IMÓVEIS

Economia

Brasileiros investem em imóveis no exterior: EUA e Portugal lideram

O movimento reflete tanto o desejo de moradia quanto, principalmente, o investimento no mercado imobiliário internacional

O interesse de brasileiros por imóveis no exterior continua em expansão, com crescimento de cerca de 10% no último ano, segundo levantamento da LCM International Realty.

Entre os destinos favoritos estão Estados Unidos, Portugal e Itália, com destaque para cidades como Orlando e Miami (EUA), Porto e Lisboa (Portugal), além da região do Lago de Garda e Veneza (Itália).

O movimento reflete tanto o desejo de moradia quanto, principalmente, o investimento no mercado imobiliário internacional.

Para Leandro Castaño Martorani, especialista da LCM, “o mercado imobiliário está em leve crescimento em relação ao ano passado, impulsionado por lançamentos com foco internacional.

Cerca de 60% dos brasileiros que compram imóveis fora do país buscam investimento, diversificação de portfólio, proteção patrimonial e renda em moeda forte”. Ele ressalta ainda que fatores macroeconômicos, como juros e câmbio, impactam diretamente as decisões de compra.

Mudança no perfil do consumidor

O perfil dos compradores também mudou nos últimos anos. O público de entrada, mais sensível a juros altos e incertezas sobre programas de imigração, reduziu em cerca de 35% suas buscas. Em contrapartida, imóveis de médio e alto padrão tiveram aumento expressivo na procura.

“Com a previsão de queda das taxas de juros nos próximos meses, o comprador de entrada deve voltar ao mercado, enquanto investidores mais estruturados mantêm presença forte, especialmente nos EUA e em Portugal”, completa Martorani.

Portfólio internacional e assessoria completa

Presente em nove países e mais de 30 cidades, a LCM International Realty já atendeu mais de 1.200 clientes brasileiros. Seu portfólio vai de opções a partir de US$ 100 mil em destinos como Orlando e Lisboa até propriedades de alto padrão em Mônaco e Hamptons (NY). Além da intermediação, a empresa oferece assessoria completa em português, incluindo suporte jurídico, gestão de aluguel e consultoria de decoração, garantindo segurança e comodidade a investidores que desejam ampliar seu patrimônio no exterior.

Expansão no Brasil

No Rio de Janeiro, a LCM firmou parceria com a Your Place, especializada em imóveis de alto padrão na Zona Sul, liderada por Sérgio Coelho, que estará à frente da operação no estado.

A união fortalece a presença da LCM no país, conectando clientes e corretores locais a oportunidades exclusivas no mercado internacional.

A parceria atende tanto clientes finais quanto imobiliárias e corretores parceiros, oferecendo acesso direto a milhares de imóveis em diversos países e suporte completo em cada etapa da negociação.

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Economia

Entenda as novas regras de financiamento imobiliário da Caixa

Prédio da Caixa Econômica Federal© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Restrições passam a valer na sexta-feira, dia 1º

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A partir desta sexta-feira, dia 1º, os mutuários que financiarem imóveis pela Caixa Econômica Federal terão de pagar entrada maior e financiar um percentual mais baixo do imóvel. O banco aumentou as restrições para a concessão de crédito para imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que financia imóveis com recursos da caderneta de poupança.

Para quem financiar imóvel pelo sistema de amortização constante (SAC), em que a prestação cai ao longo do tempo, a entrada subirá de 20% para 30% do valor do imóvel. Pelo sistema Price, com parcelas fixas, o valor aumentará de 30% para 50%. A Caixa só liberará o crédito a quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com o banco.

O valor máximo de avaliação dos imóveis pelo SBPE será limitado a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades do sistema. Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com juros mais baixos, é restrito a imóveis de R$ 1,5 milhão, mas as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não têm teto de valor do imóvel.

Segundo a Caixa, as mudanças se aplicam a futuros financiamentos e não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco. Nesse caso, em que o banco financia diretamente a construção, as condições atuais serão mantidas. A instituição financeira concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro e 48,3% das contratações do SBPE.

Em nota emitida há duas semanas, o banco justificou as restrições porque a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para 2024. Até setembro, a Caixa concedeu R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 627 mil financiamentos de imóveis. No SBPE, o banco concedeu R$ 63,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano.

“A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, explicou o banco em nota oficial.

Falta de recursos

O aperto na concessão de crédito habitacional decorre do maior volume de saques na caderneta de poupança e das maiores restrições para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), aprovado no início do ano. Caso não limitasse o crédito, a Caixa teria de aumentar os juros.

Segundo o Banco Central (BC), a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, com os correntistas retirando R$ 7,1 bilhões a mais do que depositaram. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas. Outro fator que contribuiu para a limitação do crédito foi o aumento da demanda pelas linhas da Caixa, em meio à elevação das taxas nos bancos privados. Ainda não está claro se as mudanças serão revertidas em 2025, quando o banco tiver novo orçamento para crédito habitacional, ou se parte das medidas se tornarão definitivas no próximo ano.

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