Saúde
Associação muda técnicas de desengasgo em bebês, crianças e adultos

A American Heart Association (AHA) atualizou, em outubro de 2025, suas diretrizes de primeiros socorros, RCP e emergências cardiovasculares. A mudança mais importante envolve como agir em casos de engasgo, seja em bebês, crianças ou adultos conscientes.
Agora, a manobra de Heimlich deve ser precedida de pancadas nas costas, garantindo mais segurança e eficácia na expulsão do objeto que causa a obstrução das vias aéreas.
Para bebês, a AHA recomenda alternar cinco pancadas nas costas e cinco compressões torácicas até que o objeto seja expelido ou o bebê perca a consciência.
Antes de iniciar, é fundamental verificar se o bebê está engasgado:
Não consegue tossir, chorar ou respirar
Muda de cor
Fica mole ou sem reação
O procedimento correto é:
Apoiar o bebê de bruços sobre o antebraço, cabeça mais baixa que o corpo
Dar cinco pancadas firmes nas costas, entre as escápulas
Virar de barriga para cima e aplicar cinco compressões no centro do peito
Importante: Não introduza os dedos na boca se o objeto não estiver visível. Caso o bebê desmaie, iniciar RCP com 30 compressões torácicas e duas ventilações.
Em crianças acima de 1 ano e adultos, o protocolo começa verificando obstrução total, ausência de tosse ou som respiratório.
O passo a passo:
Posicionar-se atrás da vítima, levemente inclinado para frente
Dar cinco pancadas firmes nas costas com o calcanhar da mão
Se o objeto não sair, aplicar cinco compressões abdominais (manobra de Heimlich), posicionando o punho acima do umbigo e abaixo do osso do peito
Alternar pancadas nas costas e compressões abdominais até a expulsão do corpo estranho ou perda de consciência
Se a vítima desmaiar, deitá-la e iniciar RCP tradicional, com ritmo de 100 a 120 compressões por minuto.
A AHA enfatiza que todo mundo deve aprender RCP, pois “a RCP de alta qualidade salva vidas”, segundo Ashish Panchal, presidente voluntário do Comitê Científico de Cuidados Cardiovasculares de Emergência da AHA.
Aprender técnicas corretas fortalece a cadeia de sobrevivência e garante que mais pessoas recebam atendimento adequado em emergências.


