Brasil e Mundo
MPF defende cassação de outorgas da Jovem Pan

Ministério Público Federal acusa a emissora de veicular conteúdos que atentaram contra a democracia e cobra indenização de R$ 13,4 milhões
O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo defendeu o cancelamento das outorgas de radiodifusão da emissora Jovem Pan. Além disso, o MPF cobra uma indenização de R$ 13,4 milhões por danos morais coletivos. O argumento principal é que a emissora cometeu “abusos graves” ao veicular, em 2022, conteúdos que desinformavam os ouvintes e atentavam contra a democracia.
O processo, movido pelo MPF, acusa a Jovem Pan de ter usado suas frequências de rádio para disseminar informações falsas e discursos que atacavam o processo eleitoral de 2022 e as instituições brasileiras. Para o MPF, a emissora incentivou a população a subverter a ordem política e social, o que culminou em ações como os bloqueios de estradas e os ataques de 8 de janeiro.
A ação judicial não pede apenas a cassação das outorgas, mas também que a Jovem Pan seja condenada a veicular, por quatro meses, mensagens sobre a confiabilidade do processo eleitoral. O valor da indenização, R$ 13,4 milhões, corresponde a 10% do patrimônio líquido da emissora.
A Jovem Pan, por sua vez, defende-se e reitera seu compromisso com a sociedade e a democracia, prometendo apresentar sua defesa diretamente nos autos do processo.


