gravidade, pode resultar em lesões irreversíveis e incapacitantes para o trabalho e atividades diárias. Por isso, é essencial que o uso de luvas e outros itens de segurança integrem a rotina de trabalho, para proteger as mãos. “Mas há uma tendência nos últimos anos de diminuição, porque já há máquinas muito mais protegidas, com dispositivos que percebem as mãos em áreas inseguras e assim param a máquina”, disse o médico, enfatizando que há

O especialista destaca ainda que atualmente a legislação está mais rígida com relação à proteção do trabalhador e ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), entretanto muitos trabalhadores ainda correm riscos e muitos acidentes ainda ocorrem. “O trabalhador tem que ter a consciência de que precisa tomar muito cuidado com as mãos e não podem perder a atenção por um segundo sequer. Muitas vezes a pessoa trabalhou o dia inteiro super ligado e no final do expediente ele perde um pouquinho a atenção e é nesse momento em que acontece o acidente. Isso leva frações de segundo e as consequências duram o resto da vida”, alertou.

Primeiros socorros

Em casos de acidentes envolvendo as mãos, é necessário conter a hemorragia. “Se houver um objeto cravado no corte, não o retire. Eleve o membro para reduzir o sangramento e, com uma compressa de gaze, contenha o fluxo de sangue. É imprescindível que um médico avalie o corte e faça os procedimentos adequados imediatamente”, destaca o especialista.

Em caso de fratura, é preciso alinhar o membro e imobilizá-lo de alguma maneira, evitando deformidades. “Já em situações de esmagamento, lave com água corrente e cubra com panos limpos. Em ambos os casos, é fundamental procurar um especialista em cirurgia da mão, pois o atendimento inadequado pode resultar na incapacidade funcional do trabalhador”, afirma.

Se ocorrer amputação, o especialista orienta comprimir o local com panos limpos e envolver o membro amputado em gaze estéril, colocando-o em um saco plástico limpo. “Coloque o saco dentro de um recipiente com água e gelo e vá imediatamente ao hospital”, alerta.

COMPARTILHE NAS REDES

Valinhos

Prefeitura promove ações preventivas na Operação Estiagem 2024

Campanha iniciou no dia 1º de maio

A Defesa Civil, vinculada à Secretaria de Segurança Pública e Cidadania da Prefeitura de Valinhos, promove algumas ações preventivas na Operação Estiagem 2024, que se estende até dia 30 de setembro. Entre as ações a divulgação do trabalho realizado por carro de som, palestras e oficinas aos profissionais.

“As ações estão previstas no plano elaborado para a contenção de queimações, típicas neste período de seca”, explicou o secretário de Segurança Pública e Cidadania, Argeu Alencar da Silva. Segundo ele, a divulgação da campanha de estiagem será intensificada a partir do dia 17 (segunda-feira), com a circulação do carro de som nos bairros.

No dia 29 terá um curso de Brigada de Incêndio, ainda a ser definido o local e horário. “A Defesa Civil e Corpo de Bombeiros irão ministrar a oficina visando à contenção e/ou diminuição dos focos de queimadas na cidade”, adiantou o secretário.

Também estão previstas algumas palestras nas escolas da zona rural de Valinhos. “O plano prevê o envolvimento de vários atores sociais, levando informações para que todos possam ser multiplicadores”, acrescentou.

Estiagem

A Operação Estiagem 2024 foi deflagrada pelo Decreto nº 12.073, de 22 de abril deste ano. As ações compreendem entre os dias 1º de maio e 30 de setembro, tendo em vista a incidência de baixa umidade do ar, de quedas bruscas de temperatura e de estiagem que ocorrem no período.

 

COMPARTILHE NAS REDES

Saúde

Taxas de suicídio e de autolesão de crianças e jovens aumentam no Brasil  

Estudo feito pela Fiocruz Bahia aponta que o aumento de casos foi mais significativo entre jovens de 10 a 24 anos; casos de automutilação aumentaram mais de 20%

 

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Na contramão da tendência global de queda no número de suicídios, o Brasil registrou o aumento de 3,7% nas taxas de suicídio e de 21% nos casos de automutilação entre os anos de 2011 e 2022. Apesar de o problema ser mais comum em idosos, o aumento foi mais significativo entre os jovens de 10 a 24 anos: houve o crescimento de 6% nas taxas de suicídio e de 29% nas taxas de autolesão no período analisado. Enquanto a redução global de casos foi de 36%, nas Américas o aumento foi de 17%.

A constatação é de um amplo estudo realizado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (Cidacs), da Fiocuz Bahia, em colaboração com pesquisadores de Harvard, nos Estados Unidos. Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram mais de 1 milhão de dados disponíveis em três bases públicas: o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os resultados foram publicados no The Lancet Regional Health – Americas.

De acordo com a psicóloga Flávia Jôse Alves, pesquisadora do Cidacs responsável pelo estudo, esse trabalho é parte do escopo de uma pesquisa maior, que avalia informações de saúde mental como um todo. “As taxas de suicídio têm decrescido globalmente, mas no Brasil e na América Latina têm aumentado. Queríamos tentar entender como isso vem acontecendo e resolvemos cruzar as informações das três bases de dados públicas, que são totalmente independentes e não se conversam”, explicou.

Após a análise estatística, um dos dados que chamou a atenção da pesquisadora é que os índices de suicídio registrados no período têm mantido um crescimento constante e não houve um aumento ou pico considerável durante a pandemia de Covid-19, ao contrário do que seria esperado por causa do aumento de casos envolvendo problemas de saúde mental. “O registro de suicídios permaneceu com uma tendência persistente ao longo do tempo”, disse.

Outro dado que chamou a atenção é que houve o aumento de registros em todos os grupos (indígenas, pardos, asiáticos, negros e brancos), mas o número de notificações e de óbitos foi maior entre os indígenas e, entre eles, houve menor taxa de hospitalizações. Na avaliação da pesquisadora, isso sugere que há a falta de acesso aos serviços de urgência e emergência, o que poderia atrasar as intervenções.

 

Por que aumento entre os jovens? 

Em relação ao aumento de casos em pessoas cada vez mais jovens, Alves disse que a pesquisa não avaliou os motivos, mas ela elenca algumas hipóteses que poderiam explicar: entre elas estão fatores socioeconômicos, que impactam diretamente o acesso aos cuidados básicos de saúde, especialmente a saúde mental – isso inclui desde a falta de médicos especialistas na rede até a resistência em procurar ajuda quando o problema envolve saúde mental. Além disso, o isolamento social também é um fator que preocupa.

O psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein, concorda e ressalta que a falta de acesso ao médico especialista é um problema sério. “Ainda há um déficit de psiquiatras em muitas regiões do Brasil e, tirando as capitais e os grandes centros, há uma enorme escassez de especialistas, o que dificulta a adequada condução dos casos para que eles não evoluam para um grande sofrimento psíquico e, consequentemente, o suicídio”, avaliou.

Kanomata destacou ainda que o aumento mais expressivo dos casos na faixa etária mais jovem é algo que tem sido observado rotineiramente por colegas que trabalham com saúde mental. “São gerações mais atuais, muito diferentes das anteriores. São jovens que tiveram acesso a recursos, informações, educação, mas possuem um perfil mais imediatista. Eles tendem a ter um menor limiar, uma baixa tolerância à frustração, e esse também pode ser um dos motivos”, sugeriu o médico.

Além disso, Kanomata lembra de outros fatores de risco que podem ter aumentado ao longo do tempo – entre eles os níveis de estresse e as autodemandas dos tempos atuais. “Antigamente não se falava em burnout e hoje ele é um transtorno reconhecido pela Organização Mundial da Saúde no CID 11. Estamos vivendo um momento em que talvez essas atuais gerações não estejam conseguindo lidar com o aumento do estresse”, opina.

 

Aumento das autolesões 

O número expressivo de registros de autolesões entre os jovens também chamou a atenção no estudo. Segundo Kanomata, esse comportamento era incomum décadas atrás, mas hoje é muito mais frequente de ser visto em qualquer nível de atendimento médico – tanto ambulatorial quanto emergencial, e até nas internações.

“Esse resultado nos chama a atenção porque ele pode refletir a questão de esse jovem querer copiar o comportamento do outro. Temos conhecimento de vídeos em redes sociais de pessoas que falam de automutilação e isso provoca um efeito manada. Não significa necessariamente que aquele jovem tem um transtorno mental, mas ele copia o ato de se mutilar como uma forma de um alívio para algum sofrimento”, explicou o psiquiatra. 

Kanomata ressalta, no entanto, que a automutilação não necessariamente implica no suicídio. Os dois são comportamentos distintos e não é possível fazer uma ligação, afirmando que o aumento de casos de automutilação se refletiria no aumento de suicídios. De acordo com o psiquiatra do Einstein, no suicídio a pessoa tem a intenção de tirar a própria vida, mesmo que haja um mínimo de intencionalidade, enquanto na automutilação não há esse objetivo.

“A autolesão está muito mais vinculada a um tipo de comportamento, para aliviar um sofrimento psíquico e emocional represado, muitas vezes por estresses da vida. Após o ato, a pessoa se sente mais aliviada. É claro que, se uma pessoa está num nível de sofrimento a ponto de se machucar, isso pode aumentar o risco de essa pessoa ter um transtorno mental. E consequentemente, se não for tratado, agravar-se e a pessoa cogitar a tentativa de suicídio como uma solução. Mas não é possível fazer esse link direto”, ressaltou.

A pesquisadora Alves faz uma ressalva sobre dois fatores do estudo que podem interferir no resultado: o primeiro é que as três bases de dados utilizadas são independentes e, por isso, há o risco de existirem casos sobrepostos. Ela explica, por exemplo, que há o registro de um caso de autolesão e, mais para a frente, essa mesma pessoa é hospitalizada. Como os sistemas são independentes, quando essa pessoa foi internada foi gerado um novo registro no sistema de hospitalizações.

Outro fator que pode limitar os resultados é que, somente a partir de 2011, começou a surgir a notificação compulsória das autolesões no geral e, no período analisado, houve lembretes do governo ratificando a questão da notificação compulsória. Segundo Alves, como não havia registro nenhum anteriormente, é natural que houvesse o aumento de casos. Além disso, com o passar dos anos, o treinamento das equipes e mais informações sobre os sistemas, era esperado que também houvesse a tendência de aumento de registros.

Kanomata concorda com a ressalva, mas diz que apesar disso ainda pode haver a subnotificação de casos. “Há uma diferença entre ser obrigatório e de fato isso ser feito por todo o sistema de saúde. Isso não foi algo que tenha sido acatado e posto em prática de forma imediata e sistemática de 2011 em diante”, disse.

Para o psiquiatra, os resultados desse trabalho reforçam a necessidade de existirem políticas de saúde pública que possam minimizar o risco de suicídio – e uma forma seria aumentar a oferta de serviços com profissionais de saúde mental. “O acesso à saúde de forma geral não é homogêneo em todo o território brasileiro, e o acesso à saúde mental não é diferente. Uma alternativa seria a implementação de atendimentos em telemedicina, por exemplo, fazendo com que o especialista chegue às pequenas cidades, às regiões mais distantes, onde o atendimento presencial com o psiquiatra acaba não sendo possível”, disse.

 

Como identificar alguém em risco? 

O psiquiatra diz que muitas vezes é possível identificar sinais que indicam que uma pessoa está em sofrimento psíquico intenso, entre eles: um grau de humor mais entristecido, apatia, diminuição de interesses, falta de vontade, de energia, de disposição para realizar atividades básicas, prejuízos com o autocuidado, redução do contato social ou isolamento, alterações de apetite e de sono, discurso mais pessimista em relação à vida e ao futuro.

“São detalhes que, se aparecem de forma sustentada e se tornam constantes, merecem atenção, para que a pessoa procure profissionais da área da saúde mental, tanto psiquiatras quanto psicólogos”, finalizou o médico. 

 

Procure ajuda

Se você ou alguém que você conhece precisa de apoio emocional, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo telefone 188. A ligação é gratuita. Além disso, o site Mapa da Saúde Mental pode ser utilizado para encontrar um serviço mais próximo, trazendo informações sobre acolhimentos gratuitos ou de baixo custo.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece também a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que fazem o acolhimento para quem precisar.

Fonte: Agência Einstein

COMPARTILHE NAS REDES

Valinhos

Valinhos intensifica prevenção de acidentes com escorpião e orienta população

Cuidados dentro de casa são fundamentais; valinhenses também podem recorrer aos ecopontos para o descarte de materiais inservíveis

A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria da Saúde, pede a colaboração da população para evitar acidentes com escorpiões nesta época de altas temperaturas, quando o risco aumenta.

Dentro das residências, a recomendação é vedar ralos de chão e pias, além de frestas e vãos de portas e janelas que permitam a entrada desses animais.

O lixo doméstico deve ser acondicionados em sacos plásticos, com destino ao serviço de coleta, o que colabora com a diminuição das fontes de alimento dos escorpiões, como grilos, baratas, aranhas, entre outros animais peçonhentos.

É importante também verificar cuidadosamente os calçados, roupas, toalhas e roupas de cama antes de usá-los. Evitar o acúmulo de detritos, entulhos, folhas secas, gravetos e objetos que possam servir de abrigo para os escorpiões nos terrenos e quintais é imprescindível. Nos imóveis em obras, o ideal é remover ou mudar periodicamente os materiais de construção de lugar.

Vedar as fossas sépticas para evitar a passagem de baratas e escorpiões também é necessário.

“A Operação Cata-Bagulho, entre outras ações desenvolvidas pela Prefeitura são fundamentais para a prevenção, pois coíbe o descarte irregular de móveis, sucatas, eletrônicos volumosos e outros materiais que frequentemente abandonados em locais públicos. Mas o papel da população nesta luta, que é de todos nós, é insubstituível”, alerta o secretário de Saúde, João Gabriel Vieira.

ECOPONTOS

Valinhos possui também ecopontos para a destinação correta destes materiais. O Ecoponto 1, que fica à Rua João Bissoto Filho, n⁰ 2.245, no Bairro Ortizes (ao lado do Recanto dos Velhinhos).Já o Ecoponto 2 está localizado à Rua Antônio Cremasco, altura do n⁰ 165, Bairro Santa Gertrudes. O horário de funcionamento nos dois locais é de segunda a sábado, das 7h40 às 16h.

COMO AGIR EM CASO DE PICADAS

Ao ser picada, a pessoa deve limpar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e procurar imediatamente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h), a Unidade de Atendimento Pediátrico, Ginecológico e Obstétrico ou o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) do Hospital das Clínicas da Unicamp, referência para Valinhos. O endereço é Av. Vital Brasil 251, 2º andar, Bloco F3. Hospital das Clínicas Cidade Universitária, telefone (19) 3521-7573.

Em caso de acidente com crianças menores de 10 anos, é recomendado buscar diretamente a CIATox o mais rápido possível em virtude da possibilidade de quadros graves.

Além da dor local que aparece logo após a picada, seguida de ofegância, batimentos cardíacos aumentados, formigamento, aumento da temperatura, inchaço leve, vermelhidão, arrepio dos pelos e suor, podem ocorrer vômitos, sonolência, tremores e produção excessiva de saliva.

COMPARTILHE NAS REDES