Opnião

Reabertura econômica deve ser feita com planejamento

Nesta semana o Governo do Estado de São Paulo anunciou uma maior flexibilização do plano de reabertura. Atualmente, o critério para mudança de nível da fase amarela para verde é que se tenha uma ocupação menor do que 60% de leitos de UTI. A mudança ampliou o limite para abaixo de 70% e 75% possibilitando que muitas cidades, como a capital, também tenham maior reabertura.
Após mais de quatro meses de pandemia, muitos setores tem pressionado para que a reabertura seja maior. Por enquanto, setores como comércio e de serviços podem reabrir, mas possuem limitações como horário de funcionamento.
A Covid-19 tem trazido diversos desafios para os governos, que precisam aliar a prevenção da doença com o enfrentamento, garantindo possibilidades para que os casos mais graves possam ter chances de tratamento. Para isso, o controle da reabertura precisa ser bem planejado para que os esforços feitos durante o isolamento social não sejam perdidos.
Outro detalhe diante desta situação é que os prejuízos na economia não vêm apenas do fechamento, mas sim da doença, que atingiu os mercados do mundo inteiro trazendo uma das maiores recessões dos últimos tempos. Em tempos incertos, há baixo consumo, afetando todos os outros setores da economia.
Isso tem se comprovado neste momento pelo próprio Governo do Estado de São Paulo. Em entrevista ao programa de TV “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Patricia Ellen, disse que a pasta tem recebido relatos de pouca movimentação. “O que nós percebemos é que estamos tendo relatos de donos de loja, comércio em geral e serviços, que a atividade ainda está retomando de uma forma muito lenta. Isso acontece porque temos a maior recessão global que já tivemos na historia. Então temos um desafio estrutural para trabalhar de médio e longo prazo”, relata.
O plano de reabertura passará por três fases. A primeira está acontecendo agora que é a emergencial de resposta, com previsão de duração até setembro. Após isso, o estado poderá entrar na segunda fase, que é a de recuperação econômica prevista para durar até um ano. Somente depois desse período, deverá acontecer a terceira fase, que é a de recuperação econômica e que poderá durar de dois a três anos.
Banco do Povo oferece R$ 650 milhões em linhas de crédito
Além de planejar a reabertura, o Governo Estadual também tem oferecido por meio do Programa Empreenda Rápido, crédito para capital de giro, além de assistência em assuntos como produtividade e gestão. O oferecimento de crédito foi uma das ações realizadas. “Nossa expectativa era que houvesse uma atuação mais célere para disponibilidade de crédito para as empresas. Não é somente ter o crédito, mas ele só chegar rápido e de uma forma acessível. Por isso o Governo do Estado de São Paulo colocou R$ 650 milhões em linhas de crédito por meio do Banco do Povo e da Desenvolve São Paulo para os nossos microempreendedores”, disse a secretária.
Outra ação é desburocratização. Segundo a secretária, a Junta Comercial está desenvolvendo maneiras de oferecer serviços de modo digital e precificações estão sendo revistas. A Secretaria também oferece por meio do site www.negociosdobem.sp.gov.br uma conexão das cadeias produtivas do estado com a divulgação de empreendimentos. No site é possível acessar negócios desde o oferecimento da matéria-prima até o desenvolvimento do produto final.

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