EDUCAÇÃO

Brasil e Mundo

Países da OCDE reduzem percentual de jovens nem-nem

© Arquivo Agência Brasil

Brasil segue a mesma tendência dos membros da organização

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziram o número de jovens que não trabalham, não estudam e nem seguem em formação (NEET). Embora as mulheres tenham mais formação que os homens, os mercados de trabalho ainda seguem desiguais. Homens estão mais empregados e ainda ganham mais que mulheres. No Brasil, o cenário é semelhante.

Os dados estão no relatório internacional Education at a Glance (EaG) 2024, divulgado nesta terça-feira (10) pela OCDE. O estudo traz uma série de indicadores que permitem comparar os sistemas educacionais dos países e das regiões participantes

Segundo o estudo, mercados de trabalho fortes e uma participação crescente na educação levaram a uma redução no percentual de jovens entre 18 e 24 anos que não trabalham, não estudam e nem seguem em formação na maioria dos países membros da OCDE. Nesses países, a taxa média de NEET passou de 15,8% em 2016 para 13,8% em 2023. No Brasil, a taxa é superior, mas também teve redução, passando de 29,4% para 24%, no mesmo período de avaliação.

O relatório mostra que também houve redução de jovens adultos sem o ensino médio completo. “A redução da percentagem de jovens adultos sem qualificação secundária superior [equivalente ao ensino médio brasileiro] tem sido uma prioridade em muitos países e a sua percentagem diminuiu entre 2016 e 2023 em 28 de 35 países membros da OCDE”, diz o texto, que ressalta que pessoas sem essa formação correm um risco considerável de não se inserirem tanto socialmente quanto no mercado de trabalho ao longo da vida.

No Brasil também houve redução. O percentual de pessoas de 25 a 34 anos que não concluíram o ensino médio diminuiu 8 pontos percentuais de 2016 a 2023. No país, 27% de jovens permanecem sem essa formação. A porcentagem está acima da média da OCDE, que é 14%.

O relatório aponta a falta de estudo como um dos fatores que dificulta na hora de conseguir um emprego. No Brasil, 64% dos jovens com 25 a 34 anos sem ensino médio ou qualificação técnica estão empregados, em comparação com 75% daqueles com essa etapa concluída. As médias nos países da OCDE são, respectivamente, 61% e 79%. Quando empregados, os salários dos trabalhadores sem esta etapa de formação tendem a ser menores.

Desigualdade de gênero

Segundo quase todas os dados disponíveis no estudo, as meninas e as mulheres têm melhores desempenhos educacionais que os meninos e homens. Em todos os países membros da OCDE, as mulheres com idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos têm a mesma ou maior probabilidade do que os seus pares do sexo masculino de terem uma qualificação superior.

No Brasil, isso também ocorre. Enquanto, em média, 28% das mulheres concluem o ensino superior, entre os homens, esse percentual é 20%.

No entanto, embora as mulheres superem os homens na educação, isso não ocorre no mercado de trabalho. As mulheres de 25 a 34 anos têm menos probabilidades de estar empregadas do que os homens. No Brasil, apenas 44% das mulheres jovens com escolaridade inferior ao ensino médio estão empregadas, enquanto entre os homens com a mesma formação, essa taxa é de 80%. Entre os países da OCDE, as médias correspondentes são de 47% e 72%.

Os percentuais aumentam conforme aumenta a formação escolar, mas as desigualdades entre os gêneros persistem. Enquanto 85% das mulheres jovens com ensino superior estão empregadas, entre os homens essa taxa é 92%. Nos países da OCDE a média entre as mulheres com ensino superior empregadas é 84% e, dos homens, 90%.

A desigualdade está também presente na remuneração. Em toda a OCDE, as mulheres jovens com qualificação superior ganham em média 83% do salário dos seus pares do sexo masculino. No Brasil, a disparidade é maior, elas ganham em média 75% do salário dos homens. Entre aquelas com nível de ensino médio ou qualificação técnica, as mulheres jovens ganham em média 84% do salário dos seus pares do sexo masculino na OCDE e 74% no Brasil.

O Brasil participa do EaG desde a primeira edição, em 1997. A OCDE é uma organização econômica, com 38 países membros, fundada em 1961 para estimular o progresso econômico. O Brasil era um parceiro da organização até 2022, quando passou a integrar a lista de candidatos a integrar a OCDE.

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Brasil e Mundo

Fies: confira passo a passo para se inscrever, até 27 de agosto

Fies: confira passo a passo para se inscrever, até 27 de agosto

Pela primeira vez, Fies terá reserva de vagas para pessoas pretas, pardas, indígenas, quilombolas e com deficiência, além da cota social. São 70 mil vagas para o segundo semestre

Fonte: Agência Gov | Via MEC

O Ministério da Educação (MEC) está com inscrições abertas para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao segundo semestre de 2024. São ofertadas 70 mil vagas nessa edição, que contará, pela primeira vez, com cotas para candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas e para pessoas com deficiência.

Passo a passo – O MEC criou um passo a passo para auxiliar os estudantes a realizarem a inscrição, que ocorre pelo Fies Seleção, no , o MEC criou um passo a passo. Basta seguir as etapas a seguir:. Basta seguir as etapas a seguir:

Primeiro passo:

entre no portal – Acesso Único e faça o login com a sua conta GOV.BR.

Segundo passo:

preencha os campos com seus dados pessoais. Após colocar todas as informações, clique em “Gravar e avançar”.

Terceiro passo:

faça a autodeclaração do seu perfil étnico-racial para concorrer às vagas reservadas a pessoas pretas, pardas, indígenas, quilombolas e com deficiência. Também é necessário informar a escolaridade e declarar estar ciente dos dados fornecidos.

Quarto passo:

escolha três cursos desejados. Aqui, você selecionará a instituição de ensino, preenchendo estado, município e curso pretendidos. Será possível repetir essa ação mais duas vezes, elencando a ordem de prioridade entre as opções escolhidas.

 Quinto passo:

preencha seus dados financeiros e os da sua família.

 Sexto passo:

revise todas as informações preenchidas e, caso esteja tudo certo, confirme a inscrição. Depois, salve o comprovante de inscrição com a chave de segurança.

Leia Mais: Fies 2/2024: inscrições terminam em 27 de agosto

Fies Social

Assim como no último semestre, o Fies Social vai reservar 50% das vagas para os candidatos com renda familiar per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O cadastro deve ter sido atualizado dentro do prazo exigido no edital. No caso dessas pessoas, também será possível solicitar a contratação do financiamento de até 100% dos encargos educacionais.

A partir de 2024, com o Fies Social, instituído pela Resolução nº 58/2024, o MEC visa retomar o papel social do programa, destinado a atender às necessidades de estudantes de baixa renda. Dessa forma, vem cumprir um papel transformador na sociedade, ao oferecer melhores condições para a obtenção de financiamento estudantil.

Fies – O Fundo de Financiamento Estudantil é um programa do MEC, instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001. Seu objetivo é conceder financiamento a estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas que aderiram à política e possuem avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Pode se inscrever no Fies quem tiver participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010 e tiver obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos, bem como nota superior a zero na redação. Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta por pessoa de até três salários mínimos.

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Brasil e Mundo

FNDE faz audiência pública sobre aquisição de computadores para escolas

Audiência faz parte do esforço para qualificar futura compra – FNDE/divulgação

Reunião visou garantir transparência e qualidade na aquisição de desktops e notebooks para a rede de educação básica de todo o País

Agência Gov | via Fnde
Com o objetivo de garantir que estudantes da educação básica pública de todo o país possam ter acesso à tecnologia educacional, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) realizou, nesta segunda-feira, 12, a Audiência Pública nº 04/2024. A sessão foi organizada para coletar dados essenciais para a contratação de dispositivos como desktops e notebooks.

“Há uma expectativa em torno da aquisição desses equipamentos. Faz muito tempo que o FNDE não realiza uma licitação exitosa para dispositivos de tecnologia educacional. Temos muita esperança de que este certame ocorra com total transparência, que os mais aptos vençam e que possamos distribuir os melhores dispositivos pelo Brasil,” declarou a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, na abertura da audiência.

A reunião, que ocorreu em formato híbrido, permitiu a participação tanto presencial quanto online, com transmissão ao vivo pelo YouTube. A sessão foi conduzida pela diretora de Administração (Dirad), Leilane Barradas, e pelo diretor de Tecnologia e Inovação (Dirti), Delson Pereira da Silva.

“Esta audiência pública é uma etapa muito importante no planejamento para a contratação dos dispositivos destinados às escolas. É uma oportunidade para ouvirmos o mercado de forma aberta, finalizarmos nossas especificações técnicas e concluirmos o estudo necessário para a fase de abertura do processo licitatório,” destacou o diretor de Tecnologia do FNDE.

Segundo Leilane Barradas, os dispositivos serão destinados a estudantes da educação básica das redes públicas de ensino nos estados, Distrito Federal e municípios.

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RMC

Região de Campinas tem 18 projetos na Feira Tecnológica do Centro Paula Souza

Estudantes da Fatec Indaiatuba desenvolveram o Mind Harbour, marketplace digital para serviços de saúde mental

Feteps ocorre entre 19 e 22 de agosto, no São Paulo Expo; mostra conta com 132 trabalhos de estudantes das Etecs, Fatecs e instituições de ensino nacionais e estrangeiras

Ideias inovadoras para solucionar problemas que afetam a sociedade das mais diversas maneiras. É o que oferece a Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), que será realizada entre os dias 19 e 22 de agosto, no São Paulo Expo, pavilhão de exposições localizado no distrito do Jabaquara, na zona sul da Capital. Interessados em visitar a mostra podem realizar o credenciamento antecipado gratuitamente pelo site do evento.

Em sua 15ª edição, a Feteps apresenta 132 projetos. Destes, 112 foram desenvolvidos por estudantes das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) e do Grupo de Estudo de Educação a Distância (Geead) do Centro Pauls Souza (CPS). A mostra ainda conta com a participação de 20 trabalhos de outras instituições de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) nacionais e internacionais.

Desenvolvidos em grupos formados por até três alunos, os projetos foram norteados pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que fazem parte da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

A região da Campinas conta com 18 projetos entre os finalistas:

MunicípioUnidadeProjeto
 

 

Americana

 

 

Etec Polivalente de Americana

Beecop – copo biodegradável à base de cera de abelha e amido de milho
Hidrogel à base de pectina da laranja enriquecido com nutrientes presentes na casca da banana
AtibaiaEtec Prof. Carmine Biagio TundisiMonitoraCaap’s: monitoramento do volume da captação e armazenamento de águas pluviais na Etec
CampinasEtec Bento QuirinoBiomark
Campo Limpo PaulistaEtec de Campo Limpo PaulistaSistema de separação de materiais aplicando visão computacional
 

 

Hortolândia

 

 

Etec de Hortolândia

Autismo em foco – aplicativo de educação parental
A música como ferramenta de aprendizado de um idioma – teoria da aprendizagem significativa
IndaiatubaFatec IndaiatubaMind Harbour
 

 

Itatiba

 

 

Etec Rosa Perrone Scavone

SOS Saúde: dispositivo para notificar necessidades médicas para pacientes com limitações
Wakedrive: alerta de sonolência em motoristas utilizando visão computacional e robótica
LemeEtec Deputado Salim SedehVeracidade: sistema de auxílio para verificação de informações através de dados
Mogi GuaçuEtec Euro Albino de SouzaIntelligence personal protection equipament recognition (Ipper)
Mogi MirimFatec Mogi MirimPrótese inteligente
Monte MorEtec de Monte MorRambi – Rede de Apoio e Bem-estar Mental Integrado
 

 

Piracicaba

 

 

Etec Cel. Fernando Febeliano da Costa

Geleia de umbu: propriedades nutricionais de frutas nativas e exóticas do Brasil
VisualRise
 

 

Santa Bárbara D’oeste

 

 

Etec Prof. Dr. José Dagnoni

Adubo e abelhas: criação de um adubo natural para campos meliponários como substituto ao NPK
Leave-in sólido para tratamento da alopecia androgenética com sálvia rosmarinus e ricinus communis

O evento

De acordo com o novo conceito da Feteps, a mostra de projetos será muito mais que uma feira de ciências. A ideia é promover um evento que irá aproximar estudantes de empresas e de possíveis investidores interessados em ideias inovadoras e novos produtos. Haverá, inclusive, um espaço especialmente reservado para rodadas de negócio.

Seguindo as tendências presentes em feiras e grandes eventos, os estandes da mostra contarão com computadores e aparelhos de TV para que os jovens apresentem detalhes de seus projetos a visitantes e avaliadores.

No estande oficial do CPS será possível conhecer parte da estrutura da instituição, como laboratórios e salas maker das unidades, em uma exposição fotográfica. Os visitantes também terão acesso à Arena de Criatividade, na qual serão disputadas maratonas de robótica e outras atrações.

Serviço

15ª Feteps

Local: São Paulo Expo

Endereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Capital

Datas: de 19 a 22 de agosto

Horários: dia 19, das 14 às 22 horas; 20 e 21, das 10 às 20 horas; e 22, das 10 às 15 horas

Sobre o Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob supervisão de uma Etec –, em mais de 340 municípios. As Etecs atendem mais de 226 mil alunos nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 91 mil estudantes. Além dos cursos técnicos e superiores de tecnologia, a instituição oferece Formação Continuada e Pós-graduação (stricto sensu e lato sensu).

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Brasil e Mundo

Expansão do Pé-de-Meia beneficiará mais 1 milhão de estudantes

Ricardo Stuckert/PR

Famílias do CadÚnico e estudantes do EJA podem receber benefício

Por Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O governo federal anunciou nesta sexta-feira, dia 2, a ampliação do programa Pé-de-Meia para estudantes do ensino médio de escolas públicas e cujas famílias estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e tenha renda per capita de até meio salário mínimo. Atualmente, o benefício abrange apenas estudantes de escolas públicas que fazem parte do Programa Bolsa Família.

Com a expansão, cerca de um milhão de novos estudantes serão beneficiados. As mudanças também contemplarão alunos da educação de jovens e adultos (EJA).

O anúncio foi feito durante evento em Fortaleza (CE) com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente defendeu a importância da aplicação de recursos para a educação no Brasil e convocou os jovens presentes na cerimônia a não desistirem da escola e sonharem com a conquista de qualquer realização profissional por meio da educação.

“Estudar é quase que uma coisa sagrada para um pai e uma mãe. Para nós, a maior herança que a gente pode deixar para o nosso filho é educá-lo, formá-lo cidadão ou cidadã, dar a ele uma profissão, para que ele possa trabalhar, e pelo seu trabalho, ter um salário digno e decente para cuidar da sua família. Essa é a grande paixão de qualquer pai e qualquer mãe”.

Ele destacou que os recursos alocados em educação não são gastos, são investimento. “Enquanto eu puder colocar dinheiro na educação, é proibido qualquer ministro meu utilizar a palavra gasto. Eu vou gastar se tiver que fazer cadeia, prisão, para colocar essa juventude abandonada. Educação é investimento”, disse o presidente.

O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a sensibilidade do governo federal de promover o Pé-de-Meia, diante do fato de que cerca de meio milhão de estudantes abandonam a escola pública no Ensino Médio a cada ano. “Esse programa vem para dizer aos estudantes brasileiros que nós não queremos nenhum aluno fora da escola pública deste país. Porque somente através da educação a gente tem condições de transformar vidas. Não há nenhuma saída para o país e para a sociedade se desenvolver, gerar oportunidades, se não for através da educação”, reforçou.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, disse que, com o programa de incentivo, será possível avançar ainda mais na educação a nível regional. “Em 2023, a maior participação no Enem do país foi do Ceará. E os nossos alunos fizeram história neste ano, com o maior resultado da nossa história. Ingressaram no ensino superior, saindo da escola pública do Ceará, 22,5 mil jovens do Ceará”, informou.

Expansão

De acordo com o Ministério da Educação, os novos contemplados começam a receber o Pé-de-Meia a partir de agosto. Já os alunos de EJA receberão o benefício em setembro, com o início do semestre letivo nessa modalidade de ensino.

Criado para garantir a continuidade e frequência escolar dos jovens de baixa renda, o programa concede incentivo mensal de R$ 200 ao estudante, que pode ser sacado em qualquer momento, além de depósitos deR$ 1 mil ao final de cada ano concluído com aprovação, que só podem ser retirados da poupança após a formatura no ensino médio.

Atualmente, o programa é voltado a estudantes de escolas públicas beneficiários do Bolsa Família. Desde o primeiro semestre de 2024, 2,7 milhões de jovens já receberam o incentivo..

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Brasil e Mundo

Inscrições para o Prouni abrem nesta terça-feira

© Arquivo/Agência Brasil

Serão oferecidas 243.850 bolsas, diz MEC

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Começa nesta terça-feira, dia 23, as inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni) do segundo semestre de 2024. Os interessados em participar do processo seletivo terão até sexta-feira (26) para acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, e concorrer a uma das 243.850 bolsas oferecidas nesta edição.

As inscrições são gratuitas, e a previsão é que os resultados da 1ª e 2ª chamadas sejam anunciados nos dias 31 de julho e 20 de agosto, respectivamente. O prazo para manifestação de interesse na lista de espera vai do dia 9 ao dia 10 de setembro; e o resultado da lista de espera sairá em 13 de setembro.

“Para participar do processo seletivo, é necessário que o candidato tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas edições de 2022 ou 2023, obtendo nota mínima de 450 pontos na média das cinco provas e nota acima de zero na redação”, informa o Ministério da Educação (MEC).

É também necessário que o candidato se enquadre nos critérios socioeconômicos – incluindo renda familiar per capita que não exceda um salário-mínimo e meio para bolsas integrais e três salários-mínimos para bolsas parciais – e esteja cadastrado no login Único do governo federal que pode ser feito no portal gov.br.

“No momento da inscrição, é preciso: informar endereço de e-mail e número de telefone válidos; preencher dados cadastrais próprios e referentes ao grupo familiar; e selecionar, por ordem de preferência, até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência dentre as disponíveis, conforme a renda familiar bruta mensal per capita do candidato e a adequação aos critérios da Portaria Normativa MEC nº 1, de 2015”, exlicou MEC.

Segundo o ministério, a escolha pelos cursos e instituições pode ser feita por ordem de preferência. Informações mais detalhadas sobre oferta de bolsas (curso, turno, instituição e local de oferta) podem ser acessadas na página do Prouni.

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Brasil e Mundo

MEC cria programa de apoio a escolas públicas com aulas noturnas

© Arquivo/Agência Brasil

Serão investidos R$ 16,2 milhões este ano

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O Ministério da Educação (MEC) instituiu, com a publicação da Portaria nº 653, o Ensino Médio Mais, programa que pretende garantir apoio técnico e financeiro para escolas estaduais que ofereçam pelo menos uma turma de ensino médio noturno presencial.

A ideia é fomentar a elaboração de propostas pedagógicas que colaborem para a permanência dos estudantes na escola no período noturno. Segundo o MEC, serão investidos R$ 16,2 milhões em 2024 – valores que serão repassados por faixa de matrícula, via Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

Escolas com até 500 matrículas (faixa 1) receberão, cada uma, R$ 5.294,63. Já as com mais de 500 matrículas (faixa 2) receberão, cada unidade, R$ 7.941,55.

“Os recursos financeiros devem ser utilizados exclusivamente para despesas de custeio, como reuniões pedagógicas, encontros formativos, rodas de conversa com estudantes, visitas técnicas, grupos focais e eventos culturais com a comunidade escolar”, detalhou o ministério.

A expectativa é de que a iniciativa resulte no apoio a mais de três mil escolas, impactando em mais de 379 mil alunos do ensino médio noturno presencial. O apoio será voltado principalmente às unidades localizadas em áreas com menores Índices de Nível Socioeconômico das Escolas de Educação Básica.

Adesão

A adesão é voluntária e pode ser feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). “Para participar do programa, secretarias de educação e escolas elegíveis (equipe pedagógica e estudantes) devem elaborar propostas pedagógicas para melhorar seus índices de permanência e possibilitar trajetórias escolares exitosas para todos os alunos”, informou o MEC.

As propostas devem ser elaboradas levando em conta ações que assegurem o direito à aprendizagem dos estudantes; equidade no acesso e permanência com trajetórias escolares bem-sucedidas; estratégias de fortalecimento do regime de colaboração; e o aprimoramento da organização curricular e pedagógica, considerando os perfis, necessidades e expectativas dos estudantes do ensino médio noturno.

A iniciativa está alinhada com as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE), especialmente com a meta de universalização do atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos.

O MEC acrescenta que, para execução da política, estão previstos dois webinários nacionais.

“O primeiro terá foco nas secretarias de educação e escolas para a elaboração de propostas pedagógicas que contemplem as necessidades mapeadas por meio da escuta com os estudantes. Já o segundo será reservado para a apresentação, discussão e socialização das sugestões elaboradas pelas escolas. As propostas que demonstrarem, no decorrer do ano de 2025, melhorias quanto à permanência na escola e à trajetória exitosa dos estudantes do ensino médio noturno serão premiadas”.

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Valinhos

Valinhos tem a segunda melhor taxa de alfabetização da RMC

Foto: Prefeitura de Valinhos

Número é importante neste ano eleitoral para que os candidatos, em seus Planos de Governo possam apresentar propostas de políticas públicas para a educação

Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que Valinhos tem uma das melhores taxas de alfabetização do Brasil, a segunda melhor da região Metropolitana de Campinas – RMC – composta por 20 cidades.

Na RMC a taxa de alfabetização entre as pessoas de 15 anos ou mais ultrapassa 90%. Americana é a cidade que apresenta a melhor taxa, 98,33% seguida por Valinhos, que tem uma população de 126.325 habitantes e taxa de alfabetização de 98,05%. Vinhedo aparece em terceiro lugar com 98,1% de sua população com 15 anos ou mais alfabetizada.

De acordo com o IBGE, Valinhos tem 103.712 pessoas consideradas alfabetizadas e 2.067 não alfabetizados.

Para os especialistas em educação os dados do último Censo no tocante a alfabetização apresentam cenário positivo e de avanço e, mas ao mesmo tempo  evidenciam a manutenção de desigualdades históricas. As maiores taxas de analfabetismo se concentram na população idosa e de menor renda. Municípios da RMC que têm a economia concentrada em atividades rurais possuem as menores taxas de alfabetização, casos de Artur Nogueira e Engenheiro Coelho, cidades produtoras de cana-de-açúcar e laranja.

Os dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE foram divulgados em junho do ano passado, mas as informações sobre a alfabetização no Brasil foram reveladas quase um ano depois. No Brasil, a taxa de analfabetismo de pessoas a partir dos 15 anos de idade recuou de 9,6% para 7% entre 2010 – quando foi realizado o penúltimo Censo – e 2022.

 

POPULAÇÃO COM 15 ANOS OU MAIS ALFABETIZADA POR CIDADE

Americana …………………………………………………………98,33%

Valinhos …………………………………………………………….98,05%

Vinhedo …………………………………………………………….98,01%

Indaiatuba ………………………………………………………….97,88%

Nova Odessa ……………………………………………………..97,87%

Paulínia ……………………………………………………………..97,81%

Campinas……………………………………………………………97,59%

Jaguariúna…………………………………………………………..97,5%

Santa Bárbara d’Oeste………………………………………….97,41%

Itatiba………………………………………………………………….97,41%

Hortolândia………………………………………………………….96,93%

Pedreira………………………………………………………………96,74%

Cosmópolis………………………………………………………….96,64%

Holambra…………………………………………………………….96,51%

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Valinhos

Confira a documentação obrigatória para fazer matrícula nas Fatecs

Classificação geral e primeira chamada para matrículas serão divulgadas na segunda-feira, dia 15

Fonte: Portal do Governo de SP

Fatecs disponibilizam computador com acesso à internet para que o convocado possa fazer a matrícula

Na segunda-feira, dia 15, a partir das 15h, serão divulgadas a classificação geral e a primeira chamada para matrículas do Vestibular das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs), no site www.vestibularfatec.com.br. Os convocados devem enviar os documentos entre os dias 16 e 18.

A classificação geral do Vestibular das Fatecs considera as notas finais em ordem decrescente, de acordo com a opção de curso, período e unidade. A chamada para matrículas é feita até o limite de vagas oferecidas. As Fatecs disponibilizam computador com acesso à internet a quem quiser fazer a matrícula.

Documentos

É importante que o candidato do Ensino Superior Tecnológico conheça a documentação solicitada para matrícula, a fim de evitar imprevistos, caso seja convocado. Quem receber a chamada deverá enviar ao sistema remoto indicado, via upload, nos formatos PDF, JPEG ou PNG, os seguintes documentos:

Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou equivalente;

Histórico Escolar completo do Ensino Médio ou equivalente;

Documento de Identidade com foto, dentro da validade. Ex.: RG;

CPF ou documento de identidade contendo o número de CPF;

Uma foto 3X4 recente, com fundo neutro;

Documento de quitação com o serviço militar ou Certificado de Dispensa de Incorporação (CDI), para o candidato brasileiro maior de 18 anos, do sexo masculino.

Quem utilizou o Sistema de Pontuação Acrescida pelo item escolaridade pública deve apresentar histórico escolar ou declaração escolar, comprovando que cursou integralmente o Ensino Médio ou Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede pública municipal, estadual ou federal, com detalhamento das escolas onde estudou.

Caso o requerente pretenda obter aproveitamento de estudos em disciplinas já concluídas em outro curso superior, deve apresentar a documentação referente à carga horária, ementa e programa da disciplina cursada e histórico escolar da instituição de origem. Para apresentar documentos em língua estrangeira, é preciso enviá-los vistados pela autoridade consular brasileira no país de origem, devidamente acompanhados da respectiva tradução oficial.

É de responsabilidade do candidato realizar o upload de todos os documentos no sistema de matrícula online, dentro do prazo estabelecido no cronograma. Perderá o direito à vaga quem não fizer a matrícula na data determinada ou deixar de apresentar os documentos exigidos. As orientações sobre o procedimento também estão disponíveis no Manual do Candidato e na Portaria.

Outras informações pelos telefones (11) 3471-4103 (Capital e Região Metropolitana) e 0800-596 9696 (demais localidades) ou pelo site vestibularfatec.com.br.

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Brasil e Mundo

MEC vai ampliar assistência estudantil na educação superior

Objetivo é garantir a permanência de alunos de baixa renda em universidades e institutos federais. Em 2024, verba para programas de assistência chega a R$ 1,5 bilhão, atingindo mais de 400 mil estudantes

Fonte: Agência Gov | Via MEC

O Ministério da Educação (MEC), por meio das Secretarias de Educação Superior (Sesu) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), está atuando para implementação da Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), instituída pela Lei nº 14.914/2024. A norma, sancionada pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no início deste mês de julho, contribui para a garantia da permanência dos estudantes de baixa renda nas universidades e institutos federais.

Além de novas ações e programas, que dependerão de regulamentações e definições institucionais, a política conta com outras iniciativas já existentes, como o Programa de Assistência Estudantil (PAE) e o Programa Bolsa Permanência (PBP). Neste ano, foram destinados R$ 1,27 bilhão para o PAE e R$ 233 milhões para o PBP. Os recursos dos dois programas vão compor o orçamento da Política.

Ao todo, o valor chega a R$ 1,5 bilhão — 65% maior do que o a verba destinada à assistência estudantil em 2022. O valor para 2025 ainda será definido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), em elaboração. Esses programas atendem, atualmente, mais de 400 mil estudantes. Com a Pnaes, o MEC espera ampliar os estudantes beneficiados.

Para o secretário de Educação Superior do MEC, Alexandre Brasil, a sanção e a implementação da Pnaes representam um marco significativo para a educação superior no Brasil. Segundo ele, a Política foi fruto do diálogo do MEC com o Congresso Nacional, com os movimentos estudantis e com as entidades de ensino.

“Esta política visa garantir a permanência dos estudantes, demarcando o compromisso do governo brasileiro na construção de uma universidade pública, gratuita, de qualidade e mais inclusiva e equitativa. Universidade onde todos os estudantes se sintam pertencentes e tenham as mesmas oportunidades de alcançar seus sonhos e contribuir para o desenvolvimento do país”, afirmou.

Implementação – A política será implementada de forma articulada com as atividades de ensino, pesquisa e extensão nas universidades federais e na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Essas instituições terão autonomia para definir ações específicas que atendam às realidades locais, considerando as diretrizes estabelecidas pela Pnaes.

A nova legislação facilita o acompanhamento da execução dos programas e aumenta a transparência nas ações de assistência estudantil. A estruturação permitirá uma gestão mais apropriada e uma alocação de recursos mais precisa, atendendo melhor às necessidades dos estudantes.

Segundo Marcelo Bregagnoli, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, “a maior conquista é que a lei passa a amparar a educação profissional e tecnológica em todos os seus níveis, além de mitigar as desigualdades socioeconômicas com a garantia de alimentação, transporte e diversos serviços pedagógicos que visam à permanência na escola e a conclusão nos cursos”.

Valores – A definição dos valores a serem repassados às instituições de ensino se dará a partir da análise de sua execução orçamentária nos últimos anos, mas dependerá de novas regulamentações que definirão os critérios de distribuição. Contudo, é esperado que um dos principais fatores considerados seja o número de estudantes que se enquadram no perfil definido pela nova legislação.

Esse perfil abrange estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que necessitam de apoio para garantir sua permanência e conclusão dos estudos. Além disso, os recursos serão proporcionais ao número de estudantes matriculados que se enquadram como beneficiários da Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012). A regulamentação buscará criar critérios transparentes, assegurando que os recursos cheguem a quem mais precisa e que as instituições possam planejar e executar suas ações.

 

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