FISCALIZAÇÃO

Brasil e Mundo

Lula cobra fiscalização de preços de combustíveis

© Rovena Rosa/Agência Brasil
Presidente diz que redução de preços precisa chegar ao consumidor
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, nesta sexta-feira, dia 4, que os órgãos de defesa do consumidor fiscalizem os preços dos combustíveis para que a população pague o valor justo pelos produtos. Para ele, quando a Petrobras reduz os valores, os postos devem baixar o preço na mesma magnitude para o consumidor.

“É preciso que esses órgãos que têm a função de fiscalizar não permitam que nenhum posto de gasolina neste país venda a gasolina mais cara do que aquilo que é o preço que ela tem que vender. E muito menos óleo diesel. Não é possível que a Petrobras anuncia o desconto de 1 centavo e esse desconto não chega para o consumidor”, disse.

“Se a Petrobras consegue entregar [o gás de cozinha] a R$ 37, quem diabos está roubando que chega a R$ 140 [para o consumidor]? Para que ganhar tanto? Então, quando a gente fala que quer fazer as coisas, chamam a gente de populista: ‘está interferindo no mercado’. Eu quero interferir no mercado para baixar o preço da comida, é isso que eu quero”, reforçou o presidente.

Lula citou a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os Procons estaduais, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Polícia Federal.

“O nosso óleo diesel e a nossa gasolina, hoje, estão mais baratos do que quando nós entramos na Presidência dois anos e meio atrás. Se pode estar muito caro, está igual. Mas, se levar a inflação deste período, a gente vai mostrar que aqueles que dizem que está caro precisam levar em conta que, mesmo quando a Petrobras baixa, muitos postos de gasolinas não reduzem”, reforçou.

Lula participou do anúncio de investimentos da Petrobras, na Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. As informações foram detalhadas, nesta quinta-feira, dia 3, pela companhia, e os recursos investidos superam R$ 33 bilhões no setor de refino e petroquímica no Rio de Janeiro.

“Deixa a Petrobras investir em petróleo. Você tem que investir em pesquisa antes e investir em pesquisa pode ser negativo, eu posso fazer uma pesquisa e não encontrar nada. Mas, se não investir, a gente não tem chance de achar”, disse, reafirmando que as riquezas oriundas dos combustíveis fósseis devem financiar a transição energética.

“Eu não vou abrir mão do petróleo brasileiro para os outros explorarem. Eu quero que a gente faça da forma mais saudável possível, da forma mais responsável possível. Eu tenho orgulho de a Petrobras ser uma empresa que leva muito a sério a questão climática. A gente não quer prejudicar nada, mas a gente não quer abrir mão da riqueza do nosso país para favorecer o nosso próprio povo”, argumentou.

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Brasil e Mundo

AGU pede decisão urgente contra fraudes e violência nas redes sociais

© Wesley Mcallister/AscomAGU
Órgão diz que há continuada conduta omissiva dos provedores
Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta segunda-feira, dia 26, ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma decisão urgente para obrigar plataformas de redes sociais que operam no Brasil a interromperem a disseminação de notícias falsas e impedirem a violência digital. 

A AGU sustenta que a medida urgente é necessária diante da “continuada conduta omissiva dos provedores de aplicação de internet em remover e fiscalizar de forma efetiva os mencionados conteúdos, em desrespeito aos deveres de prevenção, precaução e segurança”.

O pedido aponta para os episódios mais recentes de fraudes relativas à Operação Sem Desconto, que apura descontos indevidos feitos por associações nas aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Um levantamento feito na biblioteca de anúncios da empresa Meta, dona das plataformas Facebook e Instagram, por exemplo, identificou mais de 300 anúncios fraudulentos prometendo falsas indenizações do INSS, usando imagens manipuladas de figuras públicas e logotipos oficiais.

No texto, a AGU cita também episódios recentes de violência digital, como a morte, em abril, de uma criança de 8 anos no Distrito Federal. A polícia investiga a relação do óbito com o desafio do desodorante, em que crianças são estimuladas por meio de plataformas como Kwai e Tik Tok, a inalar o spray do produto. 

Assim como em manifestações anteriores, a AGU defende que as empresas responsáveis pelas redes sociais que “impulsionam, moderam ou recomendam conteúdo ilícito devem ser responsabilizadas independentemente de notificação judicial”. 

O órgão menciona reportagem publicada pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal, em 15 de maio, segundo a qual haveria “uma deliberada falta de interesse da empresa Meta na verificação de anúncios”. 

Segundo a reportagem, uma análise interna feita em 2022 pela empresa identificou que 70% dos anúncios recentes da plataforma faziam propaganda de golpes, itens ilegais ou produtos de baixa qualidade. 

Ainda segundo documentos internos, os quais o jornal diz ter analisado, a Meta tem se mostrado resistente em derrubar esses anúncios, diante de uma alta de 22% no faturamento da empresa com propaganda, que foi de US$ 160 bilhões no ano passado. 

Seriam necessárias, por exemplo, entre oito a 32 infrações antes de uma conta fraudulenta ser banida das plataformas da Meta.

Entenda

O pedido da AGU foi feito nos processos em que o Supremo julga a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet. O dispositivo prevê que as empresas só podem ser responsabilizadas por publicações de terceiros nas redes sociais se antes houver uma ordem judicial para derrubar cada conteúdo específico.

O Supremo já começou a julgar um recurso sobre o assunto, com repercussão geral, ou seja, ao final do julgamento os ministros devem estabelecer uma tese, um enunciado, declarando o entendimento que deve ser seguido por todos os tribunais sobre o assunto. 

A análise mais recente do tema pelo plenário ocorreu em dezembro, quando um pedido de vista do ministro André Mendonça interrompeu o julgamento. 

O placar está em 2 a 1 pela responsabilização imediata das plataformas no caso de publicação de conteúdos ilícitos, sem a necessidade de que a remoção desse conteúdo tenha sido determinada antes por ordem judicial. 

Votaram nesse sentido os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, que defendem uma responsabilização ampla das plataformas caso não derrubem publicações e anúncios com teor ilícito. Para eles, é necessário que as empresas promovam um monitoramento ativo sobre o que é publicado em suas redes.

O ministro Luís Roberto Barroso divergiu em parte, argumentando que seria imprescindível o descumprimento de alguma ordem judicial para que as plataformas possam ser responsabilizadas, nos casos de crimes contra a honra, como a exposição de imagem sem autorização ou a calúnia e difamação.

Barroso reconheceu, contudo, que o artigo 19 não incentiva as plataformas a impedirem violações contra direitos fundamentais e democráticos, pelas quais as empresas poderiam ser responsabilizadas antes de descumprirem ordem judicial de remoção, sobretudo nos caso de anúncios e de impulsionamento pagos. 

Ainda não há data definida para que o tema volte a ser julgado pelo plenário do Supremo. A AGU já solicitou, em mais de uma ocasião, celeridade no desfecho do julgamento.

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Valinhos

Vereadores aprovam projeto contra terrenos e calçadas sem manutenção

O plenário da Câmara aprovou por unanimidade, na sessão desta terça-feira, dia 29, projeto apresentado pelo vereador Edinho Garcia (PRD), que prevê uma série de medidas para evitar terrenos sujos e calçadas sem manutenção em Valinhos. A proposta traz notificações, multas e obrigações que deverão ser seguidas por proprietários, inquilinos, construtores e outras pessoas e empresas responsáveis por imóveis na cidade.

Uma das obrigações que consta no projeto, por exemplo, é a de se fechar terrenos com muro de pelo menos 1,80 de altura ou com alambrado de tela galvanizada e mourões de concreto. Todos deverão estar com portão, com capinação em dia e sem qualquer tipo de lixo que possa colocar em risco a saúde de vizinhos. Se o terreno for localizado em ruas com calçamento, é obrigatória também a construção de calçada.

O projeto trata ainda de obras em andamento, instalação de tapumes, entre outras medidas que, segundo o vereador, são necessárias para manter a limpeza do município.

“São comuns em nossa cidade terrenos produzindo verdadeiros matagais onde proliferam insetos, ratos e outros animais pestilentos que fazem mal à saúde da população. O novo cálculo do valor da multa e a diminuição dos prazos se fazem necessários”, defendeu Edinho.

O projeto segue agora para sanção ou veto do prefeito Franklin (PL).

Outros projetos

Durante a sessão, também foi aprovado projeto de lei que cria o Dia do Imigrante e do Refugiado, em Valinhos. O texto, assinado pelos vereadores Alexandre Japa (PRD), Israel Scupenaro (PL) e Kiko Beloni (Cidadania), estabelece o dia 25 de junho para comemoração.

Outra proposta aprovada declara a Associação Cultural e Desportiva Capoeira Aruanda de Valinhos como entidade de utilidade pública. Na prática, esse reconhecimento permite que a associação se inscreva em editais e receba recursos públicos devido ao seu papel social no município. O projeto tem assinatura dos vereadores Israel Scupenaro, Kiko Beloni e Rodrigo Fagnani Popó (Republicanos).

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Economia

Receita esclarece que não cobrará imposto por Pix

Operações acima de R$ 5 mil devem ser informadas a partir deste mês

O reforço na fiscalização de transferências via Pix e cartão de crédito não significa criação de impostos, esclareceu a Receita Federal. Em comunicado, o Fisco desmentiu informações falsas que circularam nas redes sociais nos últimos dias sobre cobrança de imposto para transferências digitais.

Em 1º de janeiro, entraram em vigor as novas regras da Receita Federal para a fiscalização de transferências financeiras. A principal mudança foi a extensão do monitoramento de transações financeiras às transferências Pix que somam pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

Além das transações Pix, esses limites também valem para as operadoras de cartão de crédito e as instituições de pagamento, como bancos digitais e operadoras de carteiras virtuais. Elas deverão notificar à Receita operações cuja soma mensal ultrapassa esse teto. Os bancos tradicionais, as cooperativas de crédito e instituições que operam outras modalidades de transação já tinham de informar à Receita sobre esses valores.

Gerenciamento de risco

Segundo a Receita, a instrução normativa que reforçou a fiscalização permite “oferecer melhores serviços à sociedade”. Como exemplo, o comunicado cita que os valores fiscalizados entrarão da declaração pré-preenchida do Imposto de Renda de 2026 (ano-base 2025), reduzindo divergências e erros que levam o contribuinte à malha fina.

O comunicado esclareceu que a Receita modernizou a fiscalização para incluir novos tipos de instituições do sistema financeiro, como fintechs e carteiras virtuais. No caso do cartão de crédito, o Fisco extinguiu a Declaração de Operações com Cartões de Crédito (Decred), criada em 2003, e a substituiu por um módulo para cartões de crédito dentro da e-Financeira, plataforma que reúne arquivos digitais de cadastro, abertura e fechamento de contas e operações.

A e-Financeira opera dentro do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), criado em 2007 e que processa, por exemplo, as notas fiscais eletrônicas.

Sigilo bancário e fiscal

No comunicado, a Receita também explicou que o reforço na fiscalização não desrespeitará as leis que regulam os sigilos bancário e fiscal, sem identificar a natureza ou a origem das transações. “A medida visa a um melhor gerenciamento de riscos pela administração tributária, a partir da qual será possível oferecer melhores serviços à sociedade, em absoluto respeito às normas legais dos sigilos bancário e fiscal.”

A Receita reiterou que a e-Financeira não identifica o destinatário das transferências de uma pessoa ou empresa para terceiros, via Pix ou Transferência Eletrônica Disponível (TED). O sistema, explicou o Fisco, soma todos os valores que saíram da conta, inclusive saques. Se ultrapassado o limite de R$ 5 mil para pessoa física ou de R$15 mil para pessoa jurídica, a instituição financeira informará a Receita Federal.

Em relação aos valores que ingressam em uma conta, a e-Financeira apenas contabiliza as entradas, sem individualizar sequer a modalidade de transferência, se por Pix ou outra. Todos os valores, informou a Receita, são consolidados, devendo ser informados os totais movimentados a débito e a crédito em determinada conta, sem especificar os detalhes das transações.

As instituições financeiras enviarão os relatórios à Receita Federal a cada seis meses. As informações referentes ao primeiro semestre deverão ser prestadas até o último dia útil de agosto. Os dados do segundo semestre serão apresentados até o último dia útil de fevereiro, prazo que permitirá a inclusão na declaração pré-preenchida do Imposto de Renda, na metade de março.

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Valinhos

DAEV iniciará fiscalização de ligações irregulares no Jardim Pinheiros

O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) iniciará nesta quarta-feira, dia 8, a fiscalização de lançamentos irregulares de águas pluviais em redes coletoras de esgoto nos imóveis do bairro Jardim Pinheiros.

A ação é uma determinação do Ministério Público do Estados de São Paulo (MPSP), por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O objetivo é localizar as ligações incorretas e evitar entupimento da rede coletora, vazamentos, transbordamentos e poluição dos rios.

Os testes são feitos com corante a base de água em todas as áreas com contribuições de águas de chuva, como áreas de luz, ralos em área descoberta, duchas frias, pias, tanques e grelhas.

Caso o líquido corado caia na rede de esgoto, o morador é notificado e orientado a regularizar a ligação na rede de drenagem de águas pluviais no prazo de 30 dias. Em caso de não cumprimento, é emitido o Auto de Infração, com prazo de 15 dias e, após isso, é aplicada multa de R$ 517,10, valor equivalente a ligação de água de 50mm, conforme Resolução ARES-PCJ nº 451/2022.

A O. de Quadro Serviços LTDA, empresa contratada para o serviço, utiliza veículos identificados e os funcionários estão sempre usando uniformes e crachás. Além disso, o DAEV acompanha todo o trabalho através da Seção de Fiscalização.

 

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