IMUNIZAÇÃO

Saúde

Valinhos inicia vacinação contra a bronquiolite para gestantes

Doses estão disponíveis para grávidas a partir da 28ª semana de gestação em todas as unidades básicas de saúde
As unidades básicas de saúde de Valinhos já começaram a vacinação contra o vírus sincicial (VSR), responsável por infecções respiratórias, principalmente a bronquiolite. Apenas mulheres que estão com no mínimo 28 semanas de gestação poderão tomar a vacina. Essa restrição existe porque antes de 28 semanas a vacina não tem o efeito esperado contra a doença. Por isso, ao procurar a unidade básica de saúde, a mulher deve levar cartão da gestante, exames ou outro documento que comprove o período gestacional. Gestantes de qualquer idade podem receber a dose da vacina.
O VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite viral aguda e 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos, principalmente em épocas do ano de baixas temperaturas. Ao tomar a vacina, a gestante previne o desenvolvimento de formas graves dessas doenças em crianças menores de seis meses e ajuda a proteger as crianças pequenas.
O que levar
– Documento com foto;
– Cartão da gestante ou outro documento que comprove o período de gestação.
Consulte os endereços e horários das unidades básicas no site da Secretaria da Saúde.

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Saúde

Vacina contra a dengue do Butantan começa a ser aplicada em janeiro

© Butantan/Divulgação
Profissionais da saúde serão os primeiros a receber a imunização
Agência Brasil
O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira, dia 9, as diretrizes para o uso da nova vacina contra a dengue, o primeiro imunizante de dose única produzido integralmente no Brasil pelo Instituto Butantan.

As primeiras 1,3 milhão de doses já fabricadas serão destinadas aos profissionais da Atenção Primária, que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em visitas domiciliares, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento de Imunização (CTAI). A previsão é de que o lote inicial esteja disponível até o fim de janeiro de 2026.

Durante o anúncio, o ministro Alexandre Padilha destacou a importância de proteger os trabalhadores que lidam diretamente com os primeiros atendimentos de dengue.

“A vacinação já começa com a produção do Butantan, que vai disponibilizar volume suficiente para iniciarmos a imunização dos profissionais da atenção primária em todo o país. A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais”, afirmou.

Com a ampliação da capacidade produtiva, o ministério pretende estender a vacinação ao público geral. A campanha deverá começar pelos adultos mais velhos — a partir de 59 anos — e avançar gradualmente até atingir a faixa dos 15 anos.

O aumento da oferta de doses será possível graças a uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa WuXi Vaccines, responsável pela produção em maior escala e pela transferência de tecnologia.

A definição do público prioritário levou em conta critérios técnicos e o perfil epidemiológico do país, discutidos na reunião da CTAI realizada em 1º de dezembro.

Impacto na população

Parte das doses será destinada a uma estratégia específica em Botucatu (SP), que servirá como área de estudo para avaliar o impacto da vacinação em massa na dinâmica da doença. Diferentemente do restante do país, o município deverá iniciar mais rapidamente a vacinação de toda a população de 15 a 59 anos.

A expectativa é que, com adesão entre 40% e 50% do público-alvo, já seja possível observar impacto significativo no controle da dengue.

Durante a pandemia de covid-19, Botucatu também participou de uma iniciativa semelhante de vacinação em massa. Outros municípios com predominância do sorotipo DENV-3 — considerado determinante para o aumento de casos em 2024 — também estão sendo avaliados para integrar a estratégia.

Eficácia 

A vacina desenvolvida pelo Butantan demonstrou eficácia de 74,7% contra a dengue sintomática em pessoas de 12 a 59 anos e de 89% contra formas graves e com sinais de alarme, segundo estudos apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que concedeu o registro ao imunizante na segunda-feira (8).

O Sistema Único de Saúde (SUS) já oferece uma outra vacina contra a dengue, fabricada por um laboratório japonês e aplicada em duas doses, destinada a adolescentes de 10 a 14 anos.

Desde 2024, quando o Brasil se tornou o primeiro país a incorporar o imunizante na rede pública, mais de 7,4 milhões de doses foram aplicadas. Para 2026, o Ministério da Saúde garantiu 9 milhões de doses desse imunizante, com previsão de mais 9 milhões para 2027.

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Saúde

Saúde alerta romeiros para tomarem a vacina contra a febre amarela

Em romarias até o Santuário Nacional de Aparecida, muitos peregrinos transitam por áreas de mata, o que aumenta o risco de transmissão

A Secretaria de Estado da Saúde emitiu alerta sobre a importância dos romeiros que vão participar de peregrinações rumo ao Santuário Nacional no feriado de Nossa Senhora Aparecida de 12 de outubro tomarem a vacina da febre amarela. A vacina demora dez dias para ter eficácia, por isso a Vigilância em Saúde de Valinhos recomenda que os peregrinos procurem uma unidade básica o quanto antes para fazerem a imunização.

Segundo a diretora da Vigilância em Saúde, Luciane Navarro, é importante que as comunidades religiosas se mobilizem para garantir que os participantes de romarias tomem a vacina “há peregrinações que duram vários dias em que os romeiros passam e se hospedam em áreas de vegetação. Por isso, pedimos a colaboração das comunidades religiosas e de organizadores destes grupos que alertem os participantes da importância de estarem vacinados, a principal forma de prevenção contra a doença”, explica a diretora.

De acordo com a secretaria estadual, em 2025 foram confirmados 66 casos humanos de febre amarela no Estado de São Paulo, sendo que 37 evoluíram a óbito, ou seja, mais da metade das pessoas infectadas não sobreviveram. Em Valinhos, um morador do Jardim São Cristóvão morreu em fevereiro vítima da doença. Ele não havia tomado a vacina.

A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as unidades básicas de saúde de Valinhos.

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Saúde

Mesmo com estoques suficientes, brasileiros vacinaram menos crianças

Vacinação infantil previne doenças e protege a saúde coletiva; Brasil tem imunizantes seguros, eficazes e em quantidades suficientes – Crédito Freepik

Desinformação e negligência contribuem para baixa imunização; especialista alerta sobre os riscos à saúde e responde dúvidas comuns

Apesar de ter imunizantes seguros, eficazes e em quantidades suficientes, muitos pais estão deixando de vacinar os filhos. Além dos perigos individuais, a baixa cobertura vacinal também pode gerar impactos significativos na saúde pública e colaborar para a reintrodução de doenças imunopreveníveis que estavam praticamente erradicadas ou sob controle.

Segundo o relatório do Unicef e da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2024 o Brasil teve 229 mil crianças que não tomaram a DTP1 (que protege contra difteria, tétano e coqueluche). Os números colocaram o Brasil na 17ª posição no ranking mundial, em situação pior que países como Mianmar, Costa do Marfim e Camarões. No topo da lista estão Nigéria, Índia e Sudão.

Por que os pais deixam de vacinar?

Uma combinação de fatores pode explicar as razões que levam muitos pais a não vacinar os próprios filhos. A principal é a disseminação de informações falsas ou enganosas nas redes sociais.

“O retrocesso se deve à desinformação crescente sobre a segurança dos imunizantes, à interrupção no fornecimento e à falsa sensação de que as doenças não representam mais riscos”, explica a mestre em Promoção da Saúde e professora no Centro Universitário de Campo Mourão (PR), Greice Nogueira.

Outros fatores como a negligência, o abandono de doses e falhas na busca ativa pelos imunizantes também contribuem para baixa cobertura vacinal.

Riscos e punições

A especialista em saúde adverte que a não imunização expõe crianças a doenças evitáveis como coqueluche, varicela, pneumonia grave, podem levar à hospitalização e até morte. Já os adultos ou responsáveis podem sofrer punições.

“A vacinação infantil é obrigatória no Brasil desde 1975. Quem descumpre essa norma pode ser enquadrado por negligência ou maus-tratos, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, complementa Greice Nogueira.

Segundo informações do Ministério Público do Paraná, em caso de inobservância da norma existe a possibilidade de aplicação de multa aos pais (de 03 a 20 salários mínimos) que pode ser dobrada em caso de reincidência. Ainda pode haver outras sanções como a decretação de reflexos restritivos no exercício do poder familiar, de medidas de proteção e até mesmo a configuração de crimes previstos no código penal como abandono, tentativa de homicídio, homicídio e delitos contra a saúde pública.

Eficiência comprovada

Nos últimos 50 anos as vacinas desempenharam um papel central na redução da mortalidade infantil, respondendo por 40% da queda global dessa estatística. Segundo o Anuário VacinaBR: Relatório Estatístico de Vacinação no Brasil, desde 1974, os imunizantes evitaram 154 milhões de mortes; 95% delas entre crianças menores de 5 anos.

O Anuário reúne dados publicados pelo Ministério da Saúde e pelo IBGE, que disponibiliza, de maneira consistente e regular, informações sobre a imunização no país tais como taxas de cobertura, abandono e histórico de cobertura por doenças.

Dúvidas comuns

Para esclarecer a população sobre a segurança e a eficácia dos imunizantes, a mestre em Promoção da Saúde e professora no Centro Universitário de Campo Mourão (PR), Greice Nogueira, responde às dúvidas comuns.

1) As vacinas são seguras e eficazes?

Sim. Vacinas são uma das intervenções em saúde pública mais eficazes e seguras já desenvolvidas, responsáveis pela erradicação ou controle de muitas doenças graves. A evidência científica é esmagadora em favor de sua segurança e eficácia.

2) Existe um processo de testes que garante segurança e eficácia dos imunizantes?

Sim. As vacinas passam por várias fases de ensaios clínicos (pré-clínicos, fase 1, 2 e 3), além de rigorosos controles regulatórios antes de serem aprovadas para uso; garantindo eficácia e segurança.

3) Existe vacina suficiente para todas as crianças do Brasil?

Sim. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) garante o fornecimento gratuito das vacinas previstas no calendário infantil e em 2025 houve aumento de cobertura em 15 das 16 vacinas, indicando disponibilidade do imunizante.

4) Há locais adequados e profissionais aptos para aplicar as vacinas no Brasil?

Sim. As vacinas são aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde por equipes capacitadas. O PNI garante infraestrutura, técnicos qualificados e processos adequados de conservação e aplicação.

5) Que problemas de saúde podem ocorrer quando os pais não vacinam os filhos?

A não vacinação expõe as crianças a doenças evitáveis como coqueluche, varicela, pneumonia grave, que podem levar à hospitalização e até morte.

6) Existe punição para quem espalha mentiras sobre vacinas?

A disseminação de fake News – inclusive sobre vacinas – pode ser tipificada como crime, conforme vêm reconhecendo entidades jurídicas no combate à desinformação.

7) O que flta ser feito para que os brasileiros vacinem mais as crianças?

É preciso investir em campanhas de esclarecimento, ampliar horários de atendimento (horário estendido, fins de semana), levar vacinas a locais públicos – como escolas e transporte coletivo – e resgatar figuras simbólicas como o “Zé Gotinha” para mobilizar a população.

 

Sobre o Centro Universitário Integrado

Localizado em Campo Mourão–PR, o Centro Universitário Integrado oferece, há mais de 25 anos, ensino superior de excelência reconhecido pelo MEC, com nota máxima no Conceito Institucional. Alinhado às demandas do mercado, a instituição busca promover uma formação voltada ao desenvolvimento de competências essenciais para os profissionais de hoje e do futuro.

Conta com infraestrutura moderna, laboratórios com tecnologia de ponta, metodologias de ensino inovadoras e um corpo docente com sólida experiência acadêmica e prática profissional.

Em 2022, implementou o Integrow — Ecossistema de Inovação Integrado, voltado à promoção da cultura empreendedora, da pesquisa aplicada e da inovação.

Atualmente, o Integrado oferece mais de 60 cursos de graduação nas modalidades presencial, semipresencial e a distância — incluindo áreas como Direito, Medicina e Odontologia — além de mais de 70 cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.

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Saúde

Ministério da Saúde quer incorporar vacina contra chikungunya ao SUS

Vacina foi desenvolvida pelos laboratórios Valneva e Butantan
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

O Ministério da Saúde vai pedir a incorporação da vacina contra chikungunya no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante, produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa farmacêutica Valneva, teve seu registro aprovado esta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em nota, o ministério informou que o pedido de incorporação será encaminhado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) “para adoção das medidas imediatas necessárias para dar seguimento à avaliação da oferta do novo imunizante na rede pública de saúde”.

A expectativa da pasta é que, uma vez aprovada e havendo capacidade produtiva, a vacina seja incorporada ao Programa Nacional de Imunizações.

Entenda

A vacina foi desenvolvida pelo laboratório Valneva em parceria com o Instituto Butantan e, segundo o ministério, representa um avanço significativo no enfrentamento de arboviroses.

A chikungunya é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue e do vírus Zika. A doença causa febre alta e dores intensas nas articulações, podendo evoluir para dor crônica em alguns casos.

O vírus foi introduzido no Brasil em 2014 e, atualmente, todos os estados brasileiros registram casos. Até o dia 14 de abril, o país já havia registrado 68,1 mil casos da doença, com 56 óbitos confirmados.

Tecnologia nacional

Ainda de acordo com a pasta, a vacina aprovada pela Anvisa já havia sido aprovada por agências regulatórias internacionais como a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos, para uso em adultos.

O imunizante é uma vacina recombinante atenuada, de dose única, indicada para pessoas a partir de 18 anos que estejam em risco elevado de exposição ao vírus. A dose é contraindicada para gestantes e indivíduos imunocomprometidos.

A previsão é que a produção inicial do imunizante aconteça na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH, com previsão de transferência de tecnologia para fabricação futura no Brasil pelo Instituto Butantan.

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Saúde

Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Butantan e Valneva

O parecer favorável da Anvisa representa um importante passo na aprovação da versão do Butantan do imunizante. Foto: Governo de SP

 

Imunizante foi avaliado nos EUA em 4 mil voluntários de 18 a 65 anos, e 98,9% dos participantes produziram anticorpos que neutralizavam o vírus

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira, dia 14, o pedido para registro definitivo da vacina contra a chikungunya no Brasil, encaminhado pelo Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com a Valneva, empresa farmacêutica franco-austríaca. Com o parecer favorável do órgão regulatório, o imunizante está autorizado a ser aplicado no país na população acima de 18 anos.

A vacina foi avaliada nos Estados Unidos em 4 mil voluntários de 18 a 65 anos, tendo apresentado um bom perfil de segurança e alta imunogenicidade: 98,9% dos participantes do ensaio clínico produziram anticorpos neutralizantes, com níveis que se mantiveram robustos por ao menos seis meses. Os resultados foram publicados na revista científica “The Lancet”, em junho de 2023.

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O imunizante contra a chikungunya já recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, e da European Medicines Agency (EMA), da União Europeia. Esta é a primeira vacina autorizada contra a doença, que pode causar dor crônica nas articulações e afetou 620 mil pessoas no mundo só em 2024. Os países com mais casos da doença são Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.

O parecer favorável da Anvisa representa um importante passo na aprovação da versão do Butantan do imunizante, que já está em análise pela agência reguladora. As duas vacinas têm praticamente a mesma composição. A versão do Instituto Butantan será adequada à possível incorporação no enfrentamento da doença em nível de saúde pública.

No estudo clínico de fase 3 feito com adolescentes brasileiros, publicado na The Lancet Infectious Diseases em setembro de 2024, após uma dose da vacina, foi observada presença de anticorpos neutralizantes em 100% dos voluntários com infecção prévia e em 98,8% daqueles sem contato anterior com o vírus. A proteção foi mantida em 99,1% dos jovens após seis meses. A maioria dos eventos adversos registrados após a vacinação foi leve ou moderada, sendo os mais relatados dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre.

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Próximos passos da vacina do Butantan

Mas para que o produto chegue, de fato, aos braços da população, alguns passos regulatórios ainda devem ser cumpridos.

O Instituto Butantan está trabalhando em uma versão com parte do processo realizado no Brasil. As modificações usam componentes nacionais e será melhor adequado à incorporação pelo SUS, pendente análise pela CONITEC, Programa Nacional de Imunizações e demais autoridades de saúde.

“A partir da aprovação pelo CONITEC, a vacina poderá ser fornecida estrategicamente. No caso da chikungunya é possível que o plano do Ministério seja vacinar primeiro os residentes de regiões endêmicas, ou seja, que concentram mais casos”, afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

Vacina pioneira

O imunizante contra chikungunya do Butantan e da Valneva é um caso inovador no mundo por ser o primeiro a ser inicialmente aprovado com base em dados de produção de anticorpos. Tradicionalmente, vacinas são aprovadas com estudos que mostram a eficácia, comparando a incidência de casos entre pessoas vacinadas e não vacinadas. Mas como a circulação do vírus da chikungunya não é tão frequente, as agências reguladoras decidiram pela aprovação a partir do percentual de anticorpos neutralizantes.

Sobre a chikungunya

A chikungunya é uma doença viral transmitida por meio da picada de mosquitos Aedes aegypti infectados – os mesmos que transmitem dengue e Zika. No Brasil, ao longo de todo o ano de 2024 foram registrados 267 mil casos prováveis da doença e pelo menos 213 mortes, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

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Os principais sintomas são febre de início repentino (acima de 38,5°C) e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e punhos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele. Alguns pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações, afetando severamente sua qualidade de vida.

Ainda não existe tratamento específico para chikungunya. Além da vacinação, é importante manter o controle de vetores, com ações como esvaziar e limpar frequentemente recipientes com água parada, como vasos de plantas, baldes, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e descartar adequadamente o lixo.

 

 

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Saúde

Vacinas mais modernas podem prevenir nova pandemia

© Tomaz Silva/Agência Brasil
Mutações em vírus causadores da gripe aviária preocupam cientistas
Tâmara Freire – Repórter da Agência Brasil
A possibilidade de a gripe aviária se tornar uma pandemia continua preocupando as autoridades de saúde, e, na avaliação da presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, é preciso avançar na criação de vacinas mais eficazes, para evitar que isso aconteça. Uma das grandes esperanças é a vacina universal contra todos os tipos de influenza, que já apresentou resultados positivos.

“É uma vacina de RNA mensageiro, e, na composição dela, foi colocado o sequenciamento genético de todos subtipos de influenza A e B, e se testou em furões e ratos. Primeiro, eles testaram, antígeno por antígeno, isoladamente, e a resposta imune foi muito boa. Então, eles passaram a testar nesses animais, as 20 cepas de uma vez. E o que eles viram foi uma indução de anticorpos para todas as 20 cepas, por pelo menos quatro meses após a vacinação”, explica a especialista.

Vacinas específicas contra o vírus da gripe aviária já foram produzidas e existem estoques de emergência em cerca de 20 países, segundo Mônica. O Brasil aposta no imunizante que está sendo formulado pelo Instituto Butantan e que também já passou pela fase de testes em animais, com bons resultados. No momento, em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o instituto está convidando voluntários para os testes em humanos, enquanto aguarda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciá-los.

A presidente da Sbim reforça a importância do Brasil desenvolver uma vacina própria o mais rápido possível, para não precisar contar com a produção de empresas estrangeiras, caso seja necessário. Ela explica que o vírus da gripe aviária consegue desenvolver mutações e se adaptar para infectar organismos diferentes com muita rapidez.

“Já são mais de 350 espécies, que não eram infectadas no começo, incluindo mamíferos, como gatos domésticos, que foram identificados na Polônia. E a mortalidade deste vírus é muito alta, porque nós não temos imunidade prévia contra ele”.

“Se ele adquirir mais alguma mutação que aumente a adesão do vírus à célula do hospedeiro humano, ele vai conseguir ser transmitido de pessoa para pessoa. Esse é o problema. E segundo as evidências, falta muito pouco para esse vírus causar uma pandemia”, alerta Mônica Levi.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2003 até março deste ano, foram registrados 969 casos de infecções por gripe aviária em humanos, causadas pelo Influenza A H5N1, com 457 mortes. O que significa uma letalidade superior a 50%.

No entanto, essa proporção de morte frente aos casos vem caindo desde 2015, e, neste ano, dos 72 casos registrados nas Américas, apenas dois levaram a óbito, um nos Estados Unidos e outro no México. Quase todos os registros de novas infecções estão nos EUA.

A contaminação em humanos ocorre após contato com animais infectados, e o número de surtos em aves e mamíferos não para de crescer. De outubro do ano passado a fevereiro deste ano, um período de cinco meses, foram registrados mais de 900 surtos em aves de criação e 1 mil em aves silvestres. Esses valores são superiores aos registrados durante toda a temporada anterior de circulação do vírus, de outubro de 2023 a setembro de 2024, um período de 12 meses.

O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi confirmado em maio de 2023, e até hoje foram registrados 166 focos da doença, sendo 163 em aves silvestres e três em aves de criação. Diante do cenário mundial, o Ministério da Agricultura e Pecuária prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária por causa da doença.

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Saúde

Valinhos inicia vacinação contra a gripe em todas as UBSs

Vacinação realizada no último sábado, dia 5, durante o Circuito da Saúde

Imunização para grupos prioritários começa nesta segunda-feira, dia 7. Mais de 38 mil pessoas devem ser vacinadas

 

Valinhos inicia nesta segunda-feira, dia 7, a vacinação contra a gripe em todas as unidades básicas de saúde do município. A vacina está disponível para os grupos prioritários, entre eles crianças de 6 meses até menores de 6 anos; idosos de 60 ou mais; gestantes e puérperas (grupo prioritário completo abaixo). Quem já quis garantir a imunização rapidamente teve a oportunidade de tomar a vacina no último sábado (5) durante o evento Circuito da Saúde realizado na Praça Washington Luís. Com o início da vacinação antecipado, 248 pessoas já aproveitaram para receber a dose.

Em Valinhos, mais de 38 mil pessoas fazem parte do público prioritário para tomar a vacina da gripe.

 

Quem faz parte do grupo prioritário?

Crianças de 6 meses até menores de 6 anos;

Idosos de 60 anos ou mais;

Gestantes e Puérperas;

Pessoas com deficiência permanente;

Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;

Trabalhadores da saúde;

Professores e funcionários de instituições de ensino básico e superior;

Caminhoneiros;

Trabalhadores portuários;

Forças de segurança, salvamento e Forças Armadas;

Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário;

Trabalhadores dos Correios;

Povos indígenas;

Quilombolas;

População em situação de rua.

 

Para a vacinação, as pessoas devem levar:

Caderneta de vacinação;

Cartão SUS;

CPF.

 

A vacina está disponível em todas as unidades básicas de saúde de Valinhos nos seguintes horários:

UBS Reforma Agrária: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Macuco: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Jardim São Bento do Recreio: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Frutal: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Parque Portugal: das 8h30 às 15h30;

UBS Jardim Pinheiros: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Jardim Maracanã: das 9h às 12h e das 13h às 15h;

UBS Bom Retiro: das 9h às 18h;

UBS Vila Itália: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Jardim Paraíso: das 9h às 18h;

UBS Jardim Imperial: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Jardim Jurema: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Jardim Pinheiros: das 9h às 11h e das 13h às 15h;

UBS Jardim São Marcos: das 10h às 17h30;

UBS Vila Santana: das 9h às 15h.

 

Sobre a vacina

A vacina contra a gripe é composta pelo vírus inativado. Portanto, achar que tomar vacina causa gripe é um mito. Tomar vacina contra a gripe é um procedimento seguro que contribui para evitar as complicações, internações e a mortalidade causada pelo vírus da doença.

 

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Saúde

Governo aumenta público-alvo da vacinação contra HPV

Pacientes com papilomatose respiratória deverão ser imunizadas

Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Pacientes com papilomatose respiratória recorrente passaram a integrar os grupos prioritários para a vacinação contra o HPV. A inclusão, de acordo com o Ministério da Saúde, foi motivada por publicações que demonstram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para a doença, indicando redução no número e no espaçamento de recidivas em pacientes imunizados.

A vacina contra o HPV, no caso de pacientes com papilomatose respiratória recorrente, será ofertada mediante apresentação de prescrição médica. Para pacientes menores de 18 anos de idade, é necessário apresentar também um documento com o consentimento dos pais ou de responsáveis.

Doença

De acordo com a pasta, a papilomatose respiratória recorrente é uma doença pouco frequente, em geral benigna, mas que pode causar grave comprometimento clínico e psicológico nas pessoas afetadas. O quadro acomete tanto crianças como adultos.

Causada pela infecção pelo próprio HPV, sobretudo pelos tipos 6 e 11, a doença caracteriza-se pela formação de verrugas, geralmente na laringe, mas que podem se estender para outras partes do sistema respiratório.

O tratamento é cirúrgico, para remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe. “Mesmo com uso concomitante de medicamentos que podem ser associados ao procedimento, as recorrências são frequentes, sendo necessários repetidos procedimentos cirúrgicos”, destacou o ministério.

“Nos quadros de pior evolução em crianças, as recidivas são mais agressivas e o prognóstico é pior. Dessa forma, o tratamento, na maioria das vezes, é extremamente custoso, doloroso e, muitas vezes, ineficaz”, diz a pasta.

Dose única

Desde fevereiro, a estratégia de vacinação contra o HPV no país passou a ser feita em dose única, substituindo o modelo de duas doses. A proposta, segundo a pasta, é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, inclusive a papilomatose respiratória recorrente.

O esquema dose única contra o HPV foi embasado por estudos de eficácia e segue as recomendações mais recentes feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Quem pode se vacinar

A imunização contra o HPV no Brasil, atualmente, é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

Testagem

Em março, o ministério anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que a testagem seja feita apenas de 5 em 5 anos.

A forma atual de rastreio do HPV, feita por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.

Infecção

O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.

Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, o câncer de colo de útero segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

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