O Museu do Amanhã sediou na última segunda-feira, dia 20, o evento “Celebração da Parceria Brasil-Reino Unido em Ciência”, organizado pelo Governo Britânico para celebrar a parceria com o Brasil na área científica e anunciar um novo fundo de apoio à pesquisa. A cerimônia foi aberta pela Embaixadora britânica no Brasil, Stephanie Al-Qaq, que afirmou:
“O evento de hoje não é somente uma celebração do fantástico trabalho já feito, mas também uma oportunidade de reiterar o compromisso do Reino Unido em trabalhar em estreita colaboração com o Brasil para enfrentar os desafios globais em áreas como clima, saúde global, tecnologias emergentes e muito mais”.
Além da embaixadora, estava presente também o Diretor do Ministério Britânico de Ciência, Inovação e Tecnologia (DSIT), Adam Jackson, que anunciou oficialmente o International Science Partnerships Fund (Fundo para Parcerias Científicas Internacionais – ISPF) do Governo Britânico, destinado a fomentar parcerias em pesquisa e inovação.
O projeto busca colocar ciência, tecnologia, pesquisa e inovação no coração da colaboração internacional feita pelo Reino Unido ao permitir que pesquisadores britânicos trabalhem com seus pares em todo o mundo, em quatro áreas temáticas chave: Planeta Resiliente, Saúde, Tecnologia a Talentos do Amanhã.
No total, serão alocados cerca de 337 milhões de libras em projetos de pesquisa feitos em parceria entre instituições científicas britânicas e pesquisadores dos diversos países elegíveis. O fundo é gerenciado pelo Ministério Britânico de Ciência, Tecnologia e Inovação, e os projetos serão alocados pelas maiores e mais prestigiosas instituições britânicas de pesquisa: Academy of Medical Sciences; British Academy; British Council; Met Office; National Physical Laboratory; Royal Academy of Engineering; Royal Society; UK Research and Innovation; UK Atomic Energy Authority; Universities UK International.
Anunciado oficialmente no Brasil nesta semana, o ISPF já vem sendo implementado desde 2023 e mais de dez projetos brasileiros já foram contemplados, entre eles:
Amazônia+10: iniciativa que visa aprimorar o conhecimento científico sobre a floresta tropical, as interações entre a natureza e a sociedade, assim como favorecer o desenvolvimento tecnológico, inclusivo e sustentável da região;
Climate Science for Service Partnership Brazil: um projeto que constrói sólidas parcerias entre institutos de pesquisa do Reino Unido e do Brasil, produzindo ciência colaborativa fundamental para o desenvolvimento de serviços climáticos que apoiam o desenvolvimento econômico resiliente ao clima e o bem-estar social.
Até o momento, o Brasil é único país da América Latina elegível ao Fundo e o Governo Britânico, através da Rede de Ciência e Inovação, se disponibiliza para ajudar pesquisadores e acadêmicos brasileiros a se beneficiarem ao máximo desta oportunidade.
O evento também teve dois painéis informativos. O primeiro, “Colaboração Brasil-Reino Unido: amplificando o impacto científico”, trouxe representantes da UNICAMP e da UFMG, que compartilharam suas experiências de trabalho conjunto com o Reino Unido nos projetos AmazonFACE, que conduz uma pesquisa detalhada para compreender a resposta da floresta amazônica ao aumento do carbono na atmosfera, e o New Variant Assessment Platform (NVAP), um programa global de vigilância genômica, que ofereceu apoio a países definidos como prioritários no desenvolvimento de sua capacidade e habilidade de identificar, avaliar e rastrear efetivamente novas variantes da COVID-19 entre suas populações, ambos realizados em parceria entre Reino Unido e Brasil.
O segundo painel, “Impulsionando carreiras através da parceria Brasil-Reino Unido”, contou com o Dr. Bruno Souza Carmo, do Research Center for Greenhouse Gas Innovation (RCGI – Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa), a Dra. Maria Augusta Arruda, Diretora do Laboratório Nacional de Biociências no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBIo-CNPEM) e João Arthur Reis, Assessor da Presidência para a iniciativa Amazônia +10, representando a FAPESP. A conversa focou no impacto da colaboração científica com o Reino Unido no curso de suas carreiras.