Valinhos
Sebrae Aqui da Prefeitura não terá atendimento nesta terça, dia 16




Homem de 56 anos faleceu no dia 6 de agosto; Secretaria da Saúde vem reforçando a sinalização nas áreas de risco
Um homem de 56 anos morreu em Valinhos no dia 6 de agosto, vítima de febre maculosa. O Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, confirmou a causa da morte na última terça-feira, dia 26. A Secretaria da Saúde informa que os sintomas começaram em 2 de agosto. Ele recebeu antibióticos previstos no protocolo de tratamento, mas o quadro de saúde agravou-se rapidamente, e ele não resistiu.
A Secretaria da Saúde investiga os locais onde o homem, que morava no Jardim Nova Espírito Santo, pode ter sido picado pelo carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. Ele havia roçado mato na região e, em 27 de julho, também trabalhou no bairro do Lopes, uma área de risco próxima à Rodovia Dom Pedro I, que tem casos confirmados da doença em anos anteriores e placas de alerta.
Na semana passada, uma equipe da Divisão de Vigilância em Zoonoses vistoriou a região para investigar o caso e orientar os frequentadores.
Prevenção
A Secretaria da Saúde de Valinhos está reforçando as medidas preventivas contra a febre maculosa. Estão substituindo placas antigas por novas sinalizações com QR code, que permitem à população acessar informações completas sobre a doença.
Em 29 de maio, a Divisão de Zoonoses capacitou toda sua equipe, que, desde então, orienta os moradores durante visitas domiciliares. Em 4 de agosto, a Divisão de Vigilância em Zoonoses emitiu um alerta à imprensa sobre os riscos e formas de prevenção da febre maculosa. Além disso, a Secretaria mantém uma página exclusiva no site da Prefeitura com informações detalhadas sobre a doença.
Em 7 de agosto, a Secretaria treinou médicos das unidades básicas de saúde, da UPA e da Santa Casa, abordando os sintomas e sinais que indicam suspeita de febre maculosa.
Sobre a doença
O carrapato-estrela, nome popular do Amblyomma sculptum, transmite a febre maculosa. A transmissão ocorre principalmente em áreas de mata, gramados e margens de rios, e intensifica-se entre maio e outubro, quando os carrapatos estão na fase imatura (micuim ou vermelhinho).
Capivaras e cavalos são os principais hospedeiros do carrapato. Quando esses animais são infectados, eles resistem à doença, dando tempo suficiente para que os carrapatos se alimentem do sangue contaminado e, depois, transmitam a febre maculosa aos humanos.
Os sintomas da febre maculosa podem surgir de 2 a 14 dias após a picada do carrapato ou exposição a áreas de vegetação. Os sinais mais comuns incluem febre, dor de cabeça, calafrios, prostração, dor abdominal, náuseas e vômitos. Manchas vermelhas que não coçam podem aparecer nos pulsos e tornozelos, e podem espalhar-se para as palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Como os sintomas podem assemelhar-se aos de outras doenças, como a dengue, o diagnóstico pode ser dificultado, atrasando o tratamento com antibiótico e aumentando o risco de morte. Por isso, se você apresentar qualquer sintoma, procure imediatamente a UPA ou uma unidade básica de saúde e informe se esteve em áreas de risco. Inicie o tratamento com o antibiótico indicado pelo médico, mesmo antes da confirmação do diagnóstico.
Como se prevenir
O atendimento será retomado normalmente na segunda-feira, dia 16 de junho, a partir das 8h30.