MEIO AMBIENTE

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Mudas de Ipê são plantadas na Represa do Marcelo em Sumaré

Ação faz parte do projeto de revitalização do local

 

A Represa Marcelo Pedroni, um dos principais pontos turísticos e de preservação ambiental de Sumaré, recebeu o plantio de 120 mudas de ipê. A ação faz parte do projeto de revitalização do local, com o objetivo de fortalecer a arborização e contribuir para a recuperação ambiental da região.

As mudas plantadas incluem exemplares das espécies de ipê roxo, amarelo e branco. Essas árvores são conhecidas por sua beleza exuberante e por desempenharem um papel fundamental na preservação do meio ambiente. Além de fornecerem sombra e melhorarem a qualidade do ar, os ipês atraem polinizadores como abelhas e pássaros, promovendo a biodiversidade local.

O secretário de Sustentabilidade de Sumaré, Guilherme Dall’Orto, destacou a importância da iniciativa:

“O plantio dessas mudas representa um compromisso da nossa gestão com a recuperação ambiental e o lazer da população. A Represa do Marcelo é um patrimônio natural da cidade, e essa ação contribui diretamente para sua revitalização.”

A Represa do Marcelo, localizada em Sumaré, é um ponto turístico de referência desde a década de 1940. Além de sua importância histórica, o local desempenha um papel essencial na preservação ambiental e no lazer dos visitantes.

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RMC

Parque Ecológico suspende atendimento ao público após ataque de abelhas-europeias

Crédito Marilia Pierre

 

As equipes do Parque Ecológico realizaram a aplicação de fumacê para acalmar as abelhas. Um apicultor também já esteve no Parque nesta manhã para verificar a situação

 

A Prefeitura de Americana, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, informa que o Parque Ecológico Municipal “Engenheiro Cid Almeida Franco” suspendeu o atendimento ao público nesta quinta-feira, dia 6, após um ataque de abelhas-europeias. O espaço reabre normalmente na sexta-feira, dia 7, das 8h às 16h.

Segundo informações da direção do Parque, o ataque começou durante um serviço de roçagem de rotina nas proximidades do recinto dos flamingos. Perto do espaço havia um enxame, e as abelhas ficaram alvoroçadas por causa do barulho do motor da roçadeira. Imediatamente, a área foi isolada e o parque suspendeu o atendimento ao público.

As abelhas atacaram dois funcionários, uma arara-canindé e duas aves tachã. A arara-canindé não resistiu à quantidade de picadas e, mesmo medicada, morreu. As tachãs também foram medicadas pelos veterinários. Os funcionários não apresentaram reações alérgicas e estão em situação estável.

As equipes do Parque Ecológico realizaram a aplicação de fumacê para acalmar as abelhas. Um apicultor também já esteve no Parque nesta manhã para verificar a situação.

Texto: Rodrigo Francischangelis

Foto: Marilia Pierre

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Brasil e Mundo

Governo cobra de infratores ambientais recuperação de 6,8 mil hectares em 5 biomas

Governo cobra de infratores ambientais recuperação de 6,8 mil hectares em 5 biomasMarcelo Camargo/Agência Brasil

Ações totalizam pagamento de R$ 76 milhões por danos causados à Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa e Pantanal

Agência Gov | Via AGU

A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com 12 ações civis públicas (ACPs) contra infratores ambientais pela destruição de vegetação nativa nos biomas da Amazônia, Mata Atlântica, do Cerrado, Pampa e Pantanal. Juntas, as ACPs buscam o pagamento de R$ 76 milhões pelos infratores em virtude da destruição de uma área de 6,8 mil hectares em 11 estados brasileiros.

As demandas foram ajuizadas no âmbito do AGU Recupera, grupo estratégico ambiental instituído em 2023 para atuação em demandas judiciais prioritárias, visando à proteção dos biomas brasileiros e do patrimônio cultural. As ações foram elaboradas partir de autos de infrações e laudos produzidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os valores cobrados dos 23 réus dizem respeito ao montante necessário à recuperação das áreas degradadas e à indenização por dano moral coletivo, interino e residual e enriquecimento ilícito relativos ao dano ambiental.

O integrante da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente da AGU (Pronaclima), Filipe Araújo Cavalcante, ressalta que o AGU Recupera tem ampliado sua atuação geográfica. “Esse primeiro lote de 2025 do AGU tem extrema relevância diante de toda proteção que o meio ambiente carece, tendo em vista o efeito das ações ajuizadas na defesa dos mais diversos biomas brasileiros por meio da recuperação das áreas degradadas, pois, além da Amazônia, foram contemplados o Cerrado, o Pantanal, a Mata Atlântica e os Pampas”, afirmou.

Na avaliação da procuradora-chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama, Karina Marx Macedo, “o ajuizamento desse lote, em homenagem ao aniversário do Ibama, reflete a atuação da área técnica da autarquia, da Procuradoria Federal Especializada do Ibama e da equipe do AGU Recupera na busca da responsabilização civil de infratores ambientais, com destaque para os biomas Amazônico, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa e Pantanal”.

A procuradora explica ainda que atuação da procuradoria especializada se desenvolve desde o assessoramento da autarquia, quando do direcionamento dos casos que serão judicializados, passando pela análise jurídica de viabilidade, até o efetivo encaminhamento à representação judicial para ajuizamento.

Responsabilização

Um caso emblemático ocorreu em Goiás, em uma área de reserva legal de uma propriedade rural. A vistoria do Ibama constatou desmatamento de vegetação nativa e uso de atividade agrícola em uma área de 1,4 hectare de vegetação do bioma Mata Atlântica, sem as devidas autorizações/licenciamentos ambientais, tampouco a adoção de medidas de regeneração.

A procuradora federal e coordenadora da Equipe em Meio Ambiente da Procuradora Regional Federal da 1a Região, Natália de Melo Lacerda, ressalta que o lote começa vitorioso, pois já houve uma decisão neste caso. “Apesar da extensão territorial modesta, o caso representa um marco significativo por se tratar da primeira decisão favorável neste lote de ações, consolidando a jurisprudência em favor da proteção ambiental no bojo do grupo AGU Recupera”, afirma.

Na decisão, a Justiça determinou que o réu abstenha de explorar de qualquer modo a área desmatada cuja recuperação ambiental é buscada, devendo ficar tal área em repouso para que ocorra processo de regeneração natural paulatina, durante a tramitação do processo.

A procuradora explica que, para garantir o cumprimento da ordem judicial, foi estabelecido que o réu deverá, no prazo de 30 dias, comprovar o cercamento da área protegida, apresentando documentação fotográfica e disponibilizando acesso aos fiscais do Ibama para verificação, quando necessário. O descumprimento da determinação acarretará multa diária de R$ 500.

“Essa decisão representa um importante precedente para as demais ações do projeto, reafirmando a relevância da preservação da Mata Atlântica, bioma considerado hotspot de biodiversidade e que possui apenas 12,4% de sua cobertura florestal original”, destaca a procuradora Natália Lacerda.

Sobre o AGU Recupera

Criado em 2023, o AGU Recupera reúne 19 procuradores federais e oito advogados da União, além da Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

A equipe é responsável por atuações prioritárias em causas da União, Ibama, ICMBio e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que envolvem a reparação de danos ambientais e a punição a infratores ambientais nos biomas Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Pampa e Mata Atlântica, além de também atuar em processos relativos ao patrimônio cultural do Brasil.

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Brasil e Mundo

Gelo nas regiões polares atinge a menor extensão já registrada

Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa do Brasil na Antártica© Mauricio de Almeida/ TV Brasil

No Ártico, tamanho ficou 8% abaixo da média para o mês de fevereiro

Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil

A extensão global do gelo marinho atingiu um novo mínimo histórico no início de fevereiro de 2025 ficando durante todo o mês abaixo do recorde anterior, batido no mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6), pelo Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da União Europeia, e combina a medição por satélite do Ártico e Antártico, nos Polos Norte e Sul respectivamente.

O gelo marinho do Ártico ficou 8% abaixo da média para o mês, atingindo a menor extensão já registrada neste período em que costuma estar próximo a extensão máxima, após uma sequência de três recordes consecutivos nos últimos meses.

Já o gelo marinho Antártico atingiu a quarta extensão mensal mais baixa para fevereiro, ficando 26% abaixo da média. Ao contrário do Polo Norte, nesse período do ano, a extensão de gelo do Pólo Sul está próxima de atingir o mínimo anual e, caso não haja um novo recorde em março, esta será a segunda menor extensão de gelo já registrada em todos os meses na Antártica.

Temperatura

De acordo com a análise de dados do Copernicus, o mês de fevereiro de 2025 registrou temperatura média do ar na superfície de 13,36 graus Celsius (°C), o que representa alta 0,63°C em relação à média para o mês, calculada a partir de 1991 até 2020. Esse foi o terceiro registro mais quente para o mês.

Quando comparado ao período pré-industrial (1850-1900), fevereiro de 2025 ficou 1,59°C acima da média. Foi o 19º mês, dos últimos 20 meses, em que a temperatura média global do ar ficou 1,5°C acima do nível pré-industrial.

“Uma das consequências de um mundo mais quente é o derretimento do gelo marinho, e o recorde ou quase recorde de baixa cobertura de gelo marinho, em ambos os polos, empurrou a cobertura global de gelo marinho para um mínimo histórico”, explica Samantha Burgess, responsável estratégica pelo clima no Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF, na sigla em inglês).

A temperatura média da superfície do mar para fevereiro foi de 20,88ºC, considerando as zonas temperadas e intertropical, a cerca de 10 metros de profundidade. De acordo com o Copernicus, esse é o segundo valor mais alto para o mês, ficando apenas 0,18°C abaixo da temperatura medida no mesmo mês de 2024.

Seca

No segundo mês de 2025, a Europa registrou chuvas predominantemente abaixo da média e também índice de umidade do solo abaixo da média em grande parte da Europa Central e Oriental, no Sudeste de Espanha e na Turquia.

Segundo os dados do Copernicus, o tempo também esteve mais seco do que a média na maior parte da América do Norte, no Sudoeste e Centro da Ásia, na parte oriental da China e na maior parte da Austrália e da América do Sul, tendo a Argentina registrado incêndios florestais.

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Brasil e Mundo

Governo Federal lança iniciativa para apoiar estados e municípios na adaptação à mudança do clima

Credito: Rogério Cassimiro/MMA
Durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas nesta quarta-feira, dia 12, onze estados e o Distrito Federal assinaram manifestação de interesse em aderir ao projeto AdaptaCidades

GOV/ Secretaria de Comunicação Social

 

O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), lançou a iniciativa AdaptaCidades, nesta quarta-feira, 12 de outubro, durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília (DF). O projeto busca apoiar estados e municípios com recursos técnicos e financeiros para o desenvolvimento de estratégias e planos locais e regionais de adaptação à mudança do clima, fortalecendo sua atuação nessa agenda.

“A partir dela (AdaptaCidades), queremos ajudar prefeitos e prefeitas a saber onde ‘bater o martelo’. Vamos sair da gestão do desastre para a gestão do risco” Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima

Na cerimônia, representantes de onze estados – Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins, Paraná – e do Distrito Federal assinaram manifestação de interesse em aderir à iniciativa. Todos os estados podem participar.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que o Governo Federal vai liderar a iniciativa AdaptaCidades pelo exemplo. “A partir dela, queremos ajudar prefeitos e prefeitas a saber onde ‘bater o martelo’. Vamos sair da gestão do desastre para a gestão do risco”, afirmou.

Já o ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que o financiamento é essencial para viabilizar a agenda de adaptação à mudança do clima. “Se não tivermos dinheiro no orçamento, não conseguiremos desenvolver ações de adaptação. Prevenção e adaptação têm que ser prioridade nesse país”, disse.

O investimento total para implementação do AdaptaCidades chega a R$18 milhões provenientes do Fundo Verde para o Clima e outras fontes. O valor vai ajudar na contratação de mobilizadores e facilitadores para engajamento e suporte técnico, realização de oficinas e mentorias para gestores estaduais e municipais, produção e distribuição de materiais técnicos e ferramentas, além de custos logísticos para atendimento regional e operacionalização das atividades.

PRIORIDADES — Cada estado deverá indicar dez municípios prioritários com alto índice de risco climático. Também poderão se beneficiar do programa consórcios intermunicipais e associações de municípios em caráter excepcional e por indicação dos estados. A aprovação das indicações será feita pelo MMA com base em critérios técnicos, considerando o risco climático e o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

META — Criado por meio da Portaria MMA nº 1.256, o AdaptaCidades enfrentará dois importantes gargalos para a construção de planos locais e regionais de adaptação à mudança do clima, fundamentais para lidar com os impactos do aquecimento do planeta: a falta de capacidade técnica e de financiamento. A meta do Governo Federal é auxiliar na elaboração de 260 desses planos em 2025.

UNIÃO — O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, salientou que o AdaptaCidades auxiliará os municípios a cumprirem seu papel no enfrentamento à mudança do clima. “Os prefeitos e prefeitas têm muito o que colaborar com esse tema. Seja na área de adaptação ou mitigacão, em relação, por exemplo, ao controle do desmatamento ilegal”, declarou.

O presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Edvaldo Nogueira, também ressaltou a importância dos prefeitos e prefeitas para a ação climática. “O clima não foi melhor debatido porque essa discussão ficou na esfera das questões globais, dos estados e países. Os municípios estão sendo convocados agora para essa batalha”, pontuou.

EQUIPE — Para engajar estados e municípios, será formada uma equipe de mobilizadores responsável por fornecer suporte técnico e operacional durante a elaboração dos planos. O Governo Federal também vai disponibilizar capacitação por meio digital e presencial, com a realização de oficinas nos estados, ensino à distância (EAD) na plataforma da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e mentoria online.

PROCESSO PARTICIPATIVO — O AdaptaCidades foi instituído no âmbito do Programa Cidades Verdes Resilientes, que busca aumentar a qualidade ambiental e a resiliência das cidades brasileiras frente aos impactos causados pela mudança do clima, além de promover a integração de políticas urbanas, ambientais e climáticas. O projeto é fruto de um processo participativo que considerou contribuições coletadas em quatro oficinas realizadas ao longo de 2024. Os encontros tiveram a participação de representantes dos governos federal, estaduais e municipais.

RESILIÊNCIA — O AdaptaCidades é uma das ferramentas desenvolvidas pelo MMA para estimular a construção da resiliência do país frente aos impactos da mudança do clima, como o aumento e intensidade de eventos climáticos extremos, a exemplo da seca que atingiu o Brasil em 2024 e as chuvas severas que causaram a tragédia do Rio Grande do Sul em maio do ano passado.

PLANO CLIMA — O programa está alinhado ao Plano Clima, que será o guia das ações de enfrentamento à mudança do clima no Brasil até 2035. O plano tem pilares voltados à redução das emissões de gases de efeito estufa (mitigação) e à adaptação dos sistemas naturais e humanos aos impactos da mudança do clima. Além das Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação, será composto por planos setoriais: são sete para mitigação e 16 para adaptação. O Plano Clima traz ainda Estratégias Transversais para a Ação Climática, que definirão meios de implementação (como financiamento, governança e capacitação) e medidas para a transição justa, entre outros pontos.

Além disso, o AdaptaCidades reforça o compromisso do Brasil com o Federalismo Climático, conforme estabelecido na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) brasileira, a meta climática do país sob o Acordo de Paris.

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RMC

Prefeitura de Vinhedo moderniza processos com a entrega de tablets para a SEPLAM

Intuito é agilizar os processos, garantir maior precisão na coleta de dados e reduzir o uso de papel

Em mais um passo rumo à modernização e eficiência dos serviços públicos, a Prefeitura de Vinhedo, por meio da Secretaria de Planejamento Ambiental (SEPLAM), realizou nesta semana a entrega de cinco tablets  aos colaboradores da pasta. Os equipamentos, que foram doados por meio do cumprimento de um Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA), em acordo com o Decreto Municipal nº 309/2017, representam mais um importante passo no processo de digitalização promovido pela Prefeitura.

Os tablets serão utilizados em atividades da SEPLAM, como fiscalizações ambientais, procedimentos relacionados ao licenciamento ambiental, educação ambiental e outras demandas operacionais do setor. O intuito é agilizar os processos, garantir maior precisão na coleta de dados e reduzir o uso de papel, alinhando as práticas do município com os princípios de sustentabilidade e eficiência administrativa.

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Brasil e Mundo

Dino pede informações à PF sobre operações contra crimes ambientais

Ministro Flávio Dino na sessão plenária do STF. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Corporação deve focar investigações na Amazônia e no Pantanal

André Richter – Repórter da Agência Brasil

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta sexta-feira, dia 7,  prazo de dez dias para a Polícia Federal (PF) informar se a corporação possui um cronograma de operações para investigar e reprimir crimes ambientais na Amazônia e no Pantanal.

A decisão do ministro foi proferida na ação na qual o Supremo determinou, no ano passado, que o governo federal elabore um plano de prevenção e combate a incêndios nos biomas.

Na ocasião, a Corte julgou três ações protocoladas pelo PT e a Rede Sustentabilidade, em 2020, para contestar a condução da política ambiental do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pela decisão do ministro, a PF deverá informar se operações estão programadas para ocorrer de março a dezembro deste ano. A corporação também deverá informar se há recursos disponíveis para executar as operações.

Na mesma decisão, o ministro aceitou pedido da União para prorrogar para 7 de março o prazo para apresentação do plano de governança para implementação do Plano de Integração dos Sistemas de Gestão Fundiária e Ambiental, uma das determinações feitas em janeiro deste ano.

No dia 13 do próximo mês, o STF vai promover uma audiência de conciliação sobre o combate aos crimes ambientais na Amazônia e no Pantanal.

A reunião também terá a participação de representantes dos estados nos quais os biomas estão localizados

As autoridades locais também deverão informar se há um cronograma de combate aos crimes ambientais.

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RMC

Câmera trap instalada em passagem de fauna captura circulação de animais sobre a rodovia

Vinhedo se prepara para instalar outras duas novas passagens suspensas para mitigar o atropelamento de animais silvestres

A Secretaria de Planejamento Ambiental de Vinhedo instalou neste mês uma câmera trap na travessia de fauna para acompanhar a passagem de animais no corredor ecológico situado na Rodovia Edenor João Tasca. O resultado foram lindas imagens de saguis percorrendo o trecho e “posando” para a lente.

O equipamento é programado para tirar fotos ou gravar vídeos, de forma automática, quando um animal passa pela frente da lente.

Instalada em abril do ano passado, a passagem de fauna está localizada em Zona de Conservação Ambiental – área de conectividade (AC) Vinhedo – Itatiba do projeto Reconecta, que pretende unir as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) através de um corredor verde de preservação ambiental.

As passagens de fauna são estruturas construídas para a travessia de animais, permitindo que esses transponham rodovias, ferrovias, linhas de transmissão, linhas de dutos e outras construções lineares em segurança, visando especialmente mitigar o atropelamento de animais.

A passarela é feita com madeira e cabos de aço, por onde circulam animais silvestres com total segurança. O local da instalação foi escolhido pela representação de fragmentos de florestas e apresentar alto índices de acidentes envolvendo espécies da fauna, seja por atropelamento ou descarga elétrica.

Outras duas passagens suspensas estão previstas para serem instaladas na cidade. Custeadas pelo FUMDEMA (Fundo Municipal de Meio Ambiente), a intenção é que sejam implantadas na Rua João Edueta (Parque da Capela) e na Rodovia Vinhedo/Louveira.

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Brasil e Mundo

Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

Amazônia-11/12/2024 Amazônia tem o maior número de queimadas e incêndios em 17 anos.© Agência Santarém

Superfície atingida é maior que o território da Itália, diz MapBiomas

Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil

O Brasil registrou aumento de 79% nas áreas queimadas de seu território, entre janeiro e dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas, divulgados nesta quarta-feira (22), 30,8 milhões de hectares foram afetados pelo fogo nesse período.

A extensão da área queimada é superior à do território da Itália e a maior registrada desde 2019. O aumento representa crescimento de 13,6 milhões de hectares do que o fogo alcançou em 2023. A maior parte do território brasileiro consumido pelo fogo, 73%, foi de vegetação nativa, principalmente formações florestais.

Segundo os pesquisadores, o aumento das áreas queimadas está relacionado a um longo período seco enfrentado pelo país em decorrência do fenômeno El Niño – aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico –, que ocorreu entre 2023 e 2024. “’Os impactos dessa devastação expõem a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana como foi a do ano passado”, explicou a coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar.

O estado mais atingido pelo fogo no ano passado foi o Pará, seguido de Mato Grosso e do Tocantins, com 7,3 milhões, 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares de área queimada, respectivamente. Somente em dezembro, o país teve área equivalente a território um pouco menor que o Líbano consumida pelo fogo. O período concentrou 3,6% de toda a área queimada no país, com 1,1 milhão de hectares.

Biomas

Somente na Amazônia, queimaram-se 17,9 milhões de hectares, o que corresponde a mais da metade, 58%, da área afetada no país. No bioma, cerca de 6,8 milhões de hectares atingidos eram de formação florestal, superando a queima de pastagens, que ficou em torno de 5,8 milhões de hectares. “A mudança no padrão de queimadas é alarmante, pois as áreas de floresta atingidas pelo fogo tornam-se mais suscetíveis a novos incêndios. Vale destacar que o fogo na Amazônia não é um fenômeno natural, nem faz parte de sua dinâmica ecológica, sendo um elemento introduzido por ações humanas”, destaca o pesquisador do MapBiomas Fogo Felipe Martenexen,

Em dezembro, o bioma Amazônia respondeu por 88% do que se queimou no país, sendo 37,5% de área florestal. Foram 964 mil hectares de Amazônia, das quais 361 mil hectares eram de floresta.

No Cerrado, queimaram-se 9,7 milhões de hectares, dos quais 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Comparado a 2023, houve aumento de 91% da área queimada, sendo a maior atingida desde 2019. “Historicamente, o Cerrado é um bioma que evoluiu com a presença do fogo, mas o fogo de forma natural, que ocorreria, por exemplo, ocasionado por raios, durante a transição entre a estação seca e a chuvosa. O que se observa é que tem aumentado muito a área queimada, principalmente na época da seca, impulsionada principalmente, por atividades humanas e pelas mudanças climáticas”, afirma Vera Arruda, pesquisadora do Mapbiomas.

No ano passado, o Pantanal teve 1,9 milhão de hectares atingidos pelo fogo; a Mata Atlântica, 1 milhão hectares; o Pampa, 3,4 mil hectares; e a Caatinga, 330 mil hectares.

De acordo com o pesquisador do Mapbiomas Eduardo Vélez, desde o início da série histórica, em 2019, esta foi a menor área queimada no Pampa. “Esse padrão está associado aos fortes efeitos do fenômeno El Niño, que, no sul do Brasil, se manifesta de modo inverso Houve grandes acumulados de chuva no primeiro semestre de 2024, quando notavelmente ocorreram as enchentes de maio de 2024”, lembrou Vélez.

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RMC

Municípios se mobilizam para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente

Inscrições de participação nas etapas municipais estão abertas e evento final será em maio no DF; Consórcio PCJ tem apoiado municípios associados

Os municípios da região das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Bacias PCJ) estão se mobilizando para participar da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que acontecerá de 06 a 09 de maio de 2025, em Brasília (DF). As cidades estão organizando oficinas preparatórias que irão balizar as Conferências Municipais, que levarão, por sua vez, seus apontamentos para as etapas estadual e, em seguida, a nacional. O Consórcio PCJ tem participado e apoiado os municípios associados com essa iniciativa.

Cidades como Americana, Bragança Paulista, Campinas, Hortolândia, Jarinu, Jundiaí, Nova Odessa, Pedreira, Piracaia, Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste estão com inscrições abertas para participação das etapas municipais.

“O engajamento dos municípios das Bacias PCJ demonstra o compromisso da nossa região com a sustentabilidade e a preservação dos recursos hídricos, tão essenciais para o nosso futuro. Esses eventos permitem que as especificidades de cada município sejam ouvidas, promovendo um diálogo essencial entre diferentes setores da sociedade. Além disso, é uma oportunidade única para mobilizar e engajar a população na busca por soluções locais para desafios globais.”, afirma Andréa Borges, gerente técnica do Consórcio PCJ.

Como participar das Conferências Municipais?

As Conferências Municipais acontecem até 26 de janeiro de 2025. Elas são uma das etapas mais importantes da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) e tem como objetivo incentivar a ampla participação da população na construção de propostas para enfrentar os desafios climáticos, além de eleger delegados que representarão o município na etapa estadual.

Poderão ser levantadas, por município, até dez propostas, sendo duas para cada um dos eixos temáticos. As propostas priorizadas serão encaminhadas para a Comissão Organizadora Estadual e serão incluídas no Caderno de Propostas que será debatido nas Conferências Estaduais.

Os interessados em participar devem se inscrever pelo site oficial da Conferência Nacional (http://gov.br/cnma), escolhendo o seu município de origem. No endereço eletrônico, também, é possível conferir a programação completa do evento.

Os debates da Conferência Nacional do Meio Ambiente

A Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) é um evento que reúne representantes da sociedade brasileira para discutir temas relacionados ao meio ambiente e à formulação de políticas públicas sustentáveis.

A CNMA é um instrumento de participação democrática e inclusiva, que envolve os setores público, privado e a sociedade civil organizada. O processo de discussão inicia-se nas etapas municipais e regionais, avançando para as conferências estaduais e culminando na etapa nacional, realizada em Brasília.

Tema e eixos temáticos desta edição

O tema desta edição é “Emergência climática: o desafio da transformação ecológica”, e, durante as conferências municipais, os participantes poderão apresentar propostas sobre os seguintes eixos temáticos:

  1. Mitigação;
  2. Adaptação e preparação para desastres;
  3. Justiça climática;
  4. Transformação ecológica;
  5. Governança e educação ambiental.

A importância da CNMA na elaboração de políticas públicas

A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente representa uma oportunidade estratégica para propor novas políticas públicas voltadas ao enfrentamento das mudanças climáticas no Brasil, alinhar metas com os objetivos globais e identificar soluções eficazes adaptadas às necessidades de cada região.

“A participação dos municípios nas conferências do meio ambiente é de extrema importância por diversas razões. Primeiramente, os municípios estão mais próximos da população e, portanto, têm uma compreensão mais aprofundada das realidades locais e das necessidades específicas de suas comunidades. Essa proximidade permite que as ações e políticas ambientais sejam implementadas de forma mais eficaz”, explica Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Próximas etapas e cronograma

Após as etapas locais acontecerão as conferências Estaduais e Distrital, que vão de 15 de janeiro a 15 de março de 2025. E por fim, de 6 a 9 de maio de 2025 acontecerá a Conferência Nacional em Brasília (DF).

 

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