COMBATE A DENGUE

Saúde

Alguma dúvida sobre como se proteger do mosquito? Aqui a resposta para 8 delas

Mande essa publicação para alguém que também vai gostar de saber mais sobre a dengue. Evitar a proliferação do mosquito é função de todos. Vamos juntos combater o mosquito e a desinformação

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peguntas e respostas sobre a dengue

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Saúde

Combate à dengue precisa ser global, diz Nísia Trindade

Segundo ela, avanço da doença está relacionado às mudanças climáticas

As mudanças climáticas ampliaram o raio de alcance da dengue e de outras doenças causadas pelo Aedes aegypti. Diante dessa situação, a estratégia de enfrentamento precisa ter dimensão global, reforçando ainda mais a necessidade de colaboração mútua entre autoridades, tanto para prevenção como para conscientização, disse nesta quinta-feira (12) a ministra da Saúde Nísia Trindade.

Em entrevista ao programa Bom Dia Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação, Nísia disse também que há estoque suficiente de vacinas contra a covid-19 e defendeu pontos do relatório da Reforma Tributária no que se refere à alíquota zero para vários medicamentos do programa Farmácia Popular.

Nísia falou sobre as ações que vêm sendo desenvolvidas pelo ministério para reforçar o papel de estados, municípios e da própria população no enfrentamento da dengue. Ela chamou a atenção para a necessidade de se ampliar as redes colaborativas, uma vez que a doença tem avançado para regiões e países onde, até então, não havia registros.

Dengue

“A dengue hoje é um problema de saúde global, inclusive em áreas subtropicais, como é o caso do Uruguai e do Sul do nosso país, que passaram a ter dengue. É sempre bom lembrar que o aquecimento global é o responsável por essa grande transmissão. Portanto teremos mais países lidando com esse problema”, disse a ministra.

Dessa forma, a ministra defendeu o desenvolvimento de um plano que também seja global para o enfrentamento desta e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a zika e chikungunya.

Um outro eixo importante citado por Nísia é o de desenvolvimento e uso de tecnologias visando o controle do mosquito transmissor. Ela explica que, apesar de ainda não haver um plano nacional para a utilização em larga escala dessas tecnologias, alguns municípios e estados já o fazem com o apoio do ministério.

“Estamos trabalhando para ampliar essas tecnologias de controle do mosquito”, reiterou ao destacar que, nesse sentido, a pasta tem atuado para reforçar o papel de estados e municípios.

“Lançamos em setembro deste ano um plano de enfrentamento à dengue. Esse plano prevê a prevenção e a conscientização da população, que é também um ator muito importante, assim como as prefeituras, por causa do acúmulo de lixo urbano e dos focos de água em que o mosquito pode se proliferar. Isso está ligado à gestão das cidades”, justificou.

Dia D

Nísia Trindade reiterou também a relevância do Dia D de Mobilização contra a Dengue, previsto para sábado (14) – no sentido de difundir mais largamente campanhas de conscientização e engajamento da população em todo o país para prevenir os focos do Aedes aegypti.

“Todo governo estará envolvido, com a participação de governadores e ministros. Nossos secretários do ministério se distribuirão Brasil afora. Vai ser um dia muito importante. Quero convidar a todos para se somarem esses esforços”, disse a ministra.

Segundo ela, os locais onde as atividades vão se concentrar ainda serão divulgados. “Mas cada um de nós pode fazer o Dia D na sua comunidade, buscando sempre o reforço dos nossos profissionais”, disse, ao lembrar que agentes comunitários e agentes de endemias participarão em apoio à iniciativa.

Reforma Tributária

Perguntada sobre como via o texto apresentado pelo relator da reforma tributária, Eduardo Braga, aprovado ontem, prevendo, entre diversos pontos, alíquota zero para medicamentos da Farmácia Popular, Nísia destacou que essa alíquota valerá também para medicamentos relacionados às linhas de cuidado adotadas no Sistema Único de Saúde.

“Isso é muito positivo e importante. No programa Farmácia Popular, tão querido pela população, a alíquota zero é para todos os produtos. Mas, além disso, a reforma tributária traz o que eu gosto de chamar de tributo pela saúde, em vez de imposto do pecado. É realmente um tributo pela saúde com [a taxação de] todos aqueles produtos que podem trazer problemas de saúde, agravamento de quadros de saúde, como é o caso do tabaco, dos cigarros, dos refrigerantes, das bebidas açucaradas.”

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Saúde

Brasil tem mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue este ano

Pelo menos 5.872 mortes causadas pela doença foram confirmadas

Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que o país contabiliza 6.590.575 casos prováveis de dengue ao longo de 2024. Pelo menos 5.872 mortes pela doença foram confirmadas e 1.136 seguem em investigação. O coeficiente de incidência brasileiro é de 3.245 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.

O estado de São Paulo lidera o ranking em números absolutos, com 2,1 milhões de casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (1,6 milhão), Paraná (653,8 mil) e Santa Catarina (348,5 mil). Já em relação ao coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar (9.876), seguido por Minas Gerais (8.233), Paraná (5.713) e São Paulo (4.841).

Monitoramento

O Ministério da Saúde informou ter intensificado ações de vigilância e controle de arboviroses em estados onde há aumento expressivo de casos. “Depois de Mato Grosso, chegou a vez de a pasta visitar Minas Gerais, e a previsão é que o trabalho chegue ao Espírito Santo na próxima semana, estado onde doenças como febre amarela e Oropouche preocupam as autoridades sanitárias.”

Em nota, o ministério destacou que o objetivo das ações é atualizar informações epidemiológicas, revisar estratégias de prevenção e controle e alinhar esforços com estados e municípios numa tentativa de conter a expansão das arboviroses.

“Os três estados enfrentam desafios específicos. Em Mato Grosso, os casos de chikungunya estão em alta, enquanto no Espírito Santo a arbovirose emergente febre do Oropouche teve aumento.”

“Minas Gerais, por sua vez, enfrenta o risco de aumento da febre amarela, com necessidade de ampliar a cobertura vacinal e reforçar a vigilância em primatas não humanos, que funcionam como sentinelas da circulação viral.”

Além do levantamento epidemiológico, a previsão é que as equipes técnicas atualizem dados sobre coberturas vacinais, estoques de vacinas e insumos laboratoriais, além de revisar métodos de análise de risco e identificar áreas prioritárias para ações de prevenção e controle.

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Saúde

Parceria com a França traz tecnologia para mapear e combater mosquito da dengue

“No Brasil, as estimativas de risco são quase sempre baseadas na doença e não no seu vetor de transmissão. Isso permite uma antecipação dos surtos, trabalhamos preventivamente”

A missão de prevenir a expansão do Aedes aegypti , transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, tem sido um desafio constante para pesquisadores em todo o mundo. Neste ano, o Observatório de Clima e Saúde iniciou a experimentação de uma solução francesa: o Arbocarto, uma ferramenta inovadora que mapeia a densidade populacional do mosquito.

“No Brasil, as estimativas de risco são quase sempre baseadas na doença e não no seu vetor de transmissão. Isso permite uma antecipação dos surtos, trabalhamos preventivamente”, explica Christovam Barcellos, um dos coordenadores do Observatório.

Desenvolvida por pesquisadores do Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), a ferramenta realiza mapeamento em tempo real e possibilita a simulação de ações de controle e seus impactos. Dessa forma, orienta medidas de vigilância, mobilização social e controle de vetores de maneira mais eficaz.

A tecnologia está sendo estendida ao Brasil a partir de novembro, e veio acompanhada de um curso ministrado por Marie Demarchi, engenheira de geoprocessamento e uma das desenvolvedoras do sistema. Trabalhadores e pesquisadores da área da saúde estiveram reunidos, entre os dias 12 e 14 de novembro no Campus Maré da Fiocruz, para conhecer as potencialidades da ferramenta, aprender a utilizá-la, ver exemplos de aplicação e adaptação aos seus contextos locais.

Pedro Galdino de Souza trabalha no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, região de tríplice fronteira – Brasil, Venezuela e Guiana – marcada pelo histórico de arboviroses. “Meu trabalho abrange cinco municípios em Roraima e três no Amazonas. O Arbocarto será importante para auxiliar na leitura da distribuição geoespacial e epidemiológica das arboviroses, com foco na dengue”, afirma.

O curso foi promovido pelo Laboratório Misto Internacional (LMI) Sentinela, uma parceria entre a Fiocruz, por meio do Observatório de Clima e Saúde, IRD e Universidade de Brasília (UnB), e contou com a participação de pesquisadores dessas instituições e organizações parceiras ao LMI. A formação teve a colaboração do INOVEC, projeto do IRD que promove abordagens e tecnologias inovadoras de combate a vetores de arbovírus na Europa, África e Américas.

Contribuições ao cenário brasileiro

Até novembro, o Brasil registrou mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, um aumento de 400% em relação a 2023. Pelo menos 5.800 mortes causadas pela doença foram confirmadas, e outros 1.100 casos estão em investigação. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

O Observatório de Clima e Saúde tem monitorado de perto a expansão da área de transmissão da dengue no país. Em março, Christovam e outros pesquisadores publicaram um estudo destacando o impacto das mudanças climáticas na disseminação da doença para regiões onde antes não era comum. “O Observatório consegue localizar onde estão acontecendo esses casos, quais são as áreas de risco. Mas a vantagem do Arbocarto é tentar focar no nível local, com uma escala de maior detalhe”, explica.

Dessa forma, é possível observar as zonas mais afetadas pela infestação do mosquito, e atuar preventivamente para evitar os casos de dengue. Apesar da expansão da doença ter um certo padrão, por exemplo, a periferia das grandes cidades, um instrumento como esse permite ter mais exatidão para combater os focos do mosquito. “Essa é a primeira vantagem: trabalhar com mosquitos, e não com casos, e no nível local”, indica Christovam.

Para Emmanuel Roux, coordenador do LMI Sentinela como representante do IRD, a relevância dos estudos brasileiros na área entomológica, e a produção de dados públicos, faz com que a ferramenta seja uma grande aliada no combate ao vetor. “Durante o curso, tivemos um período de aula específico para pensar possibilidades de utilização no futuro”, descreve.

Potencial de impacto no SUS

A expectativa é que a chegada da ferramenta no Brasil impacte positivamente o SUS, ajudando a otimizar os recursos e direcionar as ações de controle de forma estratégica. Em teste em algumas cidades, como no Rio de Janeiro, e em regiões transfronteiriças onde o LMI Sentinela atua, como na Guiana Francesa, o Arbocarto deve ganhar mais espaço em breve, quando os participantes iniciarem a utilização em suas regiões.

Pedro Galdino, por exemplo, planeja integrar o Arbocarto às suas atividades DSEI Yanomami e apresentá-lo às secretarias de saúde responsáveis pela área indígena, com o objetivo de integrá-la às estratégias de controle vetorial da região. “A ferramenta vai colaborar no planejamento das ações, permitindo direcionar esforços para locais estratégicos”, relata.

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Saúde

Saúde intensifica conscientização sobre sintomas de dengue, zika e chikungunya

Foco está no esclarecimento sobre os sinais das doenças e na busca por atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. Etapa inicial da campanha alertou sobre a importância de eliminar criadouros

O Ministério da Saúde lançou a segunda fase da campanha nacional de conscientização e mobilização para o controle da denguezika chikungunya. Desde quarta-feira (27/11), os canais digitais da pasta começaram a veicular a nova etapa da iniciativa, que terá duração até 28 de dezembro. Agora o foco está nos sintomas das doenças, com o slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika ou chikungunya”, incentivando a população a procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao identificar sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos.

A campanha é parte de um esforço maior do governo federal para reforçar a vigilância e a prevenção das arboviroses, especialmente no período chuvoso. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o governo tem trabalhado para reduzir os casos e óbitos causados por essas doenças. “Estamos unindo esforços para proteger a população durante o período mais crítico. Diagnóstico precoce, prevenção e assistência médica são nossas prioridades”, destacou a ministra.

A etapa inicial da campanha, lançada em 18 de outubro , já alertava a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti com o slogan “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora” .

Além da conscientização, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra a dengue como estratégia preventiva, embora a disponibilidade de doses ainda dependa do fornecimento pelos fabricantes.

Plano Nacional contra Arboviroses

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia Trindade anunciaram o Plano de Ação 2024/2025 para reduzir os impactos das arboviroses, com um investimento de R$ 1,5 bilhão. A iniciativa busca diminuir os números de casos e mortes causados por dengue, chikungunya, zika e oropouche, especialmente durante o próximo período sazonal.

Até o dia 27 de novembro, o Brasil registrou 6.578.123 casos prováveis de dengue em 2024. Em 2023, o número foi de 4.079.108 casos. Em relação ao zika, no mesmo período de 2024, foram registrados 6.415 casos prováveis, enquanto em 2023 houve 7.786 casos. Para a chikungunya, até esta data em 2024, foram contabilizados 263.552 casos prováveis, em comparação com 167.741 casos no mesmo período de 2023.

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Saúde

Especialistas pedem mais vacinação contra aumento da dengue no verão

Situação é preocupante, diz presidente da SBI, Alberto Chebabo

A expectativa de aumento nos casos de dengue no próximo verão é “bastante preocupante”. A afirmação é do presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo. Segundo o médico, a dengue é uma doença surpreendente, que vem sendo combatida desde a década de 80 com poucas vitórias. Chebabo defendeu que é preciso ampliar a aplicação de vacinas contra a doença para permitir a proteção de um número maior de pessoas.

“A gente sabe que vai ser um verão quente e chuvoso. Já está assim e a gente ainda não chegou no verão, mas a dengue já começa a aparecer na primavera de forma intensa. Então, a gente tem uma preocupação grande em relação a essa temporada. A gente espera que a adesão à vacina contra a dengue seja ampliada e que a gente consiga vacinar uma parte maior da população, protegendo um número maior de pessoas. Esta é uma doença que traz bastante danos à sociedade, não só em termos de mortes como a gente tem visto recentemente, mas em termos de absenteísmo, sofrimento mesmo, de internação, então, é uma doença que não é simples. Mesmo os que passam por ela, dizem que nunca mais querem passar por ela”, contou.

O médico foi um dos participantes da coletiva de apresentação da pesquisa inédita sobre o impacto da desinformação e das Fake News sobre a dengue, realizada pela empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado Ipsos e encomendada pela biofarmacêutica Takeda, com a colaboração da SBI. Foram entrevistadas 2 mil pessoas para entender as percepções sobre a dengue, a vacinação em geral e sobre a doença.

“A gente sabe que uma das principais formas é através da vacinação e espera que o Ministério da Saúde junto com a Takeda, consiga ampliar a oferta de vacinas pra gente proteger um número maior de pessoas, ampliar as nossas faixas etárias de vacinação, as cidades beneficiadas com o programa”, completou.

Também na apresentação, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, defendeu mais capacitação de profissionais de saúde para facilitar a comunicação com pessoas desconfiadas que se recusam a se vacinar. A gente tem feito várias ações de enfrentamento à hesitação vacinal. Temos várias na Sociedade Brasileira de Pediatria, de Infectologia, de Imunizações, de gibis com a turma do Maurício de Souza, eventos presenciais, parcerias com o Instituto Questão de Ciência para entender este fenômeno social em relação a confiança nas vacinas. É um papel de todos”, apontou.

O médico infectologista acrescentou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) começa como enfrentamento da hesitação a estratégia conhecida como 5 letras C “melhorar a confiança na vacina e na estratégica pública de colocar a vacinação em prática; a complacência, que é a percepção do risco, precisamos trabalhar mostrando os riscos da doença; a conveniência que é o acesso e as vacinas precisam estar disponíveis; a comunicação com papel fundamental da imprensa e o último o contexto que muitas vezes precisa ser particularizado como no acesso em regiões remotas, de pandemia, políticos, às vezes religiosos de um povo localizado”, observou.

Pesquisa

Um fato positivo no estudo é que mesmo diante da epidemia da doença no Brasil neste ano, 88% dos entrevistados disseram que veem a vacina contra a dengue uma medida eficaz de prevenção.

Dengue: a realidade de uma epidemia - Caminhos da Reportagem. O instituto Butantan está desenvolvendo a primeira vacina contra a dengue totalmente Brasileira. O Brasil já registrou mais de um milhão e meio de casos de dengue este ano e mais de mil óbitos até abril deste ano. Em 2024, bateremos o recorde de casos de dengue desde o início da série histórica, em 1990. Foto: Frame/TV Brasil
Dengue: a realidade de uma epidemia, por Frame/TV Brasil

“Para elas, inclusive a maior parte de notas muito altas para importância de existir uma vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Essa é uma informação muito importante porque ela nos diz o quanto a população entende a importância da disponibilização da vacina contra a dengue no sistema público”, indicou a analista de Pesquisa de Mercado da área de Healthcare na Ipsos, Juliana Siegmann.

Mesmo com este percentual elevado de confiança nas vacinas, o estudo indicou que a divulgação de Fake News, principalmente, em redes sociais, representa impacto direto nas decisões sobre a vacinação em geral. Entre os participantes da pesquisa, 41% relataram ter recebido informações falsas sobre vacinas neste tipo de meio de comunicação. Além disso, quase 30% já deixaram de se vacinar ou recomendaram que outros não se vacinassem devido a dúvidas sobre segurança e eficácia. Ainda conforme o estudo, 10% decidiram não se vacinar por causa de informações recebidas online ou de amigos e parentes. Embora não tenham mudado de opinião, 17% ficaram em dúvida por causa das informações recebidas.

Resultados

Como resultados mais favoráveis da vacinação, 91% prestam atenção nas campanhas, 90% acreditam que as vacinas em geral trazem benefícios e 95% dizem verificar a veracidade das informações sobre vacinas. Na avaliação dos sentimentos despertados pelas informações nas redes sociais sobre vacinas em geral, 77% falaram que elas trouxeram sensações positivas, como confiança (42%), tranquilidade (38%) e otimismo (33%). Pelo menos metade (50%) dos entrevistados se interessou pelo tema. Em movimento contrário, 23% se sentiram negativamente impactados e relataram ansiedade (16%), desconfiança (15%), medo (10%) e confusão (9%).

As principais fontes de informação sobre vacinas e dengue são a TV (59%), as redes sociais (49%) e os postos de saúde (47%). As Fake News mais comuns em relação à dengue são sobre a eficácia da vacina, a gravidade da doença, as curas milagrosas e as informações incorretas sobre formas de contágio.

O estudo da Ipsos apontou também que cerca de 10% dos pesquisados são descrentes em relação às vacinas em geral, sendo mais propensos a acreditar em falsas notícias. Nesse grupo, mais da metade tem idade acima de 55 anos, leve predominância masculina e maior presença nas classes C, D e E. Embora 77% tenham tido contato com a doença, 27% não consideram a dengue grave ou não sabem.

“Essa pesquisa traz dados muito importantes para todos nós, para a nossa atuação tanto individualmente, quanto da própria sociedade, para balizar as nossas ações sempre no intuito de melhorar a forma da gente se comunicar, entender quais são os desafios que a gente tem nessa comunicação e direcionar a nossa comunicação para combater principalmente as notícias falsas, as notícias falsas em relação a vacina de forma geral e, especificamente, em relação à vacina contra a dengue”, comentou Chebabo.

Ainda para aumentar o poder de convencimento da necessidade da vacinação, Chebabo destacou que é preciso tirar a vacina do discurso político. “A doença atinge a todos quem é de um lado ou de outro, quem torce para um time ou outro de futebol. Todos são atingidos da mesma maneira independente das suas convicções, sejam religiosas, sejam políticas, sejam em torcida de algum time de futebol. É um trabalho que temos tentado fazer, principalmente, na vacina, tirar do discurso político. A gente viu todo o mal que a gente teve no questionamento em relação à vacina da covid-19, que respingou no programa e na queda de cobertura de todas as vacinas”, afirmou.

A diretora médica da Takeda, Vivian Lee, lembrou que o Brasil é o primeiro país a integrar a vacina contra a dengue em um programa nacional de imunização, que ocorreu em 21 de dezembro de 2023. “Causa para a gente muito orgulho de fazer parte dessa história”, disse, acrescentando que a Takeda tem estudos para a produção da vacina da dengue que levaram até 15 anos. “Isso já rebate e esclarece uma Fake News de que a vacina foi desenvolvida muito rapidamente”, completou.

Divulgação

A campanha #Sem Sombra de Dengue. Depende de você, que já está sendo exibida em veículos de comunicação, será divulgada no Dia Nacional de Combate à Dengue, no próximo sábado (23), quando haverá projeções em vários locais do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Salvador.

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Saúde

Dez minutos por semana: mobilização nacional reforça combate à dengue

Campanha do Governo Federal ressalta que, em 10 minutos por semana, é possível conter a proliferação do mosquito e proteger milhares de vidas

Cerca de 10 minutos por semana fazem toda a diferença para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, além de Zika e Chikungunya. Atitudes simples como tampar caixas d’água, esvaziar recipientes e descartar corretamente o lixo são essenciais para interromper o ciclo de vida do mosquito e proteger milhares de vidas. A prevenção começa em casa e o impacto se reflete em toda a sociedade.

Simples atitudes fazem a diferença:

  • Esvazie garrafas PET, potes e vasos
  • Guarde pneus em locais cobertos
  • Limpe bem as calhas de casa
  • Mantenha a caixa d’água, tonéis e outros reservatórios de água fechados
  • Coloque areia nos pratos de vasos de plantas
  • Amarre bem os sacos de lixo
  • Não acumule sucata e entulho
  • Receba bem os agentes de saúde e os de endemias

    Dicas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti
    Dicas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti

PLANO DE AÇÃO — O Plano de Ação para Redução da Dengue e outras Arboviroses foi lançado em setembro pelo Ministério da Saúde e construído por mais de 200 pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato com as comunidades que conhecem de perto os desafios em cada região do país, com atenção às regiões de maior vulnerabilidade social.

“É fundamental que discutamos ações para o enfrentamento à dengue e outras arboviroses que afetam tanto a nossa população. Quero destacar que temos tido uma dinâmica produtiva e muita cooperação entre secretários e secretárias, e agradeço a todos pela colaboração”, ressaltou a ministra da Saúde, Nísia Trindade

O plano consolida medidas para o enfrentamento de arboviroses e está baseado nas evidências mais atualizadas, novas tecnologias e representa um pacto nacional para o combate às doenças. O objetivo é apresentar ações que serão coordenadas pelo Ministério da Saúde em estreita parceria com estados e municípios e colaboração de instituições públicas e privadas, bem como de organizações sociais.

Para 2024, o investimento é de cerca de R$ 1,5 bilhão. O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Rivaldo Venâncio, destaca que os repasses serão feitos de acordo com as necessidades locais. “O objetivo é evitar a sobrecarga das redes assistenciais e antecipar as ações antes que os municípios cheguem a decretar emergência em saúde pública”, explica.

O programa trabalha em seis eixos de atuação, com foco na implementação no segundo semestre – quando as condições climáticas são favoráveis ao aumento de casos.

São eles:

  • Prevenção;
  • Vigilância;
  • Controle vetorial;
  • Organização da rede assistencial e manejo clínico;
  • Preparação e resposta às emergências;
  • Comunicação e participação comunitária.

Durante o intervalo entre os picos de casos são intensificadas as ações preventivas, com retirada de criadouros do ambiente e implementação das novas tecnologias de controle vetorial. Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação oportuna de casos, coleta de amostras para diagnóstico e identificação de sorotipos circulantes.

Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência, capacitação de profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial e assistência ao doente.  “Estamos comprometidos em oferecer todo o suporte necessário a estados e municípios para que não cheguem a uma situação de emergência”, afirmou Rivaldo Cunha.

WOLBACHIA — Em outubro, o método Wolbachia completou 10 anos de implementação. O método usa uma bactéria que, ao ser introduzida em mosquitos Aedes aegypti, impede a reprodução do vírus. Desde o início dos estudos no Brasil, em 2012, o número de pessoas contempladas pela tecnologia cresceu de cinco mil para mais de quatro milhões – e a expectativa é alcançar cinco milhões até 2025.

O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com Wolbachia, que se reproduzem com os mosquitos locais, formando gradualmente uma nova “população”, todos portadores da bactéria. Com o tempo, a proporção de mosquitos que contêm Wolbachia aumenta até atingir um nível estável, eliminando a necessidade de novas liberações. Esse efeito torna o método autossustentável e viável a longo prazo.

A atuação do Governo Federal tem sido essencial para o progresso do método Wolbachia, com investimentos que evidenciam um sólido compromisso da gestão com a saúde pública. Para 2025, o Ministério da Saúde já anunciou um investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, valor que será destinado à aquisição de vacinas contra a dengue, insumos laboratoriais para a testagem de arboviroses, e à implementação de novas tecnologias, como o método Wolbachia e estações disseminadoras de larvicidas. Além disso, haverá suporte aos municípios para custeio assistencial, que será ajustado de acordo com as necessidades específicas de cada território.

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Valinhos

Secretaria da Saúde participa da Semana Estadual de Mobilização Social contra a Dengue

Primeira ação ocorreu no Cemitério e a próxima será realizada neste sábado, dia 9, no Centro de Valinhos

A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria da Saúde, participa a partir da próxima segunda-feira, dia 11, até o dia 16 de novembro da Semana Estadual de Mobilização Social para Combate as Arboviroses no Estado de São Paulo. A ação ocorre em função do  cenário epidemiológico das arboviroses referente ao primeiro semestre de 2024 e considerando a possibilidade de que em 2025, possam acontecer novamente epidemias de Dengue devido a infestação do vetor, transmissor de Dengue, Chikungunya e Zika.

Segundo a Secretaria da Saúde, este foi um ano considerado atípico devido ao alto número de casos de dengue registrados em Valinhos, sendo 6.072 casos positivos e 15 óbitos por dengue.

AÇÕES

A equipe de Controle de Vetor iniciou as ações de mobilização social no último dia 2, Dia de Finados, com abordagem de pessoas que estiveram no Cemitério São João Batista. O objetivo foi alertar quanto a importância de não deixarem água parada para evitar a proliferação do vetor transmissor da dengue.

A segunda ação ocorrerá neste sábado (9) no Centro da cidade, com o pedágio em alguns semáforos e entrega de material educativo aos motoristas e passageiros. As abordagens serão realizadas por Agentes de Combate às Endemias e Agentes Comunitários de Saúde.

Já a programação para os próximos dias 11 a 16 incluirá a intensificação das visitas domiciliares aos imóveis em áreas em que houve mais casos de dengue neste ano, além da incrementação da mobilização social, com palestra em algumas escolas e em grandes comércios da cidade, com alta circulação de pessoas.

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Saúde

Prevenção de dengue deve ir além de mensagens sobre hábitos e cuidados

 

Estudo da Unicef explica aspectos que dificultam a adoção de práticas

Embora grande parte da população saiba que é preciso “evitar água parada” para evitar a disseminação de doenças como dengue, zika e chikungunya, investir apenas em estratégias de comunicação focadas nessa mensagem não é suficiente para provocar mudanças significativas no combate às arboviroses. É o que revela estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançado nesta quinta-feira (24), com apoio da biofarmacêutica Takeda.

“O senso comum diz que quando alguém tem uma informação sobre o que é bom para si próprio e sua família, adota um comportamento ou hábito. Mas há uma diferença entre o que as pessoas falam que fazem e os hábitos que efetivamente incorporam em suas rotinas diárias. Fazer ou não fazer algo depende de uma enorme confluência de fatores, comportamentos, normas sociais, infraestrutura e acesso a políticas públicas. São esses aspectos que revelamos nesse estudo”, diz Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil.

Após uma ampla revisão de literatura, seguida por pesquisa de campo e entrevistas, o estudo explica quais os aspectos que motivam ou dificultam a adoção de práticas de prevenção ao Aedes aegypti. A pesquisa organiza esses aspectos em três níveis, de acordo com uma metodologia do Unicef para atuar com mudanças sociais e comportamentais: psicológico, sociológico e estrutural.

Entre os fatores psicológicos relacionados à prevenção do mosquito, o estudo aponta o histórico de infecção e percepção de risco: quem nunca teve a doença, tende a não acreditar na gravidade. A percepção de risco e as práticas de prevenção podem aumentar em situação de epidemia, mas relaxar quando não há.

Outro fator é o esforço: as práticas preventivas – incluindo limpeza de calhas, caixas d’água e locais de difícil acesso – são vistas como algo difícil, demorado, complexo, para o qual as pessoas não têm tempo ou disponibilidade.

Os custos financeiros também são levados em conta, especialmente em locais mais vulneráveis, onde gastar recursos para a limpeza de caixa d’água, compra de repelentes, entre outros, pode não ser viável.

Entre os fatores sociológicos, foi identificada a organização coletiva. Participar de organizações de bairro está associado a um aumento das práticas de prevenção. Mas, em várias regiões, muitas pessoas não conhecem seus vizinhos, não se veem como parte de um grupo, e não há uma organização coletiva para cuidar do bairro.

Outro fator é a influência comunitária. Muitas pessoas se sentem moralmente obrigadas a cumprir práticas de prevenção que acreditam que é esperado delas.

Também foram levantados fatores estruturais como a estrutura urbana. A falta de coleta de lixo e a presença de terrenos baldios estimula o descarte inadequado de lixo.

A atuação dos agentes está associada à diminuição das arboviroses. Em alguns lugares, no entanto, pode não haver agentes suficientes, ou pode haver obstáculos na relação dos agentes com a comunidade. A baixa confiança nos órgãos de governo pode ser uma barreira para que se siga orientações de saúde e prevenção, diz o Unicef.

Recomendações

Cada um desses fatores, combinados, impacta nas atitudes da população para prevenir – ou não – as arboviroses. Para enfrentá-los, a pesquisa traz recomendações. Uma delas é associar o controle vetorial a comportamentos vistos como “desejáveis” pela população.

Algumas práticas úteis para o controle do mosquito, como manter a casa limpa ou não jogar lixo na rua, já são realizadas com outras motivações, ligadas à organização, limpeza e estética.

Outra recomendação é aumentar a percepção de risco, especialmente em relação às crianças. O estudo observou que há uma percepção elevada do risco de infecção pelos pais quando relacionada às crianças, por medo de que seus filhos sejam infectados. Essa percepção poderia ser usada de forma mais eficaz em campanhas de comunicação sobre riscos e no envolvimento da comunidade em ações preventivas.

O estudo recomenda, também, reduzir custos e esforços associados à adoção de comportamentos de prevenção e aumentar os investimentos em infraestrutura. Investir em políticas públicas que diminuam o custo e os esforços de práticas de prevenção pode ter um efeito significativo em reduzir arboviroses.

Além disso, investir em melhorias na infraestrutura e na limpeza urbana pode fortalecer a adesão da população às medidas de prevenção.

“Por fim, é importante avaliar estrategicamente como engajar a comunidade e realizar ações comunitárias. Há espaço para adotar mais políticas de engajamento comunitário, além de estimular e mediar discussões sobre o tema em comunidades”, afirma o Unicef.

“Sabemos da importância de garantir, para cada menino e menina, o direito de viver em um ambiente livre de doenças que possam afetar não somente sua saúde física, como também impactar na frequência escolar e na rotina de uma criança, como brincar, se alimentar de maneira adequada, entre outras atividades. Esperamos que os achados desse estudo possam contribuir com as políticas públicas e ações de comunicação nacionais e em cada município, com foco em mudanças de comportamento necessárias ao combate ao Aedes”, diz Luciana Phebo.

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Saúde

Saúde lança campanha nacional de combate à dengue, zika e chikungunya

“Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, é o slogan deste ano. A ação alerta a população sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito

Para reduzir os casos e óbitos por denguechikungunya zika no próximo período sazonal no Brasil, o Ministério da Saúde lança, a partir desta terça-feira (8/10), uma campanha nacional de conscientização e mobilização. Nos canais digitais da pasta, a veiculação começa hoje. Já nos canais abertos de televisão, rádio e locais de grande circulação, a ação será iniciada na quarta-feira (9). O objetivo é chamar a atenção para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti e incentivar a população a dedicar 10 minutos por semana para combater os focos de reprodução do inseto.

Com o slogan “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora” , a campanha orienta a população sobre a importância de remover criadouros do mosquito, além de fornecer informações sobre diagnóstico precoce, cuidados médicos, riscos da automedicação e a localização de postos de saúde. A campanha será amplamente divulgada por meio de TV aberta, rádio, internet, carros de som e pontos de grande circulação em todas as regiões do país.

A iniciativa integra as medidas de reforço do Ministério da Saúde para a prevenção e controle dessas doenças, além de garantir assistência à população nos períodos de maior risco.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que o governo está se preparando para o próximo período de chuvas, com foco na redução de casos e mortes por arboviroses. “Estamos implementando um plano de trabalho baseado na vigilância, no controle do mosquito transmissor e no fortalecimento das redes de saúde, especialmente em áreas periféricas. Entre as ações, estamos utilizando as Estações Disseminadoras de Larvicida, que ajudam a reduzir o desenvolvimento de larvas nos criadouros”, afirmou Nísia.

Ela também mencionou que a vacinação contra a dengue segue como uma estratégia importante, embora ainda esteja limitada pela disponibilidade de doses fornecidas pelos fabricantes. “O público e locais ainda são restritos em nosso país devido ao quantitativo limitado da vacina que recebemos dos fabricantes”, lembrou a ministra.

Durante discurso sobre mudanças climáticas na sessão plenária do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) em Washington, DC, no dia 1º de outubro, a chefe da pasta da Saúde reforçou o compromisso do Brasil, como atual líder do G20, de debater ações relacionadas às mudanças climáticas e sua relação com o aumento exponencial de doenças, como a dengue.

Plano contra arboviroses

Recentemente o presidente da República, Luiz Inácio da Silva e a ministra Nísia Trindade lançaram o Plano de Ação 2024/2025 para redução dos impactos da dengue e outras arboviroses. Com investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão, a iniciativa busca diminuir os números de casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil.

Investimentos e prevenção

Desde 2023, o ministério vem acompanhando o cenário epidemiológico das arboviroses e investindo na preparação de estados e municípios. Para isso, em 2023 foram investidos R$ 2,7 bilhões no enfrentamento às arboviroses, incluindo repasses adicionais a estados e municípios, aquisição de inseticidas e biolarvicidas, insumos laboratoriais e custeio dos Agentes de Combate às Endemias (ACEs) . Em 2024, até setembro, foram executados R$ 2,4 bilhões e a previsão é superar o ano anterior

Número de casos

Até 1º de outubro deste ano, o Brasil registrou 6.533.585 casos prováveis de dengue. Em 2023, foram 1.649.146. Em relação ao zika, até 21 de setembro último, houve 6.311 casos prováveis, contra 11.534 de 2023. Para a chikungunya, até este mês, foram contabilizados 258.396 casos prováveis, enquanto em 2023 o total foi de 158.060.

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