HISTÓRIA

Alternativa

Valinhos Ferroviário resgata a memória das estradas de ferro #2

Crédito – Átila Almada – Divulgação APHV

Evento une pesquisa, história e cultura

 

Neste domingo, dia 30, o Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Pazinatto, localizado no complexo da Estação Ferroviária de Valinhos, recebe a segunda edição do Valinhos Ferroviário. Organizado pela Associação de Preservação Histórica de Valinhos (APHV), o evento promete uma jornada pelo tempo, resgatando a importância dos trilhos no desenvolvimento da cidade e do estado de São Paulo.

Com entrada gratuita e uma programação de palestras, exposições e debates, o evento se destaca por abordar temas como história oral, sociologia ferroviária e o impacto das locomotivas a vapor. Uma oportunidade imperdível para famílias, pesquisadores e entusiastas reviverem o fascínio das ferrovias e compreenderem sua influência na identidade local.

Confira a programação:

  • 9h: Abertura oficial
  • 9h30: Vozes da ferrovia: a memória oral da Companhia Paulista
    Com Átila Almada (pesquisador e escritor) e Eduardo Levada (ex-ferroviário)
  • 10h30: Sociologia ferroviária: nos trilhos da memória
    Com Gustavo Menezes de Sousa (cientista social e professor)
  • 11h30: O Direito e a Preservação da Memória Ferroviária Paulista
    Com Angelo Zani (advogado e filho de ferroviários)
  • 14h: Projeto Café em Valinhos
    Com Bryan Gouveia (diretor da APHV)

Valinhos e os trilhos do progresso

O trecho Jundiaí-Campinas, que inclui Valinhos, foi o primeiro inaugurado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro em 1872, impulsionando o crescimento da região. A antiga estação, hoje sede do museu, é um símbolo dessa era de ouro, e o evento busca reviver essas histórias, conectando passado e presente.

Além de palestras, o público presente ao Valinhos Ferroviário poderá conferir fotografias, modelos de trens e relatos emocionantes de quem viveu a era ferroviária. Como destaca Átila Almada, da APHV: “Resgatar essa memória é fortalecer nossa identidade e honrar o legado que moldou Valinhos.

 

 

Confira a programação de palestras

  • 9h– Abertura oficial
  • 9h30– Vozes da ferrovia: a memória oral da Companhia Paulista
    Palestrante:Átila Almada, pesquisador, escritor e membro da APHV.
    Convidado: Eduardo Levada, ex-ferroviário.
  • 10h30– Sociologia ferroviária: nos trilhos da memória
    Palestrante: Gustavo Menezes de Sousa, cientista social e professor.
  • 13h– Construção de locomotivas a vapor: o live steam
    Palestrante: Arnaldo Bottan, pioneiro na construção de maquetes na modalidade “vapor vivo”.

 

  • 14h– Projeto Café em Valinhos
    Palestrante: Bryan Rodrigues Gouveia, graduando em Gestão Pública e diretor da APHV.

 

O valor da ferrovia na construção da cidade

O trecho Jundiaí-Campinas, no qual se insere Valinhos, foi o primeiro aberto ao tráfego pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, fundada em 30 de janeiro de 1868 pelos barões do café. Os trens começaram a circular experimentalmente em 31 de março de 1872, com inauguração oficial em 11 de agosto do mesmo ano. Esse marco histórico não apenas impulsionou o desenvolvimento econômico da região, mas também transformou Valinhos em um ponto estratégico para o transporte de passageiros e cargas, consolidando sua importância no cenário ferroviário paulista.

O Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Angelo Pazinatto, que sedia o evento, abrigou entre 1913 e 1998 a segunda estação ferroviária de Valinhos. A primeira parada de trens, inaugurada em 1872, ainda existe à direita da atual estação, no sentido Campinas, mas hoje serve a outros propósitos. Esses espaços são testemunhas silenciosas de uma era em que os trilhos eram sinônimo de progresso e conexão, e o Valinhos Ferroviário busca reviver essa memória, celebrando o legado que moldou a identidade da cidade.

 

Sobre o Valinhos Ferroviário

O evento se destaca por sua abordagem única, focada na memória das estradas de ferro, que será explorada por meio de fotografias, palestras e exposições de modelos. A proposta é resgatar a história e fortalecer a identidade cultural da comunidade, conectando gerações e celebrando o legado ferroviário.

Átila Almada, membro da Comissão Organizadora e representante da APHV, ressalta a importância dese resgate. “Nós, da Associação de Preservação Histórica de Valinhos, acreditamos na importância de trazer ao primeiro plano a memória, enquanto constituinte identitário e pilar da cidadania, sobretudo em se tratando de um meio tão importante para o crescimento do município, como foi a circulação de trens, sob as mãos da Companhia Paulista e, depois, da Fepasa, com o deslocamento de passageiros e de cargas por, praticamente, todo o estado de São Paulo.”

 

Serviço – II Valinhos Ferroviário

Data: 30 de março de 2025
Horário: a partir das 9h
Local: Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Pazinatto (Complexo da Estação Ferroviária de Valinhos)
Realização: Associação de Preservação Histórica de Valinhos (APHV)
Apoio: Prefeitura de Valinhos – Secretaria de Cultura e Turismo

 

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Valinhos Ferroviário resgata a memória das estradas de ferro

Crédito – Átila Almada – Divulgação APHV

Evento une pesquisa, história e cultura

 

Neste domingo, dia 30, o Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Pazinatto, localizado no complexo da Estação Ferroviária de Valinhos, recebe a segunda edição do Valinhos Ferroviário. Organizado pela Associação de Preservação Histórica de Valinhos (APHV), o evento promete uma jornada pelo tempo, resgatando a importância dos trilhos no desenvolvimento da cidade e do estado de São Paulo.

Com entrada gratuita e uma programação de palestras, exposições e debates, o evento se destaca por abordar temas como história oral, sociologia ferroviária e o impacto das locomotivas a vapor. Uma oportunidade imperdível para famílias, pesquisadores e entusiastas reviverem o fascínio das ferrovias e compreenderem sua influência na identidade local.

Confira a programação:

  • 9h: Abertura oficial
  • 9h30: Vozes da ferrovia: a memória oral da Companhia Paulista
    Com Átila Almada (pesquisador e escritor) e Eduardo Levada (ex-ferroviário)
  • 10h30: Sociologia ferroviária: nos trilhos da memória
    Com Gustavo Menezes de Sousa (cientista social e professor)
  • 11h30: O Direito e a Preservação da Memória Ferroviária Paulista
    Com Angelo Zani (advogado e filho de ferroviários)
  • 14h: Projeto Café em Valinhos
    Com Bryan Gouveia (diretor da APHV)

 

O valor da ferrovia na construção da cidade

O trecho Jundiaí-Campinas, no qual se insere Valinhos, foi o primeiro aberto ao tráfego pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, fundada em 30 de janeiro de 1868 pelos barões do café. Os trens começaram a circular experimentalmente em 31 de março de 1872, com inauguração oficial em 11 de agosto do mesmo ano. Esse marco histórico não apenas impulsionou o desenvolvimento econômico da região, mas também transformou Valinhos em um ponto estratégico para o transporte de passageiros e cargas, consolidando sua importância no cenário ferroviário paulista.

O Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Angelo Pazinatto, que sedia o evento, abrigou entre 1913 e 1998 a segunda estação ferroviária de Valinhos. A primeira parada de trens, inaugurada em 1872, ainda existe à direita da atual estação, no sentido Campinas, mas hoje serve a outros propósitos. Esses espaços são testemunhas silenciosas de uma era em que os trilhos eram sinônimo de progresso e conexão, e o Valinhos Ferroviário busca reviver essa memória, celebrando o legado que moldou a identidade da cidade.

 

Sobre o Valinhos Ferroviário

O evento se destaca por sua abordagem única, focada na memória das estradas de ferro, que será explorada por meio de fotografias, palestras e exposições de modelos. A proposta é resgatar a história e fortalecer a identidade cultural da comunidade, conectando gerações e celebrando o legado ferroviário.

Átila Almada, membro da Comissão Organizadora e representante da APHV, ressalta a importância dese resgate. “Nós, da Associação de Preservação Histórica de Valinhos, acreditamos na importância de trazer ao primeiro plano a memória, enquanto constituinte identitário e pilar da cidadania, sobretudo em se tratando de um meio tão importante para o crescimento do município, como foi a circulação de trens, sob as mãos da Companhia Paulista e, depois, da Fepasa, com o deslocamento de passageiros e de cargas por, praticamente, todo o estado de São Paulo.”

 

Serviço – II Valinhos Ferroviário

Data: 30 de março de 2025
Horário: a partir das 9h
Local: Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Pazinatto (Complexo da Estação Ferroviária de Valinhos)
Realização: Associação de Preservação Histórica de Valinhos (APHV)
Apoio: Prefeitura de Valinhos – Secretaria de Cultura e Turismo

 

 

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Valinhos Ferroviário resgata a memória das estradas de ferro

Crédito – Átila Almada – Divulgação APHV

Evento une pesquisa, história e cultura

 

Neste domingo, dia 30, o Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Pazinatto, localizado no complexo da Estação Ferroviária de Valinhos, recebe a segunda edição do Valinhos Ferroviário. Organizado pela Associação de Preservação Histórica de Valinhos (APHV), o evento promete uma jornada pelo tempo, resgatando a importância dos trilhos no desenvolvimento da cidade e do estado de São Paulo.

Com entrada gratuita e uma programação de palestras, exposições e debates, o evento se destaca por abordar temas como história oral, sociologia ferroviária e o impacto das locomotivas a vapor. Uma oportunidade imperdível para famílias, pesquisadores e entusiastas reviverem o fascínio das ferrovias e compreenderem sua influência na identidade local.

Confira a programação:

  • 9h: Abertura oficial
  • 9h30: Vozes da ferrovia: a memória oral da Companhia Paulista
    Com Átila Almada (pesquisador e escritor) e Eduardo Levada (ex-ferroviário)
  • 10h30: Sociologia ferroviária: nos trilhos da memória
    Com Gustavo Menezes de Sousa (cientista social e professor)
  • 11h30: O Direito e a Preservação da Memória Ferroviária Paulista
    Com Angelo Zani (advogado e filho de ferroviários)
  • 14h: Projeto Café em Valinhos
    Com Bryan Gouveia (diretor da APHV)

Valinhos e os trilhos do progresso

O trecho Jundiaí-Campinas, que inclui Valinhos, foi o primeiro inaugurado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro em 1872, impulsionando o crescimento da região. A antiga estação, hoje sede do museu, é um símbolo dessa era de ouro, e o evento busca reviver essas histórias, conectando passado e presente.

Além de palestras, o público presente ao Valinhos Ferroviário poderá conferir fotografias, modelos de trens e relatos emocionantes de quem viveu a era ferroviária. Como destaca Átila Almada, da APHV: “Resgatar essa memória é fortalecer nossa identidade e honrar o legado que moldou Valinhos.

 

 

Confira a programação de palestras

  • 9h– Abertura oficial
  • 9h30– Vozes da ferrovia: a memória oral da Companhia Paulista
    Palestrante:Átila Almada, pesquisador, escritor e membro da APHV.
    Convidado: Eduardo Levada, ex-ferroviário.
  • 10h30– Sociologia ferroviária: nos trilhos da memória
    Palestrante: Gustavo Menezes de Sousa, cientista social e professor.
  • 13h– Construção de locomotivas a vapor: o live steam
    Palestrante: Arnaldo Bottan, pioneiro na construção de maquetes na modalidade “vapor vivo”.

 

  • 14h– Projeto Café em Valinhos
    Palestrante: Bryan Rodrigues Gouveia, graduando em Gestão Pública e diretor da APHV.

 

O valor da ferrovia na construção da cidade

O trecho Jundiaí-Campinas, no qual se insere Valinhos, foi o primeiro aberto ao tráfego pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, fundada em 30 de janeiro de 1868 pelos barões do café. Os trens começaram a circular experimentalmente em 31 de março de 1872, com inauguração oficial em 11 de agosto do mesmo ano. Esse marco histórico não apenas impulsionou o desenvolvimento econômico da região, mas também transformou Valinhos em um ponto estratégico para o transporte de passageiros e cargas, consolidando sua importância no cenário ferroviário paulista.

O Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Angelo Pazinatto, que sedia o evento, abrigou entre 1913 e 1998 a segunda estação ferroviária de Valinhos. A primeira parada de trens, inaugurada em 1872, ainda existe à direita da atual estação, no sentido Campinas, mas hoje serve a outros propósitos. Esses espaços são testemunhas silenciosas de uma era em que os trilhos eram sinônimo de progresso e conexão, e o Valinhos Ferroviário busca reviver essa memória, celebrando o legado que moldou a identidade da cidade.

 

Sobre o Valinhos Ferroviário

O evento se destaca por sua abordagem única, focada na memória das estradas de ferro, que será explorada por meio de fotografias, palestras e exposições de modelos. A proposta é resgatar a história e fortalecer a identidade cultural da comunidade, conectando gerações e celebrando o legado ferroviário.

Átila Almada, membro da Comissão Organizadora e representante da APHV, ressalta a importância dese resgate. “Nós, da Associação de Preservação Histórica de Valinhos, acreditamos na importância de trazer ao primeiro plano a memória, enquanto constituinte identitário e pilar da cidadania, sobretudo em se tratando de um meio tão importante para o crescimento do município, como foi a circulação de trens, sob as mãos da Companhia Paulista e, depois, da Fepasa, com o deslocamento de passageiros e de cargas por, praticamente, todo o estado de São Paulo.”

 

Serviço – II Valinhos Ferroviário

Data: 30 de março de 2025
Horário: a partir das 9h
Local: Museu Municipal Fotógrafo Haroldo Pazinatto (Complexo da Estação Ferroviária de Valinhos)
Realização: Associação de Preservação Histórica de Valinhos (APHV)
Apoio: Prefeitura de Valinhos – Secretaria de Cultura e Turismo

 

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Documentário conta a história da Imigração Italiana em Valinhos

O Projeto de Audiovisual Memórias Vivas lançará a sua segunda edição, “A imigração Italiana em Valinhos”.

Com lançamento oficial marcado para a próxima terça-feira, dia 25, Dia do Imigrante, às 19 horas no auditório “Darci Rossi”, o documentário “A Imigração Italiana em Valinhos” é a segunda produção do Projeto Memórias Vivas, idealizado pelas valinhenses Monica Santos e Paula Negrão e faz uma homenagem aos 150 anos da imigração italiana no Brasil e 136 dela em Valinhos.

Segundo Mônica e Paula, o documentário conta a história da trajetória de cinco imigrantes italianos que realizaram a travessia do Atlântico para América de navio a vapor, trazendo em suas bagagens alegria, sonhos, esperança, coragem para iniciar uma nova vida no Brasil: “Terra di Fortuna”. Para a idealização desta segunda produção foi realizado um minucioso trabalho de curadoria, estudo e pesquisa, para catalogar as famílias italianas que chegaram na região e contribuíram para o desenvolvimento da “Vila dos Vallinhos”, que contou especialmente com a orientação da Evelize Moreira, Analista de Pesquisa do Museu da Imigração do Estado de São Paulo, (um dos locais do roteiro de gravação do documentário), e a Bibliotecária Ludmilila Ferrarezi – Biblioteca Pública Municipal Dr. Mário Corrêa Lousada de Valinhos.

Para as idealizadoras do projeto, o documentário tem a “sua importância por que perpassa pelo caminho criativo com um conteúdo informativo digital de qualidade, para as gerações atuais e futuras, que poderão se apropriar de novos saberes, perpassando pelos fios narrativos da origem dos costumes e tradições locais, do desenvolvimento da agricultura, comércio, indústria, gastronomia e outras que tiveram a sua importância no desenvolvimento da cidade”.

Criado pela MS Produções e filmado pela RVB Filmes o Documentário Memórias Vivas – Imigração Italiana em Valinhos, foi selecionado no edital de chamamento público no 001/2023, edital de seleção de projetos (Lei Paulo Gustavo) – audiovisual no formato curta metragem, com recursos do Governo Federal repassados por meio da Lei Complementar nº 195/2022 – Lei Paulo Gustavo ao Munícipio de Valinhos.

Após o seu lançamento “A imigração Italiana em Valinhos”será disponibilizado em plataforma digital, rede sociais, canal Youtube, permitindo o acesso gratuito da população de Valinhos e interessados ao material produzido, contribuindo com conhecimento de parte da história Valinhense narradas pelos seus coautores. No segundo semestre acontecerão ações de contrapartida do projeto

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Alternativa

Descoberta Arqueológica: Moeda de 1722 revela tesouro histórico em fazenda de Valinhos

Moeda histórica foi encontrada na Fazenda São João das Pedras e doada à APHV

No dia 16 de fevereiro de 2024, a Associação de Preservação Histórica de Valinhos recebeu a doação de uma moeda de 1722, encontrada na Fazenda São João das Pedras, uma propriedade particular, em Valinhos. Trata-se do item histórico mais antigo encontrado na cidade até o momento em que se tem conhecimento, que integrará o acervo da associação e, posteriormente, será transferido para o museu municipal que se encontra em processo de reforma e institucionalização.

A moeda, que estava enterrada, foi encontrada pelo administrador da fazenda e tem 302 anos. Para efeitos de comparação, o prédio da primeira estação ferroviária de Valinhos, localizado na Rua Sete de Setembro, uma das estruturas mais antigas ainda de pé em Valinhos, tem 152 anos, enquanto o próprio município de Valinhos tem 128 anos. Dessa forma, essa moeda remonta aos tempos em que Alexandre Simões Vieira teria ganhado a sesmaria do Ribeirão Pinheiro em 1732 e instalado o antigo pouso que ficaria localizado na região do bairro Capuava, conforme relata Mario Pires no livro “Valinhos: Tempo e Espaço”.

De acordo com o pesquisador Allan Pietri, membro da associação, genealogista e numismata, a moeda foi cunhada em Lisboa, Portugal, em 1722. Esta moeda colonial de cobre foi originalmente cunhada para circulação na região de Minas Gerais, sendo a única moeda de valor “XL” cunhada por D. João V. A Capitania de Minas Gerais foi criada em 12 de setembro de 1720 a partir da divisão da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, tendo sua capital em Vila Rica (atual Ouro Preto). Allan destaca que, além desta moeda, existiam moedas com valores monetários muito superiores, como as de ouro e prata.

Segundo Bryan Gouveia, pesquisador e diretor Social da APHV, responsável por localizar o doador da moeda, o fato de ter sido encontrada na região da Serra dos Cocais aponta que, durante o início do século XVIII, a região da Estrada da Jequitibá muito provavelmente já era ocupada pelos colonizadores portugueses, os quais possivelmente exploravam a mão de obra escrava indígena e africana, conforme corroboram as descobertas feitas por Bryan de dois possíveis cemitérios: um seria dos escravizados da Fazenda Espírito Santo e outro, um cemitério indígena no Parque Valinhos, ambos notificados ao IPHAN (processo número 01506.000021/2024-82). Essas descobertas aumentam ainda mais a importância da região da Serra dos Cocais, que guarda a história das primeiras ocupações humanas na região.

“A simples descoberta de uma moeda não carrega grande relevância por si só. O que verdadeiramente importa é o que podemos inferir sobre a dinâmica social e econômica da época na região. Por meio dessa descoberta, aliada à possível identificação de cemitérios indígenas e de pessoas negras escravizadas, por exemplo, podemos compreender que o território de Valinhos foi profundamente influenciado pelo processo de colonização portuguesa, possivelmente mais do que se poderia imaginar, especialmente no que diz respeito à dinâmica territorial e à exploração da população negra e indígena. Dessa forma, podemos enxergar a história de Valinhos de uma perspectiva muito mais abrangente e diversificada, pois a história do município não se resume apenas história urbana no século XX.” – Bryan Rodrigues Gouveia, pesquisador, diretor social da APHV e aluno de graduação em Administração Pública na Unicamp.

Todas essas descobertas são desdobramentos do projeto “Café em Valinhos”, idealizado por Bryan Gouveia e Ulisses Porto. Segundo a pesquisa realizada pelos membros da APHV que lideram o projeto, a Fazenda São João das Pedras teve como proprietário mais conhecido Honório Fernandes Monteiro (1894-1968), que foi deputado da Assembleia Nacional Constituinte em 1945, ocupando posteriormente a presidência da Câmara dos Deputados; em outubro de 1948, foi nomeado Ministro do Trabalho do Governo Gaspar Dutra. No entanto, antes de se tornar proprietário da fazenda, esta já existia. A propriedade é uma das fazendas oitocentistas mais relevantes de Valinhos e foi uma grande produtora de café. De acordo com os pesquisadores, ainda é possível encontrar na fazenda algumas antigas estruturas que resistiram ao tempo, como a antiga casa-sede e o terreiro de café.

O projeto “Café em Valinhos” já publicou três artigos que podem ser acessados através do blog https://historiavalinhos.blogspot.com/. Em breve, será publicado um artigo inédito sobre a Fazenda São João das Pedras e a descoberta da moeda.

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