CASO NICOLLY

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Justiça decreta internação provisória de suspeitos por morte de adolescente em Hortolândia

Jovens de 17 e 14 anos, namorado e outra namorada da vítima, são apreendidos no Paraná após corpo esquartejado ser encontrado

A Justiça determinou a internação provisória de dois adolescentes, de 17 e 14 anos, suspeitos pelo assassinato de Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos. Posteriormente, encontraram o corpo da jovem esquartejado na lagoa do Jardim Amanda, em Hortolândia, na última sexta-feira, dia 19. A polícia localizou os suspeitos, o namorado da vítima e sua outra namorada, em Cornélio Procópio, no Paraná.

De fato, os adolescentes alegaram legítima defesa em depoimento. Contudo, a Polícia Civil investiga o caso como um crime passional e premeditado. Enquanto isso, equipes dos Bombeiros realizaram buscas na lagoa na segunda-feira, dia 21. Principalmente, procuravam por partes do corpo da jovem, já que pernas e braços estavam ausentes. Além disso, tijolos foram usados para afundar o corpo.

Assim sendo, a apreensão provisória dos menores ocorreu após a polícia encontrar sangue humano na casa do namorado da vítima. Enviaram o material para análise. Similarmente, periciam dois celulares apreendidos com os suspeitos. Além disso, a polícia investiga a participação de outros envolvidos. A sigla de facção criminosa nas costas da vítima, inclusive, pode ser uma tentativa de despistar a investigação.

A saber, Nicolly foi sepultada no domingo (20) em Mococa, sua cidade natal. Ela visitava o avô e o namorado em Hortolândia. Anteriormente, mantinha um relacionamento à distância com ele. Nicolly estava desaparecida desde segunda-feira, dia 14. Finalmente, a Guarda Municipal, com um cão farejador, encontrou seu corpo na sexta-feira.

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Adolescentes confessam assassinato cruel em Hortolândia

Moradora de Mococa (SP), Nicolly Pogere foi assassinada em Hortolândia — Foto: Reprodução/Facebook

Namorado da vítima e outra adolescente são apreendidos após crime com requintes de crueldade e tentativa de despistar a polícia

A Polícia Civil de São Paulo e Paraná, em trabalho conjunto, desvendou o assassinato de Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos, em Hortolândia. Dois adolescentes, de 17 e 14 anos, confessaram o crime, que a polícia descreveu com “riqueza de detalhes”. Aliás, a vítima foi esfaqueada e esquartejada, demonstrando “requintes de crueldade” e “violência extrema”, segundo a investigação.

Um cão farejador da Guarda Municipal encontrou o corpo de Nicolly em uma lagoa de Hortolândia. Um dos suspeitos apreendidos é o namorado da vítima, de 17 anos. A outra adolescente, de 14 anos, também apreendida, mantinha um relacionamento com ele. O crime chocou a todos, inclusive a polícia, devido à sua violência e ao envolvimento de menores. Surpreendentemente, os suspeitos escreveram a sigla do PCC no corpo da adolescente para disfarçar a autoria e a real motivação. A polícia investiga o caso como feminicídio.

A mãe de Nicolly, Priscila Magrin, expressou sua dor nas redes sociais, clamando por justiça. Primeiramente, Nicolly foi de Mococa a Hortolândia em 29 de junho para visitar o avô e o namorado. Ela ficou alguns dias na casa do suspeito. A família perdeu contato com ela em 14 de julho. O namorado alegou que haviam terminado o relacionamento em 12 de julho; a partir daí, Nicolly desapareceu. O avô registrou o desaparecimento, iniciando a investigação. A polícia acredita que a morte ocorreu próximo à data do desaparecimento.

O delegado José Regino Melo Lages Filho informou a versão dos adolescentes. Eles alegaram que Nicolly os atacou com uma faca por ciúmes, e a esfaquearam para se defender. Conforme a polícia, eles não planejavam matar, mas decidiram esquartejar o corpo para ocultá-lo. Em 18 de julho, um cão farejador encontrou o corpo de Nicolly, enrolado em lençóis e uma lona, parcialmente submerso. O pai do namorado reconheceu os materiais. O corpo apresentava muitas perfurações e as iniciais do PCC, contradizendo a versão dos suspeitos. Eles não demonstraram arrependimento.

Em 20 de julho, a polícia apreendeu os dois adolescentes na casa da avó do garoto, em Cornélio Procópio (PR). Eles confessaram a fuga por medo. A Fundação Casa Andorinhas, em Campinas, os recebeu para internação provisória. A Polícia Civil investiga se eles tiveram ajuda na fuga e se a avó sabia do crime. O delegado esclareceu que os adolescentes responderão por ato infracional, com internação inicial de 45 dias.

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