PARIS 2024

Esportes

Brasil é prata no futebol feminino após revés contra EUA na final

© Alexandre Loureiro/COB/Direitos Reservados

Swanson marcou o único gol das norte-americanas no segundo tempo

Por Igor Santos – Repórter da EBC – Rio de Janeiro

No detalhe, os Estados Unidos mostraram eficiência e derrotaram o Brasil neste sábado, dia 10, por 1 a 0, no Parque dos Príncipes, para levar o ouro no futebol feminino na Olimpíada de Paris. Mallory Swanson fez o gol que deu a quinta medalha dourada às norte-americanas em Jogos Olímpicos. O Brasil, assim como em Atenas (2004) e Pequim (2008), termina com a prata em uma decisão contra os EUA. Na véspera, a Alemanha garantiu o bronze ao derrotar a Espanha.

Mantendo a fórmula que deu resultado com as surpreendentes classificações diante de França e Espanha, nas quartas e semifinais, respectivamente, o técnico Arthur Elias iniciou a partida com Marta no banco de reservas. A camisa 10, que esteve suspensa nas duas partidas anteriores, estava liberada para atuar.

No primeiro tempo, a seleção brasileira praticou o jogo que deu muitos frutos no mata-mata: forte marcação para recuperar a bola e ligação rápida com a parte ofensiva. Logo aos dois minutos, Ludmila recebeu na cara do gol mas chutou fraco nas mãos da goleira Naeher.

Mesmo tendo dificuldade em manter a posse de bola, o Brasil esteve sempre mais próximo do gol. Em uma das escapadas norte-americanas, Swanson avançou pela esquerda e chutou para defesa de Lorena, um dos destaques brasileiros durante toda a Olimpíada.

Duas jogadas contaram com intervenção do VAR desfavorável ao Brasil: um gol de Ludmila foi anulado por impedimento e uma jogada em que Adriana pediu pênalti foi considerada normal.

A seleção continuou criando principalmente pelas pontas com bolas lançadas na área. Em uma delas, Ludmila não conseguiu concluir a gol o cruzamento de Gabi Portilho. Em outro lance, a própria Portilho completou de primeira a bola que veio da direita, mas parou novamente em Naeher.

No segundo tempo, com as equipes sem mudanças, a estratégia brasileira não surtia efeito e as bolas longas não geravam perigo. Cometendo uma série de erros em saídas de bola, o Brasil acabou castigado aos onze minutos.

A bola foi lançada em profundidade e duas atletas norte-americanas apareceram livres em condição de finalizar. A camisa 11 Smith, que estava em posição de impedimento, correu para a bola e estava prestes a dominá-la quando viu a companheira Swanson melhor posicionada. Ela dominou e tocou na saída de Lorena. Após checagem do VAR, o lance foi considerado válido.

Logo na sequência, Marta foi a campo com a expectativa de alterar o panorama da partida. No entanto, o Brasil teve muitas dificuldades para criar chances e levar perigo de verdade ao gol norte-americano.

A melhor oportunidade veio nos acréscimos: Adriana apareceu livre dentro da área para finalizar de cabeça no contra-pé de Naeher, que fez ótima defesa com a mão direita. O Brasil seguiu tentando pressionar, mas não obteve o sucesso. Os Estados Unidos confirmaram o ouro com uma campanha de seis jogos e seis vitórias.

Pelo lado brasileiro, Marta se despede dos Jogos Olímpicos com mais uma prata. Ela era a única atleta do elenco brasileiro que participou das campanhas em Atenas e Pequim. Com 13 gols, ela encerra sua participação como segunda maior artilheira da história da competição, atrás apenas de Cristiane, que marcou 14.

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Esportes

Paris: Duda e Ana Patrícia levarão bandeira do Brasil no encerramento

© Luiza Moraes/COB/Direitos Reservados

Cerimônia no Stade de France começa a partir das 16h de domingo

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro

As campeãs olímpicas do vôlei de praia Duda Lisboa e Ana Patrícia serão as porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de encerramento dos Jogos de Paris, às 16h (horário de Brasília) de domingo (11), no Stade de France. As jogadoras foram anunciadas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) na tarde deste sábado, dia 10. Duda, sergipana de São Cristóvão, e a mineira Ana Patrícia, nascida em Espinosa, faturaram a medalha dourada na sexta (9), após 28 anos de jejum de ouros no vôlei de praia feminino. A dupla fez uma campanha invicta (sete triunfos seguidos) em Paris, coroada com vitória na final contra as canadenses Melissa e Brandie por 2 sets a 1 (26-24, 12-21, 15-10).

“Duda e Ana Patrícia representaram com excelência os principais valores olímpicos e nos encheram de orgulho. Quebraram um jejum de ouros para o Brasil no vôlei de praia que perdurava por 28 anos, desde o histórico título de Jackie Silva e Sandra Pires em Atlanta 1996. A bandeira brasileira está em excelentes mãos”, afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB.

Jackie e Sandra foram as primeiras a subir ao topo do pódio olímpico no vôlei feminino na edição de Atlanta, numa final 100% brasileira: elas venceram na final Adriana Samuel e Mônica. Nos Jogos seguintes, em Sidney (2000), o Brasil voltou a subir ao pódio, desta vez, com dobradinha de prata (Adriana Behar e Shelda) e bronze (Adriana Samuel e Sandra Pires). Foi na edição de Sidney quem Sandra Pires foi escolhida como porta-bandeira e tornou-se a primeira mulher a representar a delegação na cerimônia olímpica.

“O vôlei de praia é uma modalidade importantíssima para o esporte brasileiro, que frequentemente vai a pódios em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos há pelo menos três décadas. Esta escolha por Duda e Ana Patrícia se deve muito ao merecimento delas, e também uma homenagem a tantos atletas do passado que construíram essa história de sucesso”, acrescentou Rogério Sampaio, chefe da comissão brasileira em Paris e diretor-geral do COB.

Na abertura da Olimpíada em Paris no último dia 26 de julho, os porta-bandeiras brasileiros foram o canoísta Isaquias Queiroz – prata no C1 1.000m nesta edição dos Jogos – e a jogadora de rugby Raquel Kochhann.

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Esportes

CPB lança campanha para fomentar torcida por atletas paralímpicos

“Mais que vencedores: brasileiros” é lançada 20 dias antes dos Jogos

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou nesta quinta-feira, dia 8, a campanha de marketing “Mais que vencedores: brasileiros”, cujo objetivo é motivar a população a acompanhar os atletas brasileiros durante a realização da próxima edição dos Jogos Paralímpicos, que serão realizados em Paris (França) entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro.

Uma das peças da campanha é um vídeo, disponível na internet e que é estrelado pelo nadador mineiro Gabriel Araújo, pela halterofilista paulista Mariana D’Andrea, pelo velocista paranaense Vinícius Rodrigues e pela lançadora baiana Raíssa Machado.

“Os Jogos Paralímpicos chegaram e nosso intuito é engrossar o coro da torcida brasileira não somente pelos atletas que estarão lá em Paris competindo com nossas cores, mas também aumentar a consciência da população em relação à inclusão por intermédio do esporte”, declarou o presidente do CPB, Mizael Conrado.

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Esportes

Edival Pontes conquista bronze para o Brasil no taekwondo

© REUTERS/Albert Gea/Proibida reprodução

Paraibano mostra poder de reação após estreia com derrota

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro

O brasileiro Edival Pontes, o Netinho, conquistou a medalha de bronze na categoria até 68 quilos do taekwondo dos Jogos Olímpicos de Paris (França), nesta quinta-feira (8) na arena montada no Grand Palais, após derrotar o espanhol Javier Pérez Polo por 2 rounds 1.

Para alcançar o bronze olímpico o brasileiro teve que mostrar poder de reação, pois estreou na competição com derrota para o jordaniano Zaid Kareem. Mas Netinho recebeu a oportunidade de disputar a repescagem por causa da classificação do lutador da Jordânia à decisão na modalidade.

A medalha de Edival Pontes no taekwondo é a 15º do Brasil nos Jogos de Paris. Já na história da modalidade em Olimpíadas, a conquista de Netinho é a terceira de um brasileiro, após os bronzes de Natalia Falavigna, nos Jogos de Pequim (2008), e de Maicon Andrade, nos Jogos do Rio (2016).

 

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Esportes

Ginástica rítmica: Bárbara Domingos põe Brasil em 1ª final individual

 

© Ricardo Bufolin/CBG/Direitos reservados

Decisão por medalhas terá início às 9h30 de sexta-feira

Por Luiz Henrique Guimarães – Repórter da EBC – Rio de Janeiro

A curitibana Bárbara Domingos, de 24 anos, já alcançou o melhor resultado do Brasil em competições individuais da ginástica rítmica em Jogos Olímpicos. Babi se garantiu entre as 10 finalistas que vão brigar por medalhas na disputa que premia as ginastas mais completas da modalidade. A fase de classificação reuniu ao todo 24 ginastas, que se apresentaram em nos aparelhos bola, arco, fita e maças. A final será na sexta-feira (9) a partir das 9h30 (horário de Brasília).

Bárbara Domingos estreou se apresentando com a bola. A coreografia foi embalada pela música “Je sui Malade”, interpretada pela cantora belga Lara Fabian. A ginasta se saiu bem, e levou  nota 33.100.

A apresentação seguinte, a do arco, foi a melhor da brasileira. Ao som de “Circle of Life”, música tema do filme “O Rei Leão”, Babi teve um desempenho excelente e recebeu a nota 34.750, a terceira melhor entre todas as competidoras no aparelho. Ao fim das primeiras duas séries (bola e arcos), Babi despontava na sexta posição geral.

A terceira apresentação do dia foi com a fita, ao som de uma versão da música “Bad Romance”, da multiartista norte-americana Lady Gaga. Em mais uma rotina sem falhas aparentes, a ginasta alcançou a nota 31.700.

Nas maças a exibição de Babi teve como trilha sonora uma versão em samba de “Garota de Ipanema”. A brasileira  teve uma pequena falha, ao deixar um dos dois aparelhos cair no chão. Mas, apesar do contratempo, a curitibana obteve nota 30.200, suficiente para garantir pela primeira vez uma brasileira na final da ginástica rítmica.

Na classificação final, Bárbara Domingos alcançou o somatório de 129.750 e terminou com a oitava melhor nota entre as 10 ginastas classificadas. A melhor nota foi a da italiana Sofia Raffaeli, com 139.100.

Ao contrário do que acontece nas etapas regulares de Copa do Mundo e nos Mundiais de ginástica rítmica, na Olimpíada não há finais por aparelhos. Apenas a final individual geral.

Antes da final individual geral com Babi,  a sexta (9) da ginástica rítmica em Paris começa às 5h, com as eliminatórias das provas por equipes, com participação do Brasil outros 12 países. A equipe brasileira titular conta com Deborah Medrado, Duda Arakaki, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victoria Borges.

A competição tem início com duas rotinas. Na primeira, os conjuntos se apresentam na prova dos cinco arcos. No segunda, as equipes competem na prova de três fitas e duas bolas. Avançam à final os oito melhores colocadas.

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Esportes

Brasil vence República Dominicana e vai à semifinal no vôlei feminino

© LUIZA MORAES/COB

Equipe brasileira segue invicta sem perder nem sequer um set

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

A equipe de vôlei feminino manteve o alto nível apresentado nas primeiras partidas e está nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, após vencer a República Dominicana por 3 sets a zero, nesta terça-feira, dia 6. A exemplo da campanha durante a fase de grupos, quando enfrentou Japão, Polônia e Quênia, o Brasil segue invicto sem ter perdido um set.

As parciais da partida, na Arena Paris, terminaram em 25 a 22; 25 a 13; e 25 a 17. Na semifinal, a equipe brasileira enfrentará o vencedor da disputa entre EUA e Polônia. O outro lado da tabela já tem definido um dos semifinalistas. Será a Turquia, que enfrentará o vencedor entre Itália e Sérvia.

Com 20 pontos, Gabi foi a maior pontuadora do jogo. Ana Cristina fez 14 pontos e Rosamaria, 11. Destaque também para as atuações defensivas de Thaisa e Nyeme.

Primeiro e segundo sets

O set mais apertado foi o primeiro, vencido pelas brasileiras por 25 a 22, ainda que com a muitos erros de saque e de ataque.

A atacante dominicana Yonkaira Peña chegou a fazer com que a defesa brasileira passasse por alguns apertos, mas a boa atuação de Gabi acabou compensando as falhas. A ponteira marcou nove pontos. Com dois aces na reta final, de Ana Cristina e Carol, o Brasil conseguiu fechar o set em 25 a 22

O segundo set começou equilibrado até as equipes empatarem em 8 a 8. As meninas do Brasil então cresceram e, após uma boa sequência de defesas, conseguiram abrir o placar para 11 a 8, com uma bola da Rosamaria. A ponteira e oposta conseguiu manter o bom nível apresentado em outras partidas, enquanto a equipe tinha bons momentos na quadra, tanto nos saques como nos passes e nas defesas.

As brasileiras mantiveram o ritmo e, com jogadas rápidas de ataque, ampliando a vantagem para 14 a 8. Neste momento da partida, um rali com boas trocas de bolas terminou com um ataque eficiente da ponteira Ana Cristina.

A eficiência de ataque do Brasil se mostrava nas estatísticas, chegando a 41%. Já a República Dominicana apresentava uma eficiência de 22% em seus ataques.

Com um outro ace, Ana Cristina ampliou a diferença para 11 pontos, com o placar ficando em 22 a 11. O Brasil fecha o set em 25 a 13 com um ponto feito por Tainara.

Terceiro set

O terceiro set começa com o Brasil mantendo o ritmo e abrindo, de imediato, dois pontos. O bloqueio dominicano chegou a gerar alguma dificuldade para o ataque brasileiro, evitando por duas vezes o ataque de marcar pontos.

As brasileiras responderam também com bloqueio, mantendo o set equilibrado em 3 a 3. A República Dominicana acionou algumas vezes a ponteira Martinez que, com sua alta estatura, conseguiu passar algumas bolas por cima do bloqueio brasileiro.

As dominicanas ameaçaram crescer no jogo, em meio a alguns pontos obtidos a partir de erros das brasileiras, mas com alguns ajustes de posicionamento, a defesa conseguiu ser mais eficiente nos ataques superando o bloqueio das dominicanas.

Para a sorte da equipe do Brasil, a República Dominicana erra quatro saques no set, até aquele momento. O placar se manteve apertado até chegar em 10 a 10, com Rosamaria explorando o bloqueio dominicano.

A partir daí, o time brasileiro começou a abrir diferença e, mais focado, conseguiu abrir a vantagem para 16 a 12, com novo ace de Ana Cristina. A jogadora estava em um bom momento e, com uma cortada da linha de três, fez o 17º ponto brasileiro. Rosamaria, com frieza, consegue uma bola colocada fazendo o placar ficar em 18 a 13. Com a vantagem adquirida, o time do Brasil fica mais tranquilo, enquanto a seleção dominicana se desconcentra.

A reta final da partida começa a ficar desenhada, novamente com uma vitória brasileira por 3 sets a zero. Com mais um erro de ataque dominicano, o placar chega a 21 a 14, deixando as jogadoras brasileiras cada vez mais soltas e confiantes para fechar a partida.

Um rali termina com toque na rede de Gabi, mas Brasil se manteve tranquilo, enquanto a República Dominicana errava mais um saque. Match point para o Brasil, que fechou o terceiro e último set em 25 a 17.

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Esportes

Rebeca Andrade será homenageada com a Medalha Tiradentes, no Rio

 

© REUTERS/Hannah Mckay/Proibida reprodução

Homenagem foi aprovada nesta terça-feira na Alerj

Por Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Maior medalhista olímpica do Brasil, com seis medalhas na ginástica artística (dois ouros, três pratas e um bronze), Rebeca Andrade será agraciada com a Medalha Tiradentes, principal honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O projeto, de autoria do deputado Professor Josemar (PSOL), foi aprovado nesta terça-feira (6), em discussão única, um dia após Rebeca ter conquistado a medalha de ouro na final do solo nas Olimpíadas de Paris.

O parlamentar disse que a condecoração não se deve somente às conquistas esportivas da atleta, mas também é um reconhecimento pelo seu papel na luta contra o racismo, sendo uma voz em prol da igualdade, da diversidade e da justiça social. O deputado também abriu coautoria a todos os deputados presentes na sessão.

“Ela emergiu como uma verdadeira inspiração não apenas pelos seus recordes e conquistas, mas também por sua jornada pessoal, marcada por desafios e obstáculos que ela superou com graciosidade e firmeza. Como mulher negra em um esporte historicamente dominado por atletas de outras origens étnicas, Rebeca não apenas quebrou barreiras, mas redefiniu os limites do que é possível alcançar”, destacou Professor Josemar.

Conquistas

A medalha olímpica de ouro no solo, em Paris, foi a segunda de Rebeca, já que ela também foi campeã na disputa de salto nas Olimpíadas de Tóquio. Além dos dois ouros, a atleta ainda ganhou em Paris duas medalhas de prata, no salto e no individual geral, bem como um bronze por equipes. Já em Tóquio, ela ainda ganhou medalha de prata no individual geral.

Natural de Guarulhos, em São Paulo, a ginasta estreou em Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, com apenas 17 anos à época. Essas conquistas fizeram com que Rebeca Andrade se consolidasse como a recordista de pódios brasileiros em toda a história dos Jogos Olímpicos. A ginasta ultrapassou os cinco pódios dos velejadores brasileiros Robert Scheidt e Torben Grael. A atleta, de 25 anos, também já foi bicampeã mundial no salto, em 2021 e 2023 e campeã mundial do individual geral, em 2022.

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Esportes

Brasil derrota Espanha e garante lugar na final do futebol feminino

 

© REUTERS/Andrew Boyers/Proibida reprodução

Seleção brasileira joga bem e derrota campeãs do mundo por 4 a 2

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro

O Brasil garantiu a classificação para a decisão do torneio de futebol feminino dos Jogos Olímpicos de Paris (França) após derrotar a Espanha por 4 a 2, na tarde desta terça-feira, dia 6, no estádio Velódrome, em Marselha, em confronto válido pelas semifinais da competição.

Agora a seleção brasileira medirá forças com os Estados Unidos, que superaram a Alemanha por 1 a 0 na outra semifinal. A disputa pelo ouro será realizada no próximo sábado (10), a partir das 12h (horário de Brasília).

A equipe comandada pelo técnico Arthur Elias conseguiu ficar em vantagem logo no início do confronto, aos 4 minutos, quando Priscila pressionou a goleira Cata Coll, a arqueira acabou chutando em cima da zagueira Irene Paredes e a bola acabou indo para o fundo do gol.

O Brasil mostrou maturidade a partir daí, para aproveitar a vantagem no marcador, se fechando bem na defesa e apostando em jogadas rápidas de contra-ataque para empilhar oportunidades de marcar. De tanto tentar, a seleção brasileira conseguiu ampliar aos 48 minutos, quando a meio-campista Yasmim avançou em liberdade pela ponta esquerda e cruzou na medida para Gabi Portilho escorar de primeira.

Após o intervalo a equipe comandada pelo técnico Arthur Elias assumiu de vez o controle da partida, criando ótimas oportunidades de marcar o terceiro, com Gabi Portilho aos 3 minutos, com chute de fora da área de Ludmila aos 6 e com Jheniffer um minuto depois.

Aos 24 minutos Hermoso ainda deu um susto no Brasil ao acertar chute da entrada da área que obrigou a goleira Lorena a realizar uma difícil defesa. Mas o dia era mesmo da equipe brasileira, que encaixou um contra-ataque em velocidade um minuto depois para chegar ao terceiro. Priscila partiu em velocidade pela esquerda e, ao chegar à área, rolou para Adriana, que chutou no travessão. A bola sobrou então para Gabi Portilho, que escorou de cabeça para Adriana, que não perdoou.

As oportunidades continuaram aparecendo de lado a lado e, de tanto tentar, a Espanha conseguiu descontar aos 39 minutos, quando Paralluelo aproveitou bola levantada na área por Hermoso para cabecear e vencer Lorena. Um minuto depois as atuais campeãs do mundo tiveram outra grande oportunidade de marcar, com uma finalização da entrada da área de Putellas que explodiu no travessão.

Porém, o Brasil estava em uma jornada especial e deixou o melhor para o final. Após vacilo da lateral Oihane Hernández, Kerolin dominou a bola, avançou com muita liberdade e mostrou frieza para bater por baixo das pernas da goleira Cata Coll. A Espanha ainda voltou a marcar com Paralluelo, mas o triunfo final ficou mesmo com a seleção brasileira.

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Esportes

Rebeca é ouro no solo e vira maior medalhista olímpica do Brasil

© REUTERS/Hannah Mckay/Proibida reprodução

Ginasta conquista quarto pódio em Paris e o sexto na carreira

Por Lincoln Chaves – Repórter da EBC – São Paulo

A despedida de Rebeca Andrade da Olimpíada de Paris não poderia ser melhor. Nesta segunda-feira, dia 5, a paulista conquistou a medalha de ouro na prova de solo, alcançando seu quarto pódio na capital francesa. Foi a sexta medalha olímpica dela, que se isolou como atleta brasileira mais laureada na história do evento, superando os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com quem a ginasta estava empatada.

Rebeca obteve 14.166 de nota em sua exibição, superando a favorita Simone Biles. A estadunidense – que, mais cedo, ficou fora do pódio da trave, assim como a brasileira – alcançou 14.133, sofrendo duas penalidades por pisar fora do tablado de competição. Mesmo assim, conseguiu a medalha de prata. O pódio foi completado por Jordan Chiles, também dos Estados Unidos, com 13.766.

A brasileira foi a segunda a se apresentar, ao som de uma combinação das músicas “End of Time”, de Beyonce, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta. Ela recebeu 8.266 pela execução da série e mais 5.900 da nota de dificuldade das acrobacias. A comissão técnica pediu revisão desta última nota, sem sucesso. A pontuação total (14.166) de Rebeca foi melhor que as do individual geral (14.033) e da classificatória (13.900), mas inferior ao que atingiu na disputa por equipes (14.200).

As atenções, então, voltaram-se para Biles. Ela realizou a série mais complexa da final, com 6.900 de nota de dificuldade. No entanto, em duas acrobacias, pisou com os dois pés fora do tablado, o que diminuiu a nota de execução (7.833) e causou uma penalidade de 0.6. Rebeca ainda teve de aguardar as apresentações da romena Sabrina Maneca-Voinea e de Jordan Chiles para comemorar, emocionada, a vitória no solo.

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Esportes

Caio Bonfim fatura prata inédita para o Brasil na marcha atlética

© Alexandre Loureiro/COB/Direitos Reservados

Atleta brasiliense se manteve no pelotão da frente desde o início

Por Luiz Henrique Guimarães – Repórter da EBC – Rio de Janeiro

Na primeira prova do atletismo nos Jogos Olímpicos de Paris, o brasileiro Caio Bonfim faturou a medalha de prata na marcha atlética. Foi a primeira conquista do atleta de 33 anos, que faz a quarta participação olímpica.

Os 49 atletas largaram às 8h, no horário da França (3h no horário de Brasília), para o percurso de 20 quilômetros pelas ruas da capital francesa. Desde o início da prova Caio se manteve entre os primeiros colocados, junto ao pelotão principal. O brasileiro chegou a liderar por alguns quilômetros, mas na última volta o equatoriano Brian Pintado fez a ultrapassagem e se desgarrou na frente. Pintado venceu com o tempo de 1h18min55. Mesmo com duas punições, Caio se manteve entre os primeiros e cruzou a linha de chegada em 1h19min09. O espanhol Alvaro Martin (1h19min11) foi bronze. A cerimônia de entrega das medalhas será amanhã (2), no Stade de France, palco das principais competições de atletismo.

Outros dois brasileiros participaram dos 20km da marcha atlética. Max Batista foi o 28º colocado e Matheus Correa terminou em 39º lugar.

Caio Bonfim já havia se aproximado da medalha nos Jogos Rio 2016, quando terminou a prova da marcha na quarta posição, até então o melhor resultado para o Brasil na prova. Em Londres (2012), sua estreia olímpica, ele passou mal e não completou o percurso. E em Tóquio (2021), o brasiliense terminou na 13ª colocação. O marchador também tem no currículo duas medalhas de bronze em mundiais de atletismo (2017 e 2023), além de três medalhas na prova individual em Jogos Pan-Americanos (prata em 2019 e 2023, bronze em 2013). receber a medalha de prata

O pódio olímpico coroa o trabalho de uma vida inteira dedicada à marcha atlética. Caio começou no esporte muito cedo, inspirado pela mãe, Gianetti Sena Bonfim, que era atleta da modalidade e se tornou sua treinadora. O pai, João Bonfim, também é técnico de marcha atlética. A família Bonfim é responsável pelo Centro de Atletismo de Sobradinho, projeto social que forma novos atletas no Distrito Federal.

“Todo mundo que um dia viu a marcha disse ‘isso é estranho’. Para mim era normal, minha mãe fazia marcha. Ela fez índice para Atlanta-1996, teve umas mudanças de critérios e ela não foi. Quando eu fui pra Londres eu falei pra ela: ‘quem disse que você não foi para uma Olimpíada?’. E hoje na nossa quarta Olimpíada eu posso virar para minha mãe e falar: ‘Nós somos medalhistas olímpicos, nós somos medalhistas olímpicos!”, disse Caio Bonfim em entrevista ao canal Sportv.

Prova feminina

A competição feminina da marcha atlética também foi disputada hoje, com a participação de 45 atletas. As brasileiras não conseguiram medalhas. A melhor colocada foi Erica Sena, que terminou na 13ª posição. Viviane Lyra cruzou a linha de chegada na 18ª colocação. O ouro foi para chinesa Jiayu Yang, com o tempo de 1h21min47. A prata ficou com a espanhola Maria Perez e o bronze com a australiana Jemima Montag.

Na quarta-feira (7) ocorrerá o revezamento misto da marcha atlética, competição que aparece pela primeira vez no programa dos Jogos Olímpicos. Na prova, um homem e uma mulher se alternam em percurso de 10km de marcha, totalizando no final 42,195 km, a distância de uma maratona. O Brasil será representado por Caio Bonfim e Viviane Lyra.

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