COMBATE AO CRIME

Valinhos

GCM de Valinhos prende traficante e apreende moto adulterada

Sistema do Centro do Operações e Inteligência permitiu interceptação de veículo com maconha embalada para venda e detenção de suspeito com histórico de homicídio

A Guarda Civil Municipal de Valinhos segue em constante atuação na cidade e, nas últimas horas, realizou duas operações de relevância. Entre a tarde de terça-feira, 26, e a madrugada desta quarta-feira, dia 27, as ocorrências atendidas colocam mais uma vez em evidência a eficácia da integração entre inteligência, tecnologia e patrulhamento ostensivo.

“Estas operações mostram como nosso sistema integrado de inteligência está dificultando a ação de criminosos em Valinhos. Do tráfico internacional à adulteração veicular, nossa tecnologia permite respostas rápidas e eficazes”, destacou Anderson Gomes, comandante da GCM.

Confira os destaques das ocorrências:

Paquistanês preso por tráfico de drogas

Às 00h10 da madrugada desta quarta-feira, dia 27, o sistema de inteligência do COI (Centro de Operações e Inteligência) da GCM detectou a entrada no município de um veículo modelo Fiat Argo suspeito de participar de furtos de catalisadores em Iracemápolis.

Diante do alerta, a patrulha da GCM abordou o carro no bairro Vila Faustina (Rua Campos Sales). Quem conduzia o carro era um cidadão paquistanês de 36 anos, que se apresentou como motorista de aplicativo e empresário do setor de roupas. No porta-malas do veículo, foram encontradas 20 embalagens a vácuo de maconha pronta para comercialização e uma balança de precisão.

O motorista alegou que tinha trazido as drogas da capital e estava aguardando orientação para entregar ao destinatário. Ele teria recebido R$ 500 pelo serviço. A passageira que estava no carro foi liberada e o veículo foi levado ao pátio. O suspeito foi preso em flagrante e transferido para a cadeia do 2º DP de Campinas.

Motocicleta adulterada é apreendida

Na tarde de terça-feira, dia 26, o sistema do COI identificou uma motocicleta circulando no bairro Vila Santana com placa irregular (originária de um carro).

A ação rápida da equipe em patrulhamento a detenção do condutor da moto, um operador de motosserra de 52 anos. Ele já tinha passagem criminal por homicídio. A motocicleta foi apreendida e o homem foi indiciado por adulteração de identificação veicular, ficando à disposição da Justiça.

COMPARTILHE NAS REDES

Valinhos

GCM apreende R$ 10 mil em drogas com auxílio de cão farejador

Operação no Jardim das Figueiras retirou de circulação mais de 600 porções de entorpecentes

A Guarda Civil Municipal (GCM) de Valinhos realizou uma importante apreensão de drogas na tarde desta segunda-feira, dia 28, durante patrulhamento no bairro Jardim das Figueiras. A ação contou com o apoio fundamental do cão farejador Colt, do Canil da GCM, que localizou um cooler com entorpecentes enterrado em área de mata.

Por volta das 13h, a equipe do GOC estava patrulha preventiva no bairro. Um suspeito fugiu para dentro da mata ao avistar a viatura. Apesar de o homem não ter sido preso, a equipe da GCM, com a ajuda do cão, localizou as drogas. Foram apreendidos, no total:

* 320 papelotes de substância análoga ao crack

* 196 papelotes de substância análoga à maconha

* 81 opendorfs de substância análoga à cocaína

* 15 papelotes de substância análoga ao Dry

* 1 tablete de substância análoga à maconha

O Comandante da GCM, Anderson Gomes, destacou os resultados positivos das operações recentes:

“Em menos de 15 dias, nossas equipes táticas já retiraram quantidades significativas de drogas de circulação e prenderam traficantes. Esta apreensão comprova a eficácia do trabalho conjunto entre patrulhamento inteligente e o uso de tecnologia, como nossos cães farejadores.”

Siga Folha de Valinhos no 

COMPARTILHE NAS REDES

Brasil e Mundo

Quadrilha cria site e prejudica 35 mil candidatos ao Enem em 2024

PF cumpre mandatos de prisão na cidade de Praia Grande em São Paulo
Tâmara Freire – Repórter da Agência Brasil
Mais de 35 mil estudantes foram lesados por uma quadrilha de golpistas que criou um site falso de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além de perderem o valor da inscrição, eles não puderam fazer a prova que é a principal forma de acesso ao ensino superior público. O esquema realizado no ano passado arrecadou pelo menos R$ 3 milhões.

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira, dia 10, dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos na cidade de Praia Grande em São Paulo. A PF obteve na Justiça o bloqueio de bens dos investigados. Um deles, já tem 15 anotações criminais por estelionato.

As investigações mostram que durante o período oficial de inscrições, entre 27 de maio e 14 de junho de 2024, os investigados criaram diversas páginas falsas que imitavam o ambiente oficial do site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep, que realiza o Enem. Após preencherem o questionário de inscrição fraudulento, os usuários faziam um pagamento via pix, direcionado para uma conta bancária vinculada a uma empresa privada.

A mesma empresa aparece em reclamações na internet, feitas por pessoas que pagaram por produtos ou serviços, mas não receberam. A operação desta quinta-feira vai contribuir para que a Polícia Federal aprofunde as investigações para identificar possíveis outros envolvidos e responsabilizar o grupo pela prática de fraude eletrônica com uso de meio virtual, em continuidade delitiva.

A operação foi batizada com o nome Só Oficial para alertar os candidatos dos próximos anos a acessarem apenas o site oficial do exame e sempre verificar se a página em que estão navegando tem a extensão gov.br, que indica se tratar de site oficial do governo brasileiro. O período de inscrições deste ano encerrou no dia 13 de junho e as provas serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro.

Siga Folha de Valinhos no 

COMPARTILHE NAS REDES

Brasil e Mundo

Lula estreita parceria com Interpol para enfrentamento ao crime organizado

O presidente Lula durante discurso na sede da Interpol, em Lyon, na França: “Nenhum país isoladamente conseguirá debelar a criminalidade transnacional”. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Em Lyon, presidente visita sede da instituição, amplia vínculos para combate a organizações transnacionais e condecora Valdecy Urquiza, primeiro brasileiro a ocupar o cargo de secretário-geral da Interpol
Reforçar a cooperação internacional para enfrentar o crime organizado. Desarticular organizações transnacionais e suas redes. Apoiar a modernização tecnológica e institucional de órgãos de segurança no Brasil e na América Latina e promover a proteção de grupos vulneráveis e preservar os direitos humanos nas ações policiais.

Esses são os quatro objetivos destacados na Declaração de Intenções assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sessão solene na sede da Interpol, em Lyon, na França. O evento nesta segunda-feira, 9 de junho, simbolizou a primeira vez que um presidente brasileiro esteve na sede da instituição, reconhecida por ser a maior e mais antiga organização policial do mundo. A Interpol reúne forças policiais de 196 nações parceiras, mais integrantes do que a própria Organização das Nações Unidas (ONU).

» Íntegra do discurso do presidente Lula

“Para combater o crime de forma efetiva é preciso asfixiar seus mecanismos de financiamento, em especial a lavagem de dinheiro. Nenhum país isoladamente conseguirá debelar a criminalidade transnacional. Assim como outros desafios que exigem ação coletiva, como a mudança do clima e a governança do espaço digital, a cooperação policial permanecerá como prioridade da política externa brasileira”, disse Lula.

PROTEÇÃO AMBIENTAL – Antes da visita à Interpol, Lula discursou na 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, em Nice, na França, e defendeu que proteger os oceanos é fundamental no combate às mudanças climáticas. Em Lyon, ele ressaltou que fortalecer a segurança pública também significa proteger a natureza. “Meu compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030 passa por atuar na repressão a todo tipo de ilícito ambiental”, afirmou o presidente, que elencou algumas conquistas de sua gestão. 

“No ano passado, a polícia brasileira apreendeu mais de 250 milhões de dólares em bens de acusados de praticar crimes contra o meio ambiente. Inutilizamos US$ 60 milhões em maquinário de garimpos ilegais, como dragas, tratores, retroescavadeiras e aeronaves”. O presidente citou o Programa Ouro Alvo, promovido pelos governos de Brasil e França, que emprega esforços transfronteiriços contra a extração ilegal e as rotas de comércio ilícito de ouro e mercúrio. Essas operações têm sido fundamentais para a desintrusão de terras indígenas e para reduzir o desmatamento.

QUESTÃO GLOBAL – Lula alertou que as organizações criminosas se organizaram e expandiram ilícitos mundialmente. “Uma das consequências perversas da globalização é a articulação de grupos criminosos para além das fronteiras nacionais. A criminalidade está evoluindo a uma velocidade sem precedentes, exigindo ações multilaterais urgentes e coordenadas. Cada vez mais impulsionado pela tecnologia digital e pela conectividade, o crime organizado tornou-se questão global”. É nesse contexto que a parceria com a Interpol, segundo o presidente, é essencial. “Esta organização atua na busca e apreensão de alguns dos criminosos mais perigosos do planeta, no combate ao terrorismo, resgata vítimas de tráfico e de exploração sexual e protege o meio ambiente”, elencou.

FUNÇÃO INÉDITA – O presidente celebrou a eleição de Valdecy Urquiza, primeiro brasileiro a ocupar o cargo de secretário-geral da Interpol, como uma sinalização de prestígio da trajetória do profissional e das forças de segurança do Brasil. “Eu achava que era difícil um brasileiro chegar a ser secretário-geral da Interpol. A tua eleição me confirmou uma coisa em que acredito: não existe nada impossível quando a gente trabalha, quando a gente acredita e quando a gente quer. É também o reconhecimento do papel de destaque do Brasil no combate ao crime transnacional”, frisou.

MULTILATERALISMO – Em sua fala, Urquiza ressaltou que o combate ao crime organizado demanda ação baseada no multilateralismo. “Precisamos de uma estratégia multilateral e integrada, que reúna esforços de todas as nações em uma frente comum. O apoio brasileiro à Interpol tem sido contínuo, expressivo e valioso. Organizações transnacionais poderosas praticam crimes graves, como tráfico de seres humanos, exploração sexual infantil, tráfico de drogas e armas, crimes cibernéticos e crimes ambientais. Esses crimes impactam profundamente nossas comunidades, nossas economias, nossas instituições. Mais do que nunca, torna-se inegociável a necessidade de uma resposta global, coordenada e eficaz”, afirmou o secretário-geral da Interpol.

HOMENAGENS – Durante a cerimônia, Lula recebeu de Ahmed Naser Al-Raisi, presidente do Comitê Executivo da Interpol, uma medalha da instituição por sua excelência e empenho no combate ao crime transnacional. “Sua liderança no Brasil, ao longo de três décadas e vários mandatos, sempre demonstrou de maneira consistente a determinação em contribuir à segurança global, à justiça e à cooperação internacional”, frisou Al-Raisi. Lula condecorou Valdecy Urquiza com a Ordem de Rio Branco, no grau de grande oficial. A láurea foi instituída em 1963, com o objetivo de, ao distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção.

UNIÃO DE ESFORÇOS – O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, lembrou que o crime ceifa vidas, destrói lares, liquida patrimônios públicos e privados e corrompe as sociedades. “O necessário enfrentamento à criminalidade, infelizmente, retira recursos públicos de áreas prioritárias, como a saúde, a educação, o emprego, inovação e infraestrutura. É por isso que o êxito no combate ao crime organizado transnacional requer a união de esforços e recursos entre os vários estados. Não pode ser um combate isolado”, destacou. Também participaram da cerimônia o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, além de ministros e parlamentares brasileiros.

09.06.2025 - Sessão solene por ocasião da assinatura de Declaração de Intenções entre o Brasil e a Interpol

COMPARTILHE NAS REDES

Brasil e Mundo

Operação da PF investiga descontos irregulares em benefícios do INSS

Entidades decontaram cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta quarta-feira, dia 23, a Operação Sem Desconto para combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal.

Brasília (DF), 22/04/2025 - A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram hoje (23/4) a Operação Sem Desconto, com o objetivo de combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Fotos Polícia Federal.
Operação Sem Desconto investiga sequestro de bens no valor de R$ 1 bilhão –  Foto Polícia Federal

Em nota, a PF informou que as investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024”, destacou a corporação. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

COMPARTILHE NAS REDES

Brasil e Mundo

Três homens são presos suspeitos de planejar matar morador de rua

Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro© Tomaz Silva/Agência Brasil

Eles tinham a intenção de transmitir o crime pela internet

Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública informam que foi realizada na manhã deste domingo de Páscoa (20), operação para evitar o assassinato de um morador de rua por suposta organização criminosa que, segundo as autoridades, planejavam transmitir o crime pela internet.

Em nota, a Polícia Civil afirma que agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) e da 19ª Delegacia detiveram três homens em Vicente de Carvalho, na zona norte da capital fluminense, e em Bangu, na zona oeste. Os mandados judiciais de prisão foram cumpridos com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

As identidades do homem em situação de rua que seria alvo do ataque e dos três detidos não foram divulgadas. Ainda de acordo com a Polícia Civil, os três homens presos são jovens, integravam o “núcleo da organização que pretendia assassinar um morador de rua de forma brutal” e transmitir o crime por meio da plataforma Discord, “em troca de dinheiro”.

“Os agentes [investigadores] apuraram a existência de uma rede de jovens que utilizavam a plataforma Discord para realizar e divulgar atrocidades, como maus-tratos a animais, indução à automutilação, estupro virtual, racismo e incitação ao crime, como forma de “entretenimento””, afirma a Polícia Civil, acrescentando que o grupo também promovia ataques digitais de ódio contra negros, mulheres e adolescentes, “com graves consequências no mundo real”.

Também em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirma que servidores do Ciberlab identificaram, nas redes sociais, mensagens sobre o plano de homicídio e de exibição do crime nas redes sociais. “Os investigados articulavam práticas de extrema crueldade, associadas a discursos de ódio, simbologias extremistas, radicalismo religioso e outras manifestações de extremismo”, assegura a pasta, reforçando que os três detidos esta manhã são apontados como líderes da comunidade criminosa virtual.

“Um deles se apresentava publicamente como ativista ambiental e protetor dos animais, o que contrastava brutalmente com sua conduta nas redes, onde promovia e compartilhava atos de extrema violência e perversidade”, afirma o ministério. Segundo a Polícia Civil, este mesmo homem, já participou de vários eventos ambientalistas internacionais.

A operação que resultou na prisão dos três suspeitos e, supostamente, frustrou os planos de homicídio de uma pessoa em situação de rua recebeu o nome de Desfaçatez – que os policiais responsáveis escolheram para destacar “a dissimulação e o descaramento com que os investigados mantinham uma imagem pública de respeito à vida, ao meio ambiente e à ética, enquanto nos bastidores digitais atuavam com crueldade, intolerância e perversidade”.

COMPARTILHE NAS REDES

Brasil e Mundo

Câmara aprova pena para quem divulgar imagens de nudez geradas por IA

© Joédson Alves/Agência Brasil/ARQUIVO
Crime pode ser punido com reclusão de dois a seis anos
Agência Brasil*
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, dia 19, o projeto de lei que inclui no Código Penal o crime de manipular, produzir ou divulgar conteúdo de nudez ou ato sexual falso gerado por tecnologia de inteligência artificial e outros meios tecnológicos. O texto será enviado ao Senado.

Segundo o Projeto de Lei 3821/24, o crime pode ser punido com reclusão de dois a seis anos e multa, se o fato não constituir crime mais grave. A pena será maior se a vítima for mulher, criança, adolescente, pessoa idosa ou com deficiência.

Quando houver disseminação em massa por meio de redes sociais ou plataformas digitais, a pena será aumentada de 1/3 ao dobro.

O projeto também inclui no Código Eleitoral o crime de uso de imagens manipulados em campanhas eleitorais, envolvendo candidatos ou candidatas. Haverá o mesmo aumento de pena quando a ofendida for mulher, pessoa com deficiência ou idosa.

Quando a conduta for praticada por candidato, além das penas previstas, será imposta a cassação do registro de candidatura ou do diploma.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

COMPARTILHE NAS REDES

Brasil e Mundo

MP tem 2ª fase de operação contra internet ilegal no Rio

© REUTERS / Lucas Landau /Direitos reservado

Serviços conhecidos como GatoNet são combatidos

Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), deflagrou, nesta terça-feira (12), a segunda fase da operação Jammer contra exploração ilegal de serviços chamados de GatoNet.

Agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) foram às ruas para cumprir três mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Nesta fase da Jammer, seis pessoas foram denunciadas à Justiça pelo Gaeco/MPRJ por crime de organização criminosa relacionada à exploração clandestina de atividades de telecomunicação, televisão e internet, o GatoNet, na zona norte do Rio.

Segundo o MPRJ, Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e Ronnie Lessa (foto), denunciados na primeira fase da operação, lideravam o esquema criminoso. Os dois já estavam presos, porque são apontados como participantes nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Um outro alvo da operação também foi preso.

O MP informou que os mandados expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa são cumpridos nos bairros de Rocha Miranda, Honório Gurgel e Irajá. Na operação, os agentes tiveram apoio da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), do 9º Batalhão de Polícia Militar (Rocha Miranda) e da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD).

Conforme o MP, as investigações do Gaeco mostraram a existência de recolhimentos de diversos pagamentos feitos por seis denunciados, repassados para Suel, e saldo de conta no valor de R$ 234.345,34.

“A denúncia demonstra a relação dos criminosos com o líder da quadrilha, por meio de uma conversa na qual um deles lamenta o aumento de pena imposta a Suel pela obstrução de Justiça relacionada ao caso Marielle Franco e Anderson Gomes. Nas mensagens, Suel é tratado como patrão pelos acusados”, completou o MP.

A denúncia indicou também conversas sobre cortes no fornecimento do serviço clandestino, planilhas de clientes e de diversos outros temas relacionados ao dia a dia do esquema de GatoNet.

“Uma mensagem relatando ações do governo contra as chamadas TV Box foi comemorada pelos criminosos porque, supostamente, acarretariam aumento do número de instalações da rede clandestina operada pela quadrilha”, acrescentou o Ministério Público.

Primeira fase

As investigações da operação Jammer I – deflagrada em conjunto com a Polícia Federal, em agosto de 2023 – indicaram que o dinheiro arrecadado na exploração dos serviços ilegais na zona norte da capital foi usado para fazer o pagamento do advogado de Élcio Queiróz, que também é denunciado por participação no assassinato de Marielle e Anderson. “A Jammer I revelou que o advogado de Élcio foi escolhido por Ronnie Lessa e era pago por Suel, com o dinheiro da exploração de GatoNet”, disse.

Os investigadores apuraram ainda que Suel também ficou responsável por prestar ajuda financeira para a família de Élcio, “com evidente objetivo de evitar que ele rompesse com os comparsas e viesse a se dissociar de Ronnie em sua tese defensiva ou, ainda, voluntariamente, auxiliar a Justiça, seja confessando os fatos, seja figurando como réu colaborador”, conforme denúncia oferecida à Justiça na primeira fase.

Segundo o MP, a primeira fase da operação Jammer demonstrou também que, desde 2018, Suel e Ronnie estruturaram o esquema ilegal nos bairros de Rocha Miranda, Colégio, Coelho Neto e Honório Gurgel.

“Na configuração inicial da organização criminosa, Suel é descrito como dono da GatoNet, agia como sócio administrador, supervisionando todo o trabalho desenvolvido pelos subordinados, controlando os investimentos, assegurando o domínio territorial e obtendo lucros ilicitamente com a atividade criminosa”, acrescentou o MP.

A investigação apontou também que, ao lado de Suel, Ronnie Lessa assumiu a posição de sócio investidor, entrando no negócio ilegal com dinheiro em troca de participação nos lucros.

“Sem prejuízo, mesmo não se imiscuindo no dia a dia da GatoNet, Lessa se valia de sua (má) fama de matador profissional e, consequentemente, do temor infligido aos possíveis inimigos, bem como de seus contatos com setores corruptos das polícias, para auxiliar Suel no controle dos bairros em que o serviço era oferecido”, relata um trecho da denúncia que deu origem à operação Jammer.

COMPARTILHE NAS REDES