Opnião

Dengue: estado de emergência

A decisão da Prefeitura de Valinhos de decretar o estado de emergência no município nesta quinta-feira, dia 21, devido ao alarmante aumento de casos de dengue, reflete a gravidade da situação epidemiológica atual que atinge não apenas nossa cidade, mas também a Região Metropolitana de Campinas – RMC – e a urgência de medidas assertivas para conter a disseminação da doença que esta saturando o sistema de saúde.

Com os prontos socorros dos hospitais Galileo e Santa Casa de Misericórdia lotados, assim como a UPA 24 horas enfrentando uma situação crítica, torna-se evidente a necessidade de mobilização de mais médicos e enfermeiros para dar conta da situação da porta, vez que a pessoa acometida por dengue sofre de dores fortes e de grande mal estar.

Esta semana Valinhos contabilizou mais de 1.642 casos confirmados da doença. Lembrando que uma situação de epidemia é considerada quando ocorre o registro de 300 casos para cada 100 mil habitantes, em Valinhos já são 1080 para 100 mil habitantes.

Para se ter uma ideia na gravidade da situação somente na última segunda-feira, dia 18, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) registrou uma aumento no número de atendimentos com 550 atendimentos em 24 horas. Desse total, oito pacientes foram internadas na UTI da Santa Casa por conta da doença.

De acordo com a Secretaria a previsão que o número de casos aumente entre os meses de abril e maio, o que torna imperativo que a Prefeitura se mobilize e agilize meio e ações para se preparar para um cenário mais difícil do que o atual.

Aos críticos de plantão que, especialmente àqueles que enchergam a cidade apenas em ano de eleição municipal, a situação da dengue não é específico de Valinhos, mas é uma crise grave que afeta o Brasil, e que a estrutura de saúde da grande maioria das cidades não esta preparada para a situação que o país esta vivendo em 2024.

Sim, as autoridades tem responsabilidade em relação a situação que se instalou na saúde no último verão. Mas é fato que o combate a mosquito Aedes aegypti é algo que é de responsabilidade de todo cidadão, evitando que seu quintal se torne criadouro do mosquito que transmite a dengue.

Aliás, não apenas o quintal. No Brasil culturalmenmte o brasileiro tem o péssimo hábito de tranformar áreas ou terrenos privados ou públicos em potenciais criadouros de mosquito Aedes aegypti, quando sem nenhum constrangimento vai até esse local para desovar entulhos, móveis usados e lixo. Isso também precisa ser fiscalizado pelo poder público e o cidadão punido por seu ato contra a saúde pública.
É inaceitável que haja indivíduos que, sabendo da gravidade da situação, não cumpram com seu dever de cidadão.

Mais uma vez é necessário ressaltar a responsabilidade de cada cidadão no combate à dengue. A prevenção não é apenas uma tarefa das autoridades de saúde, mas um dever de todos. A eliminação de possíveis criadores do mosquito Aedes aegypti em residências, locais de trabalho e espaços públicos é fundamental para interromper o ciclo de transmissão da doença.

Além disso, é essencial enfatizar os cuidados com os pacientes que estão em tratamento da dengue. Automedicar-se em casa, sem uma orientação médica, não apenas coloca em risco a própria saúde, mas também contribui para agravar a situação da epidemia. A busca por ajuda médica especializada aos primeiros sintomas da doença é necessária para um tratamento adequado e para evitar que a dengue traga consequências mais graves.

Diante desse cenário crítico, é imperativo que todos os cidadãos de Valinhos se unam em um esforço conjunto para combater a dengue e proteger a saúde de suas comunidades. A solidariedade, a informação correta e a adoção de práticas preventivas são armas poderosas nessa batalha contra a doença. Somente com a participação ativa de cada indivíduo e a união de esforços entre autoridades governamentais, profissionais de saúde e a comunidade em geral irá dar cabo de conter o avanço e a disseminação da dengue e nossa cidade.

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