INTERNACIONAL

Brasil e Mundo

Empresa brasileira vence prêmio global Earthshot por restaurar florestas

Earthshot: entenda por que empresa brasileira e outras organizações foram premiadas

A empresa brasileira re.green, sediada no Rio de Janeiro, conquistou nesta quarta-feira, dia 5, o prêmio internacional Earthshot Prize 2025, um dos mais prestigiados reconhecimentos ambientais do mundo.

A cerimônia aconteceu no Museu do Amanhã, no Rio, com a presença do príncipe William, criador da iniciativa. Cada vencedor recebeu 1 milhão de libras (cerca de R$ 7 milhões) para ampliar projetos de impacto climático.

A re.green venceu na categoria “Proteger e recuperar a natureza” por seu trabalho de restauração de áreas desmatadas em larga escala e geração de créditos de carbono.

Criada em 2021, a empresa atua na recuperação ecológica de biomas como a Amazônia e a Mata Atlântica, com foco em devolver a biodiversidade e os subsistemas originais das florestas.

Segundo o CEO Thiago Picolo, a re.green já mantém 37 mil hectares em recuperação ou recuperados nos estados da Bahia, Pará, Maranhão e Mato Grosso. “Nosso objetivo é restaurar ecossistemas inteiros, não apenas reflorestar. Queremos que as áreas voltem a ser como eram antes do desmatamento”, afirmou.

A diretora de Relações Institucionais, Mariana Barbosa, explicou que 17 mil hectares já estão em fase ativa de restauração. “O plantio já começou, e a floresta está voltando a crescer”, destacou.

Além da re.green, o Earthshot Prize premiou iniciativas dos EUA, Bangladesh, Nigéria, Colômbia e África, em cinco categorias voltadas à regeneração do planeta.

O que é o Earthshot Prize

Lançado em 2020 pelo príncipe William, o Earthshot Prize busca reconhecer soluções inovadoras para enfrentar os maiores desafios ambientais do planeta até 2030.

A iniciativa premia anualmente cinco projetos em diferentes áreas — clima, natureza, ar limpo, oceanos e resíduos — cada um com apoio financeiro e visibilidade global.

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Brasil e Mundo

A morte de um ícone da justiça: Juiz Frank Caprio morre aos 88 Anos nos EUA

O juiz, conhecido por suas decisões compassivas e bom humor no programa “Caught In Providence”, faleceu nos Estados Unidos. Sua popularidade alcançou o Brasil, onde era amado por milhões de fãs

O juiz Frank Caprio, carinhosamente chamado de “o melhor juiz do mundo” por seus admiradores, faleceu nesta quarta-feira, dia 20, nos Estados Unidos.

Ele tinha 88 anos e a causa da morte foi um câncer no pâncreas. Sua família confirmou a notícia do falecimento nas redes sociais, gerando uma onda de comoção global.

Caprio alcançou fama internacional com o programa de televisão “Caught In Providence”, que ele gravava em seu tribunal em Rhode Island.

No programa, ele mostrava decisões judiciais inusitadas e cheias de compaixão e bom humor, cativando uma audiência imensa.

Ele se tornou conhecido por humanizar a justiça. Por exemplo, ele pedia que crianças ajudassem a julgar os pais em algumas audiências e cancelava multas de estudantes do ensino médio com a condição de que prometessem seguir os estudos na faculdade.

Um legado de compaixão e gentileza

Em um comunicado emocionado, a família destacou o legado de Caprio. “Amado por sua compaixão, humildade e crença inabalável na bondade das pessoas, o juiz Caprio tocou a vida de milhões por meio de seu trabalho no tribunal e além dele. Seu carinho, bom humor e gentileza deixaram uma marca eterna em todos que o conheceram”, diz a nota.

A popularidade de Caprio não se limitou aos Estados Unidos. Os brasileiros, em particular, o amavam e sempre enchiam suas redes sociais com mensagens de carinho. Em sua última publicação em vida, muitos brasileiros deixaram comentários de apoio e orações por sua recuperação, mostrando o quanto ele era querido por aqui.

Em homenagem ao juiz, o governador de Rhode Island, Dan McKee, decretou luto estadual. Assim, as bandeiras em prédios públicos do estado serão hasteadas a meio mastro.

“Em nível pessoal, ele foi um amigo que enfrentou sua doença com bravura, e sentirei muita falta dele”, lamentou McKee.

O legado de Frank Caprio, portanto, transcende os tribunais, e as pessoas o lembrarão como um exemplo de humanidade e justiça.

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Alternativa

Ateliê Lili Benatti recebe exposição da artista italiana Maria Teresa Canalella em Valinhos

A exposição contará com peças pintadas à mão, criadas em solo italiano e transportadas especialmente para esta mostra

No proximo dia 25, segunda-feira, o Ateliê Lili Benatti abre suas portas para uma noite especial de arte, cultura e conexão: a artista visual Maria Teresa Canalella, formada pela renomada Academia de Belas Artes de Brera (Milão), apresenta pela primeira vez no Brasil uma seleção de obras que transitam entre a pintura e a cerâmica, com forte carga simbólica e afetiva.

A exposição contará com peças pintadas à mão, criadas em solo italiano e transportadas especialmente para esta mostra. A noite também terá música ao vivo e um coquetel afetivo, reforçando a proposta do ateliê de criar experiências sensoriais e acolhedoras.

A presença de Maria Teresa Canalella em Valinhos ganha ainda mais significado quando lembramos que a cidade é marcada por uma forte influência da cultura italiana — presente nas famílias, tradições e expressões artísticas locais. Valinhos celebra anualmente o Dia do Imigrante Italiano (21 de fevereiro), instituído por Lei Federal, em homenagem à chegada dos primeiros imigrantes em 1874. E desde 1996, também comemora o Dia da Comunidade Italiana (2 de junho), reconhecendo o impacto histórico e cultural dessa presença na região.

“Receber uma artista como Maria Teresa é mais que uma honra: é também um gesto simbólico de reconexão com nossas raízes, com a arte feita à mão e com o afeto que une culturas”, afirma Lili Benatti, ceramista e anfitriã do evento.

 

SERVIÇO

Data: 25 de agosto de 2025 (segunda-feira)

Horário: Das 19h às 21h

Local: Ateliê Lili Benatti – Av. Independência, 1136 – Valinhos/SP

Evento gratuito com vagas limitadas

Confirmação de presença: (19) 99852-1136

Instagram: @lilibenatti.ceramica

 

Currículo Artístico de Maria Teresa Canalella

 Formação Acadêmica

  • 1988: Formada em Pintura pela Academia de Belas Artes de Brera, Milão.

Tese em História da Arte sobre Emilio Vedova, orientada por Luciano Caramel.

 Exposições Individuais (seleção)

  • 2023 – Limine, instalação e performance com a participação de Davide Giannella (curador), Cristina Crippa (atriz), Elio De Capitani (ator e diretor), espaço Teatro Elfo Puccini, Milão.
  • 2017 – Ogni cosa è sospesa, espaço Artivisive, Lissone.
  • 2013 – Permanenze, espaço Magolfa, Milão.
  • 2005 – Memoria, Casa da Memória, Sesto San Giovanni.
  • 2003 – In transito, instalação site-specific, Biblioteca Central, Sesto San Giovanni.
  • 2001 – Trame, Biblioteca Comunale, Cologno Monzese.
  • 1997 – Passaggi, Galeria Il Naviglio, Milão.
  • 1992 – Dissolvenze, espaço via San Gregorio, Milão.
  • 1990 – Ombre, espaço via Sannio, Milão.

 Exposições Coletivas (seleção)

  • 2024 – Corpi che resistono, exposição coletiva no espaço M77, Milão, curadoria de Francesca Alfano Miglietti.
  • 2021 – Antropocene, projeto coletivo, instalação e performance em colaboração com estudantes, curadoria de Silvia Cirelli, Museu de História Natural, Milão.
  • 2019 – Sospensioni, mostra coletiva, espaço A77, Milão.
  • 2015 – Identità plurime, Galeria Artra, Milão.
  • 2008 – Tracce, Exposição Internacional de Arte Feminina, Turim.
  • 2002 – Femminile plurale, Villa Visconti Borromeo, Cassano d’Adda.
  • 1998 – Arte al femminile, Palazzo delle Stelline, Milão.
  • 1993 – Prospettive, Palazzo Comunale, Cernusco sul Naviglio.

 Prêmios e Sinalizações

  • Finalista no Prêmio Arte Laguna, Veneza, seção de Instalação (2018).
  • Sinalização no Prêmio Celeste, Milão (2010).
  • Sinalização no Prêmio Arti Visive San Fedele, Milão (1995).

 Intervenções e Projetos Específicos

  • 2022 – Frammenti di memoria, intervenção no espaço público, bairro Niguarda, Milão.
  • 2016 – Territori interiori, instalação e oficina com mulheres migrantes, Centro Intercultural, Milão.
  • 2012 – Trame urbane, ação artística em colaboração com escolas secundárias, Sesto San Giovanni.
  • 2006 – Luoghi di confine, instalação e vídeo, espaço ex-industrial Breda, Sesto San Giovanni.
  • 2000 – Tracce di donna, percurso expositivo nos bairros periféricos de Milão.

 Atividades Didáticas e Educativas

  • Professora de Artes Visuais no ensino médio (desde 1990).
  • Condução de oficinas artísticas em colaboração com museus, associações e escolas.
  • Participação em projetos educativos sobre arte e inclusão social.
  • Palestrante em seminários sobre arte contemporânea e didática da arte.

 Linguagens e Temas de Pesquisa

  • Trabalho artístico baseado na pintura gestual, colagem e instalação.
  • Exploração do conceito de “limite” como espaço simbólico e físico.
  • Investigação sobre identidade feminina, memória coletiva e relação com o território.
  • Utilização de materiais frágeis (tecidos, papéis, fios) como metáfora de resistência e transformação.

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Brasil e Mundo

Lula recebe ligação de Putin e conversa sobre guerra na Ucrânia

© Ricardo Stuckert / PR

Cenário econômico internacional também esteve na pauta
Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste sábado, dia 9, uma ligação telefônica do presidente da Rússia, Vladmir Putin. A conversa durou cerca de 40 minutos.

Em nota, o Palácio do Planalto confirmou que Lula e Putin trataram dos esforços pela paz entre a Rússia e Ucrânia e compartilharam informações sobre discussões em curso com os Estados Unidos.

Durante a conversa, o presidente brasileiro reafirmou que o país sempre defendeu o diálogo para tratar do conflito.

“O presidente Lula enfatizou que o Brasil sempre apoiou o diálogo e a busca de uma solução pacífica e reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz, lançado por iniciativa de Brasil e China”, informou o Planalto.

Os presidentes também trataram de assuntos bilaterais e do cenário político e econômico internacional.

“O presidente Putin parabenizou o Brasil pelos resultados da Cúpula do Brics, realizada nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Na esfera bilateral, reforçaram a intenção de organizar a próxima edição da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia ainda este ano”, informou o Planalto.

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Brasil e Mundo

Reino Unido vai reconhecer Palestina se Israel rejeitar cessar-fogo

© Reuters/Clodagh Kilcoyne/Direitos Reservados
Decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer
Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
O governo do Reino Unido informou, nesta terça-feira, dia 29, que vai reconhecer a Palestina como um Estado, até setembro deste ano, caso Israel não aceite certas condições para aliviar o sofrimento dos civis na Faixa de Gaza. Tel Aviv é contra a criação de um Estado palestino.

A decisão foi divulgada cinco dias após a França anunciar que vai reconhecer, também em setembro, o Estado da Palestina nas Nações Unidas. Com isso, França e Reino Unido podem se tornar as duas primeiras potências ocidentais a reconhecerem a Palestina.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que o gabinete tomou a decisão hoje.

“Em Gaza, devido a uma falha catastrófica na ajuda humanitária, vemos bebês famintos, crianças fracas demais para se manterem em pé, imagens que permanecerão conosco por toda a vida. O sofrimento precisa acabar”, disse.

As condições elencadas pelo chefe do governo britânico ao governo de Israel para evitar o reconhecimento da Palestina são:

  • Que o governo de Benjamin Netanyahu tome medidas substantivas para pôr fim à terrível situação em Gaza;
  • Que concorde com um cessar-fogo e se comprometa com uma paz sustentável de longo prazo “reavivando a perspectiva de uma solução de dois Estados”;
  • Que permita à ONU distribuir ajuda humanitária nos territórios palestinos ocupados;
  • Que deixe claro que não haverá anexações na Cisjordânia.

O primeiro-ministro Keir Starmer acrescentou que a mensagem ao Hamas continua a mesma: “Eles devem libertar imediatamente todos os reféns, assinar um cessar-fogo, desarmar-se e aceitar que não participarão do governo de Gaza”, completou.

Ao todo, mais de 140 dos cerca 190 países da ONU já reconhecem a Palestina como Estado, incluindo o Brasil, que fez esse reconhecimento em 2010. Na Europa, dos 27 Estados, apenas Eslovênia, Suécia, Espanha, Irlanda e Noruega reconhecem a Palestina como Estado.

Nesta semana, uma conferência da ONU discute a solução de dois Estados para crise na Palestina. Os países debatem medidas para tornar os dois Estados uma realidade.

Israel

O governo de Tel Aviv rejeita a criação de um Estado palestino. Por meio de nota, o governo israelense criticou a declaração do primeiro-ministro do Reino Unido.

“A mudança na posição do governo britânico neste momento, após a ação francesa e as pressões políticas internas, constitui uma recompensa para o Hamas e prejudica os esforços para alcançar um cessar-fogo em Gaza e uma estrutura para a libertação de reféns”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Entenda

Com o anúncio do Reino Unido, cresce a pressão sobre Israel para que assine um cessar-fogo e permita a entrada desimpedida de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

A fome que assola os quase 2 milhões de pessoas de Gaza devido ao bloqueio israelense tem contribuído para aumentar o isolamento internacional de Israel e dos Estados Unidos em relação ao conflito no enclave palestino. A ONU afirma que Israel usa a fome como arma de guerra.

O governo de Benjamin Netanyahu, contrariando todas as evidências, diz que não há fome no território palestino, afirmação questionada até pelo aliado Donald Trump, que reconheceu a fome em Gaza.

Nesta terça-feira, dia 29,  chegou-se à marca dos mais de 60 mil palestinos assassinados em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um ataque surpresa contra vilas ao Sul de Israel, matando cerca de 1,2 mil pessoas e fazendo mais de 200 reféns.

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Brasil e Mundo

Iêmen ameaça barcos dos EUA no Mar Vermelho se país atacar Irã

© army21yemen/X
Bombardeiros americanos deslocam-se ao Pacífico, diz agência Reuters
Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
As Forças Armadas do Iêmen ameaçaram neste sábado, dia  21, atacar barcos dos Estados Unidos (EUA) que trafeguem no Mar Vermelho caso o governo de Donald Trump decida entrar diretamente na guerra entre Israel e Irã.

Em comunicado, o porta-voz do Exército do Iêmen, Yanya Saree, disse que os militares estarão de prontidão para atacar os navios comerciais e de guerra dos EUA na região.

“Se os americanos estiverem envolvidos com o inimigo israelense em um ataque contra o Irã, as Forças Armadas do Iêmen atacarão seus barcos e navios de guerra no Mar Vermelho. As Forças Armadas estão acompanhando, monitorando toda as ações na região, incluindo movimentos hostis contra nosso país”, disse Saree em uma rede social. 

Ainda neste sábado, a agência de notícias Reuters informou que bombardeiros B-2, capazes de perfurar bunkers (estruturas geralmente subterrâneas, projetadas para proteger pessoas e equipamentos de ataques militares) deslocam-se para a Ilha de Guam, no Pacífico, segundo autoridades americanas ouvidas pelo veículo. A informação tensiona o Oriente Médio ante a expectativa da entrada de Washington na guerra.

O Iêmen diz que apoiará qualquer país árabe ou islâmico que esteja exposto à agressão de Israel ou em apoio à resistência dos palestinos. “Não abandonaremos nossos irmãos na Faixa de Gaza e não permitiremos que esta entidade criminosa apoiada pelos Estados Unidos implemente seus planos na região”, acrescentou o porta-voz do governo liderado pelos houthis, no Iêmen.

Os houthis têm atacado embarcações no Mar Vermelho em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, além de lançarem, eventualmente, mísseis em direção a Israel. Em maio, os houthis fecharam acordo com os Estados Unidos para não atacar navios daquele país, limitando sua ação contra embarcações israelenses.

Bombardeios B-2

Segundo a Reuters e outros veículos internacionais, como o New York Times, aviões B-2, que podem transportar armamentos capazes de destruir alvos subterrâneos profundos, estão sendo deslocados para o Pacífico. Especialistas alertam que tais aeronaves poderiam ser usadas para atingir instalações do programa nuclear do Irã.

Donald Trump disse que decidiria, em até duas semanas, a posição dos EUA de entrar, ou não, diretamente na guerra entre Israel e Irã.

Enquanto isso, Tel-Aviv informou neste sábado que assassinou o comandante da Força Quds do Irã, Behnam Shariyari, que cuida das relações com milícias apoiadas pelo país no Oriente Médio, como o Hezbollah e o Hamas.

Israel ainda informou que bombardeou novamente a unidade nuclear na província de Isfahan. Esta é a quinta instalação do programa nuclear do Irã atacada por Israel. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que, apesar de, por enquanto, não ter identificado vazamentos radioativos, há riscos de vazamentos com graves consequências, não só para o Irã, mas para países vizinhos.

A guerra entre Israel e Irã entra no nono dia, com a morte de mais de 430 iranianos e cerca de 30 israelenses, segundo estimativas oficiais dos dois países.

Conflito

Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual Irã é signatário.

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump. 

Apesar de Israel não aceitar que o Irã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.

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Brasil e Mundo

Trump anuncia ataque a três usinas nucleares do Irã

Donald Trump, presidnete dos Estados Unidos – Reuters/Carlos Barria/Proibida reprodução

Presidente dos EUA usou redes sociais para divulgar ação

Agência Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em suas redes sociais um anúncio de ataque a três usina nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. De acordo com ele, os bombardeios foram realizadas por militares norte-americanos, que já estariam fora do espaço aéreo do país. O principal alvo das bombas teria sido a usina de Fordow.

“Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz!”, afirmou Trump, que classificou a missão como um grande sucesso.

Mais cedo, neste sábado, a Forças Armadas do Iêmen ameaçaram atacar barcos dos Estados Unidos (EUA) que trafeguem no Mar Vermelho caso o governo de Donald Trump decidisse entrar diretamente na guerra entre Israel e Irã.

Em comunicado, o porta-voz do Exército do Iêmen, Yanya Saree, disse que os militares estarão de prontidão para atacar os navios comerciais e de guerra dos EUA na região.

“Se os americanos estiverem envolvidos com o inimigo israelense em um ataque contra o Irã, as Forças Armadas do Iêmen atacarão seus barcos e navios de guerra no Mar Vermelho. As Forças Armadas estão acompanhando, monitorando toda as ações na região, incluindo movimentos hostis contra nosso país”, disse Saree em uma rede social.

Ainda neste sábado, a agência de notícias Reuters informou que bombardeiros B-2, capazes de perfurar bunkers (estruturas geralmente subterrâneas, projetadas para proteger pessoas e equipamentos de ataques militares) deslocam-se para a Ilha de Guam, no Pacífico, segundo autoridades americanas ouvidas pelo veículo.

Conflito
Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual Irã é signatário.

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.

Apesar de Israel não aceitar que o Irã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.

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Brasil e Mundo

Agência de energia atômica defende solução negociada de Israel e Irã

Diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em Tóquio. 04/07/2023 Eugene Hoshiko/Pool via REUTERS

Rafael Grossi diz que agência de energia monitora a situação de perto

Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, defendeu o caminho negociado entre Israel e Irã para a solução do conflito. Israel bombardeou na madrugada desta sexta-feira (13) várias instalações militares e nucleares do Irã.

“Apesar das atuais ações militares e do aumento das tensões, está claro que o único caminho sustentável a seguir – para o Irã, para Israel, para toda a região e para a comunidade internacional – é aquele baseado no diálogo e na diplomacia para garantir paz, estabilidade e cooperação”, defendeu.

Em declaração ao Conselho de Diretores sobre a situação no Irã, Grossi afirmou que o desenvolvimento do conflito dos dois países é profundamente preocupante.

“Tenho afirmado repetidamente que instalações nucleares jamais devem ser atacadas, independentemente do contexto ou das circunstâncias, pois isso pode prejudicar tanto as pessoas quanto o meio ambiente. Tais ataques têm sérias implicações para a segurança, a proteção e as salvaguardas nucleares, bem como para a paz e a segurança, regionais e internacionais”, alertou.

O diretor-geral da AIEA disse que está em contato com as autoridades iranianas de segurança nuclear para verificar a situação das instalações nucleares relevantes e avaliar quaisquer impactos mais amplos na segurança e proteção nuclear.

 “Atualmente, as autoridades iranianas competentes confirmaram que a unidade de enriquecimento de Natanz foi afetada e que não há níveis elevados de radiação. Elas também relataram que, até o momento, as unidades de Esfahan e Fordow não foram afetadas”, informou.

O diretor-geral lembrou que a AIEA já emitiu numerosas resoluções da Conferência Geral sobre o tema dos ataques militares contra instalações nucleares, em particular, as que dispõem, entre outros, que “qualquer ataque armado e ameaça contra instalações nucleares destinadas a fins pacíficos constitui uma violação dos princípios da Carta das Nações Unidas, do direito internacional e do Estatuto da Agência”.

Grossi apontou ainda que a AIEA tem consistentemente alertado que “os ataques armados às instalações nucleares podem resultar em libertações radioativas com consequências graves dentro e para além das fronteiras do Estado que foi atacado”.

“Como diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, e em consonância com os objetivos da AIEA previstos no Estatuto da AIEA, apelo a todas as partes para que exerçam a máxima contenção para evitar uma nova escalada. Reitero que qualquer ação militar que coloque em risco a segurança das instalações nucleares corre o risco de graves consequências para o povo do Irã, da região e de outras partes”, alertou.

Grossi lembrou que, na quinta-feira (12), além de adotar importante resolução sobre as obrigações de salvaguardas do Irã, uma resolução do Conselho de Governadores reforçou seu apoio a uma solução diplomática para os problemas impostos pelo programa nuclear iraniano.

O diretor disse que a AIEA continua monitorando a situação de perto, está pronta para fornecer assistência técnica e permanece comprometida com seu mandato de segurança, proteção e salvaguardas nucleares em todas as circunstâncias.

Grossi informou que indicou às autoridades envolvidas na questão, sua “disposição de viajar o mais breve possível para avaliar a situação e garantir a segurança e a não proliferação no Irã”.

“Também entrei em contato com nossos inspetores no Irã e em Israel. A segurança de nossa equipe é de suma importância. Todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para garantir que eles não sejam prejudicados”, ressaltou.

Grossi lembra que, como instituição técnica internacional, a Agência Internacional de Energia Atômica tem a função de supervisionar o uso pacífico da energia nuclear e permanece como único e vital fórum para o diálogo, especialmente neste momento.

“De acordo com seu Estatuto e mandato de longa data, a AIEA fornece a estrutura e a plataforma natural onde os fatos prevalecem sobre a retórica e onde o engajamento pode substituir a escalada. Reafirmo a prontidão da Agência em facilitar discussões técnicas e apoiar esforços que promovam transparência, segurança, proteção e resolução pacífica de questões nucleares no Irã”, disse no comunicado.

ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou os ataques de Israel ao Irã e pediu “máxima contenção” aos dois lados. A declaração foi divulgada em comunicado divulgado no site do organismo internacional .

Guterres manifestou “preocupação particular com os ataques israelenses a instalações nucleares iranianas no contexto das negociações entre o Irã e os Estados Unidos sobre o status do programa nuclear iraniano”.

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Brasil e Mundo

Rússia mantém retaliação contra Ucrânia com grande ataque aéreo

Ataque com mísseis na cidade ucraniana de Sumy deixa mais de 30 mortos, em 13 de abril de 2025. – Serviço de Emergências da Ucrânia / AFP

Moscou intensificou ataques contra a Ucrânia como uma resposta a operações de Kiev em território russo na semana passada

De acordo com o órgão ucraniano, foram lançados 479 drones de ataque do tipo Shahed, juntamente com simuladores de drones, e 20 mísseis diferentes. As Forças Armadas Ucranianas afirmaram que 479 alvos foram neutralizados, com 17 mísseis e 277 drones abatidos, e outros 187 drones e dois mísseis Kh-22 que teriam sido perdidos.

Segundo relatos da Força Aérea da Ucrânia, foram atingidas as regiões de Kiev, Vinnitsa, Dnipropetrovsk, Donetsk, Zaporizhzhya, Zhytomyr, Kirovograd, Poltava, Rivne, Sumy, Kharkiv, Khmelnytsky e Chernigov.

O ataque desta segunda-feira foi considerado como um dos maiores por parte da Rússia em todo o conflito iniciado em 2022. O maior havia anteriormente sido o de 1º de junho, quando o exército russo lançou um ataque com 479 drones e mísseis.

No mesmo dia, o Serviço de Segurança da Ucrânia realizou a “Operação Teia de Aranha”, atingindo bases militares aéreas russas. O Ministério da Defesa russo, por sua vez, confirmou o lançamento de um ataque a um aeródromo das Forças Armadas Ucranianas, afirmando que a ação foi uma resposta ao que Moscou classificou como “ataques terroristas do regime de Kiev”, se referindo à operação ucraniana na semana passada.

De acordo com a pasta, a Rússia tinha como alvo uma base aérea de aviação tática das Forças Armadas Ucranianas perto de Dubno, na região de Rivne.

“Este é um dos ataques retaliatórios aos ataques terroristas realizados pelo regime de Kiev contra aeródromos militares russos;
as Forças Armadas também atacaram empresas produtoras de armas e equipamentos militares, oficinas de montagem de drones de ataque e armazéns das Forças Armadas Ucranianas. O objetivo dos ataques foi alcançado, todos os objetos designados foram atingidos”, afirmou a pasta.

Retaliação a operações em território russo

A intensificação dos ataques russos é resposta às operações ucranianas em território russo da semana passada, que aconteceram antes na véspera da segunda rodada de negociações entre Moscou e Kiev, realizada em Istambul, na Turquia.

Foram dois ataques diferentes realizados no mesmo dia, no domingo, 1º de junho. Um deles foi uma explosão de duas pontes nas regiões russas de Bryansk e Kursk. Uma delas caiu em cima de um trem de passageiros e outra levou ao descarrilamento de outro trem. Pelo menos sete pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas. Moscou classificou a ação como “um ataque terrorista do regime de Kiev”.

Já a operação em bases militares aéreas russas foi mais marcante do ponto de vista estratégico, atingindo vários aeródromos militares e danificando mais de 40 aeronaves. Não é a primeira vez que Kiev consegue atingir bases aéreas russas, mas a particularidade da operação Teia de Aranha foi ter sido planejada e executada de dentro do território russo, chegando a atingir regiões tão distantes, como a Sibéria, pela primeira vez em toda a guerra.

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Brasil e Mundo

Governo brasileiro pede libertação de ativistas detidos em Gaza

Embarcação Madeleine, da Coalizão Flotilha da Liberdade. Foto: gazafreedomflotilla/Instagram

Barco com ativistas se dirigia a Gaza para ajuda humanitária

Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil
O Ministério das Relações Exteriores publicou nota na manhã desta segunda-feira, dia 9, após Israel interceptar o navio Madleen de ajuda humanitária que se dirigia a Gaza, neste domingo (8), e deter 12 ativistas, dentre eles o brasileiro Thiago Ávila.

“Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, O Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos”, destaca o comunicado.

A nota brasileira reforça ainda “a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante.”

A embarcação, que tinha como objetivo estabelecer um canal de acesso para transporte de alimentos e medicamentos à Faixa de Gaza, pertence ao movimento Freedom Flotilla Coalition que atua em ações humanitárias internacionais e promove uma campanha para acabar com o bloqueio ilegal israelense de Gaza.

Nascido no Distrito Federal, o ambientalista Thiago Ávila é coordenador da Freedom Flotilla Coalition. Além do brasileiro, estava na embarcação de ajuda humanitária a ativista sueca Greta Thunberg e outros dez ativistas.

A interceptação ocorreu logo após o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarar que havia instruído seu Exército a não permitir que a embarcação chegasse a Gaza. Na declaração, ele também informou que a tribulação seria escoltada e em seguida deportada.

De acordo com a nota do Itamaraty, as embaixadas da região estão sob alerta para prestar a assistência consular caso necessário, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares e os direitos internacionais.

Brasília (DF), 07/06/2025 - Thiago Ávila, da Coalizão Flotilha da Liberdade. Foto: thiagoavilabrasil/Instagram

Thiago Ávila, da Coalizão Flotilha da Liberdade. Foto: thiagoavilabrasil/Instagram

 

Brasília (DF), 07/06/2025 - Ativista Greta Thunberg na embarcação Madeleine, da Coalizão Flotilha da Liberdade. Foto: Chris Kebbon/Divulgação
A ativista sueca Greta Thunberg participa da missão, por Chris Kebbon/Divulgação

 

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