INOVAÇÃO

RMC

Campinas tem dois projetos selecionados para Semana de Inovação da Enap, em Brasília

Ações foram selecionadas entre 700 inscritas; evento é um dos maiores da América Latina na área de inovação em gestão

 

Campinas subiu na classificação do Programa Nacional de Transparência Pública e passou da categoria Prata para a categoria Ouro. A nova classificação foi comunicada nesta terça-feira, 20, pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE).

De acordo com o órgão, a evolução do município na classificação deve-se à melhoria dos índices validados neste ano, que atingiram 90,14% de transparência pública, em comparação aos 78,15% do ano anterior.

Esta avaliação considera diversas informações distribuídas em categorias como prioritárias, institucionais, receita, despesa, convênios e transferências, recursos humanos, diárias, licitações, contratos, obras, planejamento e prestação de contas, Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), acessibilidade, ouvidoria, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), governo digital, renúncia de receita, emendas parlamentares, saúde e educação.

O Programa Nacional de Transparência Pública decorre de uma acordo de cooperação técnica formalizado, em 2022, entre a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON), o Conselho Nacional de Controle Interno (CONACI), o Instituto Rui Barbosa (IRB), o Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC) e diversos Tribunais de Contas.

O programa tem por objetivo mapear os sites da administração pública de todo o Brasil, das três esferas de governo, incluídos os sites mantidos pelas próprias instituições de controle externo, a partir de acordos firmados com os Tribunais de Contas.

Portal da Transparência

O Portal da Transparência da Prefeitura de Campinas é uma ferramenta por meio da qual o cidadão pode encontrar informações sobre como o dinheiro público é utilizado e se informar sobre assuntos relacionados à Administração Pública.

Conheça o Portal acessando https://campinas.sp.gov.br/secretaria/gestao-e-controle/pagina/portal-da-transparencia .

 

COMPARTILHE NAS REDES

RMC

Comitiva da empresa chinesa Xamano Energy pretende realizar parceria com a Unicamp

 Empresa pertence ao Grupo Medvacca que já possui escritório administrativo no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp – Antoninho Perri

Duas novas reuniões deverão ser marcadas com integrantes das áreas de saúde, inovação e meio ambiente para avançar em possíveis trabalhos conjuntos

Em visita à Unicamp na manhã da última quinta-feira, dia 8, uma comitiva da empresa chinesa Xamano Energy, multinacional do Grupo Medvacca, liderada pelo presidente Wei Wang e pela diretora-executiva Claudia Wu, foi recebida pelo reitor Antonio José de Almeida Meirelles. Duas novas reuniões deverão ser marcadas com integrantes das áreas de saúde, inovação e meio ambiente da Unicamp para avançar em possíveis trabalhos conjuntos apresentados pela empresa neste primeiro encontro.

O Grupo Medvacca já possui escritório administrativo no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e é conhecido por sua atuação na produção de medicamentos. De acordo com o professor Osvaldir Pereira Taranto, Diretor Executivo de Assuntos Internacionais, o encontro desta quinta-feira foi agendado durante a visita do reitor à China no último mês de março, com o objetivo de discutir preliminarmente questões relacionadas ao desenvolvimento de pesquisa.

Além de propostas de energia, os executivos da Xamano falaram sobre a produção de medicamentos para diabetes e câncer. “Uma vez que a Unicamp tem muito interesse em realizar a transição energética, e a Xamano Energy é uma empresa que tem muito interesse em desenvolver pesquisa, existe a possibilidade de convênios”, disse Taranto, que será o responsável pela organização das próximas reuniões com representantes da Unicamp da área médica, da Inova e da pesquisa na área de energia verde.

A Xamano Energy, que pertence ao grupo, é uma empresa voltada especialmente para a inovação em energia renovável e descarbonização, além de atuar na produção de amônia verde, e que realiza parcerias em projetos com universidades e indústrias chinesas de alta tecnologia.

Wang falou durante a reunião sobre o relacionamento da empresa com as universidades, que acontece de forma diferente na China. Meirelles pontuou a diferença na própria legislação, lembrando que o foco da Unicamp é pesquisa e formação, mas que há um movimento no sentido de trazer parceiros diferentes para que a transição entre a tecnologia e o produto seja cada vez mais rápida.

“Hoje temos novas possibilidades de acelerar esta conexão dentro dos nossos limites”, disse Meirelles. O relacionamento da Universidade com a indústria acontece por intermédio da Agência de Inovação – Inova, que atua nesta fronteira entre a pesquisa e a produção industrial, complementou o reitor.

“Não podemos garantir o processo industrial, porque nosso papel é a pesquisa, na qual temos grande interesse em colaborar”, afirmou Taranto. Também participaram da reunião os professores e assessores da reitoria Caio Costa Oliveira e Carlos Etulain.

Além do Parque Tecnológico em Campinas, a Xamano Energy tem sedes administrativas em Pequim, Xangai, Hong Kong, São Paulo e Brasília.

COMPARTILHE NAS REDES

Valinhos

Valinhos é reconhecida como Prefeitura Inovadora

Título será entregue nesta quarta-feira, dia 10, na cidade de Jaguariúna durante o Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes da RMC

Valinhos recebe amanhã, dia 10, durante o Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que será realizado na cidade de Jaguariúna, o título de Prefeitura Inovadora, a prefeita Lucimara Godoy estará presente para receber o reconhecimento.

A iniciativa visa à valorização de administrações inovadoras, que buscam técnicas ou ferramentas que ainda não eram utilizadas e que gerem resultados positivos para o setor público e para vida dos cidadãos.

Para a seleção e o reconhecimento das Prefeituras Inovadoras, foram considerados diversos fatores, entre eles a utilização da tecnologia de forma estratégica na gestão pública, como forma de melhorar a prestação de serviços e qualidade de vida do munícipe, e o impacto positivo no desenvolvimento das cidades.

Durante o Fórum, além de modelos implantados nos municípios, os gestores terão acesso às soluções disponíveis pela Sonner, iZeus, Mitra e Portal de Compras Públicas. O evento tem o apoio institucional da Associação dos Municípios de Pequeno Porte do Estado de São Paulo (AMPPESP) e é fruto de uma parceria entre a Rede Cidade Digital (RCD) e a Prefeitura de Jaguariúna.

A escolha da cidade é devido à iniciativa de modernização e inovação no município na implementação de tramitação 100% digital e sem papel. “A Rede Cidade Digital fez um levantamento das prefeituras que mais se destacam pelo investimento em tecnologia na região”, explicou a prefeita sobre o recebimento do título.

Ações que tornaram a administração mais conectada a eficiente:

Valinhos 360

A cidade deixou o ‘analógico’ e partiu para o virtual. Desde julho de 2023, passou a tramitar todos os protocolos, processos e documentos administrativos de forma 100% digital. De onde estiver, o cidadão tem autonomia para enviar documentos, solicitar serviços ou resolver pendências.

iCidadão

Num espaço mais funcional e moderno, a Prefeitura facilitou o acesso da população a 11 serviços no Paço Municipal, e ainda disponibilizou agendamento prévio pela internet. Faz parte dessa ação a emissão do Cartão iCidadão, que nada mais é que uma espécie de “CPF municipal”. É por meio dele que o munícipe pode ter acesso a vários serviços da Prefeitura. Também é com a ajuda dele que a Municipalidade consegue entender cada cidadão e sua busca pelos serviços públicos. Assim, a Prefeitura consegue trabalhar para melhorar ou criar novas políticas públicas que beneficiem seu dia a dia na saúde, na assistência social, na educação, na cultura, no esporte e em várias outras áreas.

Licença Ágil

O objetivo é dar mais agilidade na liberação de licenças de obra, sejam para as novas ou à  missão de habite-se. Também vale para projetos de edificações de pequeno porte e baixíssimo impacto urbano e à regularização de construções.

Empresa Fácil

Ferramenta digital para quem quer abrir seu negócio sem sair de casa, já dando entrada no pedido pela internet. O cidadão pode ingressar com a solicitação de abertura de sua empresa, que de forma integrada passa pela análise da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), RedeSim do Governo Federal e ainda conta com pesquisa de viabilidade de uso do solo automática. O resultado chega por e-mail. Para quem quer mudar de área ou atualizar os dados, também é possível alterar e encerrar empresas de forma totalmente on-line, sem se deslocar à Prefeitura.

 

COMPARTILHE NAS REDES

RMC

Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação visita CNPEM para acompanhar avanços do projeto Orion em Campinas

Diretor-Geral do CNPEM Antonio José Roque da Silva ao lado da ministra Luciana Santos, em mãos de uma maquete do Orion conectado ao Sirius (Créditos: Divulgação/CNPEM)

O Prion será o único de biossegurança máxima (NB4) no mundo associado à estações de luz sincrotron

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Luciana Santos visitou na tarde desta sexta-feira, dia 14, o campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) para acompanhar as obras de implantação do projeto Orion – complexo para pesquisas avançadas em patógenos inédito no mundo, o primeiro conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius.

Ela foi recebida pelo Diretor-Geral do CNPEM, Antonio José Roque da Silva, acompanhado por Maria Augusta Arruda, do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio); Rodrigo Capaz, do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano); Harry Westfahl Jr. do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS); James Citadini, Diretor-Adjunto de Tecnologia do CNPEM; Adalberto Fazzio, diretor da Ilum, a Escola de Ciência CNPEM; Renata de Vasconcellos Aquino, da Diretoria de Serviços Compartilhados (DSC), entre outros colaboradores do Centro.

Durante a visita Antonio José Roque da Suilva confirmou que Laboratório Orion ficará pronto em 2026 e será o único de biossegurança máxima (NB4) no mundo associado à estações de luz sincrotron.

A ministra disse que sua presença no CNPEM é uma preparação para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá ocorrer nas próximas semanas.

“Estamos aqui para acompanhar as obras e preparar a visita do presidente, mostrando que os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não ficam apenas no papel, mas que já estão se tornando reais”, afirmou.

Ela acrescentou que as pesquisas desenvolvidas futuramente no Orion darão soluções e previsão para pandemias. “Nós sabemos o que passamos na Covid-19 e, com o Orion, poderemos apresentar soluções rápidas. Por isso, ele foi colocado no PAC como prioridade pelo presidente. Temos investimentos previstos de mais de R$ 1 bilhão que poderão salvar vidas, com tecnologia para prevenir e combater doenças que podem aparecer”, afirmou a ministra.

Luciana Silva visitou o local onde está sendo realizada a obra de terraplenagem e infraestrutura para a construção do prédio do Orion.

O diretor Diretor-Geral do CNPEM Antonio José Roque da Silva mostrou em vídeo como será o prédio, e como será interligado ao Sirius. Também foram apresentadas as etapas de construção, e as roupas especiais que serão utilizadas pelos cientistas e técnicos que trabalharão no laboratório NB4.

O diretor disse que a implantação no Orion não se restringe à construção do prédio e instalação de equipamentos, mas também à formação dos profissionais que trabalharão no complexo. Muitos pesquisadores já estão no exterior e outros irão em próximas etapas para treinamentos e aperfeiçoamento, já que não existe no Brasil laboratório similar ao que será implantado no Orion.

“Eles passarão meses no exterior aprendendo a trabalhar nesses ambientes. Protocolos também estão em desenvolvimento, inclusive para a preparação de amostras. Nós também temos um programa avançado de treinamento que estamos mostrando para a ministra”, explicou o diretor José Roque.

O Projeto Orion reunirá técnicas analíticas e competências avançadas de bioimagens, que serão abertas a comunidade científica e órgãos públicos. Ao possibilitar o avanço do conhecimento sobre patógenos e doenças correlatas, o Orion subsidiará ações de vigilância e política em saúde, assim como o desenvolvimento de métodos de diagnóstico, vacinas, tratamentos e estratégias epidemiológicas.

Instrumento de apoio à soberania nacional no enfrentamento de crises sanitárias, o Orion tem o potencial de beneficiar diversas áreas, como saúde, ciência e tecnologia, defesa e meio ambiente.

A execução do projeto Orion é de responsabilidade do CNPEM, uma organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O Projeto integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do Governo Federal, é financiado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do MCTI e apoiado pelo Ministério da Saúde (MS). A iniciativa faz parte da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do Governo Federal, atuando como um instrumento de soberania, competência e segurança nacional nos campos científico e tecnológico para pesquisa, defesa, saúde humana, animal e ambiental. A concepção do Orion deve ainda fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), iniciativa coordenada pelo MS, voltada ao atendimento de demandas prioritárias do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Novo PAC foi anunciado em agosto de 2023, e inclui recursos do FNDCT/MCTI para a fase II do Sirius, contemplando a construção de dez novas estações de pesquisa, além da otimização das instalações.

Atualmente no Sirius – uma das três fontes de luz síncrotron de quarta geração do mundo – dez estações de pesquisas já foram abertas à comunidade científica, e outras quatro estão em fase final de testes, concluindo assim a Fase I do Projeto.

Com a fase II, a capacidade de atendimento do Sirius será ampliada, com a disponibilização de mais dez linhas de luz, com novas técnicas de análise que irão beneficiar a sociedade em diversos campos do conhecimento, como saúde, agricultura, meio ambiente, energias renováveis, materiais sustentáveis, entre outras possibilidades.

Projeto Orion

O projeto Orion será um complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, que compreenderá instalações de alta e máxima contenção biológica (NB4) inéditas na América Latina, as primeiras do mundo conectadas a um acelerador de partículas, o Sirius. Em construção na cidade de Campinas, no campus do CNPEM, o Projeto reunirá técnicas analíticas e competências avançadas de bioimagens, que serão abertas a comunidade científica e órgãos públicos. Ao possibilitar o avanço do conhecimento sobre patógenos e doenças correlatas, o Orion subsidiará ações de vigilância e política em saúde, assim como o desenvolvimento de métodos de diagnóstico, vacinas, tratamentos e estratégias epidemiológicas. Instrumento de apoio à soberania nacional no enfrentamento de crises sanitárias, o Orion tem o potencial de beneficiar diversas áreas, como saúde, ciência e tecnologia, defesa e meio ambiente.

Sobre o CNPEM

O CNPEM compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo MCTI, o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País, o CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. Responsável pela operação dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), e também pela Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).

 

COMPARTILHE NAS REDES

Valinhos

Valinhos adere ao Programa Facilita SP Municípios

Iniciativa prevê a desburocratização para abertura e licenciamento de empresas

A Prefeitura de Valinhos aderiu oficialmente o Programa Facilita SP Municípios. O programa é do governo estadual e visa promover a liberdade econômica e desburocratização dos municípios paulistas, visando a melhoria do ambiente de negócios e o aumento da competitividade local. Na cidade, a formalização aconteceu por meio do Decreto nº 12.052/2024.

A adesão de Valinhos ao Programa Facilita SP Municípios representa mais uma medida significativa em prol à desburocratização do processo de abertura de empresas, além de promover o desenvolvimento econômico local. “Estamos tirando projetos do papel e os transformando em ações que priorizam a modernização e a eficiência do serviço público. Nossa cidade valoriza o empreendedorismo e é nosso dever oferecer condições à altura aos empreendedores, descomplicando e acabando com a burocracia”, disse a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara Rossi de Godoy.

O programa é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo. Por meio do aceite, Valinhos compromete a implementar medidas que facilitem a criação de novos negócios e a geração de empregos. “O governo estadual quer dar mais liberdade econômica e reduzir a burocracia nas cidades paulistas e a gestão da Capitã Lucimara já preconiza isso aqui na cidade. Agora com o programa, fortaleceremos ainda mais o crescimento econômico da cidade, com ainda mais agilidade nos processos administrativos relacionados à abertura de empresas”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, José Eduardo Camargo.

Simplificação

Valinhos tem implementado ações que propiciam a liberdade econômica e a redução da burocracia. Um deles é o Empresa Fácil. Lançado em agosto de 2023, trata-se de ferramenta digital para quem quer abrir um negócio sem sair de casa, já dando entrada no pedido pela internet.

Com o Empresa Fácil é possível ingressar com a solicitação de abertura da empresa, que de forma integrada passa pela análise da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), RedeSim do Governo Federal e ainda conta com pesquisa de viabilidade de uso do solo automática. O requerente recebe o resultado por e-mail. A facilidade também é estendida para quem quer mudar de área ou atualizar os dados. Também é possível alterar e encerrar empresas de forma totalmente on-line, sem se deslocar à Prefeitura.

A cidade também adotou o ‘Valinhos 360/1Doc’ e desde julho de 2023 tramitar todos os protocolos, processos e documentos administrativos de forma 100% digital. “De onde estiver, o cidadão tem autonomia para enviar documentos, solicitar serviços ou resolver pendências”, falou o secretário de Fazenda, Crislânio Lopes.

COMPARTILHE NAS REDES

Brasil e Mundo

Nova tecnologia de TV 3.0 conectará canais abertos com a internet

Anúncio é do ministro das Comunicações, Juscelino Filho

Por Fabiola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, antecipou – durante participação no programa Bom Dia Ministro, do canal Gov, veículo da EBC – o anúncio da evolução da TV Digital para um novo padrão tecnológico chamado TV 3.0, a ser lançado em Brasília, nesta quarta-feira, dia 3. A novidade promete mais qualidade de imagem e acesso facilitado pela conectividade.

“O grande diferencial vai ser justamente a questão da integração da transmissão da televisão com uma melhor qualidade de imagem, qualidade de som, com a conectividade, com a internet, com a banda larga” afirmou.

Segundo o ministro, o Brasil ainda é um dos maiores mercados consumidores da televisão aberta no mundo e a forma de acesso a esse canal de comunicação será revolucionada com a mudança. A tradicional escolha de canais será substituída por aplicativos que disponibilizarão conteúdo, tanto ao vivo como por demanda, tornando a navegação mais interativa.

Juscelino Filho disse ainda que essa interatividade vai proporcionar também novas oportunidades de negócios, por meio da oferta e consumo de propagandas, marketplace (ambiente de compra e venda) e ambiente de compras.

De acordo com o ministro, até o final de 2024 deverá ser definida a tecnologia a ser adotada. Com isso, a indústria deverá atuar na produção de equipamentos e conversores para que seja efetivada a integração dos sinais abertos com a internet. A migração será gradativa e terá início nas grandes capitais, onde o sinal será disponibilizado inicialmente.

Parceria
O ministro das Comunicações também destacou a parceria entre os Correios e Caixa para viabilizar a oferta de serviços como solicitação de seguro-desemprego, questões relacionadas ao Bolsa Família, Programa de Integração Social (PIS), FGTS e pagamento do INSS.

Ele disse que essa parceria vai facilitar o acesso das populações que precisam percorrer grandes distâncias em busca de atendimento. “Estamos, através da parceria, usando toda a capilaridade que os Correios possuem para poder ser um vetor para que esses programas, essas ações sociais do governo, estejam mais perto da população”, observou.
A iniciativa teve início com uma experiência piloto, implantada em dezembro de 2023, na cidade de Peixe-Boi, no estado do Pará. Atualmente, o Ministério das Comunicações trabalha na adaptação dos sistemas para que a parceria chegue em todas as cidades do Brasil. Segundo o ministro, uma nova etapa deverá ser anunciada oficialmente quando os serviços estiverem em pleno funcionamento e disponibilidade em todo o país.

COMPARTILHE NAS REDES

RMC

Unicamp apresenta projetos de inovação ao Banco dos Brics na China

Na Fundan, o grupo da Unicamp conversou sobre possibilidades de colaboração em inteligência artificial (IA)

Foram apresentados projetos futuros referentes à inovação e o estágio de implantação do Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável

Fonte:  Portal do Governo de SP

Discussões em torno de projetos de inovação na Unicamp e da instalação do Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável (HIDS) encerraram na segunda-feira (18) a segunda etapa da visita da delegação da universidade à China, que foi iniciada no dia 14 de março, em Shangai.

Liderado pelo reitor Antonio José de Almeida Meirelles, o grupo chegou à China no dia 7 de março e visitou universidades, institutos de pesquisa e a embaixada brasileira em Pequim. Foram 11 dias de viagem finalizados com visitas ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) — o chamado Banco dos Brics — e às universidades de Shanghai e de Fudan.

O NBD é um banco de desenvolvimento multilateral fundado pelos Brics — organização formada pelos governos de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, com sede em Shanghai. No dia 14 de março, a delegação brasileira se reuniu com a presidente da instituição financeira, Dilma Rousseff. No encontro, foram apresentados os objetivos da missão da Unicamp à China, bem como os projetos futuros referentes à inovação e ao estágio de implantação do HIDS — área de aproximadamente 11 milhões m² no campus de Barão Geraldo, em Campinas, que pretende harmonizar a convivência de empresas de tecnologia e áreas residenciais, com soluções urbanísticas sustentáveis.

De acordo com o reitor, a presidente “expressou muito interesse” nas iniciativas na área de inovação. “Ela explicou que o banco não disponibiliza financiamentos a fundo perdido, mas pode financiar projetos cooperativos com empresas, especialmente no contexto do HIDS, seja através da própria empresa ou via empréstimo soberano com garantia governamental”, disse o reitor. Neste encontro, também estiveram presentes membros da equipe diretiva do banco, os executivos Marco Tulio, Aguinaldo Barbieri e Marcos Igreja.

O grupo foi recebido pelo reitor Liu Changsheng na Universidade de Shanghai, instituição com a qual a Unicamp já possui acordo. O objetivo do encontro foi definir ações para desenvolver atividades de cooperação, incluindo intercâmbio de alunos de graduação por pequenos períodos de tempo e programas sanduíche e de cotutela na pós-graduação.

O reitor conta que, assim como a Unicamp, a Universidade de Shanghai é uma instituição de pesquisa abrangente, envolvendo diversas áreas de conhecimento. “Na sequência, serão realizados encontros online que permitirão definir os detalhes da colaboração e as áreas mais promissoras nas quais desenvolvê-la”, disse o reitor.

Na Fudan University, os brasileiros foram recebidos pelo vice-reitor Chen Zhimin e pela coordenadora do departamento de cooperação internacional da Fudan, Liu Siyuan, que esteve na Unicamp no segundo semestre de 2023, quando da realização do encontro da FLAUC (Fudan Latin America University Consortium). “Neste caso, já temos uma colaboração bem estabelecida nas áreas de economia e sociologia, envolvendo intercâmbio de docentes e pós-graduandos, publicações conjuntas e organização de mesas de discussão no Fórum de Shanghai”, contou o reitor. Segundo ele, um memorando de entendimento deverá aprofundar a cooperação nessas áreas e ampliá-la para outros setores.

Ainda na Fudan, o grupo da Unicamp conversou sobre possibilidades de colaboração em inteligência artificial (IA), especialmente nas áreas de saúde, bem-estar, agricultura e políticas públicas. “Conversamos ainda sobre a ampliação de nossa participação nas Escolas de Verão organizadas pela Fudan, considerando também que há alguma possibilidade de obter financiamento do governo local”, revelou o reitor.

Outras visitas em Pequim

No início da visita à China, em Pequim, a delegação da Unicamp visitou a Renmin University of China (RUC), a Chinese Film Archive (CFA) e a Beijing Film Academy.

Na RUC, o grupo foi recebido pelo presidente Lin Shangli em audiências das quais participaram membros responsáveis pelas áreas de pós-graduação, de relação e cooperação internacionais, de artes, química, economia, economia agrícola e ciências ambientais. Discutiu-se ainda a realização de um novo acordo de cooperação e a possibilidade de as duas instituições criarem um centro de pesquisa conjunto em torno da temática ambiental e de mudanças climáticas.

O reitor explica que o Chinese Film Archive é também o China Film Art Research Center e possui programas de pós-graduação e de pós-doutorado. De acordo com o reitor, eles são responsáveis pela preservação dos arquivos filmográficos chineses e por pesquisas no tema de cinema e produção de películas. “Eles promovem festivais de filmes chineses, na China e no mundo, e divulgam filmes estrangeiros na China”, explica ele. O grupo foi recebido pela diretora do CFA, Sun Xianghui.

“Como parte da celebração dos 10 anos de Instituto Confúcio na Unicamp e dos 50 anos de relações diplomáticas entre a República Popular da China e o Brasil, pensamos na possibilidade de iniciarmos a cooperação promovendo conjuntamente um festival de filmes chineses na Unicamp ainda no segundo semestre deste ano”, contou o reitor.

De acordo com Meirelles, as direções do Instituto de Artes e da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri) e a área de cooperação internacional do CFA ficaram de discutir a possibilidade de cooperação, com intercâmbio de professores e alunos e acesso aberto aos arquivos de cada instituição.

Na Beijing Film Academy, a delegação da Unicamp foi recebida por Yu Jiahong, que é diretor associado da instituição, e pela diretora da área de intercâmbio e cooperação internacional, Li Ran. “A Academia de Filmes de Pequim é, de fato, uma universidade em torno de toda a temática da produção cinematográfica”, disse Meirelles.

Além do reitor, a pró-reitora de pós-graduação, professora Rachel Meneguello, e o diretor do IA, Fernando Hashimoto, discutiram com seus colegas as possibilidades de cooperação, envolvendo o intercâmbio de alunos e professores e a realização de disciplinas e cursos em conjunto.

COMPARTILHE NAS REDES

RMC

Unicamp desenvolve equipamento de aceleração de computação científica

Felipe Bezerra

O professor Guido Araújo ao lado da A-Machine: redução da demanda energética em treinamento de modelos de IA

Fonte: Jornal da Unicamp – Autoria Liana Coll

Pesquisadores do Laboratório de Sistemas de Computação (LSC) do Instituto de Computação (IC) da Unicamp desenvolveram um equipamento de aceleração de computação científica que traz como benefício a redução da demanda energética em treinamento de modelos de inteligência artificial (IA). Batizado de A-Machine, ele utiliza placas aceleradoras field--programmable gate array (FPGA), dispositivos reprogramáveis que se adaptam a  diferentes problemas. A A-Machine é composta por oito delas, que podem trabalhar de forma coordenada. Esse é o quinto equipamento do tipo no mundo. No Brasil, é o primeiro.

O treinamento de modelos baseados em IA, explica o professor do IC Guido Araújo, demanda grandes quantidades de energia elétrica. Estimativas do Greenpeace apontam que clusters de computadores, em alguns anos, consumirão cerca de 8% de toda a energia produzida no mundo. Por isso, a A-Machine traz como um de seus principais benefícios a redução dessa demanda.

As placas FPGA consomem menos energia porque são adaptáveis aos problemas que precisam resolver. É como se fossem um carburador capaz de se ajustar ao tipo de combustível utilizado, ilustra Araújo, que lidera o projeto. “Essas placas aceleradoras FPGA fazem a mesma coisa. Elas são capazes de moldar suas partes de acordo com o problema a ser resolvido e, por isso, consomem muito menos energia que as GPUs [sigla em inglês para unidade de processamento gráfico].” Segundo o professor, essas últimas são um tipo de processador bastante utilizado no aprendizado de máquina e consomem muita energia elétrica, apresentando um desempenho menos eficiente diante de alguns problemas científicos.

A A-Machine é resultado do esforço de pesquisadores do LSC em parceria com o Centro de Pesquisa em Engenharia e Ciências Computacionais (CCES, na sigla em inglês), que é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) coordenado pelo professor Munir Skaf com a colaboração do laboratório irlandês da empresa AMD/Xilinx. Também conta com o apoio do projeto Tendências em Computação de Alto Desempenho, liderado por Alfredo Goldman, professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP) e membro da empresa Laniaq.

Diferencial do cluster

Outro diferencial do cluster – conjunto de servidores interconectados – desenvolvido na Unicamp é a coordenação entre as placas FPGA. “Até um tempo atrás, não se conseguia juntar uma placa dessas com outras para que cooperassem na resolução de um problema único. Agora, começaram a aparecer soluções para juntá-las, de modo que, se há um problema gigante, ele é quebrado em várias partes e as placas trabalham juntas na sua solução”, aponta o professor.

A coordenação entre as placas, no caso da A-Machine, foi possível por meio de um software de programação também criado no LSC. “Nós desenvolvemos um sistema chamado OpenMP Cluster. Uma das suas tarefas é coordenar essas placas para que trabalhem juntas. O software também permite que você coordene o trabalho de vários computadores para resolver um problema único. A combinação do software com as placas é algo que não existia”, diz Araújo. O OpenMP Cluster, ressalta o pesquisador, chamou atenção por sua funcionalidade e, hoje, é utilizado em quatro dos maiores supercomputadores do Brasil, incluindo um da Petrobras.

Potencializador de pesquisas

O equipamento A-Machine foi desenvolvido em cooperação interdisciplinar e deverá servir a diversos campos do conhecimento, facilitando e potencializando pesquisas em áreas como Química, Física, Biologia e Geofísica, cujos problemas requerem muitas vezes a realização de cálculos sofisticados, o que se traduz em um longo tempo de execução. O professor explica que “resolver problemas complexos nessas áreas demanda a execução desses programas, uma avaliação dos resultados e repetições sucessivas desse ciclo de execução-avaliação. Acelerar a execução desses programas é, portanto, uma atividade muito importante para a evolução da ciência”. Um dos exemplos mencionados pelo docente pertence à área da genética. “O equipamento pode se adaptar para fazer milhares de combinações de genes de modo a encontrar aquelas que podem resultar em determinadas doenças”, conclui Araújo.

cluster de placas FPGA também se destaca por ter sido desenvolvido em uma instituição pública, o que vai na contramão da tendência de concentração da inovação e da pesquisa nas grandes corporações, um fenômeno que o pesquisador vê com preocupação. “Atualmente existe uma ebulição muito grande [de pesquisa e inovação] em grandes empresas. A concentração da pesquisa científica nesses locais tende a ser cada vez maior e pode representar uma ameaça ao progresso científico”, pondera.

COMPARTILHE NAS REDES

Economia

Ecossistema de inovação da Unicamp beneficia sociedade e impulsiona economia regional

Nem toda novidade é uma inovação. De acordo com a Lei Nº 10.973/2004, que dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, inovar consiste na introdução de uma novidade ou um aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos responsáveis por agregar novas funcionalidades ou características, acarretando melhorias e ganhos em qualidade ou desempenho. Isso significa que uma invenção só atinge o caráter inovador quando agrega valor às pessoas, seja este financeiro ou imaterial, ampliando a qualidade de vida da sociedade como um todo. O caminho até esse resultado mostra-se longo e envolve a participação de diversos agentes e setores.

Em novembro deste ano, a Unicamp foi reconhecida como a universidade mais inovadora do país no Ranking Universidades Empreendedoras, elaborado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), em levantamento que abrangeu 139 instituições de ensino superior. O prêmio é mais um dos muitos conferidos à Universidade pelos seus 57 anos de tradição nos caminhos da inovação. Desde sua fundação, em 1966, a Unicamp tem como um de seus pilares a produção científica inovadora, que contribui diretamente com setores industriais e com o desenvolvimento tecnológico e econômico do país. Hoje, encabeça um ecossistema de inovação que movimenta a região de Campinas – responsável por 17,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, segundo a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) – e desenvolve tecnologias que beneficiam todo o país.

Na visão de Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp, o fomento ao desenvolvimento econômico por meio da transferência de tecnologia às empresas é uma das maneiras pelas quais as universidades públicas cumprem sua missão de transformar a sociedade valendo-se da ciência. “Quando transformamos nosso conhecimento em tecnologia, ampliamos a possibilidade de que mais pessoas sejam contempladas por ele. E isso depende de nossa relação com as indústrias e com o setor produtivo”, reflete.

O reitor Antonio José de Almeida Meirelles: fomento ao desenvolvimento econômico
O reitor Antonio José de Almeida Meirelles: fomento ao desenvolvimento econômico (Foto: Antoninho Perri)

Pesquisa aplicada e diálogo interdisciplinar  forjam vocação inovadora desde a fundação

A maioria das grandes universidades do país têm histórias parecidas. Faculdades e institutos antes separados, cada um com seu histórico e tradição, unificaram-se sob uma mesma administração. Com a Unicamp, o processo não ocorreu assim. O projeto de uma universidade em Campinas nasceu do zero, e as futuras unidades foram pensadas para atender as demandas do desenvolvimento tecnológico e industrial do período. O projeto de Zeferino Vaz, fundador e primeiro reitor da Unicamp, faz-se notar desde a contratação, na época, de grandes pesquisadores do Brasil e do exterior até o traçado urbano do campus, projetado para incentivar a pesquisa aplicada e o diálogo entre as áreas.

Outro aspecto da vocação inovadora da Universidade surge, em sua gênese, na valorização da pós-graduação. Não foram poucas as unidades em que os cursos de graduação vieram depois da consolidação dos de mestrado e doutorado. Essa característica permanece até hoje: em 2023, a Unicamp teve cerca de 21 mil estudantes de graduação e 16 mil pós-graduandos, um equilíbrio que ocorre em poucas instituições.

Ao longo da história, a Universidade contou com vários mecanismos estruturais que favoreceram a comunicação entre a academia e o setor empresarial. Logo em 1972, estruturou-se o Centro de Tecnologia (CT), primeira iniciativa do gênero. O cuidado com as potenciais inovações que surgiam ganhou força em 1984, com a criação da Comissão Permanente de Propriedade Industrial (CPPI), substituída em 1998 pelo Escritório de Difusão e Serviços Tecnológicos (Edistec) e, posteriormente, pela Agência de Inovação da Unicamp (Inova).

Na esteira das discussões a respeito do fortalecimento da ciência e tecnologia no país, que culminaram na Lei 10.973/2004, a Unicamp abriu um novo caminho ao criar uma agência que concentrasse o apoio ao registro de patentes, a transferência de tecnologia a empresas, a gestão da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incamp) – criada em 2001 – e as atividades de incentivo ao empreendedorismo. Fundada em 2003, a Inova tornou-se referência como modelo de apoio ao desenvolvimento de novas tecnologias em universidades.

“A Unicamp desempenhou, historicamente, um papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas tecnológicas no país. Um grande exemplo disso foi a criação da fibra óptica, que teve um impacto muito grande na área das telecomunicações”, recorda Ana Frattini, diretora-executiva da Inova. “A vocação para as pesquisas aplicadas é o que facilita que as invenções surgidas em nossos laboratórios se tornem inovações.” Além dos serviços prestados na conexão entre os setores de pesquisa e mercado, no apoio à propriedade intelectual e no empreendedorismo, a agência também responde pela gestão do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. Tendo iniciado suas atividades em 2013, o espaço conta com seis edifícios-sede e 44 empresas, sendo 18 startups, 17 negócios incubados – designação para a fase de amadurecimento de uma ideia, quando os empreendedores recebem suporte e formação na área desejada – e nove laboratórios de pesquisa e desenvolvimento ligados a grandes empresas.

Hoje, a Inova conta, em seu portfólio, com 1.298 patentes vigentes, ou seja, 1.298 inovações científicas desenvolvidas na Unicamp com autoria protegida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). E há 194 contratos vigentes de licenciamento dessas tecnologias, firmados com empresas interessadas em explorá-las comercialmente, em um processo que rende lucros à Universidade por meio de royalties. Em 2022, os ganhos obtidos somaram R$ 1,12 milhão, valor que se reverte na manutenção das atividades de pesquisa e de fomento à inovação.

No Parque Científico e Tecnológico, o espírito inovador também encontra apoio. “Muitas empresas vêm para o Parque porque querem estar perto da Universidade, se retroalimentar das pesquisas realizadas e dos recursos humanos formados pela Unicamp”, explica a diretora- -executiva. Os números de 2022 mostram que as empresas instaladas no local geraram 685 postos de trabalho e registraram um faturamento de R$ 68,8 milhões.

A dinâmica entre a Universidade e as empresas impulsiona o investimento privado em pesquisas. Ainda em 2022, foram 73 convênios formalizados com o setor empresarial, em um valor recorde de R$ 249,4 milhões. Considerando apenas as parcerias para a instalação de laboratórios de pesquisa e inovação no Parque Científico, o rendimento dos convênios chegou a R$ 20,1 milhões. Esses valores expressivos engordam os recursos da Universidade direcionados à pesquisa e permitem a formação de mais mestres e doutores. Para o reitor, essa é uma prova do quanto o investimento feito pelo poder público nas universidades regressa na forma de benefícios que vão além do mero retorno financeiro. “Isso mostra como as universidades públicas são instituições que podem transformar o país, formando pessoas com maior capacidade de compreensão e que podem fazer a diferença no futuro”, defende Meirelles.

Garantir que a autoria das invenções desenvolvidas a partir de pesquisas científicas esteja protegida revela-se importante por duas razões principais. A primeira é reconhecer o trabalho intelectual de seus criadores e a segunda, evitar que outras pessoas lucrem indevidamente ou, pior, que a invenção seja utilizada de forma diferente da forma proposta pelos cientistas. “Quem dita como a tecnologia será utilizada são os pesquisadores”, explica Renato Lopes, diretor-executivo associado da Inova. “Há casos em que os pesquisadores optam por fazer licenciamentos gratuitos. Já tivemos casos de softwares para gestão hospitalar em que o desejo dos criadores foi de licenciar o produto gratuitamente para hospitais públicos”, exemplifica.

O registro de patentes também permite firmar contratos com empresas interessadas na exploração dessas tecnologias. Segundo os diretores da agência, a maior parte das empresas só firma parcerias mediante a obtenção de patentes. Os dirigentes observam ainda que o processo de patenteamento pode desencadear um círculo virtuoso. “Muitos pesquisadores chegam até nós pensando em um determinado uso para um produto que têm em mãos, mas, ao passar pelo processo de orientação, percebem que o mercado potencial é muito maior do que imaginavam”, aponta Frattini.

O primeiro cuidado que os pesquisadores devem ter ao buscar uma patente é manter a invenção sob sigilo. Isso para evitar que uma divulgação prematura faça com que a tecnologia deixe de ser inédita aos olhos do Inpi. Após a comunicação da invenção para a Inova, a agência faz uma varredura em bases de patentes de todo o mundo para avaliar se o invento é patenteável, se responde a demandas científicas, industriais e/ou sociais e, principalmente, se não há nada semelhante já patenteado. “Nosso pessoal é treinado para desempenhar o papel do Inpi”, comenta Frattini. Tendo submetido o pedido de patente ao instituto, a invenção está protegida e pode ser explorada por empresas parceiras.

Cabe também à agência intermediar os contratos de transferência de tecnologia. Os termos desses contratos estabelecem-se de acordo com o desejo dos pesquisadores, garantindo que a inovação leve consigo os princípios da ciência praticada na Universidade. Nos casos em que há ganhos com royalties, a Política Institucional de Inovação da Unicamp, de 2019, estabelece que um terço dos lucros é dos pesquisadores, um terço, da faculdade ou do instituto onde a pesquisa ocorreu e um terço, revertido para a manutenção dos trabalhos da Inova.

Segundo os diretores, manter a cultura de preservação da propriedade intelectual das pesquisas demanda um esforço constante, pois a comunidade estudantil se renova sempre. Esse esforço consiste, entre outras coisas, em disseminar a ideia de que as parcerias com a iniciativa privada não implicam perdas para os pesquisadores e para a Universidade. “Hoje temos cada vez mais casos que mostram o quanto o trabalho em parceria com empresas pode contribuir com projetos de interesse acadêmico. Não existe nisso uma contradição. Há uma retroalimentação positiva”, pondera Lopes, que aponta o exemplo dos ganhos obtidos com a inclusão de varreduras em bases de dados de patente como etapa da própria elaboração das pesquisas. O fomento à cultura inovadora também significa um incentivo para que mais áreas busquem proteger e direcionar suas criações. “Muitas pesquisas não vão trazer royalties, mas vão beneficiar a sociedade, promovendo uma melhor governança ou, então, garantindo benefícios sociais”, exemplifica a diretora-executiva.

Na gênese do empreendedorismo

A inovação nascida na Unicamp não se revela apenas na transferência de tecnologias e no licenciamento de patentes. Os frutos obtidos por meio do incentivo ao empreendedorismo contribuem diretamente com a geração de empregos e renda na região. Em 2023, a Universidade registrou 1.387 empresas-filhas, grupo que compreende negócios criados por estudantes, ex-alunos ou outros membros da comunidade universitária, incluindo as startups incubadas e as spin-offs criadas especificamente para a exploração de uma tecnologia.

Os resultados das empresas-filhas mostram o impacto da Universidade na economia local. Essas empresas foram responsáveis, em 2023, por 47.156 postos de trabalho diretos e por um faturamento conjunto de R$ 25,9 bilhões, valor correspondente a cerca de sete vezes o orçamento de toda a Unicamp em 2023 – segundo a revisão orçamentária de agosto, os recursos enviados à Universidade pelo Tesouro Estadual de São Paulo somam R$ 3,44 bilhões.

“É unânime entre os empreendedores o orgulho de pertencer à Unicamp, a gratidão pela formação e pelo aprendizado”, conta Rose Ramos, engenheira de alimentos formada pela Unicamp, empresária e presidente do grupo Unicamp Ventures. Criada em 2006, a iniciativa surgiu de um mapeamento das empresas-filhas e, hoje, reúne empreendedores que buscam ampliar suas redes de contato e manter a proximidade com a Universidade. “Pertencer a um grupo de ex-alunos que, atualmente, é formado por empresários nos traz uma rede de apoio e uma boa reputação. O fato de termos passado pela Unicamp nos proporciona mais conexões com outros empresários”, destaca.

Ramos comenta que o grupo busca ampliar os canais de conexão entre os empresários. Esse esforço resultou na criação de um aplicativo de celular e de um selo identificando para os clientes e parceiros que aquelas empresas integram o ecossistema da Unicamp. “Quanto mais ativo é o empresário no ecossistema, mais sua rede de relacionamentos cresce e mais positivo é o retorno.”

A empresária e engenheira de alimentos Rose Ramos, presidente do grupo Unicamp Ventures: rede de apoio e conexões com o mundo empresarial
A empresária e engenheira de alimentos Rose Ramos, presidente do grupo Unicamp Ventures: rede de apoio e conexões com o mundo empresarial (Foto: Pedro Amatuzzi/Comunicação Inova Unicamp)

Gestão empresarial

Não é preciso esperar o diploma para começar a atuar dentro do ecossistema de inovação. Estudantes empreendedores podem exercitar essas habilidades junto às empresas juniores, organizações geridas pelos próprios alunos, nas quais podem colocar em prática o que aprendem em sala de aula e desenvolver habilidades importantes, como a gestão empresarial. “São coisas que, no Brasil, aprendemos pouco na graduação e, nas empresas juniores, podemos absorver na prática”, revela Bruno Gonçalves, estudante de Engenharia Física e presidente do Núcleo Campinas de Empresas Juniores, entidade que reúne cerca de 1.200 estudantes de 49 empresas juniores ligadas a 15 instituições de ensino da região. Dessas empresas, 23 pertencem à Unicamp.

Na Universidade, o movimento de empresas juniores teve início em 1990, com a fundação das primeiras entidades. A reunião delas em torno de um núcleo central dentro da Unicamp ocorreu em 1993 e a união regional, em 2019. “A região de Campinas é muito privilegiada. Existem diversos tipos de negócios na região, que acabam gerando muitas oportunidades para as empresas juniores se inserirem e buscarem mercado”, observa.

Conforme números da Brasil Júnior, o faturamento das empresas juniores do Núcleo Campinas somou R$ 2,2 milhões em 2022, valor revertido para os próprios projetos. Ainda segundo um levantamento da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, o tempo médio para colocação profissional de estudantes que passaram por empresas juniores é de 4,6 meses contra 16,8 meses dos que não tiveram envolvimento com projetos dessa natureza. “Tratase de um tempo quatro vezes menor para inserção no mercado”, observa Gonçalves.

##

COMPARTILHE NAS REDES