MEIO AMBIENTE

Economia

Municípios gastam R$ 732 bi com desastres climáticos no Brasil

© Reuters/Ueslei Marcelino

O estudo ouviu 2.871 municípios, cerca de metade das cidades brasileiras, entre agosto de 2024 e março de 2025

Entre 2013 e 2024, os municípios brasileiros desembolsaram mais de R$ 732 bilhões para lidar com desastres causados pelas mudanças climáticas, como enchentes, secas, queimadas e deslizamentos.

O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira, dia 6, pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e aponta que 95% das cidades do país foram impactadas por eventos climáticos extremos.

Segundo a CNM, a frequência e a intensidade dos desastres têm crescido nos últimos anos, ampliando os prejuízos econômicos, ambientais e sociais.

No mesmo período, foram registradas mais de 70 mil situações de emergência e 6 milhões de pessoas desalojadas em todo o país.

O estudo ouviu 2.871 municípios, cerca de metade das cidades brasileiras, entre agosto de 2024 e março de 2025.

Apenas 12% declararam ter uma secretaria ou órgão próprio para lidar com defesa civil. Em muitos casos, a função é acumulada em outros departamentos — 49% dos gestores disseram exercer o papel em áreas diferentes da administração municipal.

De acordo com o levantamento, a falta de estrutura e de políticas preventivas dificulta a resposta rápida a crises e amplia as perdas.
Para a CNM, isso reflete uma desassistência crônica na gestão de riscos locais.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, defende uma ação coordenada entre União, estados e municípios.
Segundo ele, é “urgente” um apoio federativo contínuo, com recursos e capacitação técnica para fortalecer a gestão municipal de riscos e desastres.

Hoje, 67% das prefeituras afirmam precisar de auxílio financeiro para prevenção, e 70% relatam que seus gastos mensais com defesa civil não passam de R$ 50 mil — valor insuficiente para ações estruturantes.

Uma das alternativas sugeridas pela CNM é o uso de consórcios intermunicipais para ampliar a capacidade de resposta dos municípios.
Atualmente, apenas 15% das cidades participam desse tipo de parceria voltada à Defesa Civil.

A entidade reforça que a cooperação regional, aliada à troca de experiências e à realização de conferências periódicas, é essencial para desenvolver políticas públicas eficazes de adaptação e mitigação climática.

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Brasil e Mundo

Amazônia e Cerrado registram queda de 11% no desmatamento

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Segundo Marina Silva, dados reforçam compromisso do governo Lula com o desmatamento zero até 2030

O desmatamento na Amazônia e no Cerrado caiu 11% entre agosto de 2024 e julho de 2025, segundo o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Na Amazônia, foram desmatados 5.796 km² — a terceira menor taxa desde 1988 e o terceiro ano consecutivo de redução. No Cerrado, a taxa foi de 7.235 km², marcando o segundo ano seguido de queda após cinco anos de alta.

O Pará, Mato Grosso e Amazonas concentraram 80% do desmatamento na Amazônia Legal, enquanto o Tocantins registrou a maior redução proporcional, de 62%. Já no Cerrado, a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) respondeu por 78% da área desmatada.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que os resultados confirmam o compromisso do governo federal com a meta de desmatamento zero até 2030. “A redução do desmatamento é prova de que a agenda ambiental é prioritária e transversal no governo do presidente Lula. Isso é essencial para o enfrentamento das mudanças climáticas e para o bem-estar dos brasileiros”, destacou.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou o papel do Inpe no monitoramento. “Os resultados não são obra do acaso. O monitoramento de precisão do Inpe é o alicerce que permite orientar ações de combate ao desmatamento”, afirmou.

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Brasil e Mundo

Mata Atlântica perde 2,4 milhões de hectares em 40 anos

© Fernando Frazão/Agência Brasil
Metade do desmatamento atinge florestas maduras do bioma
Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil

A Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta, perdeu 2,4 milhões de hectares de florestas nas últimas quatro décadas — o equivalente a 8,1% da área total registrada em 1985.

O dado é do MapBiomas, divulgado nesta segunda-feira, dia 27, e confirma que o bioma mais degradado do Brasil mantém apenas 31% de sua vegetação natural.

Segundo os pesquisadores, metade do desmatamento recente ocorreu em áreas com mais de 40 anos — florestas maduras, essenciais para o equilíbrio climático, o armazenamento de carbono e a preservação da biodiversidade.

Desde o início da colonização, a Mata Atlântica vem cedendo espaço para as atividades humanas. Em 1985, o bioma já havia preservado apenas 27% de sua área florestal original.

“A vegetação natural foi substituída para abrir espaço à agricultura e à urbanização. Depois da promulgação da Lei da Mata Atlântica, houve uma leve recuperação em algumas áreas, mas o ritmo de destruição segue alto”, explica Natália Crusco, da equipe do MapBiomas.

Desde 1985, a área agrícola quase dobrou, ocupando atualmente 33% da produção nacional dentro do bioma. O crescimento de lavouras como soja (343%), cana-de-açúcar (256%) e café (105%) ampliou a pressão sobre as áreas nativas, enquanto as pastagens perderam 8,5 milhões de hectares no período.

A silvicultura — cultivo comercial de árvores — também avançou. Em 40 anos, a atividade quintuplicou de área, representando hoje mais da metade de toda a silvicultura do país.

O crescimento urbano duplicou desde 1985. Hoje, três em cada quatro municípios (77%) da Mata Atlântica expandiram suas áreas urbanizadas.
Mais de 80% desses municípios ainda têm cidades pequenas, com menos de mil hectares urbanizados.
As exceções são as capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, que ultrapassam 30 mil hectares cada.

Mesmo com a redução no ritmo de desmatamento, o estudo aponta que, nos últimos cinco anos, ainda se perderam em média 190 mil hectares de floresta por ano.

Cerca da metade dessas perdas atinge florestas maduras, que armazenam grande parte do carbono da Mata Atlântica e garantem serviços ecossistêmicos vitais, como regulação climática e proteção de mananciais.

A recuperação da vegetação nativa é essencial para reduzir os impactos das mudanças climáticas, proteger a fauna e manter o abastecimento de água em grandes centros urbanos.

Iniciativas de restauração ecológica e o cumprimento rigoroso da Lei da Mata Atlântica são caminhos apontados pelos especialistas para reverter o cenário.

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Valinhos

Valinhos ganha nova microfloresta com o plantio de 700 mudas no Dia da Árvore

‘Vale dos Ipês’ conta com 700 mudas e celebra o compromisso da cidade com a preservação ambiental

Valinhos reafirmou seu compromisso com a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida ao criar sua segunda microfloresta urbana, a ‘Vale dos Ipês’. A nova área, localizada em uma das alças do Viaduto Laudo Natel, recebeu 700 mudas de diferentes espécies, incluindo 50 ipês-amarelos doados pela CPFL Paulista. A ação aconteceu no último domingo, 21 de setembro, Dia da Árvore.

O prefeito Franklin Duarte de Lima e o vice-prefeito Luiz Mayr Neto participaram do plantio simbólico, junto com representantes da CPFL, secretários municipais, servidores e integrantes do grupo ‘Escoteiro Valinhos 252’.

Além do plantio, a Prefeitura assinou um termo de adesão ao programa ‘Arborização Mais Segura’, uma parceria com a CPFL Paulista. O prefeito destacou que o projeto de microflorestas visa criar um “grande cinturão verde” na cidade, com mais de 1.300 mudas plantadas até agora.

Compromisso com o meio ambiente e a segurança

O prefeito Franklin reforçou o papel da parceria com a CPFL.

“Assinamos com coragem o termo do Arborização Mais Segura, pois estamos enfrentando um problema de 40 anos com arborização indevida que causa prejuízo e insegurança para as pessoas”, disse. Ele prometeu que a cada árvore retirada, cinco novas serão plantadas, garantindo que o atual governo será o que mais plantará árvores na área urbana de Valinhos.

O projeto de Microfloresta Urbana é uma iniciativa de recuperação ambiental que fortalece a arborização e contribui para a alimentação e atração da fauna local. O secretário do Verde e da Agricultura, André Reis, explicou que o projeto integra o Programa Reconecta da Região Metropolitana de Campinas (RMC), que incentiva a criação de corredores ecológicos.

“O ato de hoje reforça o compromisso do prefeito Franklin de cumprir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU”, afirmou André. Ele destacou que o projeto se alinha, em especial, ao 13º ODS, que visa combater as mudanças climáticas.

‘Arborização Mais Segura’

O programa ‘Arborização Mais Segura’ visa contribuir para a revitalização gradativa da arborização urbana, buscando uma convivência mais harmônica com as infraestruturas das cidades, incluindo a rede elétrica, de água, de esgoto, de telefonia, calçamentos e iluminação pública, além da substituição de árvores que apresentem saúde comprometida ou ainda ofereçam riscos à população. O convênio terá validade de 3 anos e prevê a substituição de pelo menos 300 árvores localizadas sob a fiação elétrica na área urbana, eliminando riscos de contato com a rede energizada.

A iniciativa contempla ainda o plantio compensatório, com mudas doadas pela CPFL, além da execução de laudos técnicos, sinalização, manejo e implantação do ‘Espaço-Árvore’ em calçadas que receberem as novas espécies.

“Essa parceria entre a CPFL e a Prefeitura é importante para Valinhos, pois é um projeto que traz um arrefecimento na temperatura do local e biodiversidade e queremos estendê-lo no município”, disse Fernando Amaral Zica, consultor de relacionamento da CPFL que esteve na assinatura do termo juntamente com o gerente de operações de campo, Ricardo Anacleto da Silva, e Pedro de Aro, gerente comercial da empresa.

“Para a CPFL é uma honra essa parceria com Valinhos que assume um papel de destaque dentro da nossa concessão, dos mais de 300 municípios que atendemos. O Arborização Mais Segura é um programa responsável, onde os prefeitos que gostam do verde, como o Franklin, selam essa parceria de maneira que a gente consiga plantar árvores em locais mais adequados, de uma forma mais sustentável, para termos qualidade de vida e uma energia elétrica mais consistente”, concluiu Pedro.

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Brasil e Mundo

Lula propõe criação de conselho na ONU para monitorar ações climáticas

© Ricardo Stuckert/PR
Presidente cobrou compromisso com metas para redução do efeito estufa
Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil
Em seu discurso na abertura da 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade trazer o combate à mudança do clima para o coração da ONU. Lula propôs a criação de um conselho para monitoramento das ações climáticas globais.

O presidente reforçou a importância do espaço de multilateralismo cumprido pela ONU há 80 anos e destacou a necessidade de modernização desses espaços, com a criação de um conselho vinculado à Assembleia Geral “com força e legitimidade para monitorar compromissos”, e que, segundo Lula, dará coerência à ação climática.

“Bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática. O ano de 2024 foi o mais quente já registrado. A COP30, em Belém, no Brasil, será a COP da verdade. Será o momento de os líderes mundiais provarem a seriedade de seu compromisso com o planeta”, destacou.

Lula voltou a reforçar a necessidade de os países apresentarem Contribuições Nacionalmente Determinada (NDCs na sigla em inglês) ambiciosas para a redução das emissões de gases do efeito estufa – a exemplo do Brasil, que definiu a meta de 59% a 67%, em 2035. As NDCs são os compromissos que cada país assume para reduzir a emissão de gases do efeito estufa que aquecem a Terra e são o principal motor das mudanças climáticas. Até o momento, apenas 29 países apresentaram suas NDCs, segundo o Itamaraty.

“Sem ter as chamadas NDCs caminharemos de olhos vendados para o abismo”, reforçou.

COP 30 e Fundo para Florestas

O presidente brasileiro lembrou a importância de todos os líderes partirem para a ação climática, indo além da negociação, de forma justa e equilibrada entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento.

“Em Belém, o mundo vai conhecer a realidade da Amazônia. O Brasil já reduziu pela metade o desmatamento da região nos dois últimos anos”, reforçou Lula sobre a ação promovida na sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em novembro.

Lula também destacou o lançamento do mecanismo de conservação das florestas tropicais proposto pelo Brasil, como um instrumento de enfrentamento à mudança do clima.

“Fomentar o desenvolvimento sustentável é o objetivo do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que o Brasil pretende lançar para remunerar os países que mantêm suas florestas em pé”, diz

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RMC

Dia da Árvore: Campinas sedia videoconferência sobre o futuro das cidades verdes

O encontro virtual reunirá representantes de instituições ambientais e especialistas que irão compartilhar experiências, discutir os desafios da arborização urbana e apresentar estratégias para tornar as cidades mais verdes, resilientes e sustentáveis

A Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade de Campinas (Seclimas) e a Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) promovem, neste próximo domingo, 21 de setembro, Dia da Árvore, às 11h, a videoconferência “A Importância da Arborização nas Cidades”. A atividade integra a programação da Semana da Árvore, que mobiliza diferentes iniciativas de educação, debate e conscientização ambiental em Campinas.

O encontro virtual reunirá representantes de instituições ambientais e especialistas que irão compartilhar experiências, discutir os desafios da arborização urbana e apresentar estratégias para tornar as cidades mais verdes, resilientes e sustentáveis.

Programação

A moderação do debate será conduzida por Andréa Struchel, assessora técnica da Seclimas e diretora jurídica da Anamma Nacional, e por Mario Mantovani, presidente da Fundação Florestal de São Paulo.

Na abertura, participam o secretário do Clima de Campinas, Braz Adegas Junior, que também é coordenador da Câmara Temática de Saneamento e Meio Ambiente da Região Metropolitana de Campinas (RMC); Marcela Puppin, diretora do Departamento de Adaptação e Mitigação Climática da Seclimas; e Marcelo Marcondes, presidente da Anamma SP.

A palestra principal ficará a cargo de José Renato Beloto, diretor de Arborização Urbana da Anamma SP.

Destaque

Entre os assuntos que serão debatidos, estão:

♦ Arborização urbana e qualidade de vida

♦  Planejamento e gestão de áreas verdes em escala metropolitana

♦  Políticas públicas e legislação ambiental estadual

♦ A árvore como peça-chave para adaptação e mitigação das mudanças climáticas.

A videoconferência será transmitida ao vivo pelo canal da Seclimas no YouTube (https://www.youtube.com/@secretariadoclimacampinas), com o objetivo de aprofundar o debate sobre o papel da arborização na melhoria da qualidade de vida, na preservação ambiental e no enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas. O acesso é aberto a todos os interessados.

 

SERVIÇO

Videoconferência: “A Importância da Arborização nas Cidades”

Data: 21/09 (domingo)

Horário: 11h

Assista on-line: YouTube da Seclimas (https://www.youtube.com/@secretariadoclimacampinas)

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Brasil e Mundo

Amazônia perdeu área de floresta do tamanho da França

Estudo do Mapbiomas mostra que o bioma perdeu 52 milhões de hectares em 40 anos, aproximando-se de ponto de não retorno

A forma como o ser humano ocupou a Amazônia nos últimos 40 anos acelerou a ameaça sobre a maior floresta tropical do mundo. Uma análise do Mapbiomas revela que, entre 1985 e 2024, o bioma perdeu impressionantes 52 milhões de hectares de vegetação nativa. Isso equivale à área total da França e representa 13% do território amazônico.

Com essa conversão, a Amazônia já perdeu 18,7% de sua vegetação nativa. O pesquisador do Mapbiomas, Bruno Ferreira, alerta que “a Amazônia brasileira está se aproximando da faixa de 20% a 25% prevista pela ciência como o possível ponto de não retorno do bioma, a partir do qual a floresta não consegue mais se sustentar”.

 

A Velocidade da Destruição

A velocidade da conversão da cobertura do solo surpreende os pesquisadores. Nos últimos 40 anos, 83% do total da vegetação nativa suprimida foi convertida para atividades como pecuária, agricultura, silvicultura e mineração.

As pastagens, por exemplo, passaram de 12,3 milhões de hectares em 1985 para 56,1 milhões em 2024. A agricultura, por sua vez, avançou 44 vezes, saltando de 180 mil para 7,9 milhões de hectares. Além disso, a mineração e a silvicultura de espécies exóticas também registraram aumentos significativos no período.

O estudo destaca que a lavoura de soja é a principal cultura no bioma, ocupando 74,4% de toda a área agrícola da Amazônia. Embora o acordo comercial da Moratória da Soja de 2008 proíba a compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após essa data, a maior parte da expansão da soja na região, cerca de 4,3 milhões de hectares, ocorreu após a moratória. No entanto, 3,8 milhões de hectares desse total foram plantados sobre áreas já convertidas, como pastagens.

Impactos Visíveis e Medidas Governamentais

A perda de floresta já causa impactos visíveis, como a retração de 2,6 milhões de hectares de superfícies de água na Amazônia. As áreas úmidas do bioma estão mais secas, especialmente na última década, que registrou os oito anos mais secos em 40 anos.

Por outro lado, o Ministério do Meio Ambiente tem implementado medidas para combater o desmatamento. A criação da Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento (CIPPCD), que reúne 19 ministérios, busca coordenar ações de fiscalização e políticas de preservação.

O governo também reativou o Fundo Amazônia para financiar projetos estaduais e municipais de preservação. Os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), do INPE, indicam uma possível redução de 45,7% nos alertas de desmatamento entre 2023 e 2024. O objetivo é zerar o desmatamento ilegal até 2030, com foco no combate ao garimpo e no avanço das fronteiras agrícolas.

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RMC

Campinas celebra a Semana da Árvore com programação educativa

Ações da Prefeitura promovem a educação ambiental e o plantio de mudas de 15 a 22 de setembro

A Semana do Dia da Árvore 2025, comemorado em 21 de setembro, começou em Campinas nesta segunda-feira, 15 de setembro. A iniciativa, organizada pela Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas) e pelos Centros de Educação Ambiental (CEAs), oferece uma programação diversificada até o dia 22 de setembro. O objetivo é destacar a importância da arborização urbana e da educação socioambiental, combatendo os efeitos das mudanças climáticas.

Programação online e descentralizada

A abertura do evento aconteceu com duas transmissões ao vivo no canal oficial da Seclimas no YouTube. Às 10h, o programa “Integra CEAs” apresentou as atividades da semana. Mais tarde, às 14h, o “Integra Verde” discutiu a relevância dos espaços verdes para a saúde e o bem-estar.

Além das atividades online, a programação conta com ações presenciais em diversos CEAs de Campinas. De 16 a 20 de setembro, os CEAs Bosque dos Jequitibás, Museu da Água, Mata de Santa Genebra e Estação Joaquim Egídio recebem o público para uma série de atividades gratuitas, como palestras, exposições, trilhas ecológicas, caminhadas noturnas, visitas monitoradas e mutirões de plantio.

Celebração e encerramento

No Dia da Árvore, 21 de setembro, a celebração continua com uma transmissão especial do “Integra RMC” às 11h, que abordará a importância da arborização nas cidades. A programação se encerra em 22 de setembro com um Plantio Comunitário de Espécies Nativas no Equinócio de Primavera. A ação simbólica, que acontece no Swiss Park, terá a participação de moradores e voluntários e do Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima.

Para a coordenadora de Educação Ambiental da Seclimas, Vanessa Palma, os CEAs desempenham um papel vital em um período de emergências climáticas. Segundo ela, “a missão dos centros é dialogar de forma simples e direta com a comunidade, utilizando os principais elementos de mitigação e adaptação para conscientizar sobre a transformação do planeta.”

O secretário de Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade de Campinas, Braz dos Santos Adegas Júnior, reforça o caráter descentralizado da iniciativa, que busca ampliar a educação ambiental na cidade.

“Esses espaços garantem que a sustentabilidade seja vivenciada diariamente, fortalecendo a cidadania e a consciência ambiental”, explica.

 

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Brasil e Mundo

Lula e chanceler alemão conversam e reafirmam cooperação ambiental

Líderes dialogaram sobre COP30 e acordo Mercosul-União Europeia
Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, conversaram por telefone na tarde desta quinta-feira, dia 11, informou o Palácio do Planalto. A ligação durou cerca de meia hora.

“Ao recordar a tradicional cooperação em matéria de meio ambiente e enfrentamento da mudança do clima, o presidente Lula ressaltou a importância da COP30 em Belém para reunir compromissos climáticos ambiciosos e à altura da crise climática que o planeta vive. O chanceler federal Merz afirmou que a Alemanha se fará representar em alto nível na COP de Belém”, destacou o Planalto, em nota.

Os dois mandatários também reafirmaram o compromisso com a defesa da democracia e do multilateralismo e saudaram o encaminhamento do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia para apreciação pelo Conselho Europeu, anunciado na semana passada. A expectativa é que o acordo possa ser assinado pelos dois blocos ainda este ano, criando um mercado de mais de 700 milhões de pessoas e que corresponderá 26% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

A União Europeia e o bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai completaram as negociações sobre o acordo em dezembro passado, cerca de 25 anos após o início das conversações. Agora, ele será submetido à aprovação da União Europeia, exigindo votação no Parlamento Europeu e maioria qualificada entre os governos da UE, ou seja, 15 dos 27 membros que representam 65% da população do bloco.

Não há garantia de aprovação em nenhum dos casos e ainda há resistência de grandes países europeus, especialmente da França, cujo setor agrícola teme impactos da concorrência com o agronegócio brasileiro.

Lula e Merz também acordaram em realizar, no ano que vem, uma terceira reunião de alto nível entre os dois países, que vêm ocorrendo desde 2023. O presidente brasileiro confirmou a participação do país como homenageado na Feira Industrial de Hannover de 2026. O governo federal deve montar cinco pavilhões e viabilizar a presença de 160 empresas brasileiras no evento.

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RMC

Indaiatuba participa de plantio de árvores COP30

Ação acontecerá no Dia da Árvore, 21 de setembro, e envolverá municípios de todo País

Indaiatuba participará do Plantio Simultâneo de Árvores pela COP30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A ação acontecerá em todo o país no Dia da Árvore, dia 21 de setembro, com o objetivo de promover a conferência anual das Nações Unidas, que este ano ocorrerá de 10 a 21 de novembro na cidade de Belém (PA).

A mobilização será realizada no Centro Esportivo Jardim Morada do Sol “Rei Pelé”, com início às 10h, e será coordenada pela Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente. Na data, serão plantadas 400 mudas de espécies do Bioma Mata Atlântica, e a população está convidada a participar.

A participação da cidade no Plantio Simultâneo veio a convite da ONG Brasil Eco Planetário, um dos promotores da ação, que trabalha em conjunto com outras organizações da sociedade civil, órgãos governamentais e a própria organização da COP30.

A proposta é integrar à agenda da Conferência Mundial as iniciativas locais em prol da sustentabilidade e da recuperação ambiental.

Para o prefeito Dr. Custódio Tavares (MDB), o apoio de Indaiatuba ao movimento reforça a atuação ativa da cidade na agenda ambiental e com os compromissos climáticos globais.

“Essa é uma ação simbólica, mas sabemos que vai muito além de melhorar a arborização urbana. O objetivo é fazer um esforço conjunto com foco nos compromissos climáticos mundiais, e Indaiatuba não poderia deixar de participar. Estamos convidando a população para se unir ao poder público para, juntos, fortalecermos a nossa responsabilidade ambiental”, reforçou o prefeito.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas reúne líderes mundiais, cientistas e representantes de diversas organizações para debater e definir estratégias de combate às alterações climáticas.

É esperado para a COP30 um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência, incluindo as equipes da ONU e delegações de países membros.

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