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Saúde

Pesquisadores criam prótese com antibiótico para tratar infecções

© PUC-PR/Divulgação
Resultados preliminares de testes foram positivos
Tâmara Freire – Repórter da Agência Brasil
A substituição de articulações desgastadas por próteses tem trazido melhor qualidade de vida para pessoas com diferentes quadros de saúde, especialmente idosos, que conseguem voltar a se locomover sem dor após o procedimento. Mas, em alguns casos, a melhora é interrompida por infecções, que demandam um longo tratamento com antibióticos e a retirada das próteses, devolvendo o paciente a uma rotina com limitações.

Um projeto desenvolvido por pesquisadores paranaenses pretende ajudar a mudar esse percurso, com uma prótese biodegradável, fabricada em impressora 3D a partir de um polímero plástico que pode ser associado com antibióticos. O material está em fase de testes clínicos e foi aplicado, até agora, em 15 pacientes, que receberam próteses de quadril no Hospital Universitário Cajuru em Curitiba, com resultados preliminares positivos.

“Hoje não existe no SUS uma prótese temporária com antibiótico que seja acessível. As que existem são importadas e de alto custo”, ressalta o professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Felipe Francisco Tuon, que lidera o projeto.

Atualmente, quando o paciente desenvolve uma infecção, ele precisa retirar a prótese permanente de titânio e ficar sem nenhum substituto enquanto a doença é tratada, o que costuma levar pelo menos seis meses. “Nesse tempo, a pessoa vai sentir dor. Dependendo do local da prótese, ela não vai conseguir andar. E fica um espaço vazio, o que aumenta a chance de ter hematoma, uma nova infecção, e acaba acontecendo uma retração muscular”, complementa o pesquisador.

A prótese de polímero foi pensada para substituir a permanente durante o tempo de tratamento, com o adicional do antibiótico, que ajuda a controlar a infecção diretamente no local afetado. Depois que a batalha contra as bactérias é vencida, o paciente pode receber novamente a prótese permanente, com menos riscos de complicações.

O uso da impressora 3D também é uma grande vantagem, já que permite tanto a produção em larga escala de modelos padronizados, com um baixo custo, quanto de peças personalizadas.

“Para alguns pacientes que necessitem de uma prótese de tamanho diferente do padrão, é possível fazer uma tomografia computadorizada, e construir uma prótese com as características específicas para aquele paciente”, complementa Tuon.

Os pacientes que receberam a prótese temporária de quadril continuam sendo avaliados, e a pesquisa espera fazer testes clínicos com pessoas que precisam de prótese no joelho e no ombro no ano que vem.

A equipe também está ampliando a estrutura de produção, após receber um financiamento de R$ 3 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).  O novo centro de impressão 3D vai permitir que as próteses sejam enviadas à rede pública de todo o Brasil.

O objetivo é fornecer as próteses para todos os hospitais que quiserem participar do projeto. A gente tem aqui capacidade de produção e material para anos de próteses”, conclui Tuon.

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Terceiro Setor

Grupo Rosa e Amor participa de encontro em Campinas sobre programação do Outubro Rosa

O encontro, realizado na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, foi coordenado pela secretária Alexandra Caprioli e marcou o início das articulações para a campanha deste ano

Representantes de empresas, organizações sociais e do poder público de Campinas, participaram nesta semana da reunião de abertura do Outubro Rosa 2025. O encontro, realizado na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, foi coordenado pela secretária Alexandra Caprioli e marcou o início das articulações para a campanha deste ano.

O Grupo Rosa e Amor de Valinhos esteve representado por Maria Helena Ferreira e Izolda Bortolini de Moraes, que reforçaram o compromisso da entidade com a promoção da saúde da mulher e a luta para vencer o câncer. A reunião também contou com a presença de empresários locais, que demonstraram interesse em apoiar e ampliar a visibilidade das ações durante o mês de conscientização.

“A parceria com o setor empresarial é essencial para que possamos alcançar ainda mais pessoas. Falar sobre prevenção e diagnóstico precoce continua sendo fundamental, especialmente porque os casos de câncer têm aumentado nos últimos anos”, destacou Maria Helena Ferreira, do Grupo Rosa e Amor.

O Outubro Rosa é uma campanha mundial dedicada à conscientização sobre o câncer de mama. Em Campinas, diversas ações estão previstas ao longo do mês de outubro, incluindo palestras, caminhadas, iluminação de prédios públicos e eventos educativos. O objetivo é sensibilizar a população sobre a importância do autocuidado, da realização de exames regularmente e do acesso ao tratamento adequado.

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