Opnião

A TERRA PAROU, RAUL!

Caro Raul dos Santos Seixas, você, maluco beleza que é, e que nasceu 10 mil anos atrás, teve aquele seu “sonho de sonhador” e sonhou o dia em que a Terra parou. Ela parou, Raul. Na verdade, ela continua com seus movimentos de rotação e translação, mas a humanidade parou. E foi, literalmente, todo o mundo, Raul. Todas as classes sociais de todas as nações devem permanecer em casa. O empregado e o patrão estão em casa, os guardas e os ladrões estão por aí, mas os pacientes e os doutores têm saído para se tratar. Os fieis agora rezam através do culto on-line, Raul. Agora, somente agora, a casa de Deus é onde você está, e não mais um templo. Mas estão aceitando transferências bancárias, Raul, e até mesmo cartão de crédito!
Os animais devem se perguntar onde estão aqueles humanos que tudo poluíam, que sugavam nosso puro ar com aquelas suas máquinas rodantes, e barulhavam nosso ambiente?
Você é um visionário, Raul, e dizem tanto do tal do Nostradamus.
Raul, se me permite, gostaria de saber da sua opinião sobre todos os países criarem o Ministério da Felicidade, que seria o Ministério mais importante do governo. Esse órgão seria responsável por criar e implementar políticas para a felicidade e o bem-estar do povo. Primeiro, os que mais precisam. Os especiais, os pobres, os famintos. O que você acha, caro Raul?
É hora da revolução, Raul, mas faltam os revolucionários. Eles ficaram parados 100 anos atrás, no mínimo, já morreram. Estou cansado dos “ismos”, Raul, o que presta mesmo é o humanismo!
Mas, Raul, penso que sentiremos saudades desse tempo de confinamento, pois ainda chegará a época que teremos de sair de nossas casas, como nômades errantes, fugindo da seca, da invasão do mar, das guerras, dos ditadores assassinos, assim como os atuais quase 100 milhões de refugiados. Será um verdadeiro “Sobrevivendo no inferno”, como pontuou Mano Brown.
Já é passada a hora de se repensar a humanidade, Raul, você que estava junto com os macacos na caverna, e não tem nada nesse mundo que você não saiba demais.
O início, o fim, e o meio…

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