Opnião

Mortalidade Infantil_O que o índice reflete

A Folha de Valinhos traz com exclusividade em sua edição desta semana a divulgação da Taxa de Mortalidade Infantil 2020 que é organizado pela Fundação Seade. Nossa reportagem realizou um levantamento dos números da Mortalidade Infantil de Valinhos entre 2000 e 2021 e dentre outras coisas, constatou que a taxa apurada pelo município no primeiro ano da pandemia do novo coronavirus é a segunda melhor em 21 anos.

Valinhos, hoje com 133 mil habitantes, como sempre enaltecemos está sempre as 100 cidades brasileiras nos principais índices que mensuram qualidade de vida, e a Taxa de Mortalidade Infantil é um dos principais deles.

Em 2020, o município registrou 1260 nascimentos – 100 a menos que no ano de 2019 – deste total 7 vieram a óbito, fazendo com que nossa Taxa de Mortalidade Infantil ficasse em 5,52, bem abaixo da média estadual que ficou em 9,7. Entre as 20 cidade da Região Metropolitana de Campinas – RMC – uma das regiões mais ricas e desenvolvidas do Brasil, Valinhos ocupa a 4ª posição.

Tal índice reflete sobretudo a postura do gestor – prefeito – no tocante as políticas públicas voltadas para questões sensíveis, como saneamento básico, atenção básica à saúde de todos, com olhar especial a mulher parturiente, assim como a fatores ambientais e socioeconômicos.

Na reportagem da Folha de Valinhos dividimos o período de 21 anos por governos que vão abranger os ex-prefeitos Vitório Antoniazzi (2001-2004), Marcos José da Silva (2005-2008 e 2009-2012), Clayton Roberto Machado (2013 – 2016) e Orestes Previtalle (2017-2020).

Percebemos numa avaliação superficial e com base apenas nos números que, ao longo desses 21 anos, houve uma evolução qualitativa no tocante aos cuidados com a qualidade de saúde oferecida aos valinhenses, sobretudo à mulher gestante e, que em alguns momentos de descuido a Taxa que é altamente sensível a descuidos, disparou.

Importante destacar que, para chegar aos números da Taxa de Mortalidade a Fundação Seade usa números apontados pelo Cartório de Registro Civil e das Secretarias Municipais de Saúde, ou seja, não estamos aqui falando de achismo ou de um índice criado para dar destaque a uma gestão em detrimento de outra. Os dados são seguros e de fato conformam o papel não apenas do gestor prefeito, mas também do seu Secretário de Saúde.
É inegável que a redução da Taxa de Mortalidade Infantil de Valinhos é fruto de um processo evolutivo, especialmente aos investimentos em infraestrutura urbana, saneamento básico, programas de saúde da mulher e atenção a gestante. Para se ter uma ideia desta evolução basta lembrar que nos anos 80 do século XX, Valinhos registrava taxa de 34 óbitos para casa mil nascidos vivos.

Para que ela continue ficando abaixo de um digito e dentro de padrões de cidade de primeiro mundo, é preciso mais do continuidade de programas já consagrados é preciso acompanhar a evolução e criar novos mecanismos que possam melhorar, ainda mais, a qualidade de vida das mulheres parturientes em programas que sejam levados até onde elas estão, próximo à suas casas, nas Unidades Básicas de Saúde – UBSs.
Os números divulgados esta semana pela Fundação Seade elevam o ‘sarrafo’ a um patamar que precisa ser mantido pela gestão da prefeita Lucimara Godoy Vilas Boas (PSD) que através da Secretaria de Saúde precisa analisar os números e olhar para os futuros desafios.

O controle e o comando da pandemia dentro do território municipal iniciado ainda na gestão do ex-prefeito Orestes e desde janeiro de 2021 assumido pela equipe da prefeita é exemplar, sobretudo na condução do processo de imunização da população. Isso denota que temos equipe técnica e profissionais qualificados para tais desafios que, na ponta oposta precisa também envolver a comunidade em campanhas de conscientização e educação.

Os números de 2020 colocam Valinhos em outro padrão que precisa ser mantido, porque pelo bem de nossas crianças, temos condições para isso.

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