CONTA DE LUZ

Economia

Como economizar energia no verão e fugir da bandeira vermelha?

Créditos: iStock

A rotina da casa influencia mais na conta do que muitos imaginam, e alguns ajustes não exigem investimento financeiro, apenas atenção ao uso diário

A chegada do verão volta a colocar a conta de luz no centro das preocupações das famílias brasileiras. As altas temperaturas elevam o uso de ventiladores, ares-condicionados e geladeiras. Esse cenário aumenta a dependência de fontes mais caras, como as termelétricas, acionando a bandeira vermelha e encarecendo a tarifa.

Com esse contexto, economizar energia deixa de ser apenas um hábito sustentável e passa a ser também uma estratégia direta para proteger o orçamento doméstico. Pequenas mudanças na forma de consumir fazem diferença quando o calor aperta e o consumo dispara.

Como economizar energia no calor?

No auge do calor, o consumo cresce em todos os cômodos. Iluminação, equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos ficam ligados por mais tempo, o que pesa no fim do mês. Nessa época do ano, atitudes simples ajudam a manter o consumo sob controle.

Entre as principais orientações, estão:

  • aproveitar ao máximo a luz natural, reduzindo o uso de lâmpadas durante o dia;

  • trocar lâmpadas antigas por modelos de LED, que consomem menos e duram mais;

  • desligar aparelhos da tomada quando não estão em uso, evitando o consumo em modo de espera;

  • concentrar o uso da máquina de lavar e evitar ciclos com poucas peças.

Além disso, vale observar horários de maior uso dentro da residência. Distribuir o uso de equipamentos ao longo do dia pode reduzir picos de consumo e equilibrar o gasto mensal. Equipamentos antigos ou mal conservados costumam gastar mais energia para funcionar corretamente, o que eleva o consumo sem trazer mais conforto.

Qual eletrodoméstico gasta mais energia no verão?

Durante o verão, poucos aparelhos concentram grande parte do consumo de energia em uma residência. O principal vilão costuma ser o ar-condicionado, responsável por uma fatia expressiva da conta de luz nos dias mais quentes. Quanto mais baixa a temperatura ajustada, maior será o esforço do equipamento e, consequentemente, o consumo.

A geladeira aparece logo em seguida. Por funcionar 24 horas por dia, qualquer mudança no uso impacta o consumo. Abrir a porta com frequência, guardar alimentos ainda quentes ou deixar borrachas de vedação desgastadas força o motor e aumenta o gasto.

A iluminação também merece atenção. O uso contínuo de lâmpadas antigas pode representar uma parcela significativa do consumo mensal. Outros itens, como televisores, computadores e roteadores, também entram na conta quando permanecem ligados sem necessidade.

Como usar ar-condicionado gastando menos energia?

Usar o ar-condicionado de forma eficiente passa por ajustes simples no dia a dia. Manter a temperatura entre 23°C e 25°C evita sobrecarga do aparelho, enquanto a limpeza regular dos filtros garante melhor desempenho.

Portas e janelas fechadas reduzem a perda de ar refrigerado, e o uso de ventiladores ajuda a distribuir o ar. Ambientes bem vedados e com cortinas ou persianas fechadas nas horas mais quentes permanecem mais frescos, diminuindo a necessidade de uso prolongado.

Quem busca alternativas estruturais encontra na energia solar por assinatura uma solução prática. Essa modalidade permite o consumo de energia gerada em fazendas solares sem a instalação de painéis, com descontos aplicados diretamente na fatura. É uma opção que amplia o acesso à energia renovável e contribui para economizar energia de forma contínua.

A combinação de hábitos simples com escolhas mais eficientes faz diferença real no valor da conta. Mais do que enfrentar o verão, é possível atravessá-lo com planejamento, economia e menos sustos no bolso ao abrir a fatura.

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Economia

Conta de energia não terá cobrança extra em dezembro

Bandeira tarifária verde substitui a amarela

A bandeira tarifária para o mês de dezembro será verde, sem cobrança extra na conta de luz. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a mudança foi possível graças à “expressiva melhora das condições de geração de energia” no país. 

“Nas últimas semanas, o período chuvoso mais intenso favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao de fontes termelétricas – acionada mais frequentemente quando os níveis dos reservatórios estão baixos”, explica a Aneel.

Neste ano, a falta de chuva fez com que a Aneel acionasse a bandeira tarifária vermelha patamar 1 em setembro e a  vermelha patamar 2 em outubro. Em novembro, foi acionada a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem custo maior, e a verde, sem custo extra.

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