Opnião

Candidatos escalados

Com a realização das convenções municipais e a homologação das candidaturas a vereadores, prefeito e vice, a campanha eleitoral 2016, ao que tudo indica, já está com as equipes escaladas aguardando apenas o seu início marcado para o próximo dia 16.
Ao todo mais de 200 candidatos estarão disputando na eleição proporcional (vereador) uma das 17 vagas do Legislativo valinhense. Já em  relação à eleição majoritária (prefeito), dos cinco pré-candidatos que estavam trabalhando para viabilizar seus nomes, dois recuaram – José Carlos Caetano, do PTB, que declarou seu apoio a candidatura do atual prefeito Clayton Machado (PSDB) – e o vice-prefeito Mayr (PV), que optou por apoiar o Dr. Orestes (PMDB), numa mudança de lado condenada pelos dois lados.
Com isso, jogando efetivamente a disputa eleitoral de 2016 ficaram: Clayton Machado (PSDB), que na majoritária possui a maior coligação com 18 partidos; Dr. Orestes (PMDB), que conta com uma coligação de  8 partidos; e Alexandre Tonetti (PDT), que tem ao seu lado quatro partidos.
O desenho das eleições 2016 já está pronto. Agora, com as novas regras eleitorais, que além de reduzir o tempo de campanha de 90 para 45 dias, extinguiu o financiamento de campanha por parte da pessoa jurídica e limitou algumas ações de propaganda, como o fim das famosas placas colocadas em terrenos ou os cavaletes nos canteiros centrais das avenidas.
A campanha 2016 vai exigir dos candidatos escalados um nível de campanha diferenciado, onde o que se espera é  que rito acusatório ceda lugar a propostas. Que cada candidato venha preparado para enfrentar as ruas em um momento em que a política e o político brasileiros passam por uma verdadeira crise de identidade junto aos eleitores.
Queremos acreditar que as novas regras para a campanha eleitoral irão de fato civilizar o processo, pois o Brasil precisa voltar a acreditar na classe política, pois é somente através deles que os governos podem seguir adiante, assim pressupõe a democracia.
O país está vivendo um momento difícil de crise institucional, moral, social e econômica. Temos uma presidenta afastada, aguardando o desfecho do seu processo de impeachment no Senado; enfrentamos uma grande crise econômica, fruto do desmando do governo petista que envolveu toda a estrutura da República com seus tentáculos e a Operação Lava Jato que desmantelou o maior esquema de corrupção dentro da Petrobras. É preciso um basta.
E esse basta essencialmente começa na menor estrutura da República que é o município. No dia 2 de outubro, iremos eleger nossos novos representantes para o Legislativo e para o Executivo. Os jogadores estão escalados, mas quem irá definir o time que de fato entrará em jogo ao longo dos próximos quatro anos são os mais de 86 mil eleitores valinhenses.
Escolher com responsabilidade e ética também é função do eleitor. Banir a corrupção que mata idosos, crianças, tira o remédio do doente, deixa as estradas esburacadas e provoca acidentes e saqueia os cofres públicos se faz através do voto.
Temos à nossa disposição três times distintos. Cada qual com seus representantes para o Executivo e Legislativo, cada um irá chegar até você, eleitor, e pedir o voto. Saiba reconhecer no histórico de cada um, a sua lista de serviços já prestados a comunidade sem a necessidade de estar revestido de um cargo público. Veja sua trajetória política, a quem ele serviu no passado; ouça seus argumentos e suas propostas; saiba se ele não é um ficha suja ou se está vendendo ilusões.
Que tudo isso que o Brasil está vivendo sirva de lição e experiência para que todos aqueles que se aventuram na vida política como candidato a um cargo eletivo entendam que estão se habilitando para uma missão, em que o principal papel a desempenhar é servir a comunidade.

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