CONCLAVE

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Fumaça preta: cardeais ainda não escolheram papa

© MURAD SEZER
Conclave teve início nesta quarta-feira, dia 7
Agência Brasil
O Vaticano informou há pouco que o novo papa ainda não foi escolhido. A fumaça preta saiu da chaminé acima da Capela Sistina, indicando votos inconclusivos. 

O conclave, reunião dos cardeais católicos para eleger o 267º papa da Igreja, teve início nesta quarta-feira, dia 7.

Os cardeais dão seus votos em papéis impressos com a frase em latim Eligo in Summum Pontificem (Elejo como Sumo Pontífice, em português).

As cédulas são reunidas e queimadas no final das sessões da manhã e da tarde, que resultam na fumaça.

O novo papa a ser escolhido será sucessor de Francisco, que faleceu no último dia 21 de abril.

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Cardeais entram em reclusão antes do conclave para eleger novo papa

Capela Sisitina recebe amanhã os 133 cardeais votantes
Joshua McElwee e Crispian Balmer – repórteres da Reuters

Os cardeais que participarão do conclave para eleger um novo papa começaram nesta terça-feira, dia 6, a fazer o check-in em dois hotéis do Vaticano, onde ficarão impedidos de ter contato com o mundo exterior enquanto decidem quem deve suceder o papa Francisco.

O conclave começará a portas fechadas na Capela Sistina na tarde de quarta-feira, dia 7, com todos os cardeais com menos de 80 anos de idade podendo votar em quem deve ser o próximo líder da Igreja, que congrega 1,4 bilhão de membros em todo o mundo.

A corrida para suceder Francisco, que morreu no mês passado, é vista como muito aberta. Embora alguns nomes tenham sido citados como possíveis favoritos, vários dos 133 cardeais que deverão votar no conclave disseram que não sabem quem será o próximo papa.

“Não tenho nenhum palpite”, disse o cardeal Robert McElroy durante uma visita a uma paróquia em Roma na noite de segunda-feira (5).

O processo do conclave é “profundo e misterioso”, afirmou McElroy, o arcebispo de Washington. “Não posso lhe dar nenhuma ideia de quem está à frente”, disse ele.

Alguns cardeais estão procurando um novo papa que dê continuidade à iniciativa de Francisco de criar uma Igreja mais transparente e acolhedora, enquanto outros estão buscando um retorno às raízes mais tradicionais que valorizam a doutrina.

Os conclaves geralmente se estendem por vários dias, com várias votações realizadas antes que um candidato obtenha a maioria necessária de três quartos para se tornar papa.

Durante o período do conclave, os cardeais votantes ficarão em duas hospedarias do Vaticano e farão um juramento de não entrar em contato com ninguém que não esteja participando da votação secreta.

Francisco tinha como prioridade nomear cardeais de países que nunca os tiveram antes, como Haiti, Sudão do Sul e Mianmar.

Esse conclave será o mais diversificado geograficamente nos 2 mil anos de história da Igreja, com a participação de clérigos de 70 países.

O cardeal japonês Tarcisio Isao Kikuchi disse ao jornal La Repubblica que muitos dos 23 cardeais da Ásia que votarão no conclave planejam votar em bloco.

Ele contrastou a estratégia deles com a dos 53 cardeais da Europa, que são conhecidos por votar em termos de países individuais ou outras preferências pessoais.

“Nós, asiáticos, provavelmente somos mais unânimes em apoiar um ou dois candidatos… veremos qual nome sairá como o principal candidato”, declarou Kikuchi.

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Instalada na Capela Sistina chaminé que anunciará o novo papa

A cor da fumaça avisará ao mundo se há um substituto para Francisco
Joshua McElwee – Repórter da Reuters

Os sinais de fumaça papais estão prontos. Funcionários do Vaticano içaram, nesta sexta-feira, dia 2, uma chaminé no telhado da Capela Sistina que será usada para queimar as cédulas do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco.

A reunião secreta começa em 7 de maio, e os cardeais vão usar a chaminé para comunicar ao mundo exterior se eles elegeram um novo líder para a Igreja Católica, que congrega 1,4 bilhão de pessoas.

A fumaça preta significará que não houve decisão. Já a fumaça branca anunciará que o 267º papa foi eleito.

Os trabalhadores fixaram um cano cor de ferrugem acima das telhas da Capela Sistina, do século 15, conhecida por seus afrescos de Michelangelo.

A chaminé é claramente visível da vizinha Praça de São Pedro, onde se espera que milhares de pessoas se reúnam durante o conclave para ver como a votação secreta está progredindo.

Francisco, que morreu em 21 de abril, era papa desde 2013 e foi o primeiro pontífice das Américas. Espera-se que cerca de 133 cardeais, cerca de 80% deles nomeados por Francisco, votem em seu sucessor.

Os dois últimos conclaves, realizados em 2005 e 2013, foram encerrados no final do segundo dia de votação.

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Entenda como acontece a escolha do novo papa

Cardeais se reúnem na Capela Sistina para o conclave que elegerá um sucessor para o papa Francisca no Vaticano (REUTERS / Vaticano)

Um novo papa será escolhido por meio de uma eleição (Conclave) que reúne 120 cardeais com direito a voto

O Vaticano confirmou, na madrugada desta segunda-feira, dia 21, a morte do papa Francisco. Ele faleceu na Casa Santa Marta, onde morava oficialmente. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell.

O líder da Igreja Católica tinha 88 anos e enfrentava problemas respiratórios. Francisco passou cerca de 40 dias hospitalizado por causa de uma pneumonia dupla e, apesar do quadro clínico, fez aparições públicas recentes, incluindo uma bênção aos fiéis na Praça de São Pedro, no Domingo de Páscoa, dia 20.

Com o falecimento do líder da Igreja Católica, um novo papa será escolhido por meio de uma eleição (Conclave) que reúne 120 cardeais com direito a voto, seguindo um meticuloso procedimento em três fases. A etapa inicial é o pré-escrutínio, onde as escolhas são registradas. Em seguida, ocorre o escrutínio, no qual os votos são efetivamente depositados e divulgados. Por último, na fase do pós-escrutínio, realiza-se a contagem, a análise e a queima dos votos.

 “A principal expectativa em relação a um novo papa eleito é, justamente, conhecer o seu perfil e estilo. A pergunta que se faz, entre outras, é se o estilo do anterior vai se manter ou se ocorrerão mudanças bruscas em relação ao passado. A Igreja, cada vez mais, precisa lidar com questões delicadas, pois todo novo papa é uma oportunidade de refazer o diálogo entre a sociedade e o mundo religioso”, afirma Gabriel Marquim, professor do curso de Comunicação Social da UNINASSAU Graças e Doutor em Ciências da Religião.

Acompanhados pelo secretário responsável por supervisionar toda a assembleia, os cardeais permanecem isolados na área de votação. “A eleição de um papa, em si, não sofre interferência da tecnologia. Na verdade, há uma enorme proteção de dados para os cardeais não definirem seu voto pelas correntes da opinião pública. Isso não significa, é claro, que eles não sejam influenciados”, explica o especialista.

Após cada reunião, os cardeais ficam vigilantes diante da chaminé da Capela Sistina. São necessários dois terços deles para a eleição do pontífice. A fumaça preta sinaliza que o novo papa ainda não foi selecionado. Já a fumaça branca indica a escolha do líder da Igreja. Nesse momento, o cardeal protodiácono se dirige à varanda da Basílica de São Pedro para divulgar o nome.

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