INOVAÇÃO

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Sanasa lança plataforma digital para modernizar atendimento ao consumidor em Campinas

A iniciativa faz parte da estratégia de modernização dos serviços e busca oferecer atendimento digital mais ágil, eficiente e acessível – Crédito: Adriano Rosa/PMC

Implantação tem a intenção de melhorar o relacionamento do consumidor com a empresa

A Sanasa, empresa responsável pelo saneamento básico de Campinas, lançou na manhã desta sexta-feira, 13 de junho, a Plataforma Sanasa Digital, uma nova ferramenta para agilizar a forma como os consumidores se relacionam com a empresa. A iniciativa faz parte da estratégia de modernização dos serviços e busca oferecer atendimento digital mais ágil, eficiente e acessível.

A nova plataforma tem como principal objetivo reduzir a necessidade de deslocamentos físicos às agências de atendimento, promovendo uma experiência mais prática e rápida para o usuário.

Para o prefeito Dário Saadi, a novidade representa um avanço importante na facilitação do acesso aos serviços oferecidos pela Sanasa. “Essa plataforma é fundamental para modernizar a relação entre a Sanasa e seus clientes. Campinas foi reconhecida, no ano passado, como a cidade campeã em saneamento básico no país, entre cidades com mais de 500 mil habitantes. Essa modernização reforça o compromisso de oferecer um serviço de qualidade e cada vez mais eficiente”, destacou o prefeito.

O presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior, destacou a facilidade digital que a nova plataforma vai proporcionar para os usuários. “Após quatro anos de investimentos na modernização do parque tecnológico e da infraestrutura de TI, chegamos a esse momento de oferecer uma plataforma digital que facilita a rotina dos nossos clientes. Agora, eles podem resolver a maior parte das questões sem sair de casa”, afirmou.

A Plataforma Sanasa Digital é formada por quatro ferramentas:

Conheça os detalhes de cada ferramenta:

  1. Site (www.sanasa.com.br): totalmente reformulado, mais interativo, organizado, de fácil navegação e com todos os serviços que o cliente precisa, separados em portais dedicados para clientes pessoa física e jurídica.
  2. Aplicativo Sanasa: disponível na Play Store (Android) e na Apple Store (i-Phone), oferece todos os serviços disponíveis no site, com a facilidade de ser acessado via celular, em qualquer lugar de Campinas, do Brasil ou do mundo.

As duas soluções acima contemplam os seguintes serviços:

  1. a) solicitação de ligação nova de água e esgoto;
  2. b) emissão de segunda via de faturas e consulta de débitos;
  3. c) alteração de titularidade da fatura;
  4. d) cadastro para débito automático e Fatura Digital;
  5. e) parcelamento de débitos de consumo;
  6. f) agendamento de atendimento presencial;
  7. g) atualização de cadastros de benefícios sociais, como tarifa social e descontos para aposentados.
  8. Atendimento via Whatsapp: instantâneo, simples e eficiente. Basta adicionar o número 0800 772 1195 aos contatos e iniciar uma conversa.

Os serviços disponíveis incluem:

  1. a) acesso à segunda via da fatura;
  2. b) consulta de débitos anteriores;
  3. c) verificação de manutenção programada ou emergencial em seu bairro
  4. d) cadastramento de fatura em débito automático;
  5. e) recebimento da sua fatura por e-mail (Fatura Digital);
  6. f) informe de vazamentos;
  7. g) renovação da tarifa social ou do benefício de aposentado;
  8. i) agendamento para atendimento presencial.

4) SMS Sanasa Informa: sistema de alertas por SMS enviado ao celular cadastrado, informando manutenções programadas ou emergenciais no bairro do cliente. Para usufruir do serviço, é essencial manter o cadastro atualizado.

 

 

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Tecnologias para Saúde e Educação são destaques do Innovation Week 2025

Sistema da FITec analisa sinais vitais em menos de 5 minutos – Crédito Daniel Ribeiro sob supervisão de Gustavo Gimenez

Com demonstrações que vão de robôs médicos a experiências imersivas, evento em Campinas, conecta startups, institutos de pesquisa e o público em quatro dias de descobertas

De robô que afere sinais vitais de forma rápida e intuitiva ao braço robótico que opera por tecnologia 5G. Estas são algumas das inovações presentes no Innovation Week 2025. O evento, que iniciou oficialmente nesta segunda-feira, dia 10,  vai até esta sexta-feira, 13, no Prédio do Relógio, no Pátio Ferroviário de Campinas.

A feira reúne apresentações com temas sobre impulsionamento de startups, pesquisas, educação e tecnologia avançada.  Destaque para a tecnologia desenvolvida pela FITec, Instituto de Ciência e Tecnologia. Com o sistema, é possível verificar pressão arterial, altura, peso, oxigenação sanguínea, temperatura, batimentos cardíacos e Índice de Massa Corporal (IMC), tudo em menos de cinco minutos.

Segundo o gerente da FITec, Vinicius Brant, o programa abre diversas possibilidades para uma melhora dos atendimentos de saúde. “Algumas empresas já usam internamente. Mas imagina em uma Unidade de Pronto Atendimento ou em um hospital, como agilizaria as consultas”, esclarece Brant.

Ainda no campo da saúde, o Instituto Eldorado apresenta como um de seus projetos um braço robótico controlado remotamente e em tempo real. O protótipo permite ao usuário sentir e reproduzir sensações realistas de toque durante manipulações, como em cirurgias, por exemplo.

De acordo com o analista de sistemas do Instituto, Luiz Vieira, o evento contribui para impulsionar e divulgar pesquisas que prometem aprimorar práticas médicas. “É importante expormos cada vez mais e trazer essa realidade à população, além de construirmos networking” conta o analista.

Com ambiente repleto de estandes voltados a novos estudos e projetos, os visitantes conseguem participar de palestras divididas em ecossistemas. Além de poderem aproveitar simulações que tornam a visita dinâmica e divertida.

Instituições de ensino também promoveram a participação de estudantes no evento. Para o trio de alunos do Senac, Eduardo Gama, Matheus Gasparini e Kaelly Moraes, todos de 17 anos, o Innovation ajudou-os a ampliarem suas perspectivas. “É um evento cheio de oportunidades e muito interessante”, conta Gama. Já para seu amigo, Gasparini, o simulador de fórmula 1 lhe deixou entusiasmado para continuar a explorar. “Foi o mais divertido,” diz o jovem.

É possível encontrar também estandes como o das Mulheres Empreendedoras, da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec) e muito mais, prometendo quatro dias de descobertas e muita troca.

Kaelly Moraes, Matheus Gasparini e Eduardo Gama do Senac

Kaelly Moraes, Matheus Gasparini e Eduardo Gama do Senac

 

Serviço

Campinas Innovation Week 2025

Data: de 9 a 13 de junho

Horário: 9h às 18h

Local: Prédio do Relógio (rua Francisco Teodoro, 1.050, Vila Industrial)

Informações e inscrições: https://campinasinnovationweek.com.br/

Selo: Innovation Week 2025
O Campinas Innovation Week chega à sua segunda edição em 2025 consolidado como um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do País. O evento vai acontecer entre os dias 9 e 13 de junho, no Prédio do Relógio, no Pátio Ferroviário. A entrada é de graça. A realização é da Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, e do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e execução da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).

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Mais de 20 mil pessoas já se inscreveram no Campinas Innovation Week 2025

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, Adriana Flosi, explica que o evento coloca Campinas na vanguarda das discussões sobre tecnologia e inovação no país – Crédito: Divulgação/PMC

Evento tem abertura oficial para autoridades nesta segunda-feira e para o público em geral nesta terça-feira

Ao longo de toda a semana mais de 200 palestrantes irão se revezar nos quatro palcos (Blue Stage, Orange Stage, Green Stage e Purple Stage), além dos espaços ‘Elas Conectam’ e ‘Black Room’ com palestras, treinamentos e workshops sobre tudo que é destaque relacionado a tecnologia, inovação e empreendedorismo.

38 estandes e 200 palestrantes

Com 38 estandes e mais de 200 palestrantes, o evento vai reunir todo o ecossistema de inovação de Campinas criando uma atmosfera de conexões, colaboração e aprendizado. Além do impacto direto no conhecimento e nas redes de contato dos participantes. A expectativa é que o encontro gere R$ 60 milhões em negócios e crie 900 empregos temporários, movimentando a economia local.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, Adriana Flosi, explica que o evento coloca Campinas na vanguarda das discussões sobre tecnologia e inovação no país.

“A nossa cidade conta com uma densidade tecnológica muito grande, existe muita produção científica aqui, além de tudo que é desenvolvido e aplicado no setor público e na iniciativa privada. O Campinas Innovation Week é uma vitrine para que pessoas do país e do mundo conheçam tudo isso, além dos próprios campineiros”, disse.

Atrações imersivas

Quem for visitar o Campinas Innovation Week vai poder sentir e experimentar diversas ações envolvendo tecnologia. Uma das novidades é o simulador de montanha-russa. Nessa ativação o visitante vai sentir todas as sensações de estar em uma montanha-russa de verdade sem sair do lugar. Sentado em um equipamento que reproduz o brinquedo, ele vai ter a sensação de movimento, vento no rosto e com um par de óculos de realidade virtual fará um passeio por uma cidade futurística.

Simulador de Fórmula 1

Haverá uma ativação especial para quem gosta de velocidade. A Claro leva ao CIW um simulador de Fórmula 1. O equipamento reproduz um carro da categoria e fica posicionado em frente a telas que proporcionam uma experiência imersiva de disputa de uma prova.

Realidade virtual na educação

Imagine executar gestos e manipular pedaços de um crânio digitalmente. Isso é possível utilizando o óculos de realidade virtual que foi desenvolvido pelo Instituto Eldorado e estará em exposição durante o evento. Com ele, cada osso pode ser analisado individualmente usando as próprias mãos fazendo uso de tecnologias como handtracking.

Serviço
Campinas Innovation Week 2025

Data: de 9 a 13 de junho
Horário: 9h às 18h
Local: Prédio do Relógio (R. Francisco Teodoro, 1050, Vila Industrial)
Informações e inscrições: https://campinasinnovationweek.com.br/ 

 

Selo: Innovation Week 2025
O Campinas Innovation Week chega à sua segunda edição em 2025 consolidado como um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do País. O evento vai acontecer entre os dias 9 e 13 de junho, no Prédio do Relógio, no Pátio Ferroviário. A entrada é de graça. A realização é da Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, e do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e execução da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).

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Emdec leva mobilidade urbana ao Campinas Innovation Week

Tag que aciona semáforo sonoro por bluetooth é uma das tecnologias que serão exibidas pela Emdec no CIW – Crédito: Divulgação/Emdec

Semáforo sonoro e superdrone serão destaques de estande da empresa, de 9 a 13 de junho

Pioneiro no Brasil, o sistema de semáforo sonoro desenvolvido na Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), com o uso de tecnologia bluetooth e voltado para pessoas com deficiência visual, poderá ser conferido de perto pelos visitantes do Campinas Innovation Week (CIW). Essa é apenas uma das inovações para a mobilidade urbana que a empresa levará ao estande que terá no evento, que acontece de 9 a 13 de junho. A programação terá como cenário o Prédio do Relógio, construção que fica dentro do Pátio Ferroviário, cuja área também abrange a sede da Emdec, na Vila Industrial.

Quem for ao local também poderá conhecer como a empresa usa um superdrone para modernizar processos, a exemplo do levantamento de dados topográficos e georreferenciados para projetos.

Além disso, será possível tirar dúvidas sobre iniciativas voltadas ao transporte público coletivo, como duas pensadas, principalmente, para as mulheres. Uma delas é o Botão de Emergência na Luta contra o Assédio (Bela), disponível no app da Emdec. O Bela pode ser usado por vítimas ou pessoas que presenciem casos de assédio no transporte público municipal, permitindo a abordagem do veículo pela Guarda Municipal.

Outra é o Abrigo Amigo, ação da empresa Eletromidia, desenvolvida em conjunto com a agência AlmapBBDO, que envolveu a Prefeitura de Campinas, a Emdec e a Secretaria de Transportes. O abrigo oferece companhia remota em pontos de ônibus, à noite, por meio de chamadas de vídeo com uma central de monitoramento, em painel digital. Além de Campinas, apenas outras duas cidades do país receberam a iniciativa: Rio de Janeiro e São Paulo. Durante o CIW, um Abrigo Amigo ficará instalado na área externa do Prédio do Relógio, e receberá os participantes de tour de ônibus promovido pelo evento.

“Esta é uma oportunidade de mostrarmos que o poder público também pode e deve inovar, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população e com a otimização de processos”, explica Vinicius Riverete, presidente da Emdec. “É importante reforçar que a construção de uma cidade mais inteligente, sustentável e inclusiva passa pela mobilidade urbana”.

Vídeo destacará tecnologia usada na cidade

O estande da Emdec terá identidade visual que simula um ambiente urbano. Nele, além de ver tecnologias como o semáforo sonoro, será possível conferir vídeo com imagens de outras soluções usadas no trânsito e transporte de Campinas, em painéis de mobiliário urbano para propaganda e informação (MUPI), habitualmente vistos em pontos de ônibus pela cidade.

Entre os destaques do vídeo, está o uso de viatura equipada com câmeras OCR (Optical Character Recognition – Reconhecimento Óptico de Caracteres), na fiscalização das vagas do Sistema de Estacionamento Rotativo de Campinas. As câmeras leem as placas dos carros, cruzam os dados com o software de gerenciamento da Zona Azul Digital, e indicam se os veículos estão estacionados regularmente ou não.

A programação completa do Campinas Innovation Week e as inscrições para o evento estão disponíveis no site campinasinnovationweek.com.br.

 

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Saúde

Conheça os prós e contras do novo medicamento para tratar casos de Alzheimer

Aprovado pela Anvisa em abril, o donanemabe atua diretamente na possível causa da doença, que representa a maioria dos casos de demência

 

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

No último dia 22 de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do donanemabe, um medicamento inovador para o tratamento da doença de Alzheimer em estágios iniciais. Considerado um avanço, trata-se de uma terapia imunológica que tem o objetivo de reduzir os depósitos de proteína no cérebro associadas à condição.

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência – representa cerca de 70% dos casos. No Brasil, o cenário é especialmente preocupante: segundo o Relatório Nacional sobre a Demência (RENADE), divulgado em setembro de 2024 pelo Ministério da Saúde, oito em cada dez pacientes não recebem diagnóstico e, consequentemente, ficam sem tratamento.

O diagnóstico é clínico e tem início a partir da queixa do próprio paciente ou de um familiar próximo, que observa episódios recorrentes de esquecimento e dificuldades de memória. A partir daí, devem ser realizados testes específicos para avaliar as funções cognitivas e o grau de comprometimento da autonomia nas atividades diárias.

Ainda de acordo com o relatório, cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais têm algum tipo de demência – o que representa cerca de 2,71 milhões de casos. Com o envelhecimento progressivo da população, a perspectiva se torna mais alarmante: estima-se que o número de casos de demência no país quase triplique até 2050. Diante desse cenário, a busca por alternativas que ofereçam benefícios mais substanciais e acessíveis aos pacientes é cada vez mais necessária.

Como age o donanemabe

O Alzheimer se manifesta por uma progressiva deterioração da memória, da linguagem, do comportamento e da capacidade de realizar tarefas do dia a dia. A condição está associada ao acúmulo anormal de duas proteínas no cérebro: tau e beta-amiloide, que provocam a morte dos neurônios e levam ao avanço do quadro neurodegenerativo ao longo dos anos.

O anticorpo monoclonal recém-aprovado pela Anvisa atua diretamente na remoção das placas de beta-amiloide no cérebro. “Diferentemente dos medicamentos inibidores de acetilcolinesterase, como donepezila, rivastigmina e galantamina, que aumentam a disponibilidade de acetilcolina, um neurotransmissor fundamental para memória, cognição e aprendizado, o donanemabe é considerado um avanço na área porque age na raiz do problema, em vez de somente aliviar os sintomas cognitivos”, explica a neurologista Polyana Piza, gerente do programa de Neurologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, sediada nos Estados Unidos, o donanemabe será comercializado sob o nome de Kisunla. Estudos demonstraram que, com 76 semanas de uso, ele pode reduzir em até 35% a progressão do Alzheimer em pacientes nos estágios iniciais da doença.

Potenciais riscos

Apesar dos resultados promissores, o donanemabe pode ter seu uso limitado por trazer poucos benefícios para indivíduos com quadros moderados ou graves. Estudos mostram que a remoção das placas amiloides não é suficiente para reverter os quadros de demência já estabelecidos.

Além disso, embora sejam raros, o medicamento apresenta alguns riscos, em especial o aumento de taxas de ARIA (Anormalidades de Imagem Relacionadas à Amiloide), efeito colateral associado a pequenas hemorragias e áreas de inchaço no cérebro e até a morte. Nos ensaios com o medicamento, 1,6% dos participantes que receberam donanemabe apresentou eventos graves de ARIA, com três óbitos.

Casos mais graves de Alzheimer tendem a ser mais frequentes em pessoas que carregam o gene apolipoproteína E ε4 (ApoE ε4). Localizado no cromossomo 19, esse gene é considerado um importante biomarcador de risco genético para a condição. Atualmente, é possível realizar o teste genético do ApoE ε4 somente em laboratórios privados.

Os estudos evidenciam que pessoas sem cópias do gene ApoE ε4 apresentam um risco significativamente menor de efeitos colaterais graves ao usar a medicação, com uma taxa de apenas 0,8% e registro de uma única fatalidade. Justamente por isso, para um paciente ser considerado elegível ao tratamento com esse tipo de fármaco, é necessário passar por uma avaliação criteriosa.

Essa triagem inclui testes genéticos para identificar a presença do ApoE ε4, além de exames de imagem, como o PET amiloide, que confirmam o acúmulo da proteína no cérebro. “O risco de pequenas hemorragias cerebrais também torna o medicamento contraindicado para quem usa anticoagulantes, o que é muito comum em idosos e pode limitar ainda mais a elegibilidade para o donanemabe”, destaca Piza.

Foi exatamente esse risco de efeitos adversos graves, como sangramentos cerebrais e mortes, que levou o Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), a emitir um parecer negativo sobre a autorização do donanemabe na Europa.

Em seu relatório, a agência reconheceu que o medicamento é eficaz na remoção das placas de beta-amiloide, mas avaliou que os benefícios clínicos obtidos até agora são modestos. Diante disso, concluiu que os riscos potenciais à saúde dos pacientes superam as vantagens terapêuticas oferecidas, inviabilizando sua aprovação no território europeu.

A associação Alzheimer Europe lamentou o parecer negativo. Em nota publicada em seu site, cita que o medicamento foi aprovado por outras autoridades regulatórias do mundo, entre elas a Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, e outras no Reino Unido, no Japão e na China (na época, a Anvisa ainda não havia aprovado o medicamento no Brasil).

Alto custo

Outro ponto é que o alto custo do medicamento pode limitar o acesso à droga e dificultar sua viabilidade em larga escala. O donanemabe ainda não foi precificado no Brasil, por isso não está disponível nem na rede privada, nem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Procurada pela Agência Einstein, a Eli Lilly informou que ainda não existe estimativa de preço no país, mas que “vai trabalhar para garantir a disponibilidade do produto o mais rápido possível.” No momento, diz a empresa, a prioridade é definição de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), vinculada à Anvisa.

Na avaliação de Polyana Piza, o donanemabe representa uma inovação importante no tratamento da doença de Alzheimer, oferecendo uma nova opção terapêutica, apesar da melhora clínica ainda ser modesta. “A aprovação desse medicamento pode estimular a busca por diagnósticos precoces, já que ele é mais eficaz em estágios iniciais da doença, o que é crucial para maximizar os benefícios e retardar a progressão da doença”, diz a neurologista do Einstein.

Fonte: Agência Einstein

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Economia

Alckmin celebra insumo 100% nacional para remédio de doença autoimune

Alckmin visitou nesta segunda-feira, dia 10, a planta da Bionovis, em Valinhos, onde celebrou anúncio da aprovação da Anvisa para a fabricação do insumo farmacêutico

 

Agência Gov | via MDIC

 

“Esse dia é histórico. Isso é um grande salto científico para o Brasil”, comemorou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, ao participar, nesta segunda (10) do anúncio da aprovação da Anvisa para que a Bionovis produza, no Brasil, Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a fabricação do medicamento Infliximabe, o que representa uma experiência de sucesso na Política Estruturante das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

“Nós estamos aqui na Bionovis, que é uma união de quatro grandes indústrias farmacêuticas brasileiras – a EMS, a Hypera, a União Química e a Aché – e a Bionovis, constituída para um avanço na ciência, que é a produção de anticorpos monoclonais. Isso é um grande salto científico para o Brasil. Nós importamos praticamente 95% dos IFAs, que são os imunobiológicos”, acrescentou Alckmin, lembrando que a iniciativa conta com apoio das políticas públicas do governo federal, de incentivo à indústria farmacêutica, como a Nova Indústria Brasil (NIB) e os investimentos do BNDES e da FINEP para pesquisa e desenvolvimento da saúde. A Missão 2 da NIB prevê R$ 59,2 bilhões em investimentos públicos e privados, entre 2023 e 2026.

Alckmin visitou a planta da Bionovis, em Valinhos, São Paulo. Com a aprovação, a Bionovis passa a ter condições de produzir 100% do IFA deste medicamento para o país. Entre as metas da NIB está a de elevar dos atuais 45% para 50%, até 2026, e a 70% até 2033, a produção nacional das necessidades do país de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde.

“O que estamos fazendo somente foi possível por conta de uma política de estado que se insere no Complexo Industrial da Saúde”, disse o presidente da Bionovis, Odnir Finotti, durante a cerimônia, citando as políticas públicas do governo federal que possibilitaram as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) e a produção dos insumos biológicos ativos utilizados pelo SUS no atendimento à população brasileira. “O SUS, na verdade, é o grande sustentáculo do que nós estamos fazendo aqui.  A política de estado disse, quando foi feito o desafio para nós e que foi aceito por nós: façam, que o governo faz a aquisição dos produtos”, comentou. “E, em 2015, isso se materializou com a Bionovis chegando aqui em Valinhos”, acrescentou, lembrando que naquela época Alckmin era o governador de São Paulo.

As Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo têm como objetivo ampliar o acesso a medicamentos e produtos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de fortalecer o Complexo Econômico-Industrial do País. As parcerias são realizadas entre instituições públicas e empresas privadas, buscando promover a produção pública nacional. Também está incluído no escopo das PDP o desenvolvimento de novas tecnologias.

O Infliximabe é utilizado para tratar pacientes com doença de Crohn, colite ou retocolite ulcerativa, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite psoriásica e psoríase, entre outras. A produção do IFA é fruto da parceria entre a Janssen-Cilag, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Biomanguinhos/Fiocruz) e o laboratório brasileiro Bionovis. Serão fornecidos, em média, 260 mil frascos por ano do medicamento.

A Bionovis investiu R$ 800 milhões em infraestrutura fabril, capacitação de recursos humanos e aquisição de tecnologia com o objetivo de garantir a autossuficiência do Brasil no desenvolvimento e na fabricação de produtos biológicos de alta complexidade.

A planta tem capacidade de produzir até 250 kg de proteína de medicamentos biológicos por ano e permite fabricar dez biofármacos de alta complexidade para o tratamento de doenças autoimunes e oncológicas. Esse volume garante o abastecimento de toda a demanda interna nacional, além da exportação para outros países.

 

 

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Valinhos

Prefeito de Valinhos participa de evento na Bionovis e comemora avanço científico da empresa sediada no município

Cidade se destaca no cenário nacional com investimento em inovação e desenvolvimento na área da saúde

O prefeito de Valinhos, Franklin Duarte de Lima, participou nesta segunda-feira, dia 10, do evento que celebrou a aprovação da Anvisa para que a Bionovis produza, no Brasil, Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a fabricação do medicamento Infliximabe. A conquista representa um grande avanço científico e produtivo para o município e para o país.

O Infliximabe é utilizado para tratar pacientes com doença de Crohn, colite ou retocolite ulcerativa, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite psoriásica e psoríase, entre outras. A produção do IFA é fruto da parceria entre a Johnson & Johnson , o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Biomanguinhos/Fiocruz) e o laboratório brasileiro Bionovis. Serão fornecidos, em média, 260 mil frascos por ano do medicamento.

“Essa é uma conquista histórica para Valinhos e para todo o Brasil. A Bionovis, empresa sediada em nosso município, está dando um passo fundamental para garantir a autossuficiência nacional na produção de insumos farmacêuticos, fortalecendo a indústria e impulsionando o desenvolvimento da saúde pública”, destacou o prefeito Franklin.

 

O evento contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, que ressaltou a importância do feito para a política nacional de incentivo à indústria farmacêutica. A Bionovis, formada por uma parceria entre quatro grandes indústrias brasileiras (EMS, Hypera, União Química e Aché), agora terá condições de produzir 100% do IFA do medicamento para o país.

 

A iniciativa está inserida na Política Estruturante das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP), um modelo de colaboração entre instituições públicas e empresas privadas que busca fortalecer o Complexo Industrial da Saúde no Brasil. A produção nacional do Infliximabe trará mais segurança ao abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo acesso a tratamentos essenciais para doenças autoimunes.

A Bionovis investiu R$ 800 milhões em infraestrutura fabril, capacitação de profissionais e aquisição de tecnologia, com o objetivo de tornar o Brasil autossuficiente na fabricação de biofármacos de alta complexidade. Com capacidade para produzir até 250 kg de proteína de medicamentos biológicos por ano, a planta em Valinhos garantirá não apenas o suprimento nacional interno, mas também a possibilidade de exportação para outros países.

O prefeito Franklin reforçou o orgulho em ter uma empresa de tamanha relevância instalada na cidade.

“Valinhos se consolida como um polo de inovação e tecnologia, gerando empregos, desenvolvimento econômico e avanço científico. Estamos muito felizes com essa conquista e seguimos trabalhando para fomentar novas iniciativas que beneficiem nossa população e todo o Brasil”, afirmou.

 

Mais investimentos

Além da aprovação da Anvisa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou recentemente um financiamento de R$ 650 milhões para a Bionovis expandir a fábrica de medicamentos biotecnológicos de alta complexidade em Valinhos (SP). O investimento fortalece a economia local, gerando empregos qualificados e atraindo novos investimentos para o município. Além disso, o avanço na produção de biofármacos de alta complexidade reforça a vocação de Valinhos para o desenvolvimento científico e tecnológico, colocando a cidade em posição de destaque no cenário nacional da indústria farmacêutica. Esse investimento também impulsiona a saúde pública, garantindo maior segurança no abastecimento de medicamentos essenciais para o SUS e contribuindo para a autossuficiência do país na fabricação de insumos críticos.

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Valinhos

Valinhos rumo à inovação em Biotech e Farma

Reunião de Kickoff reúne líderes e define próximos passos para o arranjo produtivo local

 

Valinhos foi palco de uma reunião histórica, realizada na última segunda-feira, dia 10, na sede do SENAI, que marcou o início de um ambicioso projeto para transformar a cidade em um polo de referência na área de Biotech e Farma. Presentes representantes do setor público, privado e das instituições de ensino e inovação, entre eles o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Valinhos, Erwin Franieck, e a Presidente da AEVAL, Adriana Matteelli, além de diretores e assessores como Gustavo Previtali, Luiz Henrique e Ricardo, e pela AEVAL o coordenador Fernando Forgerini, o ex presidente Rafael Cossiello, e do diretor jurídico Rafael Geraldini, e representando o SENAI Valinhos,  o Diretor Adelmo Belizario e a coordenadora Fabíola Manzan, com a presença também de Carlos Coelho,  Diretor do SENAI Biotecnologia de São Paulo.

 

Reunião realizada na sede do SENAI em Valinhos

 

Durante o encontro, que foi considerado excelente por todos os participantes, Erwin destacou a importância da articulação entre o governo e o setor produtivo para impulsionar o desenvolvimento sustentável da região. “Esta reunião marca um passo fundamental para consolidar Valinhos como um polo de inovação. A integração entre o setor público, as associações empresariais e as instituições de ensino é vital para que possamos criar um ambiente favorável ao crescimento econômico e tecnológico, beneficiando não apenas a economia local, mas toda a sociedade”, afirmou o Secretário.

Adriana Matteelli, representando a AEVAL, ressaltou o potencial existente no setor e a relevância de unir esforços para ampliar a competitividade das empresas de Biotech e Farma na cidade.

“Valinhos já abriga grandes players como Bionovis, Arese Pharma, Myralis, CBO Lab, Concepta, Cellavita e BioGrow, e quando ampliamos nossa visão para um raio de 30 km, incluímos também empresas de renome como EMS, Medley, Cristalia e MSD. Estamos diante de uma oportunidade única para democratizar o acesso a produtos de alta qualidade e promover a inovação de forma acessível. Nosso compromisso é reunir os principais empresários em uma próxima reunião para que, juntos, possamos definir as diretrizes deste Arranjo Produtivo Local”, declarou Adriana.

Além do mapeamento detalhado do ecossistema produtivo – atividade que o SENAI de Valinhos já iniciou com apoio do SENAI São Paulo, que reforçará a atuação em Biotech – os próximos passos do projeto incluirão o convite formal aos principais empresários para integrar o APL. Essa iniciativa visa fortalecer a rede de cooperação, estabelecer políticas públicas de incentivo e desenvolver programas de capacitação e pesquisa que promovam a inovação, contribuindo para o crescimento econômico e o aprimoramento da qualidade dos produtos oferecidos.

A reunião de Kickoff consolidou o compromisso conjunto dos setores público e privado, reafirmando a visão de que a sinergia entre governo, associações empresariais e instituições de ensino é o caminho para transformar Valinhos em um polo de excelência em Biotech e Farma. Com os próximos passos já planejados e a integração de parcerias estratégicas, a cidade se prepara para abrir uma nova etapa de desenvolvimento, ampliando o acesso e a qualidade dos produtos no mercado nacional.

 

Reunião realizada na sede do SENAI em Valinhos

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RMC

Viracopos aposta em tecnologia de ponta para agilizar embarque

Tecnologia vai agilizar o embarque e reduzir as filas, tanto no acesso às áreas restritas, quanto nas salas de embarque

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, é o primeiro terminal do país a implantar um fluxo de embarque de passageiros 100% biométrico e automatizado, contemplando os processos de acesso às áreas restritas e salas de embarque, oferecendo mais segurança a todos os elos da aviação civil. A solução começou a ser testada em dezembro do ano passado e será disponibilizada para uso de forma gradativa ao longo deste semestre.

A tecnologia foi instalada pela empresa SITA, líder mundial em soluções tecnológicas para o setor do transporte aéreo e com parceria da Digicon, empresa nacional líder na fabricação de equipamentos de controle de acesso. Além disso, o projeto conta com a parceria do SERPRO, empresa nacional de inteligência em Governo Digital e Tecnologia da Informação, responsável pela plataforma de validação de informações biométricas dos passageiros e tripulantes.

Ao todo são onze equipamentos biométricos automatizados (e-Gates), sendo sete espalhados no acesso as áreas restritas nacional e internacional e quatro espalhados nas áreas de salas de embarque nacionais e internacionais. Já a utilização da biometria no embarque na aeronave acontecerá de forma gradativa pelas companhias aéreas para a adaptação, tanto do processo operacional, como da experiência dos passageiros e tripulantes.

Para utilizar os e-Gates automatizados, o passageiro poderá optar pelo fluxo manual, que é o padrão atual, ou fluxo biométrico. Para utilizar o fluxo manual o passageiro deve seguir o processo de identificação vigente em ambas as áreas e posicionar o código de barras do cartão de embarque em papel ou eletrônico na leitora de cartões do e-Gate.

Quanto à utilização do fluxo biométrico, vale destacar que sua adoção ocorrerá ao longo dos próximos meses e bastará o passageiro optar pelo uso da biometria durante a realização do check-in de seu voo no app da própria companhia aérea e seguir as instruções. O registro biométrico é valido por até cinco anos, sem a necessidade de repetir o processo para voos futuros.

Com a novidade, não será mais necessário a apresentação do cartão de embarque ou crachá de tripulante para acessar a aeronave, basta utilizar seu rosto como método de identificação se posicionando no local indicado para acionamento da câmera e processo biométrico.

Em princípio, a companhia aérea GOL será a primeira a operar com os novos equipamentos em Viracopos. A Azul, maior companhia em número de voos e destinos atendidos a partir de Viracopos, estuda ingressar na operação de embarques por biometria ao longo de 2025.

Com essa tecnologia será possível economizar tempo e recursos nesses importantes processos que demandam tantos esforços do aeroporto e companhias aéreas, além de proporcionar mais uma camada de segurança.

Para o próximo ano, o aeroporto pretende aumentar os usuários que podem utilizar a biometria para o processo de filtro de segurança, incluindo os concessionados do aeroporto (como lojistas). Complementarmente, serão iniciados os estudos para incluir o SITA Smart Path Bag Drop, que fornecerá ao Aeroporto de Viracopos a tecnologia capaz de realizar o auto despacho de bagagens por meio de biometria, além de deixar a experiência dos passageiros mais fluida. No futuro, o uso dessas ferramentas biométricas pode ser estendido a outros processos como identificação dos passageiros nas salas VIP, no Duty Free, entre outras aplicações.

“O Aeroporto de Viracopos mais uma vez é pioneiro em uma ação inovadora que visa melhorar a experiência dos passageiros e trazer mais segurança ao processo de embarque. Essa solução traz para o Brasil o que há de mais moderno atualmente e permitirá, inclusive, a adoção de políticas nacionais de uso amplo da biometria, tanto para passageiros brasileiros quanto estrangeiros, agilizando o embarque e reduzindo as filas no acesso ao raio-x e à aeronave.”, complementa o Diretor de Operações de Viracopos, Marco Beme.

Segundo o Diretor de Viracopos, o processo de adaptação dos passageiros e tripulantes e o início das operações por parte de todas as companhias aéreas será gradativo e vai proporcionar maior segurança a todos os elos da aviação civil.

“A nova tecnologia representa um marco na modernização do embarque doméstico e internacional. Com utilização de tecnologia avançada de reconhecimento facial, o sistema permite maior agilidade no embarque do passageiro e precisão na leitura facial, eliminando a necessidade do uso de documentos físicos para acesso a sala de embarque e na aeronave”, disse Guilherme Dalto, Gerente de Sistemas e TI de Viracopos.

Já Shawn Gregor, presidente das Américas da SITA, afirma: “Esse novo marco em Viracopos representa um passo fundamental na transformação das viagens de passageiros no Brasil. Ao integrar as soluções biométricas da SITA, o aeroporto estabelece um novo padrão de eficiência, segurança e conforto para viagens aéreas. A implementação reflete nosso compromisso em solucionar os principais desafios do setor, como a redução de filas, o aumento da eficiência operacional e a criação de uma experiência de viagem sem complicações. Como o primeiro aeroporto do mundo a implantar as três tecnologias biométricas da SITA, o Aeroporto de Viracopos está liderando o caminho para modernizar as operações aeroportuárias e posicionar o Brasil como líder em inovação digital de viagens aéreas.”

O Aeroporto Internacional de Viracopos já possui a tecnologia de rastreamento de bagagens, o SITA BagMessage, que foi implementada em 2024. Os resultados mostram uma melhora expressiva no processamento do fluxo de malas do terminal, garantindo que o aeroporto receba mensagens de origem de bagagem em tempo hábil enquanto gerenciam as múltiplas conexões com os sistemas das companhias aéreas.

“A adoção do Embarque + Seguro pelo Aeroporto Internacional de Viracopos destaca sua relevância para o setor aéreo brasileiro. Ao investir nesta tecnologia, o aeroporto não apenas reforça seu compromisso com a segurança e eficiência, mas também posiciona o Brasil na vanguarda global de soluções digitais no transporte aéreo”, avalia Brenno Bello Sampaio, superintendente do Serpro. O Embarque + Seguro é nome do sistema de reconhecimento biométrico desenvolvido pela empresa que valida a identidade dos viajantes por meio de selfies capturadas no momento do check-in, comparando-as com os dados de bases oficiais do governo.

De acordo com o superintendente, a implementação em Viracopos, um dos principais hubs logísticos e de passageiros do país, abre caminho para uma transformação mais ampla, influenciando os aeroportos em todo o território nacional. “Essa inovação reflete não apenas a evolução do setor aéreo, mas também sua capacidade de responder aos desafios do futuro com inteligência, segurança e eficiência, tornando a experiência do passageiro mais fluida e simplificada no processo de embarque”, acrescenta Brenno.

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Brasil e Mundo

Petrobras vai monitorar Margem Equatorial com tecnologia da Nasa

Satélite Radar de Abertura Sintética NASA-ISRO – NISAR. Foto: NASA/Divulgação

Programa tem início previsto para 2025

Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

A Petrobras terá mais um meio para garantir mais segurança em explorações de petróleo na Margem Equatorial, no trecho dos estados do Amapá, Pará e Maranhão. A empresa foi aceita no Programa de Primeiros Usuários (Early Adopters) da missão Nasa-ISRO Synthetic Aperture Radar (Nisar). O sistema é inédito em coleta de imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR), por satélite, para observação da Terra.

O engenheiro Fernando Pellon, consultor sênior da Gerência de Geoquímica do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), explicou que em regiões inundáveis, os manguezais são ecossistemas muito sensíveis a derrame de óleo, por isso serão muito importantes as informações dos mapas de sensibilidade a derrames de óleo.

“Esse mapeamento da região onde os manguezais estão inundados ou não, e quando estão inundados, são informações importantes para fazer um estudo de sensibilidade de derrame de óleo e para mapear a biota que está vivendo naquele local. São duas aplicações práticas da missão e dos objetivos da Petrobras”, informou em entrevista à Agência Brasil.

O projeto será desenvolvido pela agência espacial americana e pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial, com início previsto para 2025, quando também a petroleira brasileira passará a utilizar as imagens no seu projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ).

A Petrobras vai representar um dos 100 projetos da missão. Por parte da empresa, a intenção é monitorar o ambiente marinho e costeiro no trecho dos três estados na Margem Equatorial, além de atualizar o mapeamento desse litoral.

“Essa é uma tecnologia que permite informações sobre determinado alvo sem contato físico com ele. Por exemplo, pode medir remotamente a temperatura da superfície do mar, pode verificar remotamente se uma planta está verde ou com deficiência hídrica, pode identificar a constituição química e mineralógica de uma rocha. Isso tudo é possível recebendo do alto da Terra uma radiação eletromagnética”, explicou.

Mudanças climáticas

Para o engenheiro, o monitoramento vai permitir acompanhar também as mudanças climáticas. “O satélite orbita a 747 quilômetros da Terra e vai obter imagens a cada seis dias de um determinado ponto da superfície da Terra. Vai ter uma cobertura quase contínua de todas as áreas imersas e cobertas de gelo. É uma massa de dados muito interessante. Vai ter informações de biomassa, de desastres naturais, elevação do nível do mar, água subterrânea e vai ter dois sensores. Um da Nasa na chamada banda L e o dos indianos de um comprimento de onda menor na banda S”, disse.

“Um dos pontos relevantes da missão, justamente, é fornecer subsídios em torno das mudanças climáticas e seus impactos, tanto dos meios físicos como a subida do nível do mar e derretimento da cobertura de gelo, como o impacto nos vegetais e na dinâmica urbana. Em tudo isso ele vai fornecer informações muito valiosas para este tipo de trabalho”, pontuou.

Segundo Pellon, atualmente, é comum fazer avaliações com base em fotografias aéreas, imagens óticas que aparecem, por exemplo, no google maps. O engenheiro acrescentou que essas imagens são adquiridas na margem do visível, ou seja, recebem energia por comprimento de ondas que permitem aos olhos humanos enxergarem. Entretanto, existem outras faixas do espectro eletromagnético em que também existe radiação e não são percebidas. Com esse programa vai ser possível obter imagens para análises, mesmo que o céu esteja coberto por nuvens, o que não ocorre com outros sistemas.

“Uma delas é a infravermelho que se tem informação sobre a construção mineralógica e química das rochas. A gente não vê, mas esta informação está disponível e os sensores em aviões ou satélites são capazes de captá-las. No entanto, para essa faixa de espectro nas nuvens elas constituem barreiras, porque esses sensores medem a energia refletida pelo sol. Se a nuvem está no caminho ela é uma barreira e o sensor só consegue pegar a energia refletida pela nuvem. A imagem é cheia de nuvens”, observou.

O consultor do Cenpes adiantou mais uma aplicação significativa do sistema. “Uma outra vantagem do sistema de radar é que como dispõe da sua própria energia, se pode adquirir imagens à noite, porque não depende da luz solar. É como se fosse um flash. Se consegue fazer a imagem no escuro fazendo uma comparação”.

Rio Grande do Sul

Como o satélite terá condição de fazer uma cobertura contínua em toda a área imersa do globo terrestre, o engenheiro disse que pode ajudar também na avaliação dos impactos que o Rio Grande do Sul enfrentou após os desastres ambientais de maio deste ano.

“Vai ter dados também dessa região, por isso é uma missão tão importante”, disse, destacando que a importância das informações aumenta na medida em que são compartilhadas.

“O grande barato hoje é compartilhar, você cresce muito mais compartilhando do que excluindo. De fato, essa questão das mudanças climáticas é um assunto de interesse global, e toda informação de qualquer lugar do mundo é importante”, disse.

O projeto ObMEQ é um dos 13 realizados pelo Cenpes na área de sustentabilidade e meio ambiente para a Margem Equatorial. De acordo com a Petrobras, eles são desenvolvidos em rede por diversas instituições, com a participação de universidades e de outros grupos da região, como costuma ocorrer nas parcerias de pesquisa da empresa.

Transparência

Na visão da empresa, o projeto terá transparência uma vez que fornecerá a configuração sempre atualizada do litoral da Margem Equatorial, disponível para utilização não só de diversas áreas da Petrobras, como de órgãos ambientais e da sociedade, conforme as necessidades de cada um.

“Uma utilização adicional dos dados da Missão Nisar diz respeito à detecção de manchas de óleo na superfície do mar, tanto de origem natural [exsudações] como antrópica [derrames]”, explicou.

O projeto ObMEQ, segundo a empresa, resulta da parceria entre o Cenpes e um ecossistema de universidades e instituições do Norte-Nordeste, liderados pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

“A participação do Cenpes no Early Adopters Program da Missão Nisar é um selo de qualidade científica para o Projeto ObMEQ, uma prova de que a Petrobras e seus parceiros acadêmicos no Brasil estão articulados com o que há de mais avançado na comunidade científica internacional. A colaboração entre os cientistas brasileiros e da Nasa será uma importante contribuição à aquisição do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial”, disse.

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