INFRAESTRUTURA

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Nova Odessa inaugura a maior troca de rede de água da história em setores industriais

Nova Odessa celebrou um marco em sua infraestrutura hídrica na manhã de quinta-feira, dia 3, com a inauguração da troca de 6,1 km de rede de água nos setores industriais Recanto e Eneides

Nova Odessa celebrou um marco em sua infraestrutura hídrica na manhã de quinta-feira, dia 3, com a inauguração da troca de 6,1 km de rede de água nos setores industriais Recanto e Eneides. Os serviços também incluíram a renovação de 172 ligações de água, assegurando maior eficiência e durabilidade à nova rede. A cerimônia aconteceu nas proximidades da Estação de Captação de Água Recanto (ECA 1), com a presença de autoridades, empresários locais e funcionários da Coden Ambiental, concessionária dos serviços de Saneamento Básico do município, responsável pelo projeto.

Com um investimento de R$ 3 milhões, esta é a maior obra de substituição de rede de água em setores industriais já realizada em Nova Odessa. Os serviços consistiram na desativação da rede antiga, feita em PVC (Policloreto de Vinila), e a instalação de tubulações de PEAD (Polietileno de Alta Densidade). O novo material oferece maior resistência à pressão, reduz vazamentos em até 80% e aumenta a vida útil da rede para mais de 50 anos. Além disso, as empresas dos bairros beneficiados ganharam reforço na pressão da água, atendendo uma demanda histórica do parque industrial.

“Estamos assegurando mais segurança hídrica, eficiência no abastecimento e competitividade para as indústrias de Nova Odessa”, afirmou o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho.

O projeto foi viabilizado com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) e contrapartida da Coden. Também incluiu um trecho no Jardim São Manoel, entregue à população em abril. Nesse bairro, foram investidos R$ 550 mil na troca de 1,1 km de rede, beneficiando 10% dos moradores, ocupantes de uma área não contemplada na primeira fase da obra, realizada há mais de 10 anos.

“Queremos Nova Odessa crescendo de uma forma organizada, por isso estamos investindo na continuação de um trabalho que foi feito, em grande parte, pelo ex-prefeito Manoel Samartin”, afirmou o vice-prefeito Alessandro Miranda, o Mineirinho.

Durante a execução da obra, que demandou 8 meses de trabalho, foram realizadas interrupções programadas no abastecimento para a instalação de sistemas by-pass (mangueiras provisórias) e testes de pressão, garantindo que a população e as empresas fossem impactadas apenas por poucas horas em cada etapa.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Oseias Domingos Jorge, destacou a importância da obra. “Essa obra demonstra realmente o compromisso do prefeito Leitinho com a população, porque fica aterrada, não tem visibilidade e, mesmo assim ele não mediu esforços para fazer esse investimento”, afirmou.

O vereador Paulo Bichof também reforçou a necessidade da iniciativa. “Essa obra evita a perda de água e, também, de recursos, porque o setor industrial utiliza um grande volume de água. E a Coden consegue atender essa demanda com muita eficiência”.

O vereador Lico Rodrigues reforçou a qualidade dos serviços da Coden. “Já ouvi a opinião das empresas beneficiadas com a nova rede e elas estão muito satisfeitas”. O vereador Marcelo Maito também apoiou a iniciativa. “Ações como essa mostram que a cidade está caminhando no rumo certo”.

Para o presidente da Coden, Elsio Boccaletto, a troca de rede simboliza um passo importante no planejamento hídrico da cidade “Vamos distribuir água tratada sem perder nada pelo caminho. Hoje, temos uma rede novinha em folha”, complementou.

Nova Odessa já se destaca na região pelo baixo índice de perda de água (28%). Com as novas obras, a rede substituída por PEAD no município saltará de 76,4 km para 83,4 km, consolidando uma infraestrutura hídrica mais sustentável. A cidade atende 100% de sua população (62 mil habitantes) por meio de uma rede de distribuição de 295 km.

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RMC

Condepacc aprova por unanimidade o cercamento do Centro de Convivência Cultural de Campinas

Gradis terão 2 metros de altura – foto do Bosque dos Jequitibás – Crédito Carlos Bassan

Medida visa preservar impermeabilizante e garantir segurança no entorno do equipamento cultural

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) aprovou por unanimidade, durante sua 545ª reunião ordinária, a solicitação para o cercamento do Centro de Convivência Cultural de Campinas Carlos Gomes (CCC). O equipamento é tombado pelo município no âmbito do Processo n.º 13/2001 – Imóveis do Cambuí, com base na Resolução n.º 67/2008. A proposta de cercamento foi apresentada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra). O cercamento será menor que o perímetro em que hoje estão os tapumes da obra. A praça continuará aberta para uso da população como sempre foi.

O projeto prevê gradis instalados a cinco metros de distância da edificação principal, em um perímetro de 295 metros, com 19 portões distribuídos de acordo com normas de segurança do Corpo de Bombeiros, garantindo ampla circulação e evacuação, caso necessário. De fácil instalação, os gradis são semelhantes aos que foram instalados no Bosque e no Parque Ecológico. O investimento será de R$350 mil, recurso de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).

De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, o cercamento do Centro de Convivência é uma demanda que surgiu desde a concepção do projeto. O objetivo é preservar o teatro de arena de possíveis atos de vandalismo ou de mau uso do ambiente aberto, evitando prejuízos à municipalidade. O local recebeu impermeabilização com tecnologia de última geração, com a aplicação da película de polimetilmetacrilato (PMMA), essencial para proteção contra infiltrações, principal problema que levou à deterioração da área interna do teatro. “Conversamos com diversas entidades que também utilizam aquele espaço para que houvesse uma convergência de ideias, culminando com a aprovação recente do Condepacc”, disse Barreiro.

“Os gradis terão 2 metros de altura e diversos portões para permitir a dispersão de público em caso de alguma ocorrência, em plano que está em aprovação pelo Corpo de Bombeiros. O material escolhido é o aço, que vai dar a devida proteção do espaço e é o mais próximo possível da estrutura de alvenaria de todo o teatro, permitindo que haja a devida visão e apreciação da arquitetura tão linda do teatro. Além disso, os gradis serão abertos nas proximidades das bilheterias e na área onde ficará o café, para que o acesso a esses ambientes seja facilitado quando estiverem em funcionamento”, destacou o secretário ao detalhar as informações técnicas sobre o projeto.

Crédito: Divulgação

Projeto de gradis que serão instalados no Convivência

Projeto de gradis que serão instalados no Convivência

 

Proteção do patrimônio

O projeto de cercamento foi amplamente debatido e contou com apoio da sociedade civil, que manifestou preocupação com a preservação e segurança do espaço público. Durante a reunião do Condepacc, foi relatado que poucos dias após o debate sobre a fragilidade do impermeabilizante recém-aplicado na requalificação do CCC, uma pessoa acendeu uma fogueira sobre o material, provocando danos – exatamente como temia o corpo técnico. Só essa etapa da obra representou um investimento de R$ 3 milhões, dentro do total de R$ 64 milhões destinados à requalificação do complexo.

Para assegurar que o cercamento respeita o legado do arquiteto Fábio Penteado, responsável pelo projeto original do CCC, a Seinfra consultou o Instituto Fábio Penteado e familiares do arquiteto. Segundo a Coordenadoria do Patrimônio Cultural (CDPC), o cercamento protegerá o investimento realizado e contribuirá para a preservação de todo o conjunto arquitetônico.

“O cercamento do Centro de Convivência é uma medida essencial para garantir a preservação do espaço após um investimento tão expressivo em sua requalificação. A aprovação unânime pelo Condepacc reforça que a proposta foi construída com diálogo, responsabilidade técnica e sensibilidade histórica, cultural e arquitetônica. Esse aval representa um compromisso coletivo com a proteção do nosso patrimônio e com o futuro da cultura em Campinas”, defende a secretária municipal de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli.

Feira Hippie

A retirada dos tapumes das obras é um passo esperado entre os expositores da Feira Hippie. Isso porque o novo cercamento ocupa um espaço menor do que os tapumes atuais. A previsão é de que a retirada seja concluída até a primeira quinzena de julho.

Além disso, no dia 4 de julho os feirantes participam de uma reunião com a equipes das secretarias envolvidas com a obra do CCC. Na pauta, está a possibilidade de ampliar o horário de funcionamento da feira no dia da inauguração oficial do teatro, que acontecerá em data ainda a ser definida. A ideia é aproveitar o aumento no fluxo de visitantes e oferecer uma experiência ainda mais atrativa para o público.

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Economia

Governo de SP amplia atuação na China em inovação, mobilidade e infraestrutura sustentável

Os encontros trataram de temas como requalificação urbana e soluções integradas para o Trem Intercidades – Eixo Oeste

Comitiva liderada pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) visita CHINCA, PowerChina e China Construction Bank antes de seguir para Shenzhen

 Agência SP
A missão do Governo de São Paulo à China avança com uma série de reuniões técnicas voltadas à inovação em infraestrutura e à modernização da mobilidade ferroviária. Em Pequim, a comitiva paulista esteve com representantes da China International Contractors Association (CHINCA) e da PowerChina, empresas com atuação global em grandes obras de engenharia.

Os encontros trataram de temas como requalificação urbana e soluções integradas para o Trem Intercidades – Eixo Oeste, incluindo a modernização de estações como Sorocaba, São Roque e a construção da nova estação Brigadeiro Tobias, com investimento estimado de R$ 37 milhões.

LEIA TAMBÉM: Governo de SP inicia missão na China com foco em mobilidade e infraestrutura

Ainda na capital chinesa, o grupo se reuniu com o China Construction Bank (CCB), para debater instrumentos financeiros aplicáveis a concessões públicas. A comitiva é liderada pelo secretário de Parcerias em Investimentos do Estado (SPI), Rafael Benini, e conta com o presidente da ARTESP, André Isper, e o diretor de Assuntos Corporativos da CPP, Augusto Almudin.

“Estamos mostrando um portfólio robusto, com previsibilidade jurídica e foco em soluções eficientes e sustentáveis. A boa receptividade em todas as agendas demonstra o interesse internacional crescente pelos projetos paulistas”, destacou Rafael Benini.

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RMC

Hortolândia inaugura viaduto sobre a rodovia SP-101 nesta terça

Cerimônia de entrega do dispositivo será realizada, às 14h30, pela Prefeitura

Hortolândia entrega o novo viaduto sobre a rodovia Jornalista Francisco Aguirre de Proença (SP-101). A Prefeitura realiza a inauguração do dispositivo, nesta terça-feira, dia 10, às 14h30h.

De acordo com a Secretaria de Obras, o novo dispositivo tem em torno de 45 metros de extensão, e liga a rua Orlando Giraldelli, no Jardim Rosolém, à rua Waldiva Fernandes Duarte da Silva, no Jardim Sumarezinho. O novo viaduto vai contribuir com a fluidez do trânsito e facilitar deslocamentos na região, que é movimentada.

Já de acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, o novo viaduto tem mão única. Atualmente, o outro dispositivo existente, próximo ao novo que será inaugurado, tem mão dupla. Com a entrega do novo dispositivo, o viaduto existente passará a ter mão única no sentido Jardim Sumarezinho a Jardim Rosolém.

A fim de concluir a obra, nas últimas semanas a empresa contratada pelo município executou trabalhos de colocação de pré lajes, colocação e concretagem de lajes, e, por fim, pavimentação do viaduto. Em seguida, para melhorar e deixar mais seguro o trânsito de veículos, a Prefeitura implantou postes com luminárias de LED no viaduto e realizou o recapeamento asfáltico de ruas no entorno do novo dispositivo.

A Prefeitura de Hortolândia retomou a obra de construção do viaduto em maio do ano passado, após receber a autorização da concessionária Rodovias do Tietê, responsável pela administração da rodovia SP-101. O município iniciou a obra de construção do viaduto em 2023. O prefeito José Nazareno Zezé Gomes fez uma apresentação da obra para a população, e aproveitou para esclarecer dúvidas.

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Brasil e Mundo

Lula celebra obras da Via Dutra para escoamento da produção

O Presidente ao lado de alguns dos dois mil trabalhadores empregados atualmente nas obras da Via Dutra na região da Serra das Araras. Foto: Ricardo Stuckert /PR
Rodovia que conecta Rio e São Paulo é por onde passa metade do PIB brasileiro. Obras de ampliação na região da Serra das Araras (RJ) tiveram início em abril de 2024 e já estão 25% concluídas

“Não há possibilidade desse país ser competitivo do ponto de vista internacional, nem na qualidade, nem na quantidade, se a gente não tiver capacidade de facilitar o escoamento da produção”. Foi com essa avaliação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu a importância para Rio de Janeiro, São Paulo e para o Brasil das obras do Novo PAC na Rodovia Presidente Dutra, ligação rodoviária que conecta os dois estados. Lula visitou nesta terça, 15 de abril, o andamento dos trabalhos na região da Serra das Araras, na altura de Paracambi (RJ).

A gente não pode olhar como obra de engenharia. Tem que olhar como o futuro do Brasil que a gente deseja. O país do futuro não é o século que vem. Deve ser agora, deve ser o nosso dia a dia” Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

“A importância é a qualidade do serviço que vai prestar para a sociedade. Para os caminhoneiros, os carros, as cargas e as centenas de contêineres que passam por essa estrada todo santo dia. A gente não pode olhar como obra de engenharia. Tem que olhar como o futuro do Brasil que a gente deseja. O país do futuro não é o século que vem. Deve ser agora, deve ser o nosso dia a dia”, completou o presidente.

Os trabalhos no trecho em obras tiveram início em abril de 2024 e já estão 25% concluídos. O investimento federal é de R$ 1,5 bilhão. Atualmente, estão sendo construídas novas contenções, fundação de viadutos, drenagens, além de ações no canteiro industrial e de caminhos de serviço. As novas pistas ocupam uma distância de 16 quilômetros, com quatro faixas por sentido, acostamento e uma faixa de segurança, além de duas rampas de escape, que vão gerar mais conforto e fluidez no tráfego.

AGILIDADE – Com a expansão, a velocidade será de 80 km/h, permitindo redução de 25% do tempo no percurso da subida (sentido São Paulo) e 50% na descida (sentido Rio). O trecho de subida – sentido São Paulo – está previsto para ser finalizado em 2028. A descida – sentido Rio de Janeiro – tem previsão de conclusão para 2029. Haverá ainda 93 contenções, oito pontos de ônibus, três passarelas e melhorias em 14 pontos de acesso, além da implantação de uma via marginal na pista sul, sentido São Paulo.

DOIS MIL TRABALHADORES – Presente ao evento, o ministro dos Transportes, Renan Filho, recordou a realidade de um ano atrás e como o trecho em obras do Novo PAC já impactou a vida de moradores. “Eu estive aqui há um ano, quando não tinha nenhum trabalhador. No dia que assinei a ordem de serviço, tinha gente que falava: ‘Ah, mas vai andar mesmo a obra da Serra das Araras?’. Hoje, temos aqui dois mil trabalhadores reconstruindo a Serra das Araras para o povo brasileiro”, disse.

METADE DO PIB – Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante enfatizou o caráter estratégico da rodovia para a economia do país. “Pela Dutra passa metade do PIB brasileiro. Metade de tudo que o Brasil produz. São 32 municípios em torno da Dutra e duas grandes megalópoles, Rio de Janeiro e São Paulo”.

APOIO FINANCEIRO – Ao todo, o BNDES aprovou apoio financeiro de R$ 10,75 bilhões à Concessionária do Sistema Rio–São Paulo SA (CCR RioSP) para a obra como um todo na Dutra, incluindo a maior emissão de debêntures incentivadas da história (R$ 9,4 bilhões). Desde o anúncio do investimento, em julho passado, o BNDES já desembolsou R$ 2,5 bilhões. Os recursos são liberados à medida que os investimentos são realizados. No total, estão previstos R$ 15,5 bilhões, o maior valor entre todas as concessões rodoviárias federais, com potencial de geração de 40 mil empregos durante a implantação e de mais de 3 mil postos pós-conclusão.

MAIS EXPORTAÇÃO – Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as melhorias terão reflexo inclusive na capacidade exportadora do país. “Tem muita gente envolvida aqui. Em primeiro lugar, a CCR emitindo uma debênture que precisa de comprador. Em segundo, um título que tem incentivo fiscal para produzir infraestrutura para o país que, quanto melhor for a nossa infraestrutura, mais exportações nós vamos ter”.

DESENVOLVIMENTO E SEGURANÇA – Governador em exercício do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha agradeceu o apoio do Governo Federal a uma obra que, para ele, tem caráter de urgência. “A Dutra liga dois dos maiores mercados consumidores e produtores do país. Esse investimento robusto, sensível e estratégico vai mudar a realidade não só dos municípios do entorno impactados diretamente com os empregos gerados, mas traz uma dinâmica de novos empreendimentos, investimentos estimados em R$ 1,5 bilhão”.

VISÍVEL DO ESPAÇO – Presidente do Grupo CCR, Miguel Certas destacou outros avanços que farão parte da nova rodovia. “O trajeto de 500 e tantos quilômetros vai ter conectividade total e será iluminado com LED. A rodovia vai ser visível do espaço. São 500 quilômetros iluminados à noite, a única rodovia plenamente iluminada com LED, que é ambientalmente melhor que outras tecnologias”. Ele ainda ressaltou que a empresa investirá numa tecnologia de excelência capaz de reaproveitar 13 mil toneladas de material asfáltico. “Vamos fazer reciclagem desse material que seria jogado para lixo”.

QUALIDADE — Na semana passada, ao participar do programa Bom Dia, Ministro, o ministro dos Transportes, Renan Filho reforçou o processo de melhoria da qualidade das estradas que vem ocorrendo desde 2023. A proporção de rodovias com boas condições de tráfego em empreendimentos alinhados ao Novo PAC saltou de 50% em dezembro de 2022 para 75% em dezembro de 2024. Renan Filho destacou ainda que a melhoria da infraestrutura influencia diretamente o custo dos fretes e a economia do Brasil.

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Brasil e Mundo

BNDES quer que projeto no RS incentive na prevenção de desastres

Parceria entre banco e governo gaúcho abrange 252 cidades
Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil
Investimentos em infraestrutura de resiliência em cidades do Rio Grande do Sul, estado devastado por temporais nos meses de abril e maio do ano passado, podem servir de modelo para que outras regiões do país se tornem menos vulneráveis a desastres climáticos.

A avaliação é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que fez parceria com o governo do Rio Grande do Sul para criar o Projeto RioS (Resiliência, Inovação e Obras para o Futuro do Rio Grande do Sul), voltado à prevenção e adaptação frente a eventos climáticos extremos.

Rio de Janeiro (RJ) 07/04/2025 - Diretora Maria Fernanda Coelho, do BNDES. Foto: Fabrício Menicucci/Divulgação
Maria Fernanda Coelho considera que as cheias no RS foram uma situação emblemática de necessidade de adaptação climática- Fabrício Menicucci/Divulgação

Os temporais de abril e maio de 2024 resultaram em mais de 180 mortos no estado, afetaram milhões de pessoas e deixaram bairros de quase todas as cidades gaúchas alagados. O governador gaúcho, Eduardo Leite, chegou a classificar a tragédia como “maior desastre da história do estado”.

>> Veja aqui a cronologia dos alertas da tragédia no RS.

A avaliação de que investimentos em prevenção e resiliência desenvolvidos pelo Projeto RioS devem servir com exemplo para outros estados é da diretora de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) do BNDES, Maria Fernanda Ramos Coelho.

A diretora do banco público ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) considera que o Rio Grande do Sul se tornou um caso emblemático de necessidade de adaptação climática no Brasil, devido à magnitude dos impactos sofridos.

A diretora acredita que o Projeto RioS servirá como aprendizado para elaboração de estratégias de resiliência.

“A experiência adquirida na estruturação de governança climática, planejamento territorial e infraestrutura resiliente poderá ser replicada em estados e municípios com desafios semelhantes. Dessa forma, o BNDES pretende transformar o aprendizado do Rio Grande do Sul em um modelo escalável de políticas públicas e investimentos climáticos para o Brasil”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

 

Ajuda financeira

Em 2024,  o banco, com ações emergenciais, foi grande provedor de auxílio financeiro para empresas gaúchas, somando R$ 28 bilhões para 469 dos 497 municípios do estado. Dentro desse valor estão R$ 19,4 bilhões em mais de 8 mil operações de crédito para empreendedores, empresas, cooperativas e produtores rurais gaúchos, sendo 59% desse montante para micro, pequenas e médias empresas.

Outra forma de auxílio emergencial foi a suspensão da exigência de pagamento de R$ 5,3 bilhões em parcelas para mais de 72 mil contratos de empréstimo. O banco concedeu ainda R$ 4,2 bilhões em garantias para cerca de 5 mil operações de financiamento de micro, pequenas e médias empresas com outras instituições financeiras.

Resiliência

Uma vez lançada a ajuda emergencial, Maria Fernanda Ramos Coelho explica que o foco do banco agora está em apoiar os entes públicos na prevenção e adaptação frente a eventos climáticos extremos, “visando o fortalecimento da governança para gestão de riscos e a priorização de investimentos em infraestrutura resiliente”, e o Projeto RioS se enquadra nesse papel estratégico.

Segundo a diretora, o projeto RioS é inédito no Brasil, “tanto em função da abrangência geográfica – cobre toda região hidrográfica do Guaíba, epicentro da catástrofe – como pela ambição de preparar o caminho para reduzir ou mesmo eliminar impactos de futuros eventos climáticos extremos sobre a população”. Ela cita que a região inclui 252 municípios  altamente vulneráveis.

A diretora descreve que o projeto prevê diagnósticos, realização de modelagem e avaliação de riscos climáticos, uso de tecnologia e metodologias avançadas para planejamento territorial e o desenvolvimento de um portfólio de projetos de infraestrutura resiliente.

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Brasil e Mundo

Alesp aprova lei que autoriza o Governo de SP a contratar a PPP do Túnel Santos-Guarujá

Túnel vai melhorar trânsito entre Santos e Guarujá. Foto: Divulgação/Governo de SP

Projeto tem investimento estimado em R$ 6 bilhões e faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP)

Agência SP

O projeto do Túnel Imerso Santos-Guarujá deu mais um passo decisivo nesta terça-feira, dia 8, com a aprovação da contratação, pelo Governo do Estado de São Paulo, da parceria público-privada (PPP) para a construção do empreendimento. A autorização foi chancelada pelo Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

“A partir da implementação do projeto, a travessia entre os Santos e Guarujá poderá ser feita em menos de cinco minutos e não estará suscetível a neblinas, ressacas ou mesmo aos impactos decorrentes de navios que atracam no Porto de Santos. Assim, vamos assegurar a fluidez do transporte e a segurança dos usuários”, destaca o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.

O projeto, qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) e integrado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é estimado em aproximadamente R$ 6 bilhões, que serão custeados por três frentes: o Governo de São Paulo, a União e o setor privado. Desse total, 86% serão provenientes de aporte público dividido igualmente entre o Governo de SP e o Governo Federal. Ao todo, deverão ser gerados 9 mil empregos diretos e indiretos.

Com projeto executivo elaborado pelo Governo de São Paulo, o empreendimento é uma demanda centenária da população da Baixada Santista e vai reduzir o tempo de deslocamento entre os dois municípios. Atualmente, mais de 21 mil veículos cruzam diariamente as duas margens utilizando barcos de pequeno porte (catraias) e as balsas, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres.

O Túnel Imerso Santos-Guarujá é uma parceria entre o Governo de São Paulo e o Ministério de Portos e Aeroportos, com participação da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Autoridade Portuária de Santos (APS).

Programa de Parcerias de Investimentos

O PPI-SP é uma iniciativa do Governo do Estado que visa ampliar as oportunidades de investimento, emprego, desenvolvimento socioeconômico, tecnológico, ambiental e industrial em São Paulo.

Com foco nas áreas de Rodovias, Mobilidade, Social e Água/Energia, o PPI-SP está realizando o maior e mais completo programa de investimentos com a iniciativa privada da história de São Paulo, beneficiando a população paulista e impulsionando o crescimento econômico regional. Ao todo, já são 25 projetos qualificados e uma carteira de mais de R$ 494 bilhões.

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Brasil e Mundo

São Paulo moderniza gestão com nova Lei que reestrutura Agências Reguladoras e cria a SP Águas

Governador Tarcísio sanciona lei que atualiza a Artesp e a Arsesp, e cria a SP Águas, fortalecendo a eficiência e autonomia das agências reguladoras no estado

Agência SP

O governador Tarcísio de Freitas sancionou, nesta segunda, dia 23, no Palácio dos Bandeirantes, a Lei Complementar 35 de 2024, que prevê a atualização e padronização da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). A medida cria a nova Agência de Águas do Estado de São Paulo,a SP Águas, e faz parte do plano de modernização de gestão SP na Direção Certa. O texto foi sancionado com veto parcial.

“Queremos gerar oportunidades, gerar emprego, fazer o estado ser mais competitivo e se desenvolver. Estamos tornando o estado menos burocrático, vamos aplicar a lei da liberdade econômica e fazer com que São Paulo vá na direção certa”, disse o governador.

O evento contou com as presenças do secretário executivo de Parcerias em Investimentos, André Isper Rodrigues Barnabé; da secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Natália Resende; do secretário chefe da Casa Civil, Arthur Lima; do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado, além de representantes das agências reguladoras e da Cetesb e da Emae.

A proposta do Governo de SP foi aprovada na Alesp no início deste mês, por ampla maioria dos votos (60 favoráveis). Com as novas regras, o rol de atuação da Artesp e Arsesp foi ampliado, além de transformar o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) na SP-Águas.

As alterações darão mais autonomia administrativa, orçamentária e de planejamento às três agências e garantirão mais independência na gestão dos quadros de funcionários, incluindo a possibilidade de realização de concursos públicos para preenchimento do quadro funcional. A indicação de membros da diretoria e do cargo de diretor-presidente para as autarquias obedecerá a regras de compliance e de governança.

“A iniciativa vai fortalecer a atuação das agências, regulamentando seus processos decisórios, além de garantir a autonomia técnica, administrativa e financeira das agências, integrando-as a um planejamento de longo prazo, com metas claras e mecanismos de controle de resultados”, afirmou o secretário executivo de Parcerias em Investimentos, André Isper Rodrigues Barnabé.

As novas agências

As agências reguladoras são responsáveis por definir normas e regulamentos que asseguram a qualidade, segurança e confiabilidade dos serviços essenciais prestados à população, incluindo diversos serviços públicos como: água, energia, transportes e telecomunicações. Elas também fiscalizam e monitoram o cumprimento dessas normas, realizando inspeções e aplicando sanções quando necessário, com o objetivo de proteger os consumidores, garantir práticas justas e evitar abusos na prestação do serviço.

Com a nova regra, a Artesp passa a ser responsável pela fiscalização e regulação de infraestruturas e serviços de transportes rodoviário, aeroportuário, hidroviário e metroferroviário, além do transporte coletivo intermunicipal e metropolitano. Com isso, ela será uma grande agência de transportes, sendo também responsável pelos contratos de concessão de trilhos, hoje sob gestão da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões (CMCP), e transporte sobre pneus, incluindo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos.

A Arsesp passa a regular, fiscalizar e controlar serviços atribuídos pelo Estado, como serviços públicos sociais – concessões de habitação, escolas, loterias, parques e atribuídos pelo Estado ou por outros entes federativos -, além de gás canalizado, saneamento básico, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, dentro dos limites delegados pela autoridade federal.

Já a SP Águas terá a responsabilidade de gerir e fiscalizar o uso da água em todo o estado. A nova agência irá desempenhar um papel importante para a segurança hídrica do Estado, abrangendo diversos usos como abastecimento público, indústria, agricultura, comércio, energia e mineração.

“A nova agência desempenhará um papel importante para o Estado, fiscalizando e regulando as atividades afins, inclusive o controle de cheias e prestando apoio técnico aos municípios; além das ações para enfrentamento das mudanças climáticas, controle sobre a retirada de água de fontes superficiais e subterrâneas, e o uso eficiente da água”, disse a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.

A transformação do Daee em autarquia de regime especial proporcionará mais autonomia e independência ao órgão, com mandatos definidos para seus dirigentes e fontes próprias de receita. A nova agência seguirá as normas gerais de transparência e governança das agências reguladoras, que incluem, por exemplo, a realização de consultas públicas e estudos de impacto regulatório para novas regulamentações. A diretoria será composta por um diretor-presidente e outros quatro diretores, assim como estabelecido para Artesp e Arsesp.

Em relação à indicação de novos diretores, a Lei Complementar também estabelece critérios específicos para as três agências reguladoras estaduais. O nome a ser indicado pelo governador do Estado e sabatinado pela Assembleia deve possuir experiência comprovada na área de atuação da agência reguladora e formação acadêmica compatível. O mandato dos diretores será de quatro anos, com possibilidade de uma recondução.

Para o secretário executivo da SPI, essas medidas visam garantir que os diretores das agências reguladoras tenham a qualificação necessária para desempenhar suas funções de maneira eficiente e transparente.

SP na Direção Certa

O SP na Direção Certa é um programa do Governo de São Paulo que reúne ações voltadas à modernização da máquina pública estadual. São medidas que visam dar maior eficiência ao gasto público, com redução de despesas e aumento da arrecadação, gerando maior capacidade de investimento ao Estado.

Um dos eixos do programa é a expansão de investimentos dentro do estado de São Paulo. Os investimentos estão presentes em iniciativas de qualificação da infraestrutura e melhoria do ambiente de negócios.

Por meio do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP), cujo portfólio conta com 24 projetos já qualificados, o Governo de São Paulo deve gerar até R$ 245 bilhões em investimentos.

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