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Israel anuncia reabertura da passagem de Rafah e prevê saída de civis

O exército israelense assumiu o controle do lado palestino da passagem de Rafah em maio de 2024, alegando que ela estava sendo ‘usada para fins terroristas’, com suspeitas de tráfico de armas. Foto: Said Khatib/AFP

O plano inicial previa a liberação da passagem em 14 de outubro, poucos dias após o início do cessar-fogo. Porém, a implementação foi adiada

Fontes: AFP | AP

Israel anunciou nesta quarta-feira, dia 3, a reabertura da passagem de Rafah, fronteira entre Gaza e Egito. A medida deve permitir que palestinos deixem a região “nos próximos dias”. A operação ocorrerá em coordenação com o Egito e a União Europeia, conforme previsto no plano de paz desenvolvido pelos Estados Unidos.

O anúncio reacende expectativas de alívio humanitário. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 16,5 mil pessoas doentes e feridas precisam sair de Gaza para receber atendimento médico adequado.

O plano inicial previa a liberação da passagem em 14 de outubro, poucos dias após o início do cessar-fogo. Porém, a implementação foi adiada.

Israel assumiu o controle do lado palestino de Rafah em maio de 2024, alegando que a rota estava sendo usada “para fins terroristas” e para a entrada de armas. As Forças de Defesa de Israel mantêm essa justificativa desde então.

Em janeiro, Israel chegou a abrir a passagem de forma emergencial. Na ocasião, pessoas autorizadas conseguiram deixar Gaza, enquanto caminhões com ajuda humanitária entraram no território.

A situação voltou a se agravar com a retomada dos combates e a destruição generalizada na Faixa de Gaza, o que dificultou novas operações de saída e entrada.

No comunicado divulgado nesta quarta-feira, Israel informou que os restos mortais devolvidos pelo Hamas não pertencem aos dois reféns que seguem detidos em Gaza. A declaração foi interpretada por analistas internacionais como possível pressão sobre o grupo e um sinal de fragilidade do cessar-fogo.

O Hamas, por sua vez, afirma que as buscas pelos corpos são difíceis devido aos escombros deixados pela guerra e que novas varreduras continuam.

A primeira fase do acordo, segundo AFP e AP, deve ser concluída com a devolução dos dois reféns restantes. A reabertura de Rafah é considerada etapa essencial para o fluxo de ajuda e para a saída de civis em situação crítica.

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