BOA SAÚDE

Saúde

Frequência do sexo pode beneficiar a saúde mental, afirma estudo

Pesquisa identificou que a atividade sexual entre uma e duas vezes na semana pode reduzir o risco de depressão; saiba mais

Por Thais Szegö, da Agência Einstein

Um novo estudo realizado por pesquisadores das universidades de Shenzhen e Shantou, na China, sugere que fazer sexo uma ou duas vezes por semana pode reduzir o risco de depressão. A pesquisa, publicada neste ano no Journal of Affective Disorders, revista científica da Sociedade Internacional de Transtornos Afetivos, analisou dados de jovens adultos nos Estados Unidos.

Embora já se saiba que a atividade sexual pode ser benéfica em diversos aspectos, os efeitos sobre a saúde psicológica ainda são pouco estudados. Os autores destacam que manter uma vida sexual ativa pode contribuir para a regulação emocional e a redução de sintomas depressivos, embora a frequência ideal varie entre cada pessoa.

Os pesquisadores analisaram um grupo de 15.794 estadunidenses com idades entre 20 e 59 anos. Eles cruzaram informações sobre a frequência sexual autorrelatada e a probabilidade de depressão. Os resultados mostraram que aqueles que faziam sexo entre uma e duas vezes por semana apresentavam maiores efeitos protetores sobre o bem-estar psicológico e menor risco de sofrer com o transtorno.

O trabalho sugere que a frequência sexual pode funcionar como um “termômetro” biopsicossocial do paciente. “Vale a pena incluir saúde sexual na avaliação médica e psicológica, algo que ainda é pouco perguntado no consultório”, avalia o psiquiatra Daniel Mori, do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com a ginecologista e obstetra Aline Ambrósio, especialista em sexualidade humana do Einstein Hospital Israelita, muitas pesquisas mostram que a vida sexual, principalmente aquela que conecta bons relacionamentos afetivos, tem impacto positivo na saúde mental e no bem-estar psicológico.

“Ocorre a liberação de neurotransmissores benéficos, como ocitocina, dopamina e serotonina, além de endocanabinoides, substâncias cruciais para a regulação do humor”, relata.

Também há evidências robustas de que o engajamento social e a construção de vínculos afetivos sólidos favorecem a saúde física e mental. Por envolver toque, intimidade e conexão emocional, a atividade sexual contribui para o bem-estar. Além disso, costuma estar associada a relações mais cuidadosas, rotinas de bem-estar e maior sensação de pertencimento — fatores que ajudam a melhorar o quadro emocional.

Frequência ideal?

De acordo com Ambrósio, não há uma frequência mínima de relações sexuais estabelecida como necessária para promover saúde física e emocional, mas há evidências de que maior frequência está correlacionada a melhores desfechos de saúde mental e bem-estar.

“A individualização é fundamental, considerando contexto, desejo e satisfação de cada pessoa ou casal”, afirma a médica do Einstein.

Daniel Mori concorda que não existe um número mágico para todo mundo.

“O que esse estudo encontrou, olhando a população, foi uma faixa onde o benefício parece maior. Isso é um referencial, não uma prescrição”, comenta o psiquiatra. “A vida sexual precisa respeitar contexto, valores individuais, importância, afetos, desejos e o consentimento de cada pessoa.”

O estudo não mediu, por exemplo, a qualidade do relacionamento, algo que importa muito para obter os benefícios de uma vida sexual ativa. “É um estudo que aponta uma associação, não uma receita pronta. Ninguém deve se sentir pressionado a atingir uma meta, inclusive pessoas assexuais, que não devem ser patologizadas”, lembra o professor da USP.

Ainda em relação a saúde mental, vale lembrar que alguns antidepressivos podem reduzir a vitalidade sexual, o que tampouco deve forçar uma autocobrança.

“Isso merece conversa franca na consulta, para ajustar tratamento sem perder qualidade de vida”, sugere o psiquiatra.

Fonte: Agência Einstein           

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Valinhos

Motoristas participam de ação no Terminal Rodoviário nesta sexta, dia 19

Secretaria da Saúde realizou testes de glicemia e aferição de pressão; atividade faz parte da Semana Nacional de Trânsito
Dentro da programação da Semana Nacional de Trânsito, a Secretaria da Saúde de Valinhos realizou uma ação no Terminal Rodoviário na manhã desta sexta-feira, dia 19. Motoristas do transporte público municipal e intermunicipal, além dos taxistas, passaram por testes de glicemia e aferição de pressão. Uma equipe da Divisão de Vigilância em Zoonoses aproveitou para orientar a população sobre os cuidados e primeiros socorros em caso de acidentes com animais peçonhentos, como cobras e escorpiões, e prevenção da febre maculosa.
O motorista da linha municipal 521 (Bambuzal) Uilia Gomes Pinheiro foi o primeiro do dia a participar da avaliação e afirma ser importante contar com esse serviço no local de trabalho “nosso dia é corrido, por isso é bom ter esse acesso fácil para ver se está tudo bem com a nossa saúde”, afirma o motorista.
Mais fotos sobre a ação no Terminal Rodoviário estão disponíveis no Flickr da Prefeitura de Valinhos. 
As ações da Semana Nacional de Trânsito prosseguem neste sábado, dia 20, e na próxima semana. Confira a programação completa:
Sábado (20/09)
Projeto Sentindo na pele. Motoristas profissionais fazem vivências de acessibilidade no transporte.
Local: Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini
Endereço: Rua Dom João VI, 82. Jardim Planalto
Horário: 8h30 às 12h30
Segunda-feira (22/09)
Dia mundial sem carro. Incentivo à carona solidária e o uso do transporte público neste dia entre a população e os servidores municipais.
Terça-feira (23/09)
Ação do Detran com entrega de materiais educativos e adesivos refletivos para capacete
Local: cruzamento da Avenida Dino Celani com Rua Antônio Carlos (semáforo em frente ao Estacionamento do Povo)
Horário: das 13h às 15h
Quarta-feira (24/09)
Palestra sobre travessia na faixa de pedestres, cuidados ao andar na calçada e uso de sapatos apropriados.
Local: Centro de Convivência do Idoso
Endereço: Rua Campos Sales, 49. Centro.
Horário: 14h
Quinta-feira (25/09)
Mutirão de emissão de credenciais para vagas de estacionamento preferenciais. Serviço destinado a maiores de 60 anos e pessoas com deficiência.
Local: Prefeitura de Valinhos
Endereço: Rua Antônio Carlos, 301. Centro.
Horário: 9h às 16h

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Valinhos

Feira do Produtor tem barraca especializada em frutas

Espaço garante mesa farta com preços acessíveis

Nesta época do ano é muito comum doenças como gripe e resfriado. Nada melhor que a ingestão de frutas ou sucos para fortalecer o sistema imunológico, muitas delas ricas em vitamina C. Realizada no Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini, na Feira do Produtor tem barraca só de frutas, além de outras com hortifrútis em geral.

A barraca do Seu Odair é colorida e muito cheirosa com a grande variedade de frutas, como goiaba, caqui, acerola, pitaya, carambola e outras. “Nesta época do ano os sítios estão com os pés de muitas frutas bem carregados”, informou o diretor de Agricultura, Pedro Pelegrini.

Além da beleza visual, a barraca dele está com preços muito acessíveis. Segundo ele, a bandeja com seis goiabas está R$ 8 e a bandeja também com seis carambolas custa R$ 6.
Além de fortalecer o sistema imunológico, a goiaba e a carambola, assim como outras frutas, combatem radicais livres, retardando o envelhecimento.

“Na feira também tem diversas barracas com verduras e legumes a preços acessíveis. Desta forma, a população consegue uma mesa farta e saudável”, acrescentou o diretor de Agricultura.

Serviço:
Feira do Produtor: no Parque Municipal
Dia: todos os sábados
Horário: das 6h às 10h
Endereço: Rua Dom João VI, 82 – Jardim Planalto

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Saúde

Mandioca contribui para boa saúde do intestino, conclui estudo brasileiro

Pesquisa elenca nutrientes e compostos que favorecem a microbiota intestinal e aponta benefícios para quem não pode consumir glúten; saiba como incluir a raiz no cardápio

Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein

Até pouco tempo atrás, a mandioca, também chamada macaxeira ou aipim, era vista simplesmente como uma fonte de carboidrato. Mas, atualmente, a raiz tem sobressaído em estudos por concentrar outras substâncias protetoras. Um dos trabalhos recentes foi publicado em novembro no periódico científico Food Research International.

A pesquisa revela que os nutrientes do alimento atuam na microbiota e trazem benefícios aos que não podem consumir glúten — proteína presente no trigo, no centeio, na cevada e em seus derivados. Fazem parte desses grupos quem tem a doença celíaca, distúrbio autoimune que desencadeia diarreias e até mesmo desnutrição; e os portadores da intolerância ao glúten, marcada pela dificuldade de digeri-lo e que está por trás de desconfortos como gases e inchaço abdominal.

No estudo, foram utilizadas variedades de mandioca cultivadas no Nordeste e na região Sul do país, que passaram por uma análise detalhada de sua composição química. “Identificamos compostos fenólicos, além de amido resistente e de fruto-oligossacarídeos (FOS), que têm ação prebiótica, o que significa que favorecem a proliferação de bactérias benéficas que habitam o intestino”, comenta Marciane Magnani, professora da Universidade Federal da Paraíba. Ela é orientadora da tese de doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos que originou a pesquisa, da tecnóloga de alimentos Ísis Meireles Mafaldo.

Numa segunda etapa, houve uma simulação da digestão para avaliar o comportamento dos nutrientes durante o processo. A mandioca foi submetida a cada uma das fases da digestão – oral, gástrica e intestinal. A digestão simulada incluiu desde o acréscimo de líquidos similares à saliva, sucos gástricos e pancreáticos, entre outros, até mudanças de pH, bem como movimentos que mimetizam os peristálticos.

“As substâncias com ação prebiótica alcançaram o ambiente intestinal, contribuindo para o equilíbrio dos micro-organismos”, conta Magnani, que também é a coordenadora nacional da área de Ciência de Alimentos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

“A pesquisa apontou ainda impactos positivos à microbiota de voluntários com a doença celíaca, através da avaliação da mandioca digerida, em fermentação fecal, simulando o que ocorre no intestino”, diz a pesquisadora. Posteriormente, por meio de sequenciamento genético, foram identificadas as comunidades bacterianas e seus metabólitos (substâncias produzidas pelos micro-organismos), detalhando como a mandioca atua na microbiota.

Manter a harmonia no ecossistema intestinal, com maior concentração de bactérias benéficas em comparação com as patogênicas, ajuda na absorção de nutrientes, reduz inflamações, contribui para a imunidade e até para o humor, segundo diversas pesquisas.

Para Giuliana Modenezi, nutricionista do Espaço Einstein Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein, o estudo é bem-vindo por valorizar um ingrediente nativo, de fácil acesso, e entra como opção aos celíacos, que tendem a ter o intestino bastante sensível.

Mandioca no dia a dia

Além das já mencionadas substâncias que favorecem o intestino, a mandioca oferece nutrientes como o potássio, aliado cardiovascular; o magnésio, essencial à saúde óssea; e a vitamina C, que é um potente antioxidante e blinda as células. Não à toa, foi eleita o alimento do século 21 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Para aproveitar tamanha riqueza, uma das sugestões é consumir a versão cozida em água. “Pode compor o café da manhã, almoço, jantar e os lanches intermediários”, sugere a nutricionista.

Lembrando que a raiz é fonte de carboidrato, o nutriente da disposição, então serve como alternativa a pães, arroz, biscoitos, massas, entre outros. Variar os alimentos do cotidiano é uma maneira de sair da monotonia, garantindo um cardápio mais nutritivo, com deliciosas experiências culinárias.

A mandioca ainda faz bonito em receitas de sopas, purês e no famoso escondidinho, por exemplo. A fritura é mais uma preparação popular. “Essa opção deve ser saboreada em ocasiões esporádicas, como em um evento de fim de semana ou uma festa”, indica Modenezi. Afinal, a quantidade de calorias aumenta para valer quando o alimento é imerso em óleo.

Entre os derivados da raiz, a tapioca tem sido a mais badalada ultimamente, embora esteja presente na rotina dos brasileiros há muito tempo, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Feita a partir da goma da mandioca, pode receber os mais variados recheios, mas tradicionalmente costuma ser acompanhada de queijo coalho e peixe.

“É importante pontuar que a tapioca tem alto índice glicêmico, o que significa que pode elevar rapidamente os níveis de açúcar no sangue”, afirma a nutricionista da Einstein. Para minimizar esse efeito, a dica é combiná-la com fontes de proteína, caso dos queijos, ovos ou frango. “Se quiser incrementar ainda mais, acrescente sementes de chia ou linhaça, que aumentam o teor de fibras e deixam a receita mais crocante”, sugere. Assim, a resposta glicêmica será gradual.

Outro derivado que faz sucesso e carrega tradição é a farinha. São as mais diversas texturas e sabores, desde as mais granulosas até as finas, que servem como acompanhamento para o arroz com feijão, por exemplo, ou entram como ingrediente das farofas. Mas vale evitar excessos. “A farinha pode adicionar muitas calorias ao prato”, avisa Modenezi.

O polvilho é mais um clássico da culinária, vindo da mandioca. O tipo azedo é matéria-prima do pão de queijo, já o doce é usado para preparar sequilhos e biscoitos. “As versões industrializadas [desses pratos] tendem a apresentar muita gordura, já nas receitas caseiras, dá para controlar a quantidade desses ingredientes”, observa a nutricionista.

Fonte: Agência Einstein

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